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Marca do grupo Caterpillar espera retomada de máquinas de construção no Brasil

Produzidas nas fábricas da Caterpillar na China, as máquinas da SEM prometem custo mais baixo de aquisição e de manutenção, porém, com a chancela do grupo norte-americano

DCI

12/09/2018 09h27 | Atualizada em 12/09/2018 13h50

O grupo Caterpillar trabalha para elevar as vendas da sua marca de máquinas de construção SEM, que oferece preços e custo de manutenção mais baixos.

A expectativa do selo para este ano é no mínimo acompanhar o crescimento do mercado brasileiro, estimado em 10% a 15%.

A Caterpillar é fabricante mundial de máquinas de construção e a marca SEM, que completa 60 anos de existência em 2018, visa complementar o portfólio do grupo.

“Oferecemos produtos com um bom custo-benefício, o que é essencial especialmente em um momento pós-crise, em que o cliente ficou muito mais criterioso”, afirma Cristiano Trevizam, gerente comerci

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O grupo Caterpillar trabalha para elevar as vendas da sua marca de máquinas de construção SEM, que oferece preços e custo de manutenção mais baixos.

A expectativa do selo para este ano é no mínimo acompanhar o crescimento do mercado brasileiro, estimado em 10% a 15%.

A Caterpillar é fabricante mundial de máquinas de construção e a marca SEM, que completa 60 anos de existência em 2018, visa complementar o portfólio do grupo.

“Oferecemos produtos com um bom custo-benefício, o que é essencial especialmente em um momento pós-crise, em que o cliente ficou muito mais criterioso”, afirma Cristiano Trevizam, gerente comercial e principal executivo da SEM na América Latina,

Ele conta que a marca estreou no Brasil em 2009, quando o mercado de construção local estava a pleno vapor, com diversas marcas entrando no país.

“Mas com o passar do tempo, muitas empresas foram embora”, relata. “E como a SEM é uma marca da Caterpillar, o mercado entendeu que temos um projeto de longo prazo no país”, complementa.

O Brasil ficou conhecido como um grande canteiro de obras a partir de meados de 2011, com o boom da construção civil e a proximidade de eventos importantes como a Copa do Mundo e a Olimpíada do Rio de Janeiro.

Neste cenário, o mercado de máquinas de movimentação de terra – chamado Linha Amarela – chegou a vender quase 30 mil unidades. No entanto, as vendas começaram a cair rapidamente diante da retração econômica e atingiram aproximadamente 7,7 mil unidades em 2017.

“É difícil prever quando teremos um mercado desse tamanho novamente”, avalia Trevizam. Para este ano, a Sobratema –Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, projeta um crescimento das vendas de 8%, para cerca de 8,39 mil unidades.

Segundo Eurimilson Daniel, vice-presidente da Associação, a frota brasileira está muito envelhecida. “A partir de agora, pelos próximos três anos, o mercado brasileiro passará por um novo ciclo”, comenta.

O executivo da SEM também se mostra otimista com as perspectivas de recuperação da economia brasileira, que segundo ele deve ocorrer, em princípio, pelo retorno do consumo das famílias.

“O cenário para investimentos em infraestrutura ainda está um pouco nebuloso, mas o consumo já está voltando. Muitos dos nossos clientes dependem do varejo, como por exemplo, armazéns de materiais de construção”, pontua Trevizam.

Produzidas nas fábricas da Caterpillar na China, as máquinas da SEM prometem custo mais baixo de aquisição e de manutenção, porém, com a chancela do grupo norte-americano.

“Nossos produtos são projetados e desenvolvidos pela Caterpillar, mas com um custo mais acessível”, garante. O executivo destaca que a rede de distribuidores também é a mesma das máquinas CAT, entretanto, com revendedores diferentes.

Lançamentos

A SEM lança no Brasil sua nova família de carregadeiras. “O casamento entre a Caterpillar e a SEM ficou muito evidente”, afirma Trevizam.

Além disso, a marca terá uma integração maior com o centro de distribuição de peças do grupo em Piracicaba, SP.

“Anteriormente, quando o estoque do revendedor acabava, ele precisava fazer o pedido na China. Hoje, busca diretamente em nosso CD em São Paulo.”

Segundo ele, essa mudança traz rapidez e contribui para sedimentar a marca no Brasil. “Ainda existe uma certa resistência em relação ao produto chinês, mas apesar desse estereótipo, a China se preparou para ser a maior base produtiva do mundo e a Caterpillar tem mais de dez fábricas no país asiático”, revela.

Porém, a questão do crédito poderia ser um obstáculo para o crescimento exponencial da marca, já que, importadas, as máquinas da SEM não podem ser vendidas com o financiamento do BNDES para bens de capital – Finame.

“Mas nós trabalhamos com o Banco Caterpillar e com outras linhas do mercado. Como nossos preços são acessíveis, conseguimos ser bastante competitivos”, assegura o executivo.

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