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Impulsionada pela construção, venda de cimento cresce 2,7% no NE

Com 54,5 milhões de toneladas vendidas, setor retoma o patamar de 2008. Apesar do crescimento, cenário positivo não deve ser superestimado, segundo representante do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento

Diário do Nordeste

14/01/2020 11h00 | Atualizada em 14/01/2020 13h40

Acompanhado a alta nacional, a venda de cimentos no Nordeste encerra o balanço de 2019 com crescimento de 2,71%, com 11 milhões de toneladas no acumulado do ano.

No cenário nacional, o aumento foi de 3,5%, encerrando um jejum de quatro anos sem balanço anual positivo.

As edificações residenciais foram os principais responsáveis para conseguir essa evolução, conforme o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).

Já no Ceará, o crescimento foi causado, principalmente, pelas obras públicas, em nível estadual ou municipal, segundo o diretor de obras de interesse social do Sindicato da Indústria da Cons

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Acompanhado a alta nacional, a venda de cimentos no Nordeste encerra o balanço de 2019 com crescimento de 2,71%, com 11 milhões de toneladas no acumulado do ano.

No cenário nacional, o aumento foi de 3,5%, encerrando um jejum de quatro anos sem balanço anual positivo.

As edificações residenciais foram os principais responsáveis para conseguir essa evolução, conforme o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).

Já no Ceará, o crescimento foi causado, principalmente, pelas obras públicas, em nível estadual ou municipal, segundo o diretor de obras de interesse social do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE), Francisco Kubrusly Neto.

"A cidade é um canteiro de obras, o que utiliza muito cimento. E a queda de juros força uma tendência ao investimento imobiliário. Então, as incorporadoras começam a tirar os projetos da gaveta, a querer fazer lançamentos, e isso dá movimento imobiliário ao setor", aponta Neto.

Além do mercado interno, a alta demanda externa colaborou com a alta de vendas do cimento, devido ao fechamento de várias fábricas e empresas na região Norte do país, segundo o presidente do SNIC, Paulo Camillo Penna. Contudo, embora tenho sido comemorado, o balanço de 2019 não deve ser superestimado pelo setor.

O dado de 54,5 milhões de toneladas vendidas ainda representa um atraso segundo Penna, por igualar o resultado de 2008.

"Imagina-se que é um crescimento muito importante, mas não foi. Ele está mascarado, porque a base em 2018 foi fraquíssima. Foi um número importante, claro. Vale para que o humor do setor cimenteiro melhore, mas é preciso considerar que a projeção em 2018 era crescer 2% e terminou em 1% negativo", destaca Penna.

Kubrusly Neto também concorda com essa visão. "Não foi um ano bom, o setor da construção civil estava parado, assim como o de cimento, e agora começou a parar de cair e movimentar. Vai ser bom a partir de 2020", explica Neto.

Segundo Penna, ainda é cedo para afirmar que o crescimento dará continuidade neste ano, porém a previsão é seguir com a média de 3,6%.

"Isso é em cenário conservador, nem otimista ou pessimista, e aí sim sobre uma base forte, sobre crescimento", acrescenta.

Para ele, entre os vetores que ajudarão nessa projeção está o início do retorno da demanda nas obras de infraestrutura, abaladas desde 2015 e que saiu de 20% para 10% de participação no mercado.

"Os setores residencial, de concessões, e os processos de investimentos de infraestrutura retomados pelo Governo Federal, além do saneamento serão os principais vetores. Mas não podemos esquecer do setor de mobilidade", projeta Penna

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