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Venda de máquinas da Linha Amarela cresce 35% até maio

O bom momento do setor se explica pela evolução das vendas para o agronegócio, construção e licitações públicas

Valor Econômico

21/07/2020 11h00 | Atualizada em 21/07/2020 11h23

Ao contrário de outros segmentos da economia que amargam queda nas vendas com a pandemia, as fabricantes de máquinas da Linha Amarela tiveram crescimento de 35% de janeiro a maio no comparativo com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Foram comercializados 8 mil equipamentos no período, entre escavadeiras, carregadeiras, retroescavadeiras, compressores, gruas, guindastes e plataformas aéreas. A expectativa é que neste ano a venda de máquinas da Linha Amarela alcance 20 mil unidades, o que representaria aumento de cerca de 15% no comparativo com 2019.

O bom momento do setor se explica pela evolução das vendas para o agronegócio, construção e licitações públicas.

Segundo Way Chien, gerente financeiro e jurídico do grupo XCMG Brasil, mesmo com a pandemia, que primeiro reduziu as operações na China, a empresa manteve a produção inalterada. A XCMG fabrica no país 20 modelos e, por mês, saem da linha de montagem 200 máquinas.

“Estamos operando com cerca de 25% da capacidade instalada. Desde

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Ao contrário de outros segmentos da economia que amargam queda nas vendas com a pandemia, as fabricantes de máquinas da Linha Amarela tiveram crescimento de 35% de janeiro a maio no comparativo com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Foram comercializados 8 mil equipamentos no período, entre escavadeiras, carregadeiras, retroescavadeiras, compressores, gruas, guindastes e plataformas aéreas. A expectativa é que neste ano a venda de máquinas da Linha Amarela alcance 20 mil unidades, o que representaria aumento de cerca de 15% no comparativo com 2019.

O bom momento do setor se explica pela evolução das vendas para o agronegócio, construção e licitações públicas.

Segundo Way Chien, gerente financeiro e jurídico do grupo XCMG Brasil, mesmo com a pandemia, que primeiro reduziu as operações na China, a empresa manteve a produção inalterada. A XCMG fabrica no país 20 modelos e, por mês, saem da linha de montagem 200 máquinas.

“Estamos operando com cerca de 25% da capacidade instalada. Desde que começamos a operação crescemos a nossa produção. Mesmo com todas as crises pelas quais o país passou, ano após ano aumentamos os nossos negócios por aqui”, disse Chien.

A chinesa XCMG inaugurou a fábrica em Pouso Alegre (MG) em 2014 e logo depois o país entrou em recessão. “No primeiro semestre tivemos muitos negócios com os governos estaduais e federal. Há muita licitação para compra de máquinas que são usadas em manutenção de estradas. Além do agronegócio que se tornou um setor comprador desse tipo de equipamento”, disse o executivo.

A operação brasileira faturou no primeiro semestre R$ 250 milhões, aumento de 15% no comparativo com o mesmo período do ano passado. A expectativa, segundo Chien, é chegar a uma receita de R$ 500 milhões neste ano. Em 2019, a subsidiária faturou R$ 470 milhões. “Estruturamos a operação no país com o banco XCMG que terá linhas de crédito para o financiamento das nossas máquinas”, afirmou.

Gilberto Galter dos Santos, proprietário da Triama Norte Tratores, revendedor da XCMG em Minas Gerais, disse que o agronegócio e as licitações devem manter o mercado este ano. “Toda fazenda tem uma pá-carregadeira, vende-se muito para este setor. No nosso caso, no primeiro semestre o faturamento cresceu de 18 a 20%. E isso deve se manter este ano”, disse Santos.

A rede detém cinco lojas em Minas Gerais e uma na Bahia e está para inaugurar mais duas, uma em Contagem e outra em Pouso Alegre. “Hoje, 50% do meu faturamento vem do agronegócio. Com a abertura das outras lojas, principalmente a de Contagem, vamos atender melhor a mineração e com isso, espero dividir melhor os ovos no cesto.”

O diretor de vendas e marketing da JCB, Alisson Brandes, disse que esse desempenho do mercado deverá se manter no próximo ano. Segundo ele, em 2021 a estimativa é um crescimento em torno de 15%. “O agronegócio com certeza terá uma parcela importante nas vendas. Os investimentos privados também devem ser um dos motores do crescimento, puxados pelos planos de concessões que devem retomar em um o ritmo mais forte no ano que vem.”

Segundo Brandes, a JCB está iniciando o planejamento para o próximo ano e deverá estruturar a operação para atender o crescimento estimado do mercado. “O setor privado será o grande motor do crescimento em 2021. Devemos acompanhar o mercado e para isso vamos nacionalizar mais três modelos”, disse o executivo.

A JCB produz em Sorocaba (SP), 10 máquinas e no primeiro semestre foram montados 1,2 mil equipamentos. A meta é chegar ao final de 2020 com um volume de 2,5 mil unidades fabricadas. “Temos uma capacidade instalada para 10 mil máquinas por ano, estamos ainda muito abaixo”, ressaltou.

Luiz Marcelo Daniel, presidente da Volvo CE América Latina, ressaltou que outro segmento que também deve puxar o crescimento do mercado neste ano e em 2021 é o de locação. Nos últimos anos, a frota brasileira foi se desfazendo com a queda das obras de infraestrutura. Muitas empresas venderam os equipamentos ou não fizeram a manutenção das máquinas.

“Há mais negócios para reposição da frota neste momento. Em 2021, deverá ter o mesmo ritmo de crescimento deste ano, em torno de 15%, puxado pelas obras e do plano de concessões.”

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