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Importação desleal de pneus ameaça empregos e investimentos no país, alerta ANIP 

Segundo a entidade, pneus entram no país com preços inferiores aos de matérias primas e abaixo do custo de produção industrial

Assessoria de Imprensa

17/06/2024 11h51 | Atualizada em 18/06/2024 08h42

A ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) está pleiteando medidas emergenciais junto ao Governo Federal para conter o surto de importação desleal de pneus da China e de outros países da Ásia no mercado brasileiro.

Dados da entidade, levantados com base nas informações de importação da Receita Federal, mostram que 50% dos pneus importados da Ásia entram no país com preços inferiores ao das matérias primas usadas no produto e 100% das importações estão abaixo do custo de produção industrial.

“Essa concorrência desleal está ameaçando empregos, colocando investimentos futuros em risco e trazendo desorganização da cadeia produtiva, afetando também produtores de borracha, de têxteis, de produtos químicos e de aço, insumos usados largamente na produção de pneus”, diz Klaus Curt Müller, presidente da ANIP.

Segundo a entidade, a entrada indiscriminada de pneus importados está afetando duramente a indústria instalada no país.

De 2017 para 2023 as vendas de pneus da ind&u

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A ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) está pleiteando medidas emergenciais junto ao Governo Federal para conter o surto de importação desleal de pneus da China e de outros países da Ásia no mercado brasileiro.

Dados da entidade, levantados com base nas informações de importação da Receita Federal, mostram que 50% dos pneus importados da Ásia entram no país com preços inferiores ao das matérias primas usadas no produto e 100% das importações estão abaixo do custo de produção industrial.

“Essa concorrência desleal está ameaçando empregos, colocando investimentos futuros em risco e trazendo desorganização da cadeia produtiva, afetando também produtores de borracha, de têxteis, de produtos químicos e de aço, insumos usados largamente na produção de pneus”, diz Klaus Curt Müller, presidente da ANIP.

Segundo a entidade, a entrada indiscriminada de pneus importados está afetando duramente a indústria instalada no país.

De 2017 para 2023 as vendas de pneus da indústria nacional (passeio e carga) caíram 18%, enquanto as importações cresceram 117%.

Quando comparado aos cinco primeiros meses de 2017 e de 2024, o mercado nacional encolheu 19% e as importações cresceram 229%, levando a indústria nacional de volta aos anos de pandemia.

“Esse avanço se deu por conta dos preços desleais. Enquanto grandes mercados como EUA, Europa e México ergueram barreiras para proteger suas indústrias, o Brasil virou ponto de desova do produto vindo especialmente de países asiáticos”, diz Curt.

Cadeia industrial – Atualmente, o Brasil conta com11 fabricantes de pneus com operações no país.

Ao todo, são 21 plantas industriais, distribuídas por 7 estados e responsáveis pela venda de 52 milhões de pneus no mercado local em 2023.

De acordo com o dirigente, a indústria de pneus instalada no país emprega 32 mil trabalhadores diretos e 500 mil indiretos.

Dos diretos, 2.500 funcionários já estão em suspensão ou redução da jornada de trabalho (lay-off).

“O Brasil levou muito tempo para construir uma cadeia industrial de pneus, o que é estratégico para um país de dimensão continental que utiliza intensamente o modal rodoviário, e agora todo este esforço está sob ameaça”, diz Curt.

“Se medidas emergenciais não forem tomadas para garantir uma concorrência saudável, corremos o risco de assistir a uma desindustrialização do setor”, alerta.

O presidente da ANIP acentua que a entidade e os fabricantes não são contra as importações.

“O que queremos é garantir condições isonômicas de competição e medidas para corrigir a concorrência desleal que se instalou no comércio internacional de pneus com o Brasil”, afirma.

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