Em maio, a Volvo promoveu uma demonstração da nova linha de caminhões Euro 6, focada em produtos vocacionais para mineração, construção, agronegócio e operações florestais.
Sediado em uma fazenda na região de Piraquara (PR), na Grande Curitiba, o evento “Volvo Extreme 2023” recebeu cerca de 200 profissionais de todo o país, que durante quatro dias puderam testar em duas pistas as novidades do portfólio da marca, atualizado no final do ano passado com nova tecnologia de motores.
“Com o tempo, notamos que o cliente precisava experimentar o caminhão antes de decidir por uma compra”, justificou Jeseniel Valério, gerente de engenharia de vendas da Volvo. “A experimentação na vida real permite mostrar tudo o que o caminhão oferece.”
Apoiada pelo Banco Volvo, a empresa também ofereceu condições especiais para aquisição dos produtos, representados por mais de 20 caminhões impl
Em maio, a Volvo promoveu uma demonstração da nova linha de caminhões Euro 6, focada em produtos vocacionais para mineração, construção, agronegócio e operações florestais.
Sediado em uma fazenda na região de Piraquara (PR), na Grande Curitiba, o evento “Volvo Extreme 2023” recebeu cerca de 200 profissionais de todo o país, que durante quatro dias puderam testar em duas pistas as novidades do portfólio da marca, atualizado no final do ano passado com nova tecnologia de motores.
“Com o tempo, notamos que o cliente precisava experimentar o caminhão antes de decidir por uma compra”, justificou Jeseniel Valério, gerente de engenharia de vendas da Volvo. “A experimentação na vida real permite mostrar tudo o que o caminhão oferece.”
Apoiada pelo Banco Volvo, a empresa também ofereceu condições especiais para aquisição dos produtos, representados por mais de 20 caminhões implementados, incluindo a nova linha VM Euro 6, de 290 cv e 360 cv.
“Essa linha é a última palavra em tecnologia a diesel, com resultados fantásticos em durabilidade, qualidade e disponibilidade”, afirmou Julio C. Lodetti, engenheiro de vendas sênior da Volvo.
EVOLUÇÃO
Segundo o especialista, o novo motor D13K Euro 6 – também presente nas linhas FH, FM e FMX – oferece de 8% a 10% de economia no consumo, além de emissões significativamente menores, até 80%.
“É o motor mais avançado da Volvo no mundo, feito aqui em Curitiba”, ressaltou Lodetti, detalhando ainda as características do VM Light Mixer, para transporte de concreto. “Equipado com componentes mais leves, esse modelo transporta até 1 m3 a mais de material”, frisou.
Montado com guindaste no evento, o modelo VM 8x2 também ganhou destaque em características como segundo eixo direcional de fábrica econtrole dos implementos no próprio veículo. “Com o controle remoto é possível ajustar a rotação e até mesmo desligar o motor do caminhão”, explicou Valério.
Cliente de vocacionais prefere experimentar o caminhão antes de decidir pela compra
Por sua vez, o engenheiro de vendas Marcelo Pinto da Silva apresentou a família VMX para operações fora de estrada, com destaque para o modelo VMX Max 6x4 rígido, que oferece PBT de 34 t, duas a mais que seu antecessor.
Equipado com motor de 360 cv e freio motor VEB de 300 cv, o modelo traz configuração de fábrica com chassi duplo reforçado, suspensão dianteira parabólica de 8 t e suspensão traseira semielíptica de 26 t, além de eixo com redução nos cubos, que também integra o FMX.
“Com sistema de arrancada extrapesada, esse caminhão permite realizar operações com custo muito menor que o trator, pois é mais barato, gasta menos combustível e tem o dobro de velocidade”, assegurou.
Homologados para a Lei de 91 t (Resolução nº 872), os modelos canavieiros FMX 540 e FH 540 trazem a 7ª geração da caixa I-Shift em versão super-reduzida com Overdrive e o sistema I-See pré-mapeado, além de suspensões e chassis reforçados.
“Com cabine maior, o FH de 11 eixos também é utilizado na entressafra”, acrescentou Valério, apontando ainda itens de segurança como freios eletrônicos EBS, piloto automático adaptativo e sistema Stop-and-Go.
Também equipado com I-Shift super-reduzida e duas machas-trator, o FMX 6x4 versão plataforma oferece um range de potência de 420 cv a 540 cv. “Esse caminhão é capaz de sair das situações mais difíceis dentro do talhão”, comentou Valério.
Ainda mais robusto, o carro de produção FMX Max foi apresentado como o “estado da arte da mineração”.
Com eixos traseiros desenvolvidos em parceria com a Volvo CE, o modelo possui PBT de 58 t, podendo transportar até 6 t a mais de carga líquida que o FMX. Equipado com freio-motor VEB e Retarder de série, o poder de frenagem do modelo supera 1.000 cv.
“Esse modelo também conta com sistema eletrônico de freios EBS, além de uma série de itens para rodar em pisos soltos”, acrescentou o gerente, que também anotou novas sugestões dos clientes.
“A gente leva isso para a fábrica, que tem um processo de Customer Adaptation e eventualmente faz adaptações pontuais fora da linha de montagem.”
PERCEPÇÃO
Dentre os participantes, a percepção foi de que a nova linha Euro 6 trouxe um diferencial importante para a marca no transporte fora de estrada.
“A nova geração de motores é mais econômica, o que traz maior redução de emissões e de consumo que a versão anterior”, avaliou Luiz Gustavo R. Pereira, CEO Grupo Tracbel, distribuidora da Volvo Caminhões nas regiões Norte e Nordeste.
“Ou seja, é uma tecnologia que traz um ganho de custos e de eficiência muito grande para quem está operando.”
Aparentemente, o usuário também já tem percebido isso, como apontou Eduardo Paganini, representante da Marborges Agroindústria, de Belém (PA), usuário da marca há 30 anos e que trabalha com transporte de gordura vegetal da palma.
Nesse período, ele acompanhou de perto a evolução da linha FH e, agora, também demonstra um interesse especial no modelo VMX Max.
“Chama a atenção a parte de frenagem do caminhão, que também ficou muito mais robusto, com motorização que saiu da MWM e veio para a Volvo”, diz o empresário, que também é proprietário da Paganini Logística, de Goiânia (GO).
“Isso faz uma diferença grande na questão de potência, trazendo economia de combustível, que é o vilão de qualquer operação.”
Demonstração no Paraná incluiu modelos como o VMX Max, com motor de 360 cv
Para ele, no entanto, os fretes não são remunerados de acordo no país, o que traz algumas preocupações na aquisição de novos veículos.
“Os custos com pneus, manutenção e o próprio equipamento subiram muito, e essa conta ainda não fecha”, comentaPaganini, que testou os caminhões. “Mas certamente vamos fechar negócios com a montadora.”
A preocupação com o consumo também é compartilhada por Pablo Henrique, profissional de Manaus (AM) que atua no segmento de terraplenagem e pavimentação, movimentando até 300 mil m3 com caminhões em algumas operações.
“O fato de contar com estágios no freio-motor é um diferencial dessa linha, pois gera economia de combustível, o que todo transportador precisa”, diz ele. “Além disso, a tecnologia também ajuda na operação quando o motorista não é tão bom tecnicamente, o famoso ‘pé-duro’, como é chamado.”
CONFIANÇA
Na demonstração, a fabricante também traçou com exclusividade à Revista M&T as perspectivas de mercado para o ano no segmento vocacional.
Segundo Alcides Cavalcanti, diretor executivo de caminhões da Volvo, o segmento de construção ainda não evoluiu, mantendo-se nos níveis do ano passado.
“A taxa de juros está influenciando o mercado imobiliário, o que está reduzindo a demanda por imóveis”, comentou o executivo, acrescentando que, em contraste, os segmentos canavieiro, florestal e de mineração estão indo “muito bem”.
“Apesar de ter havido uma pré-compra no ano passado, devido à transição para a tecnologia Euro 6, que também é mais cara, ainda assim vários clientes estão cotando”, revelou.
Cavalcanti: carros de produção precisam entregar redução no TCO
Ao contrário do segmento rodoviário, observou, no qual a aquisição é feita mais por impulso, o cliente de vocacionais encara o caminhão como equipamento, almejando produtividade, disponibilidade, segurança e retorno.
“E esse evento mostra claramente o interesse dos clientes nesse tipo de caminhão, que tem foco na redução de TCO (Total Cost of Ownership)”, reforçou o executivo da empresa.
Para ele, a marca agora conta com a linha de vocacionais mais completa do mercado brasileiro. “Com a linha Euro 6 conseguimos ampliar ainda mais o portfólio, incluindo modelos VMX Max e FMX Max”, acentuou.
MERCADO
Participação da marca em vocacionais tem alta expressiva
Desde 2019, a Volvo dobrou a participação no mercado de vocacionais, atingindo 30,1% no acumulado até abril.
Isoladamente, o segmento canavieiro liderou as vendas da montadora no período, com 45% do total de emplacamentos no país. Um dos destaques para o nicho é o caminhão VMX MAX, que em 2022 obteve uma fatia de 39,7% na classe de 360 cv.
Ancorada pelos modelos FMX e FH, a oferta da marca para aplicações mais severas chegou a 35,6% no acumulado do 1º quadrimestre, o que representa avanço de 12 pp em relação aos resultados do ano passado.
No segmento florestal, os modelos até 360 cv da linha VM representavam 48,1% dos emplacamentos até meados de maio, enquanto em operações florestais severas a participação da linha F chegou a 24,3% do mercado, com evolução de 12 pp no período.
Nova linha Euro 6 impulsionou atuação da marca no segmento fora de estrada
Já em mineração, área igualmente atendida pelas linhas F e VM, o total de emplacamentos totalizou 30,7% do volume de mercado movimentado no 1º quadrimestre do ano.
Segundo a montadora, o desempenho é reflexo dos investimentos realizados na área vocacional, incluindo a estrutura de suporte técnico junto às operações dos clientes, incluindo o lançamento do “Extreme Service”, um atendimento especializado para veículos que atuam em operações intensivas.
ELETRIFICAÇÃO
Empresa começa a testar caminhões pesados elétricos no Brasil
A Volvo começou a disponibilizar caminhões elétricos para empresas de transporte com operações regulares no Brasil. Foco da ação, o Volvo FM Electric pode ser equipado com três motores elétricos e até seis baterias (540 kWh), sendo indicado para operações no entorno de centros urbanos.
O pesado FM Electric já está sendo testadopor transportadoras brasileiras
O carregamento pode ser feito em estações no pátio da própria transportadora, em um período entre 1h30 e 8h00, dependendo da quantidade de baterias e do tipo de carregador utilizado.
Segundo a fabricante, as viagens vêm sendo realizadas por transportadores de vários setores.
“Iniciaremos nossa jornada da transformação do transporte pesado no Brasil em aplicações específicas, para gradualmente expandir a tecnologia a outros segmentos”, explica Alan Holzmann, diretor de estratégia e planejamento de produto caminhões da montadora.
Saiba mais:
Volvo Trucks: www.volvotrucks.com.br
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