Revista M&T - Ed.281 - Fev/Mar - 2024
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EMPRESA

John Deere investe em centro de P&D no Brasil

Fabricante anuncia novo centro de desenvolvimento tecnológico no país com o objetivo de introduzir sistemas de produção e soluções agrícolas de precisão no mercado

A importância do agronegócio brasileiro vem se tornando cada vez mais representativa para o mundo. Por isso, fabricantes de máquinas agrícolas como a John Deere vêm aumentando a aposta neste segmento no país, aportando continuamente novos investimentos, relacionados especialmente à tecnologia.

Segundo Heather Van Nest, diretora de inovação da John Deere para a América Latina, o Brasil desempenha um papel fundamental no atendimento das necessidades relacionadas à produção em um cenário de demanda global crescente por alimentos e combustíveis.

“A Deere está comprometida em responder de maneira ágil às demandas do mercado brasileiro, desenvolvendo soluções adequadas para a agricultura tropical”, acentua.

Para a executiva, a aceleração do processo de resposta às necessidades dos clientes é a principal motivação por trás do mais recente investimento no país. Recém-


A importância do agronegócio brasileiro vem se tornando cada vez mais representativa para o mundo. Por isso, fabricantes de máquinas agrícolas como a John Deere vêm aumentando a aposta neste segmento no país, aportando continuamente novos investimentos, relacionados especialmente à tecnologia.

Segundo Heather Van Nest, diretora de inovação da John Deere para a América Latina, o Brasil desempenha um papel fundamental no atendimento das necessidades relacionadas à produção em um cenário de demanda global crescente por alimentos e combustíveis.

“A Deere está comprometida em responder de maneira ágil às demandas do mercado brasileiro, desenvolvendo soluções adequadas para a agricultura tropical”, acentua.

Para a executiva, a aceleração do processo de resposta às necessidades dos clientes é a principal motivação por trás do mais recente investimento no país. Recém-anunciado pela fabricante, o novo Centro Brasileiro de Desenvolvimento de Tecnologia é um exemplo disso.

Primeiro núcleo de desenvolvimento e testes da marca no mundo voltado especialmente para a agricultura tropical, o centro está sendo construído em Indaiatuba (SP), sendo que as obras começaram em novembro do ano passado, com previsão de inauguração já no final de 2024.

Com investimentos previstos de cerca de R$ 180 milhões, a nova unidade de P&D da John Deere no Brasil está sendo implantada em uma área de 500 mil m², com 10 mil m² de área construída, incluindo instalações administrativas para mais de 150 funcionários, laboratórios de hidráulica e estruturas, oficina para montagem e testes em equipamentos agrícolas de todos os portes e pista de testes para operação de veículos e implementos.

PESQUISA

Segundo Antonio Carrere, presidente da John Deere Brasil, o novo centro busca permitir que os produtos sejam concebidos e testados em território brasileiro, considerando todas as variáveis locais, como solo, clima e conectividade disponível, por exemplo, contribuindo para que as soluções sejam entregues aos clientes da forma mais rápida possível.


Desenvolvimento e testes em território brasileiro
permitem adequar a produção às variáveis locais, diz Carrere

“As vantagens de construir esse espaço são conhecer de forma mais expressiva as culturas locais e saber quais tecnologias os clientes realmente precisam”, diz o executivo.

“Além disso, realizar os testes em um centro próprio vai permitir acelerar todo o processo de pesquisa”, completa Carrere, destacando que, com a instalação do Centro Brasileiro de Desenvolvimento de Tecnologia, a John Deere espera reduzir em até 40% o tempo de desenvolvimento de novas soluções, dependendo do tipo de projeto.

De acordo com Carrere, a fabricantenorte-americana também entende que é preciso produzir alimentos e energia de forma mais sustentável. Nesse sentido, o Brasil exerce um papel de protagonismo global, pois, além de ser um importante produtor de grãos e de diversas outras culturas, detém uma fonte privilegiada de energia renovável.

“O mundo já entendeu que precisamos de mais energia, especialmente limpa, sustentável e renovável”, ele sublinha. “E o Brasil também tem uma história de sucesso importante na gestão do etanol produzido a partir da cana-de-açúcar, inclusive com avanço recente expressivo na produção via milho”, diz.

Recentemente, a John Deere apresentou o projeto de um motor a etanol de 9 l, que – segundo a empresa – surge como uma alternativa sustentável para motores de alto desempenho.

“Durante a Agritechnica 2023, realizada em Hanôver, anunciamos para o mundo o início dos estudos do motor a etanol”, afirma o presidente da John Deere Brasil. “Esse trabalho de pesquisa também vai ser realizado no Brasil, agora apoiado pelo novo Centro de Desenvolvimento de Tecnologia.”

TALENTOS

Segundo Heather, o centro é um projeto inédito para a fabricante, que não possui qualquer outra instalação global que integre sistemas de produção, soluções de agricultura de precisão, projetos de atualização de máquinas (Precision Upgrades) e equipes de testes em um único local, como está previsto acontecer na nova unidade de Indaiatuba.


Segundo Van Nest, o objetivo do novo centro é acelerar
o processo de resposta às necessidades dos clientes

“A localização dessas equipes em um mesmo lugar permite aprimorar a integração do nosso trabalho e, o que é ainda mais importante, desenvolver capacidades e talentos em todas as funções”, diz ela.

Nesse sentido, a executiva reforça que a opção por Indaiatuba se deve à proximidade da cidade paulista com diversas universidades e centros de pesquisa, facilitando o recrutamento de talentos e criação de parcerias estratégicas.

“Além disso, a região está próxima aos nossos escritórios regionais de marketing e vendas, bem como ao Aeroporto de São Paulo, em Guarulhos, facilitando o acesso para visitantes globais”, avalia.

Com obras previstas para terminar no final deste ano, a expectativa é inaugurar o Centro Brasileiro de Desenvolvimento de Tecnologia o mais rápido possível.

“Inclusive, já temos profissionais envolvidos com tecnologia no Brasil que estão trabalhando nas unidades em Horizontina, Montenegro, Catalão e Campinas, antes mesmo da conclusão das obras”, complementa Heather.

A maioria dos especialistas da nova unidade deve ser composta por brasileiros, revela a diretora de inovação, mas também haverá espaço para profissionais dos Estados Unidos e de outros países. “Isso inclui especialistas em machine learning do mundo todo, que devem visitar o centro constantemente”, ela conclui.


PRODUÇÃO
Portfólio da marca amplia a oferta de soluções específicas para o país


Soluções como a colhedora de cana CH950 (acima) têm projeto genuinamente nacional

A John Deere acredita que o futuro de suas operações globais passa inevitavelmente pelo Brasil, o que tem levado ao lançamento de produtos com foco específico no mercado local, como é o caso da colhedora de cana de duas linhas CH950, um projeto nacional pensado para atender especificamente às necessidades de produtores de cana-de-açúcar do país, assim como a colheitadeira de grãos S400, criada para pequenas e médias propriedades.

“Com o novo centro de desenvolvimento tecnológico, será possível acelerar a entrega de soluções para o mercado brasileiro, além de cada vez mais considerar as necessidades específicas do país”, comenta o presidente da John Deere Brasil, Antonio Carrere.

No país, a fabricante já conta com um Centro de Agricultura de Precisão e Inovação (CAPI), inaugurado em 2017 em Campinas (SP) com foco em hardware e software para agricultura de precisão. Oportunamente, o CAPI deve ser integrado ao novo Centro Brasileiro de Desenvolvimento de Tecnologia de Indaiatuba, informa a fabricante.


Saiba mais:
John Deere:
www.deere.com

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