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Revista M&T - Ed.192 - Julho 2015
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M&T Expo 2015

Vitrine da inovação

Expositores exibem tecnologias avançadas para reduzir o consumo e os custos com manutenção, oferecendo maior rentabilidade aos setores de construção e mineração

Ao lado dos negócios e contatos gerados, o mais importante papel da M&T Expo talvez seja a atualização tecnológica que desde 1995 a feira promove no setor. E na edição de 20 anos isso não foi diferente. Como sempre, o seleto público do evento – formado por especialistas, técnicos, engenheiros, operadores, gestores e executivos – pôde ampliar seus conhecimentos sobre uma ampla variedade de equipamentos e máquinas de última geração para terraplanagem, pavimentação, concreto, içamento, elevação, perfuração, mineração, motores, utilities, peças e componentes.

E não poderia mesmo ser de outro modo. Afinal, ofertar soluções que garantam menor custo de manutenção, redução de consumo de combustível e maior rentabilidade na operação é a equação mais que desejável para os players que fornecem equipamentos aos setores de construção e mineração no Brasil. Ou seja, tudo o que o visitante pôde conferir na M&T Expo 2015.

De fato, mais que o volume (são incontáveis as soluções exibidas no início de junho no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center), pode-se dizer que o principal


Ao lado dos negócios e contatos gerados, o mais importante papel da M&T Expo talvez seja a atualização tecnológica que desde 1995 a feira promove no setor. E na edição de 20 anos isso não foi diferente. Como sempre, o seleto público do evento – formado por especialistas, técnicos, engenheiros, operadores, gestores e executivos – pôde ampliar seus conhecimentos sobre uma ampla variedade de equipamentos e máquinas de última geração para terraplanagem, pavimentação, concreto, içamento, elevação, perfuração, mineração, motores, utilities, peças e componentes.

E não poderia mesmo ser de outro modo. Afinal, ofertar soluções que garantam menor custo de manutenção, redução de consumo de combustível e maior rentabilidade na operação é a equação mais que desejável para os players que fornecem equipamentos aos setores de construção e mineração no Brasil. Ou seja, tudo o que o visitante pôde conferir na M&T Expo 2015.

De fato, mais que o volume (são incontáveis as soluções exibidas no início de junho no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center), pode-se dizer que o principal indutor do evento é mesmo a inovação como fonte de competitividade. “O desenvolvimento tecnológico das máquinas, a disponibilidade de equipamentos mais econômicos e de maior produtividade e, ao mesmo tempo, com reduzido impacto ambiental, são bons exemplos da importância do que foi mostrado na feira, pois modernizam as empresas do setor”, frisou Afonso Mamede, presidente da Sobratema.

LINHA AMARELA

A Caterpillar, por exemplo, montou uma apresentação concentrada em infraestrutura. Para tanto, a empresa mostrou 20 modelos de diferentes segmentos e vários portes dentro da construção. Nesse rol, foram exibidos equipamentos como escavadeiras, motoniveladoras, pás carregadeiras e pavimentadoras.

Dentre os destaques, dois produtos recentemente nacionalizados: a escavadeira 318D2 L e o trator de esteiras D6K, que passaram a ser produzidos em Piracicaba (SP). Também fizeram sua estreia na América do Sul a pavimentadora de asfalto AP1055F com a mesa SE60 VT XW, a miniescavadeira hidráulica 302.7D e a retroescavadeira 420F2, que será lançada no país somente em agosto.

Com a renovação do portfólio, a empresa pretende prospectar novos nichos, expandindo sua base de atuação. “O que esperamos mais – e que é um pouco diferente do que foi no passado – é atrair clientes não tradicionais”, informou Odair Renosto, presidente da Caterpillar Brasil. “Estamos prospectando clientes novos, que não tínhamos antes. São clientes que no passado utilizavam mais mão de obra e tinham equipamentos não tão eficientes.”

Tal oportunidade, segundo ele, deve-se às margens mais apertadas, que levam a uma busca intensa por produtividade. Com isso, esses potenciais clientes estão tendo de investir em equipamentos com tecnologia mais avançada, para ganhar tempo, precisão e eficiência. “No passado, eles não se importavam tanto com isso, pois a margem era suficiente”, avaliou. “Mas a concorrência foi aumentando, assim como o nível de exigência e tempo de execução. A combinação de tudo isso faz com que o cliente busque pelo avanço tecnológico.”

No estande da John Deere, ganharam destaque as pás carregadeiras 744K-II, 824K-II e 844KII, com peso operacional de 24, 26 e 34 toneladas métricas, respectivamente, além da motoniveladora 672G e da escavadeira hidráulica 470G. Já a Hitachi Construction Machinery fez três lançamentos de escavadeiras acima de 45 t, com os modelos ZX470LC-5, ZX670LC-5 e ZX870LC-5.

As escavadeiras da marca possibilitam a escolha entre três modos de operação (H/P, P e ECO), permitindo ao operador adequar o comportamento da máquina ao trabalho, visando a balancear a produção com a eficiência de combustível. “A joint venture com a Hitachi abre espaço para conquistar novos clientes também no setor de mineração ao ofertar escavadeiras com capacidades que podem chegar a 90 t e carregadeiras de 24 a 34 t”, ressaltou Roberto Marques, líder da divisão de construção e florestal da John Deere no Brasil.

Em uma apresentação de cunho institucional, a Volvo CE mostrou um portfólio com 12 diferentes modelos, que incluiu desde a linha de rolos compactadores de 1.500 kg a 16.199 kg até máquinas como escavadeiras, pás carregadeiras sobre rodas e caminhões articulados, além de propulsores para grupos geradores.

A fabricante também reforçou o conceito de dual brand adotado em âmbito global, uma estratégia encabeçada pelos produtos Premium da Volvo CE, com as soluções da SDLG destinadas a demandas específicas.

Em relação ao mercado, o presidente Afrânio Chueire destacou que o momento é bastante interessante para avaliação dos negócios. “O momento realmente é de muita preocupação, mas é preciso considerar que no ano passado o mercado brasileiro encerrou com 25 mil unidades, cinco vezes a mais do que tínhamos há 10 anos”, disse o executivo.

Na linha de escavadeiras, a BMC-Hyundai destacou os modelos R140-9S e R220LC-9S. Com porte de 14 t e motor de 126 hp, a R140-9S apresenta potência de um equipamento de 16 t, com a vantagem de representar um investimento 20% menor para os compradores. A marca também apresentou a retroescavadeira H940C, um modelo que traz motor de 100 hp e possui peso operacional de 7.900 kg, proporcionando – segundo a empresa – maior agilidade no carregamento e na produção, além de aumentar a força da escavação e reduzir o consumo de combustível. A máquina consome, em média, de 10 l a 12 l de combustível por hora, dependendo do modo de operação.

A empresa lançou durante a feira um plano de Manutenção Preventiva Programada (MPP), com o objetivo de garantir disponibilidade dos equipamentos comercializados no Brasil. O plano inclui inspeções técnica e análises de óleo para acompanhamento do desgaste interno dos componentes. “Esse é um momento desafiador, onde buscamos toda oportunidade de fazer negócio”, disse Alcides Guimarães, gerente de pós-venda da marca.

O principal destaque da Case CE foi a nova linha de tratores de esteiras, que – segundo a fabricante – reduzem o consumo de combustível em até 10%. “Em um ano, a linha proporciona uma economia de 12 mil reais em combustível”, enfatizou Roque Reis, vice-presidente da empresa para a América Latina. “Se a máquina trabalhar oito horas por dia, o cliente pode ter 13% a mais de produtividade e um ganho de 20% em eficiência.”

A nova linha conta com os modelos 1150L (com peso operacional de 14.038 kg), 1650L (17.243 kg), ambos na versão PAT, e 2050M (22.446 kg), também na versão PAT e BD (Bulldozer). Segundo Reis, a linha é produzida em Contagem (MG) e todos os modelos podem ser financiados via Finame.

Além dos lançamentos, a empresa apresentou o aplicativo SiteControl. Acoplado a motoniveladoras, escavadeiras hidráulicas e tratores de esteira, o opcional determina a profundidade ideal para corte do terreno e o melhor ângulo de ataque da caçamba para a remoção de material. “Esta tecnologia garante economia na mão de obra, pois reduz a demandas topográficas e as horas de trabalho”, disse Reis.

A Doosan apresentou a sua linha de equipamentos para escavação e carregamento que variam de 14 t a 50 t de peso operacional. Um dos destaques foi a escavadeira hidráulica DX225LCA, de 22 t, produzida na unidade industrial de Americana (SP). A empresa também levou a linha de pás carregadeiras com caçambas que variam de 2 m³ a 5 m³.

Outro equipamento em destaque foi a máquina manipuladora hidráulica DX300LL, muito popular nos EUA e agora apresentada na América Latina. “Este modelo foi projetado exclusivamente para manuseio de toras e opera com grande precisão e controle, proporcionando maior segurança ao operador na execução de tarefas”, disse Mauro José Costenaro, gerente sênior de vendas e aftermaket da marca.

Há seis anos no mercado latino-americano, a SDLG lançou o compactador de solos RS7120. Específico para o mercado hispano-americano, o equipamento é uma solução com 12 t de peso operacional. “Lançar antes na América Latina é uma questão de estratégia financeira”, ressaltou Enrique Ramirez, diretor da SDLG Latin America. “Hoje, a barreira de entrada no Brasil é grande, pois a taxa do dólar não permite boa competitividade.”

Além dessa novidade, a empresa expôs outros dois novos produtos de nível de entrada. A pá carregadeira LG933 (disponível também no Brasil) encaixa-se na faixa de 10 t de peso operacional, com 1,8 m³ de capacidade na caçamba e 3 t de peso, enquanto a escavadeira LG 6300 (só para a América hispânica) é da classe de 29 t, com caçamba de 1,9 m³, sapatas de 600 mm e potência de 200 hp. Contando com Finame, as escavadeiras são fabricadas em Pederneiras (SP), na primeira fábrica da marca fora da China. “Em 2012, introduzimos a máquina importada e, em agosto de 2013, já começamos a produzir aqui”, apontou o diretor.

Presente desde a primeira edição da feira, a Randon mostrou dois modelos de retroescavadeiras, a RD 406 Standard e a RD 406 Advanced. Segundo o diretor da empresa, Celso Santa Catarina, os modelos expostos no evento foram projetados para aplicação em obras de infraestrutura e construção civil. “A Randon Veículos sempre busca oferecer a solução mais ajustada às necessidades dos nossos clientes”, destacou. “Nessa linha, as retroescavadeiras da série RD 406 possuem alto grau de tecnologia embarcada, baixo custo operacional e de manutenção, além de menor consumo de combustível”.

Atenta à nova rodada de concessões de rodovias, a Sany aproveitou a M&T Expo para atrair os holofotes para a motoniveladora SAG 200, a segunda geração da marca. A empresa também lançou a retroescavadeira BL70C, um produto multitarefa, com dispositivo de carregamento em oito conexões, podendo ser equipado com rompedor hidráulico, caçambas de escavação e carregamento, garfo pallet, placa vibratória, vassoura hidráulica, perfuratriz e caçamba trituradora, entre outros acessórios.

Com sete anos de atuação no Brasil, a empresa recentemente reforçou a rede de distribuidores e agora intensifica o treinamento das equipes de vendas e pós-venda. “Queremos afirmar nosso compromisso de crescer no mercado brasileiro”, afirmou o chairman Xu Ming. “Temos um projeto de longo prazo aqui e acreditamos que a crise é pontual.”

Lançamento exclusivo para a M&T Expo, a escavadeira de rodas WE190B PRO é uma das novidades da New Holland Construction o mercado da América Latina. O equipamento tem como destaque o sistema de tração de eixos ZF, com capacidade de deslocamento de até 20 km/h, facilitando a circulação dentro de centros urbanos.

A máquina – que chega para completar a classe de equipamentos de 19 t da marca – também traz lâmina frontal (que auxilia na remoção de materiais e garante maior estabilidade ao equipamento), cabine com proteção ROPS/FOPS e braço de 2.600 mm, facilitando a movimentação de materiais e permitindo escavação mais profunda, além de pontos de manutenção mais acessíveis ao nível do solo. “Este equipamento é fabricado na Itália, mas assim como todas as nossas tecnologias e inovações, estamos realizando estudos para futuramente nacionalizarmos o produto”, antecipou Marcos Rocha, gerente de marketing de produto da New Holland Construction.

Em uma apresentação de reforço da marca, a XCMG mostrou o amplo portfólio de equipamentos já disponibilizados no país apenas um ano após a inauguração de sua fábrica em Pouso Alegre (MG). Entre outros produtos, a empresa já fornece pás carregadeiras, escavadeiras, retroescavadeiras, rolos compactadores e motoniveladoras, além de equipamentos compactos, guindastes e plataformas.

O presidente da empresa, Sam Shang, reiterou que a empresa olha para o futuro, não apenas porque a fábrica já está esta pronta e funcionando, mas principalmente porque o Brasil, pelo seu gigantismo territorial, continua sendo o mercado mais promissor da empresa na América Latina. “O Brasil é um grande mercado de infraestrutura que está passando por momentos difíceis agora, mas uma grande companhia como a nossa faz um planejamento no longo prazo”, disse. “Logo sairão empreendimentos que têm o governo chinês como parceiro. Alguns já estão andando e, quando saírem, nós certamente estaremos juntos a eles.”

A LiuGong, por sua vez, anunciou durante a M&T Expo 2015 que reforçará sua presença no mercado nacional com uma melhor estrutura de pós-venda, contemplando estoque de peças e serviços que ficarão disponíveis a partir de sua primeira fábrica no Brasil, inaugurada em março deste ano em Mogi Guaçu (SP).

A empresa espera produzir 1.500 unidades por ano na nova instalação. O investimento se dará ao longo de três anos, refletindo as expectativas de evolução dos negócios no país. O foco da empresa inclui os equipamentos mais vendidos na América Latina, como retroescavadeiras, pás carregadeiras e escavadeiras. Segundo a empresa, uma das suas principais vantagens está na aplicação de peças produzidas por marcas mundiais, como Cummins, ZF e outras. “Este investimento é uma consequência natural da evolução dos negócios e da crença de que os mercados de infraestrutura e construção civil têm um bom potencial para crescer nos próximos anos”, destacou Bruno Barsanti, vice-presidente da LiuGong América Latina.

A Lonking apresentou o Grupo Ramires como representação exclusiva em São Paulo. A empresa chinesa é uma das maiores fabricantes de pás carregadeiras da China, produzindo mais de 70 mil unidades por ano numa área de fabril de três milhões de m2.

Na M&T Expo, a fabricante recebeu pela primeira vez no país a gerente Crystal Hu, que destacou como o grupo vem estudando o mercado brasileiro, por meio de sua representação, no sentido de desenvolver equipamentos voltados para as características do país. “O mercado de equipamentos é cíclico e entendo que, no momento, as perspectivas brasileiras não estão favoráveis, mas acredito que em breve isso se reverterá”, afirmou a executiva, reafirmando a disposição em estimular melhorias nas máquinas de modo a torná-las mais confortáveis, produtivas e facilitadoras do serviço para os operadores. “Acostumamo-nos a ver as máquinas como um ambiente duro, rígido e de trabalho severo”, disse ela. “Mas, nesse ambiente, também é importante oferecer mais conforto ao operador, pois isso melhora seu desempenho e qualidade de vida.”

A Komatsu aproveitou a feira para destacar a ampliação da família de tratores de esteiras Dantotsu, com o lançamento do modelo D61EX-23M0, que possui 170 hp de potência e peso operacional de 20 t. A lâmina PAT (articulada hidraulicamente) alcança volume de arrasto de 3,8 m³ e, por meio do sistema de controle por comando na palma da mão (PCCS), permite que o operador obtenha maior precisão durante as operações.

A fabricante também comemorou na feira os 40 anos de presença no Brasil, desde a produção do primeiro trator de esteiras D50, em 1975. E a empresa aproveitou a M&T Expo para compartilhar com os clientes esse momento histórico. “A fábrica de Suzano foi a primeira fora do Japão, sendo que já naquela época a empresa tinha convicção da importância do mercado brasileiro”, disse Agnaldo Lopes, vice-presidente da empresa. “Desde então, temos contribuído ativamente para o desenvolvimento do país com equipamentos de alta tecnologia, qualidade e durabilidade, com baixo custo operacional e suporte ao produto em todos os estados brasileiros.”

PAVIMENTAÇÃO

Na área de construção de estradas, a Ciber expôs lançamentos como a nova série de pavimentadoras da marca Vögele e a linha de compactadores Hamm, destacando os modelos GRW280 de pneus e o rolo compactador 3411, agora produzido no Brasil. A fresadora Wirtgen W100 é outro equipamento produzido em Porto Alegre (RS) e que marcou presença no estande.

Da própria marca, a empresa destacou a usina de asfalto de contrafluxo contínua da série UACF Advanced. Com capacidade de até 200 t/h, a solução é disponibilizada em cinco modelos e chega para atender a uma tendência em nichos específicos do mercado nacional. “As usinas móveis podem fazer a diferença nas concessões de longa extensão”, afirmou Luiz Marcelo Tegon, presidente da Ciber.

Nesse segmento, o executivo projeta uma demanda potencial de 10 a 15 unidades/ano no país, o que representa um market share de 65% no segmento. Nos últimos anos, a empresa dobrou de tamanho, sendo que o planejamento era dobrar de novo até 2020, chegando a 1 bilhão de reais em faturamento até 2020. “Mas estamos revendo esses números”, disse Tegon. “A empresa tem capacidade instalada para isso, mas tivemos uma redução acentuada na linha de produção e temos de esperar pela retomada.”

Também player de renome no segmento de roadbuilding, a Atlas Copco apresentou a pavimentadora Dynapac CP2700 com EcoMode. Segundo Fernando Groba, gerente geral da divisão Construction Technique, a tecnologia permite reduzir em até 30% o consumo de diesel. “O EcoMode é um sistema exclusivo de controle inteligente da rotação do motor de acordo com a carga aplicada, mantendo a rotação ideal para máxima eficiência energética”, explicou o executivo.

Utilizado na compactação do asfalto para fins de vedação, o modelo oferece 3.000 kg por roda com lastro máximo de carga. As quatro rodas traseiras são tracionadas e a pressão dos pneus é de 250 kPa (mínima) e 850 kPa (máxima). O equipamento utiliza motor Cummins a diesel de 110 cv de potência.

Quanto ao mercado, Groba garantiu que a companhia está preparada e pode esperar, sem problemas, a retomada da demanda em 2016. “Aproveitamos o período de baixa para organizar a companhia, melhorar a eficiência e nos prepararmos para atender à demanda dos nossos clientes. A expectativa é que o cenário melhore ainda este ano”, disse.

O Grupo Ammann lançou na M&T Expo a Prime 140, da série de usinas de asfalto contínuas para atender às necessidades de construções de grande porte. De acordo com as especificações do fabricante, o novo equipamento dispõe de um misturador contínuo de duplo eixo, tipo Pugmill. A incorporação de uma comporta de descarga regulável permite ajustar o volume de carga no misturador e o tempo de mistura em função da fórmula usada e do rendimento.

Além disso, a comporta de descarga permite reduzir significativamente as perdas durante o início e o final da produção. “A Prime 140 bipartida é um equipamento com componentes suíços, muito flexíveis para operar em áreas difíceis e montanhosas, como na Cordilheira dos Andes, por exemplo”, detalhou Gilvan Medeiros Pereira, diretor presidente da Ammann Latin America. “Além de oferecer maior eficiência, garante baixo consumo de combustível, sistema de filtragem que emite menos material particulado, durabilidade de componentes e sistema de mistura que assegura um produto de altíssima qualidade.”

Em primeira mão, Pereira revelou que até agosto a empresa lançará a versão Prime 100 para atender às necessidades de pequenas e médias construtoras. “É um equipamento que segue a mesma linha do Prime 140, mas com capacidade de mistura de 100 t/h”, antecipou.

Empresa do Grupo Fayat, a Bomag Marini apresentou lançamentos fabricados no país e algumas máquinas importadas. Dentre as principais novidades, o destaque ficou para a usina de asfalto Titanium 140 Multi Paddle Pugmill. Segundo Eduardo Nunes, diretor comercial da marca para a América Latina, a nova tecnologia conta com multipalhetas de mistura de alta resistência ao desgaste dos principais componentes, com regulagem de altura sobre os braços para permitir diferentes aplicações, aumentando a qualidade de mistura. “A Titanium tem capacidade de produção de 140 t/h e já está nacionalizada com Finame”, comentou.

Conforme explica o executivo, o equipamento também conta com uma nova tecnologia de controle de operação, denominada Infinity Control Technology, que permite acesso remoto para avaliação e diagnóstico, assim como recursos de telemetria. “Com isso, os clientes podem ter acesso a dados de produção do equipamento, assim como consumo por meio do celular ou tablet”, disse Nunes.

Marca nacional, a Romanelli lançou duas vibroacabadoras para o mercado de pavimentação asfáltica, a VAR P 300 e VAR E 300, uma sobre pneus e outra sobre esteiras. De acordo com a empresa, as máquinas são indicadas para obras de pequeno e médio porte e contam com nova tecnologia eletrônica, incluindo joystick de alta resistência e transmissão hidrostática. “Projetada para oferecer conforto e segurança, essas vibroacabadoras apresentam vantagens competitivas em misturas asfálticas usinadas a quente, sub-bases de solo e bases de agregados, além de outras aplicações”, garantiu o diretor Ilson Romanelli.

A Ticel mostrou a nova usina de asfalto CF 120.4 MS1. Com um único chassi, o modelo é ofertado com opção para três ou quatro dosadores de agregados e sistema diferenciado de mistura externa, com dimensões apropriadas para a produção real especificada.

Nas configurações, a cabine de comando recebeu chapa metálica (fixada por coxins de borracha) e visualização ampla das operações de descarga da usina. Segundo o diretor comercial Luciano de Oliveira, a empresa já oferecia um equipamento similar, mas equipado com dois chassis. “O mercado solicitou e atendemos ao pedido, porém, agora com diferenciais importantes como maior capacidade e tempo de mistura em comparação à concorrência, chegando a 120 t/hora”, sublinhou.

IÇAMENTO

Para o segmento de içamento de cargas, a Manitowoc destacou a grua-torre Potain MCT85, agora produzida em Passo Fundo (RS). Com capacidade de 5 t e alcance de 52 m, o equipamento não possui a parte superior, o que facilita a montagem e as manobras. “Este produto tem 75% de nacionalização e é o único dessa linha produzido na fábrica brasileira, que também monta cinco modelos de guindastes RT”, afirmou Mauro Nunes, gerente geral de operações da Manitowoc no Brasil. Outra vedete do estande da empresa foi o cabo sintético KZ-100 Samson, mostrado pela primeira vez no Brasil em um equipamento real. No caso, o guindaste RT890E.

Com a baixa demanda do mercado interno, a empresa vem adotando estratégias relativas a estoque, serviços e exportação. “Quando o cliente toma a decisão de fazer o investimento em um guindaste com alto valor agregado, tem de ser tudo para ontem”, afirmou Luciano Dias, vice-presidente de vendas da Manitowoc. “A ideia é que, apesar de a demanda estar baixa, nunca vai faltar serviço.”

O grupo Terex mostrou o primeiro simulador de guindaste da América Latina para guindastes RT (Rough Terrain). “Além do simulador Simulift e do guindaste todo terreno Explorer 5800 (de 220 t), também incluímos um treinamento de sinalização com sistema de realidade virtual, que auxilia a balizamento dos movimentos e traz a sensação real de operação, incluindo ventos e quebra de correntes de ar para avaliar a reação do operador”, disse Ricardo Beilke, gerente da área de serviços da Terex Latin America.

Em âmbito estratégico, outro destaque da Terex foi o anúncio da aquisição da empresa CBI (Continental Biomass Industries), que produz trituradores e picadores móveis para madeiras que devem chegar em breve ao país. Adquirida em abril, a empresa norte-americana tem foco em reciclagem para a indústria de biomassa. “Em florestas, não é possível utilizar equipamentos fixos”, explicou João Pensa, gerente de vendas da Terex Material Handling & Port Solutions.

A Tadano, por seu turno, exibiu o guindaste ATF 220G-5 e seu novo carro de serviços, um investimento que visa a uma maior aproximação do cliente e ampliação do escopo de atendimento. Com capacidade máxima de elevação de 220 t e raio de 84 m, o equipamento pesa 12 t por eixo e possui 71 t de contrapeso. “As extensões podem ser dobradas hidráulica ou mecanicamente”, disse Yasuaki Kishimoto, diretor de vendas e suporte ao cliente da filial brasileira.

O guindaste possui o exclusivo sistema de controle de direção Lift Adjuster, que permite melhor domínio sobre trabalhos mais complexos com o equipamento. Ativado pelo operador da máquina, o sistema evita o balanço da carga causado pela deflexão da lança, resultando em maior segurança para a operação. Além disso, o modelo também apresenta outro acessório exclusivo da marca: o HTLJ. “Esse recurso opcional é um jib basculável e extensível hidraulicamente, que facilita a execução de operações nas quais o piso e o teto são obstáculos”, explicou Kishimoto.

A Palfinger exibiu sua nova linha de guindastes articulados sobre caminhão. Os modelos MD 30007 e MD 60007  têm momentos de carga de 30 tm e 60 tm, respectivamente. Com altura de trabalho de 20,5 m e alcance máximo horizontal de 17,5 m, o primeiro modelo é equipado com o Sistema Regenerativo, que proporciona aumento de 30% na velocidade de abertura das lanças, se comparado aos guindastes comuns, graças à recuperação do óleo dentro do circuito. A capacidade máxima de elevação é de 7.500 kg, enquanto o alcance hidráulico horizontal (versão máxima) é de 11,5 m, o ângulo de giro é de 360° e o torque de giro, de 3,5 tm.

O MD 60007, por sua vez, tem vocação para atuar em atividades que exigem maior força de movimentação. Para tanto, o equipamento exibe capacidade máxima de carga de 15 t (a 4 m da coluna). Seu peso bruto mínimo (PBT) é de 29 t, ao passo que o alcance horizontal é de 17,5 m, o alcance hidráulico vertical é de 14,5 m e o alcance manual vertical, de 20,5 m. “O modelo possui ângulo de giro de 360°, torque de giro de 5,7 tm e espaço para montagem de 1,4 m”, completou Marcos Oliveira, coordenador de comunicação e marketing da empresa.

ELEVAÇÃO

Comemorando 15 anos no país, a JLG exibiu dez equipamentos, o maior número de lançamentos da empresa em feiras na América do Sul. De todas as máquinas exibidas, apenas uma já era conhecida, sendo que todas as demais são novidades. Começando pelas de menor porte, um nicho que a fabricante quer fazer avançar na região, como a crawler boom Spider, passando por equipamentos híbridos diesel-elétricos, até chegar ao modelo Ultra Boom 1850SJ, com alcance de 56,5 m e que – segundo a empresa – é a maior plataforma de trabalho aéreo do mundo.

Produzida nos EUA, é a primeira unidade a chegar ao país. “É a que mais impressiona pelo tamanho. Os clientes vêm demandando alcances maiores, tanto que há 10 anos chegou a máquina de 1.200 pés, depois veio a de 1.350, 1.500 e já estamos na de 1.850”, reportou Marcio Cardoso, vice-presidente de vendas e pós-venda da JLG. “Não lançamos produtos tentando desenvolver necessidades, mas a gente escuta o cliente e lança o que ele pede.”

Também buscando ir ao encontro do cliente, a nova geração de mastros verticais com lança Star 8 e Star 10 ganhou destaque no estande da Haulotte, que comemorou seu 30º aniversário durante o evento. A empresa também exibiu soluções como os modelos articulados a diesel HA20 RTJ e HA20 RTJ PRO, as soluções para grandes alturas HA32, HA41 e HT43 RTJ PRO e os produtos conhecidos como “Best in Class”, incluindo os modelos Optimum 8, Compact 14, e HA15 IP. “Trouxemos muitas opções de equipamentos, mas as vedetes de nosso estande são mesmo as novas HA20 e a STAR 10, que foram desenvolvidas com foco no cliente”, afirmou Alexandre Saubot, diretor presidente da Haulotte. “Esta proximidade ao cliente é uma característica da nossa marca, pois os produtos são baseados nas ideias do próprio usuário. Queremos que o cliente perceba que fazemos exatamente os produtos que ele está procurando.”

Outro chamariz da marca foi a apresentação do dispositivo de segurança secundário Activ’Shield Bar, apresentado em sua versão padrão europeia. “Este recurso reafirma o compromisso em garantir condições seguras do trabalho em altura”, ressaltou o gerente de marketing, Luca Riga. Quanto ao cenário adverso do mercado nacional, a Haulotte demonstra ter confiança em uma retomada, tanto que já projeta a introdução de novos equipamentos no país. “Temos comprometimento de longo prazo com o mercado brasileiro, mesmo com a queda na demanda”, pontuou Saubot.

Pela primeira vez, a Manitou apresentou todas as suas linhas de produtos na M&T Expo. Uma das novidades foi a plataforma 280 TJ, com altura de trabalho de 28 m e capacidade de elevação de 350 kg, que passou a ser comercializada no Brasil. “Essa plataforma que acabamos de trazer para o Brasil apresenta o sistema 4x4x4, que significa: quatro rodas, quatro direcionais e quatro motrizes”, afirmou Pierre Warin, gerente de vendas do grupo.

Outro destaque foi a apresentação ao mercado do manipulador telescópico MT-X 1740 SLT, com capacidade para elevar 4.000 kg a uma altura de 17 m, que pode ser utilizado para movimentação de carga ou pessoas em altura, em qualquer tipo de terreno.

Segundo Warin, o design compacto da máquina possibilita agilidade operacional elevada, favorecendo até mesmo o uso em tarefas similares às executadas por uma pá carregadeira. Outro diferencial é o sistema de quatro rodas direcionais, além de tração 4x4, que proporciona um raio de giro reduzido, com vão livre aprimorado. “Também foram apresentados equipamentos como a nova Série R de minicarregadeiras da Mustang e da Gehl, que substitui o projeto das máquinas mais antigas das marcas, com melhor acabamento e tecnologia embarcada”, pontuou o executivo.

COMPACTOS

Na linha de minis, a Link-Belt Excavators mostrou equipamentos de giro reduzido, incluindo dois equipamentos da série Spin Ace (80SA e 135SA), com 8.430 kg e 13.500 kg de peso operacional, respectivamente. Fabricados no Japão, os equipamentos possuem motor Isuzu e, segundo a empresa, um caminho promissor no mercado nacional. “Esse tipo de produto vai ser utilizado cada vez mais nas obras urbanas”, sublinhou Kurt Engelhart, country manager da Link-Belt Excavators. “Vemos isso como uma tendência, pois existe um grande crescimento nessa linha compacta. Lá fora, o cliente busca a ferramenta certa para o trabalho. Quando as empresas vêm para o país, elas buscam trazer máquinas já configuradas.”

Mesmo não sendo exatamente um entrante, a empresa é relativamente nova no mercado brasileiro de escavadeiras hidráulicas, voltando seus esforços para abocanhar fatias maiores de um mercado que gira em torno de 7 mil unidades ao ano. “Ainda temos um percentual muito baixo de participação, por isso não há como perder espaço”, afirmou. “Para nós, o impacto da retração foi muito menor. Nosso público-alvo é um subempreiteiro que não é fidelizado, que está aberto a marcas novas.”

A Kubota também chamou a atenção com seus equipamentos supercompactos, como a miniescavadeira U30-5. Indicado para várias aplicações, o modelo apresenta estrutura com giro zero, o que facilita operações em locais estreitos e em linha reta, ao lado de paredes e de muros. A máquina possui lança articulada, o que permite realizar operações de escavação nas proximidades da borda do chassi, sem necessidade de movimentar a máquina.

Com apenas dois anos no Brasil, as miniescavadeiras da marca já conquistaram 18% de participação de mercado, com distribuição mais concentrada no Sul e Sudeste, regiões que correspondem a cerca de 80% do segmento de miniescavadeiras. Como máster dealer da Kubota no Brasil, a Argos GPS enxerga a participação da marca na M&T Expo como extremamente relevante. “A feira é uma oportunidade de dar maior exposição à marca e aproximá-la dos clientes e do mercado”, destacou Fabio Ciuchini, diretor geral da empresa.

A JCB levou à M&T Expo alguns lançamentos como a retroescavadeira compacta de esteira de borracha 1CXT e o sistema de telemetria LiveLink. A retroescavadeira pode ser utilizada em terrenos inclinados, com pouca aderência ou sustentação, além de gerar menor pressão sobre o solo, garantindo bom aproveitamento da capacidade produtiva. “Esta máquina equivale a uma miniescavadeira e uma minicarregadeira ao mesmo tempo, tudo em um só produto”, destacou Nei Hamilton Martins, diretor comercial da JCB. “O equipamento conta com diversos acessórios, garantindo assim a versatilidade e usabilidade.”

Já o sistema de telemetria LiveLink é uma das opções da JCB para otimizar a gestão operacional das máquinas. “O sistema permite rastreamento do equipamento de forma remota, em tempo real, possibilitando monitoramento e análise do desempenho, além de facilitar o planejamento das manutenções preventivas, reduzindo o período de tempo de máquinas paradas”, comentou o novo presidente da JCB no Brasil, José Luis Gonçalves.

A Comingersoll, por sua vez, destacou equipamentos como miniescavadeiras e minicarregadeiras. Há quatro meses, a empresa fechou um acordo de distribuição com a Kobelco, um dos maiores players globais de miniescavadeiras e que produz seus equipamentos no Japão. “Decidimos que era melhor começar do zero, ao invés de pegar um equipamento que já estava aí”, explicou Jorge Glória, diretor da Comingersoll, apontando como destaque os modelos SK55SRX – que tem alcance máximo de escavação de 5,3 m e profundidades de até 4,8 m – e SK55SRX – com alcance máximo de escavação de 6,2 m e profundidades de até 3,9 m.

A empresa cobre os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso, mas a Kobelco já manifestou interesse de entrar em outras regiões, como revelou o diretor. “Mas é preciso que o mercado incentive”, disse Glória, que também resolveu apostar em minicarregadeiras de outras marcas. Para tanto, a empresa fechou acordo de distribuição de produtos das marcas Mustang e Gehl, além de telehandlers e plataformas de trabalho aéreo da própria Manitou. “Isso nos compatibilizou com aquilo que mais queríamos no mercado”, disse Glória.

Atuando neste mesmo nicho, a Yanmar levou à feira sua linha de miniescavadeiras de 1 ton a 8 ton, desenvolvida para atender a um leque diversificado de aplicações. Entre os modelos apresentados estão a SV08 e a nova Vi030, que possui lâmina dianteira e – como garante a fabricante – oferece maior estabilidade. A SV08 tem potência de 10 cv, largura entre 680 mm e 840 mm, esteira de borracha e motor diesel Yanmar 2TE67L-BV3 de dois cilindros.

Segundo a empresa, a junção dessas características permite que a máquina tenha acesso a locais confinados, já que consegue passar pelo batente de portas sem danificar pisos e paredes, por conta do baixo peso operacional e esteiras de borracha. “O custo da mão de obra na construção está muito alto e o modelo SV08 se tornou uma excelente alternativa por aperfeiçoar processos”, destacou o gerente comercial da Yanmar, Jaime Jun Tamaki.

CONCRETO

Em sua nona participação, a Liebherr levou a autobomba de concreto THP 70 D-C, agora produzida em Guaratinguetá (SP). Menor bomba do portfólio, a máquina sobre caminhão é equipada com motor a diesel e comporta agitador duplo com motorização, oferecendo capacidade nominal de produção de 71 m³/h e coxo de 600 l. “No futuro, introduziremos bombas de concreto de lança”, adiantou Richard Klemens Stroebele, diretor da Liebherr Brasil.

Além das novidades, a empresa revelou na feira que está construindo um prédio novo em suas instalações, onde abrirá uma nova linha de produção, que no entanto não foi revelada. “Vamos entrar em uma nova atividade, na qual investiremos em torno de 40 milhões de reais”, disse Stroebele. “Não posso falar ainda, pois os estudos serão concluídos nas próximas semanas”.

A expectativa da empresa é de que no início de 2017 comecem a surgir os primeiros sinais de um crescimento moderado. “Vivemos uma fase de desaceleração”, lamentou Stroebele, mas sem demonstrar abatimento. “Realmente é uma situação bem delicada para toda a indústria brasileira, mas já vivemos situações como essa. O câmbio hoje é igual há 11 anos, com oscilações extremas.”

A Schwing-Stetter Brasil aproveitou a feira para divulgar seu novo status na estrutura do grupo. Nova plataforma de exportação para todo o mercado da América Latina, mais Cuba e África, o braço brasileiro da fabricante passa a atender mercados até então trabalhados diretamente pela matriz na Alemanha e pela filial nos Estados Unidos.

Quem detalhou a mudança estratégica do grupo foi o diretor-presidente da companhia no país, Ricardo Lessa. Segundo ele, após a mudança a perspectiva é de que as exportações tripliquem em volume, passando a corresponder a nada menos que 30% do total da produção no Brasil. Lessa também comentou que a empresa terá capacidade para atender à demanda tão logo o mercado brasileiro consiga reagir, sem prejuízo das exportações. “Nossas fábricas têm capacidades instaladas dimensionadas bem acima da demanda atual do mercado brasileiro”, ponderou o executivo.

Em seu estande, a fabricante mostrou ainda um robô para projeção de concreto via úmida. Fabricado da Alemanha, o modelo TSR 30.14 é movido por motor Cummins B4 5/80 (de 80 hp) e equipado com bomba de 33 m³/h, além de lança telescópica com alcance de 14 m e rotação de até 270º.

Outra marca de origem germânica, a Putzmeister abriu espaço para a apresentação da sua linha de bombas de concreto rebocáveis, indicadas para as mais diversas aplicações. Dentre os destaques, sobressaíram equipamentos como a TK 40 (com capacidade de produção de 30 m³/h e 2.800 kg de peso), a TK 50 (para produção de 45 m³/h e peso de cerca de aproximado de 2.815 kg) e a TK 70 (com capacidade para 60 m³/h e peso de 2.950 kg). “Dimensionados para os rigores de canteiros de obras de vários tamanhos, as soluções possuem funil em ângulo, mais  fácil de encher e limpar”, destacou o diretor de vendas da empresa, Rodrigo Satiro.

Como tantos outros players na feira, a fabricante também anunciou a decisão de intensificar a exportação para fazer frente à retração momentânea do mercado interno. De acordo com Satiro, a empresa pretende direcionar 90% da sua produção para o mercado latino-americano. Em 2014, o percentual exportado foi de 45%.

Além disso, a empresa investiu 1 milhão de reais nas atividades de pós-venda e prestação de serviços. Em 2014, esse nicho de atuação representou algo em torno de 20% de todo o faturamento da empresa no Brasil. “Nossa intenção é fazer esse número crescer”, anunciou o diretor. “Para isso, investimos pesado no ano passado, tanto no reforço da nossa estrutura de atendimento ao cliente como na assistência técnica.”

CAMINHÕES

A Volvo Caminhões mostrou dois modelos da nova série F muito ligados à área de construção e mineração: VM e FMX, nas versões 8x4. “Estamos vivendo um mercado bastante menor do que no ano passado”, afirmou Bernardo Fedalto, diretor comercial da companhia. “Mas quando olhamos para todo o potencial de crescimento que temos no Brasil, ficamos felizes de ter tomado a decisão de trazer para o país o que há de mais moderno no mundo.”

Na linha de OTR, a Volvo CE divulgou os caminhões rígidos e articulados até 100 t recentemente adquiridos da Terex. “O Brasil é um mercado promissor para esse produto”, enfatizou Afrânio Chueire, presidente da Volvo CE Latin America. “Estamos estudando as atualizações necessárias para introduzi-lo e desenvolver essa linha aqui.”

A Scania do Brasil levou dois caminhões “off-road” da marca – o P 310 8x4 (betoneira) e o G 440 6x4 – e o modelo Streamline Highline R 620 V8, além de um motor industrial estacionário DC13 74 indicado para diversos tipos de aplicações severas, especialmente para aplicações OEM e de repotenciamento.

Segundo a empresa, um dos diferenciais dos modelos é oferecer a caixa de câmbio automatizada Scania Opticruise, na faixa de veículo de 310 cv de potência. “A Scania ganhou participação no segmento off-road de históricos 4% para 6% neste ano, o que confirma nossas expectativas”, afirmou Marcos Domingues, da área de venda da marca no Brasil. “Quando começamos a desenvolver produtos para atender à demanda desses setores, pensamos em diversificar a nossa oferta para ‘surfar’ nas melhores ondas.”

Já a Randon apresentou o caminhão fora de estrada RD 430Me, um modelo com potência bruta de 350 hp, capacidade de carga de 30.000 Kgf e tara de 18.000 kg. “Este modelo é utilizado, em especial, para o transporte de materiais com maior granulometria, pois consegue atingir um alto desempenho mesmo quando opera na capacidade máxima”, apontou o diretor Celso Santa Catarina.

Segundo a fabricante brasileira, para transporte de materiais em situações de aclives, o RD 430Me possibilita a utilização de tampa traseira e possui um fundo “sanduíche”, que confere maior resistência à máquina, absorvendo os impactos com maior eficiência durante o carregamento. “O modelo Advanced já vem com cabine fechada e ar condicionado de fábrica”, disse Santa Catarina.

MOTORES

A Volvo Penta aguardou a M&T Expo para anunciar que passará a fabricar no Brasil o motor industrial D13 de 13 l, indicado para equipar geradores de energia, por exemplo. Com investimento de 10 milhões de reais, a produção deve iniciar no primeiro semestre de 2016, no complexo fabril do grupo em Curitiba (PR). “A demanda de energia no país é muito superior à capacidade instalada”, alegou Gabriel Barsalini, vice-presidente da Volvo Penta. “A demanda represada em energia chegou ao limite, com 99,5% de consumo e 100% de capacidade instalada tomada. E vemos isso como uma grande oportunidade.”

Para equipamentos pesados de construção, a Cummins apresentou seu novo motor QSB, oferecido nas versões 3.9 e 4.5 l e 5.9 e 6.7 l, a primeira com quatro cilindros em linha e a segunda, com seis. O propulsor pode ser utilizado em equipamentos como escavadeiras, retroescavadeiras, pás carregadeiras e guindastes. Assim como todos os motores desenvolvidos nos últimos anos, o QSB também atende às normas de emissões do Proconve/Mar I, realçou a empresa.

Porém, segundo o diretor de marketing e vendas da Cummins South America, Luis Chain Faraj, essa característica não é o principal diferencial da solução. “Para oferecer redução dos custos de operação, aprimoramos os motores por meio de dispositivos eletrônicos, que diminuem o consumo de combustível”, enfatizou. “Além disso, usamos tecnologia que aumenta os intervalos de manutenção e, consequentemente, eleva a produtividade e reduz o consumo de óleo.”

MINERAÇÃO

O principal destaque da Astec no evento foi a linha Hydra-Jaw da Telsmith, uma aposta para acelerar seu posicionamento no país. A linha incorporou tecnologias como uma abanadeira hidráulica patenteada pela marca. “Com essa inovação, é possível prover funcionalidades hidráulicas não disponíveis em britadores de mandíbulas convencionais, como ajustes de regulagem que praticamente eliminam o tempo de inatividade com regulagem, alívio de sobrecarga e esvaziamento da câmara, dentre outros benefícios”, garantiu Galvão Maia, diretor comercial da empresa.

O modelo Telsmith H3244 tem peso de 19.097 kg – incluindo a unidade de potência hidráulica – e possui abertura da mandíbula de 813 mm x 1118 mm, sendo equipado com motor de 112 KwD com todos os parafusos no padrão métrico e sistema automático de graxa com linhas direcionais direcionadas para o ponto central de distribuição. “O painel de controle hidráulico permite ao operador ajustar o britador em instantes”, destacou Maia.

A Metso deu destaque em seu estande para a nova linha Lokotrack série 1000, com adaptações direcionadas ao mercado brasileiro. A linha está disponível em três modelos: o britador de mandíbulas C1000, o britador cônico G1000 – com ou sem peneira – e a peneira S1000. De acordo com Rafael Adolfo Rodrigues, especialista em suporte de produtos e assistência técnica da empresa, os equipamentos formam uma combinação de soluções que podem ser usadas de forma autônoma ou em conjunto, oferecendo britagem multiestágios em atividades de mineração, construção e reciclagem.

Além do sistema Fleet Management para gerenciamento remoto, as adaptações incorporadas à linha incluem diferenças construtivas, técnicas e de aplicação. Um exemplo está na economia de combustível e nos níveis mais consistentes de produção, responsáveis por maximizar a rentabilidade do cliente. “As máquinas foram equipadas com sistema de controle de emissão de pó, que não altera a sua capacidade de produção”, detalhou Rodrigues. “Além disso, a solução gera baixos níveis de ruído, oferecendo uma das melhores relações de eficiência energética no uso de combustíveis da categoria.”

PERFURAÇÃO

Em sua participação neste ano, a Herrenknecht divulgou suas principais áreas de atuação, detalhando projetos em que a empresa atua com tuneladoras de grande diâmetro, como as obras do metrô de São Paulo e Rio de Janeiro, além de trabalhos na área de saneamento e perfuração de poços, proporcionando apoio a operações realizadas em diversos países da América Latina. “Em geral, a região contribui em 10% para o faturamento global da empresa”, ressaltou Juan Manuel Altstadt, diretor da Herrenknecht no Brasil.

Contando com uma variada gama de equipamentos voltados para a área de perfuração de túneis, além de forte presença na área de petróleo e gás, a empresa tem no mercado brasileiro uma importante fonte de atuação, até pela falta de infraestrutura local. “Com isso, podemos utilizar uma diversidade dos nossos equipamentos, pois muita coisa precisa ser construída no país nos próximos anos”, disse o executivo.

A Weir Minerals destacou na M&T Expo 2015 os equipamentos da linha Trio, recentemente adquirida pelo grupo e que produz britadores cônicos e de mandíbulas e plantas compactas de areia. “A aquisição da Trio vai aumentar ainda mais nosso reconhecimento nos mercados adjacentes ao circuito de moagem”, afirmou o supervisor de vendas da empresa, Leopoldo Munhoz. Com unidade industrial instalada em Jundiaí (SP), a empresa também mostrou seu portfólio completo para mineração, incluindo bombas para operações leves e pesadas, hidrociclones, revestimentos, peneiras e telas, dentre outros produtos.

COMPONENTES

Presente na M&T Expo desde a primeira edição, a Minusa levou a linha completa de produtos ofertada pela marca, como material rodante, conchas, garras, pneus, filtros, embreagem, bombas, entre outros. “Nesta edição, decidimos oferecer um pacote de serviços aos clientes dando destaque aos novos parceiros”, disse Erivon Cascaes, gerente da marca. “Foi a primeira vez que convidamos as diversas marcas para participar do nosso estande.”

Segundo Cascaes, a política da Minusa é focar em novas aplicações para prospectar clientes no mercado. “Com a introdução de novos produtos no portfólio e a definição dos novos parceiros, é possível atingir esse resultado”, garante o diretor da empresa, que atende ao mercado de reposição de peças e fabricantes de equipamentos OEM.

 

 

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