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Revista M&T - Ed.83 - Jun/Jul 2004
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MERCADO

Vendas de equipamentos ainda não confirmam retomada

Levantamento da Câmara de Máquinas Rodoviárias, da Abimaq, aponta inclusive um ligeiro decréscimo entre os meses de maio e junho, apesar das expectativas em relação à retomada dos investimentos em infraestrutura.

No cômputo geral, a produção interna de máquinas rodoviárias aumentou 1,09% de maio para junho (1.184 unidades contra 1.197). A diferença fica compensada pela produção de 27 unidades a mais de motoniveladoras e de duas a mais de pás-carregadeiras de rodas em junho, junto ao decréscimo de unidades nas linhas de tratores de esteiras (menos quatro), retroescavadeiras (duas), escavadeiras hidráulicas (um), caminhões off-road (cinco) e rolos compactadores (quatro).

Essa discreta baixa na produção reflete outras, já não tão discretas, nas vendas internas. Foram vendidos 41 tratores de esteiras em junho contra 54 em maio, 130 retroescavadeiras contra 160, 166 carregadeiras de rodas contra 209, um caminhão off-road contra cinco e 30 motoniveladoras contra 46. Para duas dessas linhas, a diminuição das vendas em junho pode ter sido uma opção pelas exportações, embora não na mesma proporção. E assim nos casos dos tratores de esteiras, que tiveram 14 unidades a mais exportadas sobre as de maio (126) e, retroescavadeiras com um acréscimo de 13 unidades (105 em maio).

Não é no caso das carregadeiras de rodas que, a exemplo das vendas internas, também tiveram suas exportações reduzidas, aliás, a maior redução de todas as linhas - 125 unidades exportadas em junho contra 188 em maio. Caminhões off-road tiveram redução de uma exportação entre os dois meses (35 para 34), enquanto motoniveladoras mantiveram o patamar anterior (215 unidades). Também são verificadas baixas nas vendas internas de compactadores — 35 em maio, contra 33 em junho -, com a diferença que no total de maio há seis unidades importadas para nenhuma em junho, o que indica


Levantamento da Câmara de Máquinas Rodoviárias, da Abimaq, aponta inclusive um ligeiro decréscimo entre os meses de maio e junho, apesar das expectativas em relação à retomada dos investimentos em infraestrutura.

No cômputo geral, a produção interna de máquinas rodoviárias aumentou 1,09% de maio para junho (1.184 unidades contra 1.197). A diferença fica compensada pela produção de 27 unidades a mais de motoniveladoras e de duas a mais de pás-carregadeiras de rodas em junho, junto ao decréscimo de unidades nas linhas de tratores de esteiras (menos quatro), retroescavadeiras (duas), escavadeiras hidráulicas (um), caminhões off-road (cinco) e rolos compactadores (quatro).

Essa discreta baixa na produção reflete outras, já não tão discretas, nas vendas internas. Foram vendidos 41 tratores de esteiras em junho contra 54 em maio, 130 retroescavadeiras contra 160, 166 carregadeiras de rodas contra 209, um caminhão off-road contra cinco e 30 motoniveladoras contra 46. Para duas dessas linhas, a diminuição das vendas em junho pode ter sido uma opção pelas exportações, embora não na mesma proporção. E assim nos casos dos tratores de esteiras, que tiveram 14 unidades a mais exportadas sobre as de maio (126) e, retroescavadeiras com um acréscimo de 13 unidades (105 em maio).

Não é no caso das carregadeiras de rodas que, a exemplo das vendas internas, também tiveram suas exportações reduzidas, aliás, a maior redução de todas as linhas - 125 unidades exportadas em junho contra 188 em maio. Caminhões off-road tiveram redução de uma exportação entre os dois meses (35 para 34), enquanto motoniveladoras mantiveram o patamar anterior (215 unidades). Também são verificadas baixas nas vendas internas de compactadores — 35 em maio, contra 33 em junho -, com a diferença que no total de maio há seis unidades importadas para nenhuma em junho, o que indica o aumento da venda de produtos nacionais (29 no primeiro mês contra 33 no segundo). As exportações de compactadores também foram de três unidades a menos no último mês.

Já as escavadeiras hidráulicas exportaram 26 unidades a mais em junho (74 em maio) e venderam no mercado doméstico uma a mais (65), embora dessas 18 tenham sido importadas, exatamente o dobro de maio, quando foram vendidos 64 equipamentos.

Contexto. Os dados acima foram extraídos de tabelas sobre produção, vendas internas de produtos nacionais e importados e vendas externas, nos meses de maio e junho, elaboradas pela Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas). As duas tabelas, acrescidas da de abril, apontam, por exemplo, os preparativos para o início da safra 2004/2005, envolvendo não apenas os equipamentos de apoio em campo, como os de uso industrial, nos pátios das usinas de beneficiamento de cana de açúcar e soja. Assim, as maiores vendas internas de tratores de esteiras no semestre ocorreram em abril e maio (45 e 54 unidades, respectivamente). O mesmo vale para motoniveladoras (23 e 46 unidades) e para as carregadeiras de rodas, só que nos meses de maio e junho.

As retroescavadeiras também apresentaram um bom desempenho. Em fevereiro passado, certamente à espera de maiores investimentos em infra-estrutura, foram vendidas 100 unidades nacionais. Como os investimentos não vieram, o número caiu a 85 unidades em março, subindo a 94 em abril e 160 em maio. Essas vendas foram principalmente alavancadas pelo agronegócio, que também tem nesse equipamento importantes funções de apoio na safra. Já as 130 unidades vendidas em junho, são mais voltadas ao incremento do setor de construção, através de obras menores, concentradas devido ao período pré-eleitoral nos municípios, onde a versatilidade, mobilidade e porte mais compacto das retroescavadeiras as tornam o equipamento mais adequado.

É um exemplo que pode ser estendido aos rolos compactadores. Segundo Paulo de Almeida Barros, membro da Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias e presidente da Dynapac no Brasil, “nos últimos dois ou três meses, a fabricante tem recebido um maior volume de consultas. Embora esse aumento não pareça muito consistente, vemos que ele é bem distribuído entre pequenas obras”. Tanto consultas quanto vendas partem em sua maioria de locadoras de equipamentos ou dealers da fabricante, também para locação, justamente porque, essas obras de menor porte e duração reduzida não compensam investimentos das executoras em aquisições. Há até reflexos do agronegócio, caso do Mato Grosso que tem feito aplicações continuadas em pavimentação e recuperação de rodovias para escoamento da safra. Pela tabela da Abimaq, os resultados de vendas de compactadores em maio e junho praticamente dobraram em relação a abril e representam os mais altos do semestre.
Reversão. Como o agronegócio vai bem e as eleições municipais paralisam novos investimentos das prefeituras em razão da lei eleitoral, a expectativa, novamente, é quanto à retomada dos projetos de infra-estrutura por parte do governo federal. Só assim é que se poderá manter um patamar razoável de vendas internas de máquinas rodoviárias e, mesmo reverter o fluxo da produção voltada ao mercado externo. Para se ter idéia desse fluxo, alguns percentuais bastam: de janeiro a junho, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Abimaq, as exportações de retroescavadeiras aumentaram em 301,3%, as de carregadeiras de rodas em 204%, as de escavadeiras hidráulicas em 489,3%, as de caminhões off-road em 2.150% e as de motoniveladoras em 182%.

Ao menos uma luz no fim da estrada há: depois da recente ameaça de greve dos caminhoneiros do País, o presidente Luís Inácio Lula da Silva se propôs a viabilizar uma suplementação orçamentária para o Ministério dos Transportes investir na recuperação de rodovias federais. Até 10 de junho, dos R $3,2 bilhões arrecadados com a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre combustíveis, foram empenhados apenas R $495 milhões e efetivamente liberados R $72 milhões.


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