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Revista M&T - Ed.15 - Jan/Fev 1993
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SEMINÁRIO

V Seminário Sobratema

A revista Manutenção & Tecnologia acompanhou o V Seminário realizado pela SOBRATEMA e editou as principais ideias discutidas no evento. Foram quatro palestras que trataram dos problemas e novidades da área de manutenção com enfoques diferentes e atuais. Confira.

Com a participação de 114 inscritos, a SOBRATEMA - Sociedade Brasileira de Tecnologia para Manutenção, realizou o seu V Seminário. O evento aconteceu no auditório da Bavesa, em São Paulo, no dia 11 de dezembro de 1992, com o patrocínio das empresas Codema, Randon e Mannesmann Demag. Durante mais de dez horas, os participantes acompanharam as palestras dos representantes da Codema, Coopers & Lybrand, Construtora Lix da Cunha e Azevedo & Travassos.
Após a abertura do Seminário, feito pelo vice-presidente Olavo Silveira, a programação teve início por volta das 9 horas, em razão do atraso de alguns participantes, provocado pela forte chuva em São Paulo. O primeiro tema, “Caminhões articulados e escavadeiras hidráulicas”, foi apresentado pelos engenheiros Lucien Silva Santos, da Randon, José Faustino e José Carlos Barbosa, ambos da Demag. Seguiram-se os temas “As tendências em um mundo de negócios em uma economia globalizada”, apresentado por Victor Eduardo Báez, diretor da Coopers & Lybrand; “Qualidade e Produtividade”, por José Carlos de Arruda Sampaio, gerente de Qualidade Total da Construtora Lix da Cunha; e “Depoimento: Sistemas de Manutenção”, por Carlos Fugazzola Pimenta, gerente de Equipamentos da Azevedo Travassos.

Além de todo apoio dos patrocinadores, em especial da Bavesa, que cedeu suas instalações para a realização do V Seminário SOBRATEMA, outro ponto positivo foi a excelente participação, repetindo o sucesso dos encontros anteriores. Isso serviu para ratificar o objetivo da entidade, que é proporcionar uma m


A revista Manutenção & Tecnologia acompanhou o V Seminário realizado pela SOBRATEMA e editou as principais ideias discutidas no evento. Foram quatro palestras que trataram dos problemas e novidades da área de manutenção com enfoques diferentes e atuais. Confira.

Com a participação de 114 inscritos, a SOBRATEMA - Sociedade Brasileira de Tecnologia para Manutenção, realizou o seu V Seminário. O evento aconteceu no auditório da Bavesa, em São Paulo, no dia 11 de dezembro de 1992, com o patrocínio das empresas Codema, Randon e Mannesmann Demag. Durante mais de dez horas, os participantes acompanharam as palestras dos representantes da Codema, Coopers & Lybrand, Construtora Lix da Cunha e Azevedo & Travassos.
Após a abertura do Seminário, feito pelo vice-presidente Olavo Silveira, a programação teve início por volta das 9 horas, em razão do atraso de alguns participantes, provocado pela forte chuva em São Paulo. O primeiro tema, “Caminhões articulados e escavadeiras hidráulicas”, foi apresentado pelos engenheiros Lucien Silva Santos, da Randon, José Faustino e José Carlos Barbosa, ambos da Demag. Seguiram-se os temas “As tendências em um mundo de negócios em uma economia globalizada”, apresentado por Victor Eduardo Báez, diretor da Coopers & Lybrand; “Qualidade e Produtividade”, por José Carlos de Arruda Sampaio, gerente de Qualidade Total da Construtora Lix da Cunha; e “Depoimento: Sistemas de Manutenção”, por Carlos Fugazzola Pimenta, gerente de Equipamentos da Azevedo Travassos.

Além de todo apoio dos patrocinadores, em especial da Bavesa, que cedeu suas instalações para a realização do V Seminário SOBRATEMA, outro ponto positivo foi a excelente participação, repetindo o sucesso dos encontros anteriores. Isso serviu para ratificar o objetivo da entidade, que é proporcionar uma maior integração e desenvolvimento dos profissionais da área de manutenção, através da disseminação de novos conhecimentos. Veja, em seguida, os principais pontos das palestras.

Caminhões articulados e escavadeiras hidráulicas
O engenheiro Lucien Silva Santos, responsável pelo Departamento de Vendas Randon, abriu oficialmente o encontro. Ele tratou especificamente do tema “Caminhões articulados”, destacando que a utilização deles é uma tendência mundial. Para enfatizar essa afirmação, ele apresentou números do mercado norte-americano de 1990, onde 600 dos 800 caminhões utilizados foram articulados.
Os equipamentos deste tipo, produzidos no Brasil pela Randon, possuem diversas utilizações. Suas aplicações podem acontecer em mineração subterrânea, mineração a céu aberto e transporte florestal. As vantagens da articulação, que ocorre através de um pivô de oscilação, são muitas. Entre elas, destaca-se o fato de evitar problemas torcionais na estrutura do equipamento.
O caminhão articulado pode trabalhar em conjunto com uma escavadeira hidráulica. Os engenheiros José Faustino e José Carlos Barbosa, ambos da Demag, abordaram a escavadeira hidráulica, enfatizando seus benefícios no resultado de uma obra. A Demag utiliza a tecnologia da Mannesmann Demag Baumaschinen, da Alemanha, tradicional fornecedor mundial de equipamentos destinados à mineração e construção. Dessa forma, a empresa nacional procurou ressaltar a praticidade e importância do uso de seu equipamento para estes objetivos.
As tendências em um mundo de negócios em uma economia globalizada
A segunda palestra foi proferida pelo engenheiro industrial Victor Eduardo Báez, diretor da Coopers & Lybrand. Ele tratou do tema “As tendências em um mundo de negócios em uma economia globalizada”. De forma clara e descontraída, Victor enfocou pontos como qualidade, margens de lucro e a situação do empresariado brasileiro frente à economia mundial.

Um dos resultados mais importantes da globalização da economia, segundo Victor, é a queda nos preços e a tendência generalizada do aumento de custos. Em outras palavras, as margens de lucro estão diminuindo e, na visão de Victor, assim devem continuar, pois os investimentos em tecnologia, recursos humanos etc., são fundamentais no processo de barateamento e qualidade de um produto ou serviço.
E os empresários brasileiros? Eles estão preparados para estes efeitos da globalização da economia? Victor ressaltou que o empresariado nacional está vivendo um momento novo, em que o governo se intromete menos em seus negócios, como acontece em quase todo o mundo, mas também reduz os subsídios. Mais do que nunca é necessária uma mudança de estrutura para que as empresas acompanhem o passo da economia mundial.

Remetendo-se às grandes potências, Victor mostrou que hoje há um personagem central nas relações econômicas: o consumidor. Comandando a situação, o consumidor se relaciona com a empresa no varejo, e é aí que devem se concentrar aqueles que pretendem cativar um cliente. “Você processa seu pedido, dá um visto e o coloca na caixa de saída. Este é o lugar cinzento da empresa que ninguém conhece, ninguém gerencia e que pode emperrar tudo”, disse Victor chamando a atenção para um erro comum em negociações.

Nos bastidores dessas relações, a empresa também deve fazer a sua parte. Primeiro, de acordo com Victor, se ater àquilo que sabe fazer bem e terceirizar áreas que não são sua especialidade. Formar parcerias eficientes com clientes e fornecedores, mantendo um bom diálogo com todos os envolvidos na empresa é outro passo. Quanto à área de recursos humanos, é preciso “motivar dando condições de higiene, salários, benefícios, educação e treinamento”, enfatizou Victor. Outra exigência da globalização da economia é a mudança no perfil do gerente dos anos 90. Chamado "coach”, o novo gerente deve agir combinando os papéis de treinador e técnico, incentivando, aplicando seus conhecimentos e, principalmente, gerenciando corretamente seu pessoal.
Qualidade e Produtividade
Nova visão administrativa, controle de qualidade e a importância do cliente foram os principais assuntos desenvolvidos na palestra “Qualidade e Produtividade”, de José Carlos de Arruda Sampaio, gerente de Qualidade Total da Construtora Lix da Cunha.
Sampaio parte da ideia de que, atualmente, o segredo não é mais a alma do negócio. A tecnologia está ao alcance de todos, por isso o que diferenciará as empresas é a boa administração. Segundo ele, uma nova visão administrativa, que busque a satisfação do cliente, do funcionário, fornecedor e do empresário, deve substituir antigas noções para que a empresa continue competitiva.
Enfatizando a importância do cliente, Sampaio afirmou que, “no Brasil, a maioria das pessoas fica preocupada com a busca de novos clientes e esquece de satisfazer os antigos”. E a base da satisfação do cliente é a satisfação dos empregados, fornecedores e, consequentemente, do empresário. Daí surge a necessidade de investimento e treinamento do pessoal, para que cada indivíduo possa ter o controle da qualidade sobre seu trabalho, como ocorria em 1900 com os operadores individuais.
Sampaio também discutiu o papel da média gerência, maioria da plateia, na busca da qualidade total. Como intermediária da alta gerência, que usa a linguagem financeira e da baixa gerência, que fala a linguagem das coisas, a média gerência precisa ser bilíngue para transformar coisas em dinheiro e dinheiro em coisas e, assim, colocar seus projetos em prática.
Para concluir a palestra, Sampaio apresentou os dez passos que resumem o processo de aperfeiçoamento contínuo: obtenção da participação total da gerência; conquista da participação dos empregados; obtenção do desenvolvimento individual; criação de equipes para o aperfeiçoamento do sistema; garantia do sistema; estratégia a longo prazo e planos a curto prazo e estabelecimento de um sistema de reconhecimento do esforço empregado para melhorar a empresa.
Depoimento: Sistemas de Manutenção
A última palestra, “Sistemas de Manutenção”, foi apresentada pelo engenheiro Carlos Fugazzola Pimenta, gerente de equipamentos da Azevedo & Travassos S.A. Pimenta abordou o papel do gerenciamento de equipamentos nas empresas de construção pesada tendo em vista a representatividade do custo de equipamentos no custo das obras: 50 a 60% nas obras de terraplenagem, 40% nas obras de saneamento e dutos e aproximadamente 30% no custo total das empresas.
Dentro do tema gerenciamento de equipamentos, Pimenta enfocou os sistemas de manutenção preventiva, preditiva, corretiva e reformas. Também lembrou da importância da terceirização na qualidade dos serviços de manutenção.

Sobre custos e controles, foi exposto um sistema para apuração dos custos de equipamentos que, através de relatórios, permite ao gerente: analisar o desempenho da frota e o custo de manutenção e operação na vida de cada equipamento e por frota; decidir sobre a renovação da frota e utilização de equipamentos alugados de terceiros; averiguar receitas e despesas e o resultado econômico dos equipamentos da empresa.
A palestra foi finalizada com uma mensagem que ressaltou a necessidade da profissionalização no gerenciamento de equipamentos para que as empresas e profissionais da área possam alcançar resultado positivos.

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