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Revista M&T - Ed.73 - Out/Nov 2002
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TECNOLOGIA

Uma nova geração de escavadeiras

Com componentes verticalizados, tecnologia embarcada e intermediação da Volvo Serviços Financeiros, os seis modelos da série-B aportam no mercado latino-americano.

A Volvo Construction Equipment (VCE) quer ampliar ainda mais sua participação no mercado brasileiro de escavadeiras, passando dos atuais 13% para 15% nos próximos 12 meses, com seis modelos da Série-B, um conjunto de máquinas com capacidades que variam de 14 a 46 toneladas e que, desde outubro, passaram a ser comercializadas na América Latina, com suporte da fábrica em Curitiba (PR).

A nova série é a completa tradução do que o presidente da VCE, Yoshio Kawakami chama de "volvolização" ou processo de verticalização dos componentes nos equipamentos Volvo. "É uma nova era das máquinas da marca. Temos agora um produto glo


Com componentes verticalizados, tecnologia embarcada e intermediação da Volvo Serviços Financeiros, os seis modelos da série-B aportam no mercado latino-americano.

A Volvo Construction Equipment (VCE) quer ampliar ainda mais sua participação no mercado brasileiro de escavadeiras, passando dos atuais 13% para 15% nos próximos 12 meses, com seis modelos da Série-B, um conjunto de máquinas com capacidades que variam de 14 a 46 toneladas e que, desde outubro, passaram a ser comercializadas na América Latina, com suporte da fábrica em Curitiba (PR).

A nova série é a completa tradução do que o presidente da VCE, Yoshio Kawakami chama de "volvolização" ou processo de verticalização dos componentes nos equipamentos Volvo. "É uma nova era das máquinas da marca. Temos agora um produto global". Exemplos disso, segundo ele, são a aplicação do motor Volvo a diesel e a introdução de sistemas eletrônicos e ferramentas de monitoramento comuns a outras máquinas da fabricante. "O motor é o mesmo de outras linhas da VCE e dos caminhões Volvo, assim como os programas e ferramentas eletrônicas, cuja utilização unificamos em benefício dos usuários".

Tecnologia: Turboalimentado, com injeção direta, seis cilindros, quatro tempos e refrigerado a água, o motor Volvo a diesel que equipa as escavadeiras Série-B conta também com um auto desacelerador, que reduz a rotação quando as alavancas e os pedais não são acionados. Conforme o modelo, a velocidade pode ser aumentada em até 8% e a economia de combustível oscila entre 6 e 10% em relação à geração anterior. Projetado para uma baixa emissão de poluentes, atendendo às normas EU-2 Step 2 e EPA Tier II, o motor se diferencia, ainda, por um menor nível de ruído, menor perda de fluídos e maior vedação. Em relação aos sistemas eletrônicos e ferramentas de monitoramento, o destaque é o sistema Matris, que permite que o usuário verifique se a máquina trabalhou ou não, por quanto tempo e sob quais modos de operação, além da checagem das rotações e uma série de outras verificações. Outros recursos embarcados são o Service Contronic, uma unidade portátil que ajuda a diminuir o tempo gasto na busca de falhas e o VCADS Pro (do inglês Volvo Computer Aided Diagnostic System Professional - Sistema Volvo de Diagnóstico Computadorizado Profissional), que avalia e pode alterar diversas funções da máquina, de acordo com as condições específicas do trabalho.

Em termos de performance e eficiência, um avanço importante incorporado à Série-B é o maior torque de giro das escavadeiras quando inclinadas. O sistema possui velocidade de giro máxima de 11,6 rpm e uma estrutura superior que atua por meio de pistões axiais e de um redutor planetário. A produtividade do equipamento também pode ser medida pelos intervalos de manutenção, bem maiores que os permitidos pela Série-A. A lubrificação da lança e do braço passa a ser feita a cada 500 horas, em lugar das 50 horas exigidas pelos modelos anteriores, a da caçamba aumenta de 8 para 50 horas e o filtro de combustível do motor ganhou o dobro de vida útil: de 500 horas para 1000 horas. Essa preocupação de simplificar a manutenção se estendeu inclusive à parte estrutural das novas escavadeiras, onde o projeto previu grandes aberturas para facilitar o trabalho dos técnicos, um corrimão de acesso à área superior, um espaço para armazenagem de ferramentas, chapas antiderrapantes de metal e placa de proteção inferior. Já para o operador, foram priorizados o conforto e ergonomia da cabine, montada sobre coxins com amortecimento hidráulico, com assento e console das alavancas (joysticks) ajustáveis, antena é flexível e barra de segurança para bloqueio do hidráulico. Como opcionais, para maior segurança, podem ser acopladas grades de proteção ao para-brisa dianteiro, estrutura FOPS (Estrutura de Proteção contra Queda de Objetos) e o FOG (Proteção Contra Queda de Objetos). Também a visibilidade em condições de iluminação foi otimizada pelo emprego de faróis halogênicos de alta capacidade.

Mercado
O desenvolvimento dessa nova geração de escavadeiras custou à VCE mundial um aporte de US$ 50 milhões ao longo de três anos. Atualmente detendo 9% do mercado global desses equipamentos, o que representa um faturamento de US$ 40 milhões ou 20% de sua receita, a montadora estruturou sua fábrica da Coréia para uma produção de8 mil unidades por ano da Série-B, volume que, embora suficiente para suprir a demanda global, poderá ser ampliado para 10 mil unidades, segundo Kawakami. Para viabilizar sua inserção no Brasil, os seis modelos da série estão recebendo financiamento diferenciado da VSF - Volvo Serviços Financeiros, o que compatibiliza seus preços aos de concorrentes fabricados no País. Por outro lado, o estoque de peças de reposição vem sendo abastecido durante os últimos 5 meses, todo o material técnico já foi desenvolvido e 150 funcionários da Volvo, entre engenheiros de vendas e técnicos, relacionados ao negócio de escavadeiras na América Latina, passaram por um treinamento de serviços. Os dealers estão sendo preparados há 3 meses. É uma aposta em um mercado onde, até agosto, o número de escavadeiras comercializadas, em relação ao volume total de máquinas de construção, havia apresentado um crescimento de 26,3%, o dobro dos 13% verificados no mesmo período de 2001. Mas, é também uma aposta na América Latina onde a Volvo identifica 5% de suas oportunidades mundiais de negócio, o que até poderá viabilizar, uma vez elevado o montante atual de vendas, a nacionalização, "pelo menos, do modelo na faixa de 20 toneladas", prevê Kawakami. Por enquanto, o que há de concreto em novas instalações é somente uma nova fábrica em implantação na China, justificada pela demanda daquele País de 12 mil escavadeiras ao ano.


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