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Revista M&T - Ed.180 - Junho 2014
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Equipamentos Compactos

Um passo à frente para as minis

Apesar da retração inesperada, fabricantes continuam apostando no potencial dos equipamentos de pequeno porte para atendimento a obras urbanas

Em comparação ao vertiginoso crescimento dos últimos anos, o mercado brasileiro para equipamentos compactos diminuiu o ritmo em 2013. Mas nada que mude o cenário irreversível de opulência que se descortina para essas máquinas no país.

De fato, o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos de Construção detectou uma queda de quase 15% nas vendas de minicarregadeiras e de 5,2% nas de miniescavadeiras. O primeiro tipo de máquina teve 2.740 unidades comercializadas no ano, contra 3.220 em 2012. Já o segundo, registrou 900 máquinas vendidas no ano passado, ante uma demanda de 950 unidades em 2012.

Segundo especialistas, entretanto, tal cenário não indica um enfraquecimento das oportunidades para esse tipo de equipamentos no mercado local. Pelo contrário, as “minis” continuam sendo cada vez mais requisitadas. A queda nas vendas, dizem os analistas, teria sido resultado da queda geral do setor de equipamentos para construção, que – como se sabe – teve seu resultado anual “maquiado” pelas mais de 10 mil unidades comercializadas para o Ministério do Desenvolvimento Agrário. O MDA vem repassando motoniveladoras, retroescavadeiras e escavadeiras aos municípios. As máquinas compactas, por seu turno, não foram contempladas pelo programa.

APELO

Em termos operacionais, a mobilidade é o principal apelo desses equipamentos, que são demandados para operar em locais confinados, como vias estreitas, subsolos e canteiros de obras urbanas. O uso em túneis também é outra aplicação recorrente, mostrando que os compactos são vocacionados para remoção, carregamento e transporte de materiais em menor escala.

Além disso, no aspecto de planejamento, representam uma forma de intervir menos na circulação de pessoas e veículos, principalmente em obras urbanas nas quais o tráfego é intenso e a presença de equipamentos maiores pode ser inconveniente ou acarretar acidentes. No nível atual de estrangulamento logístico das nossas cidades, isso não é pouco.

O fato é que esses atributos positivos vêm aos poucos acarretando uma mudança cultural das construtoras e locadoras de equipamentos, como pontua Marco Colombo, gerente comercial da Maxter, em entrevista à M&T. Segundo ele, a


Em comparação ao vertiginoso crescimento dos últimos anos, o mercado brasileiro para equipamentos compactos diminuiu o ritmo em 2013. Mas nada que mude o cenário irreversível de opulência que se descortina para essas máquinas no país.

De fato, o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos de Construção detectou uma queda de quase 15% nas vendas de minicarregadeiras e de 5,2% nas de miniescavadeiras. O primeiro tipo de máquina teve 2.740 unidades comercializadas no ano, contra 3.220 em 2012. Já o segundo, registrou 900 máquinas vendidas no ano passado, ante uma demanda de 950 unidades em 2012.

Segundo especialistas, entretanto, tal cenário não indica um enfraquecimento das oportunidades para esse tipo de equipamentos no mercado local. Pelo contrário, as “minis” continuam sendo cada vez mais requisitadas. A queda nas vendas, dizem os analistas, teria sido resultado da queda geral do setor de equipamentos para construção, que – como se sabe – teve seu resultado anual “maquiado” pelas mais de 10 mil unidades comercializadas para o Ministério do Desenvolvimento Agrário. O MDA vem repassando motoniveladoras, retroescavadeiras e escavadeiras aos municípios. As máquinas compactas, por seu turno, não foram contempladas pelo programa.

APELO

Em termos operacionais, a mobilidade é o principal apelo desses equipamentos, que são demandados para operar em locais confinados, como vias estreitas, subsolos e canteiros de obras urbanas. O uso em túneis também é outra aplicação recorrente, mostrando que os compactos são vocacionados para remoção, carregamento e transporte de materiais em menor escala.

Além disso, no aspecto de planejamento, representam uma forma de intervir menos na circulação de pessoas e veículos, principalmente em obras urbanas nas quais o tráfego é intenso e a presença de equipamentos maiores pode ser inconveniente ou acarretar acidentes. No nível atual de estrangulamento logístico das nossas cidades, isso não é pouco.

O fato é que esses atributos positivos vêm aos poucos acarretando uma mudança cultural das construtoras e locadoras de equipamentos, como pontua Marco Colombo, gerente comercial da Maxter, em entrevista à M&T. Segundo ele, as construtoras ainda possuem de 80% a 90% do pátio compostos por equipamentos com mais de 20 toneladas. Mas, deve-se considerar que há bem pouco tempo esse número era de praticamente 100%. “Nos EUA e na Europa a disponibilidade dos compactos é de uma máquina para cada três operários, enquanto no Brasil essa proporção é de uma para 150”, diz ele, demonstrando o potencial desse mercado. “Mas temos percebido uma transformação nesse cenário, com uma busca crescente por modelos de 3 a 4 t.”

OPORTUNIDADES

Precursora de primeira hora dos equipamentos compactos no Brasil, a Bobcat – empresa adquirida em 2007 pelo grupo sul-coreano Doosan – afirma possuir 28% do market share nos segmentos de minicarregadeiras e miniescavadeiras. Para atender ao mercado, a empresa está estruturada com mais de 20 pontos de venda, compostos por sedes e filiais, além de sete distribuidores autorizados. As sedes ficam nos estados do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Pará, São Paulo e Mato Grosso, além do Distrito Federal.

Recentemente, a empresa apostou em uma nova geração de minicarregadeiras. Batizada de Série M, a linha conta com aumento nas forças de levante e de rompimento, mantendo a mesma potência do motor a diesel e trazendo maior desempenho de operação em relação à série anterior. Já de olho nos próximos anos, a empresa vê uma grande oportunidade comercial nas obras residenciais e de saneamento básico, nas quais a eficiência e versatilidade das minis podem ser fundamentais nos esforços para suprir a escassez de moradias e redes de água e esgoto em muitas cidades brasileiras.

Um ponto não se discute: os orientais mostram expertise nesse nicho de mercado. Presente desde 1991 no Brasil, a japonesa Yanmar também oferece máquinas compactas competitivas ao mercado nacional. De acordo com Anderson Oliveira, coordenador de negócios da linha de construção civil, a empresa paralisou as atividades locais por quase uma década, retornando em 2008 com uma nova estratégia para a linha de miniescavadeiras, que conta com modelos de até oito toneladas.

Atualmente, sintonizado com o bom momento o portfólio já inclui outros modelos, como pás carregadeiras compactas e miniescavadeiras. Com o aumento da oferta, os pontos de revenda também subiram para 15 unidades autorizadas em todo o país. “Acreditamos bastante na expansão acelerada do mercado de miniescavadeiras e temos planos de crescimento para os próximos cinco anos de operação”, afirma Oliveira.

As escavadeiras compactas da marca são direcionadas para diversas aplicações, incluindo escavação de piscinas e serviços de rede de esgoto e água. Segundo o coordenador, elas também são bastante utilizadas por empresas terceirizadas que atendem a obras de construção civil. Dentre as tecnologias disponibilizadas pela linha de miniescavadeiras, o especialista destaca o “giro zero” nas máquinas acima de 1,7 t. “Já os modelos com mais de 2 t contam com engate rápido para os implementos”, diz ele.

CAPILARIDADE

Mas não são apenas os asiáticos que apostam nesse nicho. Conhecida pela comercialização de minidumpers, a espanhola Ausa também investe nesse segmento do mercado nacional, o que fica claro com a recente expansão de sua rede de distribuição, concentrada atualmente nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país.

Para Stefano Calcara, diretor comercial da empresa no Brasil, a capilaridade dos serviços de assistência técnica, aliada ao bom ritmo do mercado da construção, tende a assegurar bons resultados. Calcara afirma que a empresa investe forte para obter uma maior penetração na região Centro-Oeste, além de se reestruturar no Norte do país. Os mercados atendidos pelos dumpers compactos, principal linha de equipamentos da fabricante, incluem transporte de materiais para obras residenciais, saneamento, indústria e mesmo obras de grande porte, como as do estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

Nesse cenário, a Ausa planeja retomar a fabricação nacional de dumpers compactos já em 2014. “Esperamos que o projeto inicie com quatro modelos de até 1,5 t, para uma produção estimada em 300 unidades a partir de 2015”, diz o diretor.

Não obstante, a estratégia da empresa inclui ainda a aposta em outras linhas de máquinas compactas, como os manipuladores da linha Taurulift, que já dão mostras de eficiência no país. Em uma obra recente, por exemplo, a Cerâmica Saul, no município de Porto Ferreira (SP), utilizou um manipulador T144H para substituir o trabalho de uma carregadeira compacta e uma empilhadeira. “Ou seja, o manipulador foi utilizado no lugar de dois outros equipamentos”, diz Calcara, salientando que outra investida da fabricante é a linha de minivarredoras, cujo modelo de sucção já é comercializado com sucesso no mercado europeu.

Volvo CE apresenta miniescavadeira

Voltada para os mercados de mobilidade urbana e de saneamento, a Volvo CE lançou no Brasil a escavadeira compacta sobre rodas EW60C. Segundo a empresa, o equipamento oferece a vantagem de trabalhar em espaços restritos e rodar em vias públicas sem a necessidade de transporte adicional.

Quando rente à parede, a amplitude de giro da máquina é de 180º, o que a torna – como garante a empresa – três vezes mais versátil que uma retroescavadeira, com uma capacidade de preenchimento de valas até 13% maior. Outra característica do equipamento é a função Pipe Layer para assentamento de tubos de saneamento, drenagem, gás e eletricidade. “Está função permite um controle refinado dos movimentos da máquina e o encaixe perfeito e seguro das tubulações”, diz Juliano Silva, engenheiro de vendas da Volvo CE Latin America.

 

 

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