Revista M&T - Ed.166 - Março 2013
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Empresa

Sumitomo aumenta investimentos no Brasil

Após inaugurar departamento de assistência técnica, fabricante de redutores industriais pretende iniciar cursos de capacitação para clientes em 2013

Inaugurado em maio de 2012, o novo departamento da Sumitomo Indústrias Pesadas do Brasil integra os planos de crescimento da marca japonesa no país. Além de fornecer suporte técnico na fábrica e em campo, os serviços de pós-venda também passaram a contar com um almoxarifado para itens de reposição dos redutores de velocidade produzidos pela empresa, um dispositivo que é utilizado em torres de resfriamento, esteiras transportadoras, misturadores e outros equipamentos. Com o novo serviço, a Sumitomo espera que o departamento responda por até 5% de seu faturamento até 2015.

De acordo com Marcus Caramella, gerente dos departamentos de qualidade e assistência técnica, o serviço foi disponibilizado para todas as regiões do país e conta com atendimento especializado em campo, preferência da maioria dos clientes da empresa, principalmente nos setores de mineração, petroquímica e siderurgia. Além disso, ele revela que a fábrica da empresa localizada em Itu (SP) possui uma oficina de manutenção recém-estruturada para reparo e reposição de peças danificadas. “Após aprovados, os reparos simples


Inaugurado em maio de 2012, o novo departamento da Sumitomo Indústrias Pesadas do Brasil integra os planos de crescimento da marca japonesa no país. Além de fornecer suporte técnico na fábrica e em campo, os serviços de pós-venda também passaram a contar com um almoxarifado para itens de reposição dos redutores de velocidade produzidos pela empresa, um dispositivo que é utilizado em torres de resfriamento, esteiras transportadoras, misturadores e outros equipamentos. Com o novo serviço, a Sumitomo espera que o departamento responda por até 5% de seu faturamento até 2015.

De acordo com Marcus Caramella, gerente dos departamentos de qualidade e assistência técnica, o serviço foi disponibilizado para todas as regiões do país e conta com atendimento especializado em campo, preferência da maioria dos clientes da empresa, principalmente nos setores de mineração, petroquímica e siderurgia. Além disso, ele revela que a fábrica da empresa localizada em Itu (SP) possui uma oficina de manutenção recém-estruturada para reparo e reposição de peças danificadas. “Após aprovados, os reparos simples podem ser feitos em até cinco dias, porém há casos extremos, como quebras catastróficas, em que o período de manutenção pode chegar a 90 dias”, explica Caramella, ressaltando que, quando bem cuidados, os redutores podem atingir uma vida útil de 15 a 20 anos.

ESTRUTURA

Em seu funcionamento padrão, a oficina de manutenção também receberá suporte do estoque de peças de reposição, setor também recém-inaugurado pela empresa e que tem uma capacidade de quase 9.000 itens, divididos em mais de 200 diferentes tipos de peças. Além disso, o gerente observa que cerca de 60% dos componentes dos redutores comercializados pela Sumitomo no Brasil são de fabricação nacional. Para cuidar de todo o processo de assistência técnica, a equipe de Caramella possui quatro funcionários da Sumitomo e uma equipe terceirizada, somando cerca de 20 colaboradores.

Para 2013, o departamento planeja inicar cursos de capacitação das empresas, criando uma afinidade maior dos clientes com o produto. Nesse sentido, como explica o gerente, será oferecida qualificação para manutenções sistemáticas preventivas e preditivas nos redutores adquiridos junto à fabricante. “Para empresas de grande porte e com operações em locais muito afastados, isso se torna uma enorme vantagem”, afirma ele.

ADEQUAÇÃO

Para Caramella, em média cerca de 70% dos clientes solicitam modificações pontuais nos redutores para adequação a determinadas condições de operação e clima. “Os nossos modelos standard possuem uma venda muito mais baixa do que os modelos modificados, e isto é uma demanda atual do mercado brasileiro”, diz o especialista. Segundo ele, os setores que mais exigem modificações nos produtos são os de mineração, siderurgia, cimento, óleo vegetal e papel e celulose. “A mineração, por exemplo, exige isto em 85% dos casos”, acrescenta o gerente.

Entre os pedidos mais comuns, que geralmente somam de oito a dez modificações, está o aumento da superfície externa do redutor para proporcionar uma maior troca de calor com o ambiente e consequente esfriamento do redutor. Mas vedações especiais, respiros adequados e pintura de proteção também estão no foco das alterações solicitadas pelos clientes.

INVESTIMENTOS

Localizada no interior de São Paulo, a planta fabril de 20 mil m² foi construída em uma área total de 447 mil m², em um esforço de investimentos que, segundo Mateus Botelhos, presidente da filial brasileira, integra o projeto estratégico de crescimento global das operações da empresa em mercados emergentes, como é o caso do Brasil.

De acordo com ele, a operação incluiu aportes da ordem de R$ 130 milhões. Com capacidade produtiva de 1.500 redutores anuais, a fábrica está inicialmente voltada para atender apenas o mercado brasileiro, mas os planos são de que, no médio prazo, também supra a demanda latino-americana pelos componentes. Ao todo, são cerca de 60 colaboradores atuando na fabricação de diversos modelos, que variam de 100 kg a 15 t de peso.

Após a execução do atual plano de investimentos, a filial brasileira espera conquistar 20% do mercado nacional de redutores até 2015, alcançando um faturamento de R$ 65 milhões na venda de seus produtos, sendo metade em outros países da região.

 

 

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