Recessão. Esta é a palavra que soa em algumas das maiores economias latino-americanas e na região em geral. O cenário financeiro, que já não é próspero, viu-se impactado pela queda no valor das commodities e pela desaceleração chinesa, situação que também se refletiu nas projeções dos principais órgãos multilaterais.
Um exemplo disso foi dado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Em relatório, a entidade conclui que 2015 foi o ano com o pior desempenho econômico da América Latina em mais de 30 anos, excluído o ano da crise mundial, em 2009. Obviamente, esta perspectiva não se refere a cada país em particular, mas é importante notar que grandes economias – como a brasileira e a venezuelana – empurram para baixo o resultado.
Na verdade, apenas três países teriam registrado recessão em 2015. A Venezuela leva a pior, com uma queda prevista de 10% em seu PIB ao longo do ano, enquanto o Brasil enfrenta uma recessão de 3%. Já o Equador, por força do preço do petróleo, cairia 0,6%. Nos demais, o crescimento médio será moderado, o que não permitirá equilíbr
Recessão. Esta é a palavra que soa em algumas das maiores economias latino-americanas e na região em geral. O cenário financeiro, que já não é próspero, viu-se impactado pela queda no valor das commodities e pela desaceleração chinesa, situação que também se refletiu nas projeções dos principais órgãos multilaterais.
Um exemplo disso foi dado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Em relatório, a entidade conclui que 2015 foi o ano com o pior desempenho econômico da América Latina em mais de 30 anos, excluído o ano da crise mundial, em 2009. Obviamente, esta perspectiva não se refere a cada país em particular, mas é importante notar que grandes economias – como a brasileira e a venezuelana – empurram para baixo o resultado.
Na verdade, apenas três países teriam registrado recessão em 2015. A Venezuela leva a pior, com uma queda prevista de 10% em seu PIB ao longo do ano, enquanto o Brasil enfrenta uma recessão de 3%. Já o Equador, por força do preço do petróleo, cairia 0,6%. Nos demais, o crescimento médio será moderado, o que não permitirá equilíbrio na balança da economia regional, que diminuirá 0,3%.
DOING BUSINESS
Para 2016, a região retomaria um crescimento tímido de 0,8%, mas com o Brasil e a Venezuela ainda com tendências negativas (de 1% e 6%, respectivamente), a eles se somando a Argentina, com retração de 0,7%.
Mas não é apenas a saúde das economias que preocupa. Também é importante desenvolver políticas mais estáveis de negócios e que atraiam investidores, aspecto no qual a América Latina tem uma dívida notória. Ao menos é o que assinala o último relatório do Banco Mundial com o ranking Doing Business 2016, que analisa as regulações que afetam as diversas áreas do ciclo de vida de uma empresa, como abertura, obtenção de licenças de construção, acesso a eletricidade, registro de propriedades, acesso a crédito etc.
De acordo com a lista, o melhor país da região para realizar negócios é o México, que ocupa o posto 38 entre quase 190 países, seguido por Chile (48), Peru (50) e Colômbia (54). Ainda que não seja surpresa, dada a atual situação político-econômica do Brasil, é especialmente preocupante ver a maior economia da América do Sul cair cinco posições num só ano, ficando no posto 116, com fortes baixas nos quesitos de obtenção de créditos e solução de insolvências.
Outro aspecto a considerar é que menos da metade dos 33 países da América Latina e Caribe analisados ficaram na metade superior da lista, o que coloca a maioria dos países da região em posição de desvantagem na hora de realizar negócios.
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