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Revista M&T - Ed.171 - Agosto 2013
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Internacional

PPPs se fortalecem na América Latina

Desenvolver uma legislação que fortaleça essas relações é uma das principais metas que a região deve se impor em seu atual estágio de desenvolvimento socioeconômico

Maiores e melhores Parcerias Público-Privadas (PPPs) em infraestrutura é um dos mecanismos que a América Latina deve perseguir para se desenvolver consistentemente e, assim, fechar as enormes lacunas econômicas e sociais que ainda registra e afetam sua competitividade global.

Efetivamente, alguns países já conseguiram alcançar uma fórmula de sucesso nesse sentido. O Chile, por exemplo, conta com diversas iniciativas portuárias, rodoviárias e aeroportuárias concretizadas por meio de PPPs e que, com o passar dos anos, confirmaram seu êxito. Outras nações latino-americanas vêm tentando copiar o modelo, mas as diferentes características culturais e geográficas de cada país têm feito com que não seja fácil repetir o sucesso chileno.

Norman Anderson, presidente e CEO da CG/LA Infrastructure empresa que organiza anualmente o Fórum de Liderança Latino-Americano, tem uma visão crítica com relação aos mecanismos de desenvolvimento que historicamente foram aplicados na América Latina. “A região não tem um modelo para financiar projetos de infraestrutura”, avalia o executivo. “Todos fala


Maiores e melhores Parcerias Público-Privadas (PPPs) em infraestrutura é um dos mecanismos que a América Latina deve perseguir para se desenvolver consistentemente e, assim, fechar as enormes lacunas econômicas e sociais que ainda registra e afetam sua competitividade global.

Efetivamente, alguns países já conseguiram alcançar uma fórmula de sucesso nesse sentido. O Chile, por exemplo, conta com diversas iniciativas portuárias, rodoviárias e aeroportuárias concretizadas por meio de PPPs e que, com o passar dos anos, confirmaram seu êxito. Outras nações latino-americanas vêm tentando copiar o modelo, mas as diferentes características culturais e geográficas de cada país têm feito com que não seja fácil repetir o sucesso chileno.

Norman Anderson, presidente e CEO da CG/LA Infrastructure empresa que organiza anualmente o Fórum de Liderança Latino-Americano, tem uma visão crítica com relação aos mecanismos de desenvolvimento que historicamente foram aplicados na América Latina. “A região não tem um modelo para financiar projetos de infraestrutura”, avalia o executivo. “Todos falam das PPPs, mas há casos como o da Colômbia e do Brasil que se tornaram muito complicados, sendo que nos países pequenos é ainda mais difícil.”

Nessa linha, Anderson tem um diagnóstico preciso e claro: a incerteza ainda predomina em muitos países. A América Latina carece de uma visão clara em relação ao papel que a infraestrutura exerce no desenvolvimento e, por isso, ainda não dá prioridade às reais necessidades de suas populações. Essa situação crítica faz com que exista alto risco em relação aos projetos. “Quem vai assumir esses riscos, quem vai mitigá-los, como serão assumidos?”, indaga-se. “Portanto, os riscos devem ser apreciados e os limites do modelo devem ser claramente entendidos.”

PROJETOS

Nesse sentido, a CG/LA Infrastructure tem realizado anualmente uma lista dos 100 principais projetos estratégicos de infraestrutura na região, que em 2013 somaram investimentos de vultosos US$ 146,5 bilhões, aproximadamente. Com investimentos de cerca de US$ 126,5 bilhões, os quatro principais países da região (Brasil, Chile, Colômbia e México) lideram em aportes, somando 86,36% do montante descrito na tabela ao lado.

De forma previsível, o Brasil encabeça a lista com os valores envolvidos em seus projetos. Atualmente, o gigante sul-americano conta com 22 projetos que somam investimentos de mais de US$ 51 bilhões, representando 34,82% do total.

Logo abaixo aparece o México, que inclusive possui mais iniciativas que o Brasil (25), mas soma investimentos de aproximadamente US$ 37,3 bilhões, ou 25,47% do total da região.

Em terceiro lugar no ranking por países está o Chile, país que ostenta dez projetos e soma investimentos de cerca de US$ 24 bilhões, ou 16,44% do total. Por fim, aparece a Colômbia, com investimentos de pouco mais de US$ 14,1 bilhões (9,63% do total).

 

 

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