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Revista M&T - Ed.270 - Dez/Jan 2023
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FABRICANTE

Perícia de campeão

Superando profissionais de nove países, brasileiro vence a etapa regional do Desafio Global de Operadores da Caterpillar e vai disputar a final global em Las Vegas
Por Melina Fogaça

Representante brasileiro pela distribuidora Pesa, o operador Fernando Cezar do Nascimento foi o vencedor da final regional latino-americana do Desafio Global de Operadores da Caterpillar, realizada no final de outubro em Piracicaba (SP), em evento que a Revista M&T acompanhou in loco. Em sua 2ª edição, o Desafio testa as habilidades e a precisão de operadores de máquinas de construção, provando a excelência na operação de soluções da Caterpillar e a capacidade de dominar diversos equipamentos pesados, sempre prezando a segurança e a eficiência.

Segundo Dennis Ventura, vice-presidente global de vendas e marketing para construção e infraestrutura da Caterpillar, o desafio inclui cinco provas práticas com equipamentos como escavadeiras, retroescavadeiras, tratores de esteiras e miniescavadeiras, testando as habilidades dos operadores em cada uma delas. “As provas têm tempo cronometrado para conclusão, com partes re


Representante brasileiro pela distribuidora Pesa, o operador Fernando Cezar do Nascimento foi o vencedor da final regional latino-americana do Desafio Global de Operadores da Caterpillar, realizada no final de outubro em Piracicaba (SP), em evento que a Revista M&T acompanhou in loco. Em sua 2ª edição, o Desafio testa as habilidades e a precisão de operadores de máquinas de construção, provando a excelência na operação de soluções da Caterpillar e a capacidade de dominar diversos equipamentos pesados, sempre prezando a segurança e a eficiência.

Segundo Dennis Ventura, vice-presidente global de vendas e marketing para construção e infraestrutura da Caterpillar, o desafio inclui cinco provas práticas com equipamentos como escavadeiras, retroescavadeiras, tratores de esteiras e miniescavadeiras, testando as habilidades dos operadores em cada uma delas. “As provas têm tempo cronometrado para conclusão, com partes relacionadas não só à habilidade na operação, mas também à utilização da tecnologia embarcada na máquina”, afirma Ventura. “Cumprindo os objetivos de cada prova, o vencedor é quem comete menos erros de operação e finaliza as atividades no menor tempo possível.”

De acordo com o executivo, o evento surgiu como uma forma de reconhecer os operadores, peças fundamentais para o desenvolvimento da Caterpillar e da indústria OEM. “Podemos desenvolver o equipamento que for, mas sem um operador preparado e atualizado em tecnologia não se tira o máximo rendimento das máquinas”, reconhece.

O especialista cita a falta de profissionais no Brasil com interesse na profissão, o que põe ainda mais pressão sobre a indústria. Nesse sentido, o evento também mostra as oportunidades disponíveis para as pessoas que se interessam por esse tipo de carreira. “Para ser um operador é preciso ter dedicação, disciplina e treinamento, além de entendimento dos benefícios da tecnologia presente nas máquinas, ou seja, as capacidades e recursos que podem ser aplicados nos canteiros de obras”, pontua Ventura. “Também requer atenção contínua às necessidades de produção, garantindo que o produto final atenda ao objetivo final e finalizando a obra de forma eficiente e objetiva.”

CLASSIFICAÇÃO

No total, foram realizadas três rodadas da competição ao redor do mundo. A primeira foi composta por eventos locais, organizados por mais de 80 revendedores da Caterpillar entre março e setembro, que neste ano reuniram cerca de 10.000 operadores de máquinas. “Os operadores que se classificaram nos eventos locais de revendedores seguiram para semifinais regionais, realizadas na Espanha, Japão, Estados Unidos e Brasil em outubro”, prossegue Ventura.

Realizada na área de demonstração da fabricante no interior paulista, a final regional contou com 14 competidores ligados a revendedores da marca em nove países da América Latina, incluindo Brasil, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname e Uruguai.

Segundo Keizer Birke, especialista de aplicação da Caterpillar e responsável pela competição na América Latina, o desafio utilizou um trator de esteira D5 para testar a habilidade do operador com a lâmina. Com a retroescavadeira 420, o desafio teve como objetivo testar a desenvoltura em trabalhar em lugares estreitos, manipulando objetos com a máquina, enquanto a escavadeira 320 antepôs o desafio de construir uma vala obedecendo regras de profundidade, comprimento e inclinação. “O operador também precisou mover um volume de 2,6 toneladas”, completa Birke.


Desafios incluem provas para testar as habilidades dos operadores com equipamentos

Com a pá carregadeira 950L, o teste avaliou a precisão do operador e, por fim, a prova com a miniescavadeira 302.7 simulou um jogo de futebol, no qual o operador tinha como desafio driblar os obstáculos no cenário, conduzir a bola sem derrubar as bolinhas posicionadas em totens (simulando jogadores adversários) e, finalmente, chutar a bola para o gol. “Ao todo, foram usadas três bolas, sendo que cada gol marcado representou um minuto a menos na conta desse desafio”, explica.

Para o campeão Nascimento, a prova mais difícil foi com o trator de esteira, na qual obteve o melhor resultado, enquanto a mais “tranquila” foi o desafio da escavadeira. “Assim como todos os competidores, eu vim para ganhar”, comenta. “Mas vencer em casa é muito melhor.”

Em março de 2023, o melhor operador da Caterpillar no mundo será coroado após a final da competição, durante a ConExpo, em Las Vegas, reunindo os nove finalistas classificados nas etapas regionais. “Esse desafio valoriza o talento do operador, além de fazer com que os profissionais se aperfeiçoem e treinem cada vez mais”, afirma Nascimento, que agora passa a representar a América Latina no Global Operator Challenge. A segunda posição ficou com o representante do México, Armando Duarte (revenda Matco), enquanto o terceiro lugar foi conquistado por Aksay Sadhoe (revenda Surmac), representante do Suriname.


Campeão latino-americano, Nascimento (centro) irá disputar a final mundial em Las Vegas

OPORTUNIDADE

Segundo Birke, o desafio é uma forma de reconhecer o trabalho dos operadores, mas também de aproximá-los de recursos tecnológicos com os quais não têm contato direto no dia a dia. “Muitos operadores não têm a oportunidade, dentro da empresa em que trabalham, de ter uma máquina Cat com todos esses recursos embarcados”, avalia. “E no Desafio acabam conhecendo mais detalhes e se tornando mais produtivos.”

Para Ventura, o maior prêmio do vencedor – além da oportunidade de disputar a final mundial nos EUA – é o reconhecimento na região em que atuam, assim como as oportunidades que podem surgir dentro da empresa. “Com o Desafio, também queremos aproveitar e divulgar tudo que há de novo em nossas máquinas”, afirma. “Acreditamos que esses fatores podem beneficiar tanto o cliente, que ganha em eficiência, quanto o planeta, com significativa diminuição de custos, redução nas emissões de poluentes e maior segurança nas operações.”

Saiba mais:
Caterpillar:
www.caterpillar.com/pt

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