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Revista M&T - Ed.88 - Abr/Mai 2005
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DICAS

Os Pneus de Terraplenagem e a Operação dos Equipamentos

Uma operação correta e consciente pode resolver metade dos problemas dos usuários de equipamentos

Por: Guilherme Borghi *

Cerca de 50% dos problemas de disponibilidade dos equipamentos estão relacionados com o fator operação e isto também reflete diretamente no desempenho dos pneus e consequentemente no controle dos seus custos. De tudo que já tratamos nos nossos estudos anteriores, poderíamos dizer que o fator operação é o que tem maior impacto no sucesso do projeto de redução de custos e na busca por segurança máxima no trato com os pneus gigantes — de mineração e construção civil. O fator operação na verdade é o resultado prático de todas as etapas já estudas:

  • Plena consciência da importância dos pneus no conjunto equipamento,
  • Conhecimento das normas que estabelecem os claros limites de utilização e manipulação,
  • As importantes informações que o próprio produto oferece a fim de obter o máximo do seu desempenho,
  • Conhecimento técnico dos elementos que compõe o pneumático e da sua estrutura, com todas as variedades de projetos desenvolvidos para atender aos mais variados contextos de trabalho,
  • A correta eleição na hora da compra do pneu - fundamental para um desempenho satisfatório ou um resultado medíocre. O pneu certo para o trabalho certo é barato e forte, mas se torna caro e fraco quando a compra não atende as especificações técnicas dos fabricantes, que sempre devem ser consultados.
  • Domínio de todas as técnicas de inspeção preventiva para proporcionar o máximo de seu gradiente de uso, mantendo custos baixos e com segurança, além de conhecer todos os perigos envolvendo o manuseio, a montagem e aplicação dessas complexas estruturas de engenharia,
  • Aplicar uma manutenção correta, garantindo assim a preservação da carcaça para o máximo de horas de trabalho possíveis - reformando ou não, e todas as at

Por: Guilherme Borghi *

Cerca de 50% dos problemas de disponibilidade dos equipamentos estão relacionados com o fator operação e isto também reflete diretamente no desempenho dos pneus e consequentemente no controle dos seus custos. De tudo que já tratamos nos nossos estudos anteriores, poderíamos dizer que o fator operação é o que tem maior impacto no sucesso do projeto de redução de custos e na busca por segurança máxima no trato com os pneus gigantes — de mineração e construção civil. O fator operação na verdade é o resultado prático de todas as etapas já estudas:

  • Plena consciência da importância dos pneus no conjunto equipamento,
  • Conhecimento das normas que estabelecem os claros limites de utilização e manipulação,
  • As importantes informações que o próprio produto oferece a fim de obter o máximo do seu desempenho,
  • Conhecimento técnico dos elementos que compõe o pneumático e da sua estrutura, com todas as variedades de projetos desenvolvidos para atender aos mais variados contextos de trabalho,
  • A correta eleição na hora da compra do pneu - fundamental para um desempenho satisfatório ou um resultado medíocre. O pneu certo para o trabalho certo é barato e forte, mas se torna caro e fraco quando a compra não atende as especificações técnicas dos fabricantes, que sempre devem ser consultados.
  • Domínio de todas as técnicas de inspeção preventiva para proporcionar o máximo de seu gradiente de uso, mantendo custos baixos e com segurança, além de conhecer todos os perigos envolvendo o manuseio, a montagem e aplicação dessas complexas estruturas de engenharia,
  • Aplicar uma manutenção correta, garantindo assim a preservação da carcaça para o máximo de horas de trabalho possíveis - reformando ou não, e todas as atenções dispensadas com os pneus e rodas que tiveram algum tipo de intervenção decorrente de falhas prematuras ou acidentes.
  • E desenvolver uma “cultura de manutenção de pneus”, visando um ideal de controle gerencial sobre os custos com plena segurança para todos os profissionais envolvidos.
  • Ou seja, todas essas precauções, atenções e técnicas estudadas, têm como objetivo manter os pneus rodando o maior tempo possível com segurança; mas de nada valem, pois mesmo que você domine todas elas, ainda sim poderia ter todo o seu trabalho - e dinheiro envolvido no projeto - jogados fora numa simples patinagem ou em uma pedra no meio da pista. Por isso, nosso estudo da operação coroa de forma integral todos os esforços aplicados até o momento.

A operação é na verdade a síntese dos seus controladores. Ou seja, começa na política das diretrizes de trabalho da diretoria e da empresa proprietária do equipamento, passa pela visão de gerenciamento de recursos dos líderes da obra além do comprometimento dos seus supervisores e termina de maneira decisiva na consciência e conhecimento — treinamento - dos operadores.
Portanto, é um fator que envolve habilidades e competências basicamente humanas, sujeitas a infinitas variações. Não podemos determinar qual o modelo perfeito de operação ou quais os perfis dos profissionais supracitados, e esse nem é o nosso objetivo; cabe a cada empresa estudar o seu contexto de trabalho e aprimorar e aplicar toda a experiência e potencial dos seus recursos humanos em prol do bom uso dos recursos financeiros, visando o objetivo final: bem-estar social e desenvolvimento sustentável.
Nesse estudo, deixa- remos algumas sugestões para otimizar o processo de operação, visando sobretudo a proteção dos pneus. Contudo, é importante salientar que a maioria das falhas de operação - excesso de velocidade que culmina em excesso de frenagens, por exemplo - além de deteriorar e aumentar os riscos de acidentes, também podem causar outros problemas em outras partes do equipamento — como nos freios e no chassis — e aumentar o consumo de combustível, neste exemplo. Podemos pensar então que os cuidados tomados com os pneus (que são de borracha, e, portanto, podemos antever os possíveis problemas) refletem em benefícios globais para o equipamento e a segurança dos seus operadores.

Melhores práticas de operação

Brecar excessivamente - o uso exagerado do freio provoca uma excessiva geração de calor no conjunto por condução térmica. O calor do sistema de freios afetará o aro, anéis de vedação, câmara de ar e o próprio pneu. O excesso de velocidade gera freadas excessivas.
Desprendimento da carga - consiste em exigir grande força do veículo para se superar algum obstáculo rígido ou saliente, fazendo com que a carga se desprenda. Isto provoca violentos choques na estrutura do pneu, podendo ocasionar a quebra da carcaça e o deslocamento da mesma ou de eventuais consertos.
Carregamento irregular - no carregamento podem ocorrer falhas no posicionamento da carga, propiciando desequilíbrio na distribuição do peso sobre os pneus, gerando sobrecarga e desgaste irregular.
Cuidados no carregamento - utilização do sistema hidráulico para melhor desagregação do material empolado, evitando patinagens e preservando melhor o pneu durante o trabalho na rocha.
Carregamento muito depressa - durante o carregamento dos escrèiperes, muitos operadores não aguardam ser empurrados proporcionando a patinagem das rodas motrizes, desgastando prematuramente o pneu.
Equipamento - utilizar o equipamento certo para o trabalho certo, com os pneus certos é fundamental. Os equipamentos devem ter a manutenção bem organizada.

A operação é peça fundamental no cuidado com os pneus
Trabalhos sérios executados por empresas especializadas em treinamento de operadores, como o do Instituto Opus, que qualifica profissionais em diversos tipos de equipamentos, possuem método e padrão de trabalho internacional permitindo a otimização do uso do recurso operação. Esses conhecimentos envolvem no geral cuidados simples, que podem permitir um trabalho muito mais seguro e a preservação dos pneus, para que continuem trabalhando por muito mais tempo. A constante busca pelo aperfeiçoamento dos operadores é fundamental para gerar benefícios para os equipamentos, o próprio profissional e a empresa como um todo.
Os pneus, que até o momento tiveram uma atenção especial neste estudo, de- vido o seu alto custo de aquisição e de consequente utilização, devem sempre ter prioridade em uma política de gerenciamento. E, além disso, ser objeto de cuidados, mesmo porque envolvem a segurança de borracheiros, mecânicos, operadores e todos os demais profissionais envolvidos.
Gostaria de concluir essa série de artigos para a revista M&T - Manutenção & Tecnologia, um trabalho que muito me honrou e que me deu a oportunidade de contribuir com os profissionais da área de manutenção, com alguns agradecimentos.


Agradeço aqui a Deus pela oportunidade e o constante e indispensável apoio, a minha família, amigos e colegas de trabalho, a SOBRATEMA e aos meus dedicados professores, que têm me ensinado o que é pneu: Rubens O. Borghi, Fernandez, Evandro Vicentim, J. Lavandoski, Eng. Humberto Ricardo C. De Marco, Eng. Marcílio Marques, Raimundo Lage, a todos meus clientes que todos os dias me ensinam a ser um profissional e uma pessoa melhor e ao jornalista Wilson Bigarelli, sem o qual esse projeto nunca teria acontecido . Muito obrigado.

(*) Guilherme Borghi é técnico quimico especializado em compostos elastoméricos e especialista em pneumáticos de mineração e engenharia civil. E autor do "Manual de Processos de Reconstrução de Pneus" e de um manual de pneus de terraplenagem e mineração. O presente artigo é o úitimo de uma série de cinco publicados em edições anteriores, que integra um estudo elaborado especialmente para a revista M&T - Manutenção & Tecnologia.
Observação:" Este artigo tem o objetivo de informar ao leitor sobre pneus. Todas as normas aqui demonstradas têm como fonte os catálogos dos próprios fabricantes e informações da ALAPA, e estão a titulo de mera recomendação, não havendo responsabilidade sobre a apiicação ou não destas recomendações."

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