Pneus são estruturas complexas e que envolvem projetos engenhosos. Também são críticos na planilha de custos. Não custa repassar alguns conceitos básicos.
Os pneus, ou envelopes pneumáticos, têm diferentes denominações, dependendo do fabricante: pneus de terraplenagem, OTR (Off- The-Road), GC (Mineração e Engenharia Civil), Fora-Estrada, entre outros. Para facilitar nosso estudo, doravante vamos tratar dos mesmos como pneus de terraplenagem. Quando se trata de pneus, devemos dar toda a atenção possível, uma vez que este importante item figura como um dos principais responsáveis por desequilíbrios nas planilhas de custos de manutenção.
O pneu é um “envelope” constituído por elementos com uma longa cadeia de macromoléculas e, como por si só está complexa estrutura é incapaz de suportar o peso dinâmico e estático do equipamento, além de sua carga, devido à flexibilidade do
Pneus são estruturas complexas e que envolvem projetos engenhosos. Também são críticos na planilha de custos. Não custa repassar alguns conceitos básicos.
Os pneus, ou envelopes pneumáticos, têm diferentes denominações, dependendo do fabricante: pneus de terraplenagem, OTR (Off- The-Road), GC (Mineração e Engenharia Civil), Fora-Estrada, entre outros. Para facilitar nosso estudo, doravante vamos tratar dos mesmos como pneus de terraplenagem. Quando se trata de pneus, devemos dar toda a atenção possível, uma vez que este importante item figura como um dos principais responsáveis por desequilíbrios nas planilhas de custos de manutenção.
O pneu é um “envelope” constituído por elementos com uma longa cadeia de macromoléculas e, como por si só está complexa estrutura é incapaz de suportar o peso dinâmico e estático do equipamento, além de sua carga, devido à flexibilidade do seu principal componente: borracha! essa mesma estrutura precisa estar cheia de ar.
E esse “envelope” de ar é o único elo de ligação entre o equipamento (seu operador e sua carga) e o solo. Portanto, sua utilização incorreta pode gerar sérios riscos, tanto ao objetivo de se reduzir custos com manutenção, quanto às vidas dos profissionais envolvidos.
Desde a escolha do pneu certo para seu tipo de trabalho, seu limite de carga, sua pressão, seu desenho, seu composto de borracha, sua montagem e utilização exigem uma combinação harmoniosa entre técnica e tecnologia. O equipamento, o tipo do pneu, suas dimensões e reformas, operação, velocidade, local e ciclo de trabalho, entre muitos outros, são fatores que influenciam diretamente nos custos da manutenção do item. Profissionais capacitados, bem como os fabricantes, devem sempre ser consultados quanto à utilização correta dos pneus, e estes têm a obrigação de fornecer benefícios e soluções de segurança e economia.
O Pneu é composto de vários polímeros plásticos e elásticos como a borracha, o nylon, o poliéster, o enxofre (ou doadores de enxofre), entre muitos outros. Uma complexa estrutura de compostos elastoméricos com suas propriedades vulcanizadas forma o principal elemento da estrutura do pneu; a borracha. Hoje, a borracha sintética é um dos principais elementos do pneu, sendo derivada do petróleo, assim como a borracha natural (NR) é extraída do látex, e sua história descreve um longo e árduo caminho até os dias atuais.
O látex, extraído da seringueira (Hevea brasiliensis), foi o principal precursor dessa história. Em 1839, durante a “Febre da Borracha”, Charles Goodyear por acidente derramou enxofre em excesso numa panela onde misturava borracha e percebeu que aquela mistura havia ficado diferente: a borracha estava mais resistente e não se desgastava mais com tanta facilidade, todavia não tinha perdido sua flexibilidade. Essa alteração química estrutural foi chamada de vulcanização, e, a partir da descoberta deste processo é que foi possível a industrialização da borracha. Foi em 1888 que o americano John Boyd Dunlop desenvolveu os primeiros pneumáticos e, a partir daí, a evolução dos pneus foi vertiginosa. A cada ano novas tecnologias foram criadas, fábricas ficavam cada vez mais modernas, fórmulas de compostos de borracha eram guardadas a sete chaves como segredos industriais que cada um dos fabricantes mantém como sendo, na essência, a própria vida, assim como carcaças, desenhos e dimensões minuciosamente projetados e desenvolvidos para que o pneu possa ter o máximo de desempenho com custos satisfatórios em um mercado disputado “milímetro a milímetro”;
Paralelo, e ao mesmo tempo intimamente ligado, vem o mercado de reforma de pneus, onde profissionais travam lutas diárias na busca de qualidade e queda de custos junto à manutenção, em um mercado igualmente (senão mais) competitivo que o de pneus novos. Alta tecnologia, parcerias sólidas, velocidade de informações e resultados, análises e experimentações são as marcas registradas dessa atividade que pode ser tão vantajosa quanto é maléfica para o cliente quando este não é assessorado por profissionais competentes e empresas sérias.
O pneu é um importante item de seu equipamento, e os resultados obtidos com sua utilização dependem diretamente de como aplicamos correta ou incorretamente os mesmos. Como regra, deve-se ter como uso correto: para cada tipo de trabalho (e todos os fatores que envolvem a eleição do pneumático, como tipo de carga, ciclo, equipamento, velocidade, etc..) um tipo específico de pneu.
*Guilherme Borghi é técnico químico especializado em compostos elastoméricos e especialista em pneumáticos de Mineração e Engenharia Civil. É autor do “Manual de Processos de Reconstrução de Pneus”. O artigo integra um estudo elaborado especialmente para a revista M&T - Manutenção & Tecnologia e que inclui também outras dicas que serão publicadas nas próximas edições: “Estrutura do pneu”, “Nomenclaturas” e Normatizações”, “Montagem e Manuseio” “Armazenagem e Manutenção": e Operação.
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