Revista M&T - Ed.84 - Ago/Set 2004
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ATIVIDADES

Opus entrega certificado do 1°curso de formação de instrutores do exército

Após experiência bem sucedido no curso de operadores, o Instituto formo 21 instrutores militares polivalentes de máquinas de terraplenagem.

No Último dia 16 de setembro, o Instituto Opus, da Sobratema, deu mais um passo no que diz respeito à parceria firmada com a Diretoria de Obras de Cooperação (DOC)do Exército, para transferência de conhecimento na área de operação de máquinas de terraplanagem. Em cerimônia realizada no auditório do 11° BECnst, em Araguari (MG), e presidida pelo Gal. de Divisão ítalo Fortes Avena, Diretor da DOC, os tenentes-coronéis Luciano Martins Tavares (9° BECnst-Cuiabá/MT), Alexandre Rui Baralho Bianco (10° BECnst-Lages/ SC) e Márcio Velloso.

Guimarães (11° BECnst-Araguari/MG), além do coronel Wagner Gonçalves Oliveira (representando o 5° BECnst-Porto Velho/RO), r


Após experiência bem sucedido no curso de operadores, o Instituto formo 21 instrutores militares polivalentes de máquinas de terraplenagem.

No Último dia 16 de setembro, o Instituto Opus, da Sobratema, deu mais um passo no que diz respeito à parceria firmada com a Diretoria de Obras de Cooperação (DOC)do Exército, para transferência de conhecimento na área de operação de máquinas de terraplanagem. Em cerimônia realizada no auditório do 11° BECnst, em Araguari (MG), e presidida pelo Gal. de Divisão ítalo Fortes Avena, Diretor da DOC, os tenentes-coronéis Luciano Martins Tavares (9° BECnst-Cuiabá/MT), Alexandre Rui Baralho Bianco (10° BECnst-Lages/ SC) e Márcio Velloso.

Guimarães (11° BECnst-Araguari/MG), além do coronel Wagner Gonçalves Oliveira (representando o 5° BECnst-Porto Velho/RO), receberam os certificados do curso de formação de instrutores Polivalentes Sobratema/ Opus, a que fizeram jus seus comandados inscritos no programa. Ao todo, foram certificados 20 militares dos quatro batalhões mencionados e um outro do Batalhão de Engenharia de Combate, de Aquidauana (MT).

"Depois de havermos realizado, de maneira experimental, o Curso de Operadores Polivalentes de Equipamentos de Terraplenagem, concluído com sucesso no último mês de junho, a ideia de repassar a filosofia Opus de treinamento a instrutores da própria instituição era o passo natural seguinte. Fizemos isso porque percebemos que seria muito mais conveniente, para o Exército, formar seus operadores, conforme as suas próprias necessidades de tempo, logística, etc.", explica Roberto Ferreira, diretor executivo do Instituto Opus, presente ao evento.

Ministrado durante junho e agosto, no 9 BECnst de Cuiabá, o curso para formação de instrutores militares englobou conhecimentos de cinco máquinas utilizadas na área de construção- motoniveladora, escavadeira hidráulica, retroescavadeira, trator de esteiras e pá-carregadeira, com aulas teóricas e práticas de operação, manutenção, segurança e comunicação. "A engenharia de construção do Exército carecia de uma base cientifica mais sólida para aplicar nos nossos quadros de operação com máquinas.

Em função da modernização constante dos equipamentos, o nosso rendimento estava aquém do necessário, o que refletia em problemas relacionados ao manuseio das máquinas e aos cuidados que devem ser tomados após a utilização das mesmas. Mediante o aprendizado obtido junto ao Instituto Opus, notamos a grande importância da manutenção preventiva", comenta o General Avena que, na ocasião, também recebeu das mãos do Diretor do Instituto Opus o certificado de Instrutor Honoris Causa. O diploma regular de instrutores militares concedido pelo Instituto, é válido por dois anos. Quando expirar, os instrutores terão que passar por um novo treinamento, visando atualizar os seus conhecimentos ora obtidos. Esses homens serão responsáveis pela formação adequada de operadores de máquinas nos onze Batalhões de Engenharia de Construção subordinados à DOC. "Uma vez treinados na própria corporação e após passarem pelo crivo dos examinadoras do Instituto

Opus, esse novo contingente de profissionais representará, ao ser reincorporado à vida civil, um notável reforço para as empresas do setor privado, que receberão homens preparados tecnicamente e acostumados ao trabalho duro e disciplinado", afirma Roberto Ferreira. Este programa de ensino será, inicialmente, implantado nas unidades de Lages, Cuiabá e Araguari. Numa fase posterior, também irá atender as regiões Norte e Nordeste, além do Centro de Instrução de Engenharia, que está sendo montado no 11°BECnst de Araguari.

Batalhões - "Ficamos surpresos com a quantidade de informações trocadas entre os alunos durante o curso Opus. Foi uma oportunidade ímpar de reunir experiências obtidas nos diversos batalhões do sistema DOC", afirma o sargento Daniel Brás, do 9° BECnst, um dos instrutores formados.

Ele e mais sete colegas participaram do curso representando o batalhão de Cuiabá. A unidade executa diversas obras rodoviárias e ferroviárias no Estado do Mato Grosso. "Além de terraplenagem, também fazemos pontes, túneis e viadutos. Temos uma frota considerável, que inclui máquinas de várias marcas. Esses equipamentos estão sendo substituídos aos poucos, por modelos atuais, conforme aumentamos nossos convênios com organismos públicos e, por consequência, nossa carteira de obras", destaca o tenente-coronel Tavares, comandante do 9° BECnst. Segundo ele, quando o jovem se alista numa unidade de engenharia de construção do exército é apresentado a ele um questionário onde são anotados os seus interesses profissionais. Dentro de um batalhão como esse, o militar pode absorver conhecimentos de carpintaria, hidráulica, elétrica, operação de equipamentos e áreas congêneres. "E também nesse ponto que entra a necessidade de um bom instrutor. Ele saberá identificar as potencialidades de cada aluno", reitera Tavares.

O curso Opus para instrutores foi também frequentado por seis militares sediados no Batalhão de Lages. O mais antigo dos onze batalhões da DOC, com 150 anos. Lajes é, também, um dos mais bem equipados. "Temos seis escavadeiras, 16 caminhões fora-de-estrada, dois tratores de esteiras de grande porte e uma grande quantidade de maquinário complementar. Trabalhamos em serras e escarpas de basalto, no Sul do país, executando obras de "rochaplenagem" entre outras, sob frio intenso, e que exigem bastante dos operadores e das máquinas. Por isso, é fundamental realizarmos uma preparação de qualidade", declara o tenente-coronel Alexandre Rui Baralho Bianco, comandante do 10° BECnst. Há dez anos, esse batalhão concluiu as ohras da Estrada de Ferro Paraná Oeste (Ferroeste), no trecho entre Guarapuava e Cascavel, no Paraná, possibilitando o escoamento da safra do Estado pelo Porto de Paranaguá. Atualmente, o 10° BECnst está executando as obras de pavimentação da BR-282, que liga o meio-o este catarinense à sua região serrana. As operações de terraplenagem, pavimentação e dragagem acontecem em diferentes pontos da rodovia. "Em decorrência desses trabalhos, precisávamos de um curso que contribuís se para a otimização das operações, evitando acidentes e desgastes", diz o sargento Perdonate, um dos instrutores formados representando o batalhão de Lages.

Para o tenente-coronel Velloso, comandante do 11° BECnst, um aspecto importante do curso de formação de instrutores ministrado pelo Instituto Opus é a ampla abordagem da manutenção preventiva das máquinas."Em Araguari, empregamos 30% dos recursos de convênio, em manutenção. E um investimento alto e que precisa, portanto, ser bem direcionado. Sabemos que a nossa frota não é das mais novas. Erros devidos à má conservação dos equipamentos, adicionalmente, acabavam agravando a situação", menciona. Velloso relata, ainda, o enfoque dado à eliminação dos "vícios de operação". Segundo ele, o curso aprimorou a capacidade dos instrutores em corrigir falhas cometidas pelos operadores mais antigos que não receberam treinamento formal adequado, no passado. "Isso se reflete não só no aumento da durabilidade dos equipamentos, mas, também, obviamente, na economia de recursos". Hoje, o 11° BECnst atua em várias frentes de trabalho. Uma delas, na área ferroviária, é executada em convênio com a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e compreende a manutenção da Ferrovia Centro-atlântica, cujos 7.000 quilômetros interligam as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Além disso, o 11° atua em obras rodoviárias como a conservação de um trecho de cerca de 600 quilômetros da BR-153 e em várias intervenções no trevo de Uberaba.

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