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Revista M&T - Ed.199 - Março 2016
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Fabricante

O teste do canteiro

Saiba como o campo de provas da New Holland Construction em Minas Gerais garante a qualidade dos novos produtos e tecnologias DA MARCA introduzidos no mercado brasileiro

Antes de disponibilizar novos equipamentos ao mercado, as fabricantes de máquinas pesadas realizam diversos testes estruturais em seus produtos. No caso da New Holland Construction – empresa controlada pela CNH Industrial –, para comprovar a excelência da montagem industrial e garantir a produtividade na sua aplicação, os maquinários são testados por amostragem em um Campo de Provas localizado em Sarzedo, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

O espaço – que abriga testes de todas as marcas da CNHi – inclui uma área de 80 mil m², além de escritórios e oficinas. Como explica Marcos Rocha, gerente de produto da marca para a América Latina, ali são avaliados não só equipamentos novos como também atualizações do portfólio, qualquer que seja o grau de intervenção realizado nos equipamentos.

Nessa linha, os mais recentes lançamentos da empresa fabricados no país, como o trator de esteiras D180 C e as escavadeiras E215C e E245C ME, passaram por testes específicos antes de seguir para as vitrines (leia Box na pág. 49). “Para o novo trator DC180, por e


Antes de disponibilizar novos equipamentos ao mercado, as fabricantes de máquinas pesadas realizam diversos testes estruturais em seus produtos. No caso da New Holland Construction – empresa controlada pela CNH Industrial –, para comprovar a excelência da montagem industrial e garantir a produtividade na sua aplicação, os maquinários são testados por amostragem em um Campo de Provas localizado em Sarzedo, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

O espaço – que abriga testes de todas as marcas da CNHi – inclui uma área de 80 mil m², além de escritórios e oficinas. Como explica Marcos Rocha, gerente de produto da marca para a América Latina, ali são avaliados não só equipamentos novos como também atualizações do portfólio, qualquer que seja o grau de intervenção realizado nos equipamentos.

Nessa linha, os mais recentes lançamentos da empresa fabricados no país, como o trator de esteiras D180 C e as escavadeiras E215C e E245C ME, passaram por testes específicos antes de seguir para as vitrines (leia Box na pág. 49). “Para o novo trator DC180, por exemplo, foi montado um protótipo que passou por diversas averiguações técnicas, como deslocamento de material, abertura de trincheira, giro, empuxo de material, dentre outras”, comenta Rocha, acrescentando que – quando necessário – o procedimento permite ajustes avançados nos sistemas e na estrutura do equipamento.

ADEQUAÇÃO

Isso vale para atualizações simples também, como ocorreu recentemente com a pá carregadeira 12 D, que teve ar condicionado instalado e cabine modificada, passando a contar com ROPS (Roll Over Protective Structure). Porém, independentemente do objeto de aferição, o trabalho de check list não termina no campo, pois é preciso adequá-lo à especificidade do trabalho. “Em geral, os principais testes são realizados aqui no campo de provas, mas também é preciso realizar algumas horas de testes no cliente, no próprio local em que o equipamento será utilizado no dia a dia”, explica Rocha.

Já o tempo para a conclusão dos testes varia de acordo com o tipo de modificação ou inovação agregado ao produto. Segundo Rocha, o mínimo é um ciclo de 500 horas. “No entanto, para a conclusão dos testes em um equipamento novo, rodamos em torno de 2 a 5 mil horas, dependendo do modelo”, explica.

Os testes realizados, como detalha o especialista, também preveem comparativos com outras marcas, incluindo avaliações de produtividade, consumo, durabilidade e facilidade de manutenção. Os resultados, porém, são informações estratégicas que a empresa não divulga.

Porém, de acordo com Rocha, essas avaliações em campo contribuem para a melhoria do equipamento testado também em relação à concorrência, tanto em termos de qualidade intrínseca do produto quanto em relação à necessidade do cliente, pois avalia o desempenho no campo de diferentes tecnologias.

Nesse sentido, a importância dos testes para a confiabilidade dos produtos é enorme, pois permite comprovar na prática a assertividade do que foi projetado nos Centros de Desenvolvimento ao redor do mundo. “Buscamos nacionalizar todos os nossos equipamentos e, para isso, é preciso adaptá-los às condições do Brasil”, argumenta Rocha. “Por isso, a prova no campo é essencial. No momento em que o equipamento é avaliado, podemos verificar o que pode ser melhorado e atualizado, passando essas alterações para a fábrica para a adequação do projeto original.”

ECOEFICIÊNCIA

Além do desempenho, os equipamentos também são testados quanto às emissões de CO2. Isso porque a marca vem investindo pesado no desenvolvimento de combustíveis alternativos, sistemas de propulsão não convencionais e sistemas para controle de emissões de poluentes e de ruídos. E os testes práticos dessas soluções são realizados justamente no Campo de Provas, onde a adaptação das máquinas às normas regulamentadoras é avaliada. “Nesse trabalho, contamos com a parceria da FPT Industrial, que nos auxilia na realização de testes específicos voltados para reduzir a emissão de poluentes, garantindo ainda a eficiência dos motores”, diz Rocha.

Dentre os equipamentos que passaram recentemente por uma bateria de testes no Campo de Sarzedo (MG) está o trator D180C, agora produzido localmente e equipado com sistema hidrostático de tração. “Para tratores na categoria de 21 t, o sistema hidrostático representa uma inovação”, comenta Rocha. “Durante os testes, tivemos resultados significativos, com uma alta produtividade e baixo consumo de combustível.”

Nacionalização é prioridade para empresa

Apresentada na M&T Expo 2015, a escavadeira de rodas WE190B Pro ainda não foi nacionalizada, mas a New Holland já realiza estudos para localizar o produto futuramente. O modelo é um dos quatro novos equipamentos lançados no ano passado, elevando para 53 o número de máquinas introduzidas pela marca na última década. Grande parte desse volume já é produzida no país. E, segundo o vice-presidente da empresa para a América Latina, Nicola D’Arpino, a empresa vem trabalhando duro para nacionalizar o maior número possível dos equipamentos comercializados no Brasil. “Nacionalizar não é só investir na produção local, mas na produção local com Finame”, afirma.  “E todas as nossas máquinas nacionais são lançadas já com o programa.”

 

 

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