Embora em muitas obras as diretrizes e condições do trabalho sejam definidas pelo controle da operação, é o operador da escavadeira que sempre precisa ter feeling para identificar e resolver as diferentes situações que invariavelmente surgem durante as atividades. No limite, como ressalta Ricardo Zurita, gerente de marketing de produto da Komatsu, a competência do operador é o fator decisivo para se atingir a alta produtividade na operação de máquinas pesadas. “Indubitavelmente, a tecnologia dos equipamentos contribui sobremaneira para o melhor desempenho atingido, porém a competência humana é o diferencial”, considera o executivo.
Até porque, como lembra Gilson Capato, diretor comercial da Volvo CE no Brasil, as imprevisibilidades podem ocorrer em diferentes ambientes. “Mesmo que a tecnologia ajude o operador a ser mais produtivo, a sua competência ainda é um fator crucial para obter maior produtividade de uma escavadeir
Embora em muitas obras as diretrizes e condições do trabalho sejam definidas pelo controle da operação, é o operador da escavadeira que sempre precisa ter feeling para identificar e resolver as diferentes situações que invariavelmente surgem durante as atividades. No limite, como ressalta Ricardo Zurita, gerente de marketing de produto da Komatsu, a competência do operador é o fator decisivo para se atingir a alta produtividade na operação de máquinas pesadas. “Indubitavelmente, a tecnologia dos equipamentos contribui sobremaneira para o melhor desempenho atingido, porém a competência humana é o diferencial”, considera o executivo.
Até porque, como lembra Gilson Capato, diretor comercial da Volvo CE no Brasil, as imprevisibilidades podem ocorrer em diferentes ambientes. “Mesmo que a tecnologia ajude o operador a ser mais produtivo, a sua competência ainda é um fator crucial para obter maior produtividade de uma escavadeira”, ele reforça, destacando ainda que a tecnologia embarcada nos equipamentos de construção são recursos para aumentar a produtividade e a segurança, além de reduzir os custos operacionais. “Desde que sejam utilizados de forma correta”, acresce Capato.
O gerente de suporte ao cliente da Link-Belt, Guilherme Borghi, concorda e complementa: “Em uma significativa parte dos casos, as decisões e a experiência do operador são requeridas ou suficientes para um trabalho seguro e uma realidade com um custo satisfatório”, afirma.
Profissional treinado consegue extrair o máximo do equipamento, ressaltam especialistas
A tecnologia, diz ele, é um conceito muito amplo, que pode ser definido em diversas frentes, desde inteligência hidráulica nas bombas, passando pelo controle de fluxo em cada aplicação até telemetria de monitoramento, dentre outros itens embarcados. Seja como for, continua Borghi, fatores como segurança, economia de combustível (e eficiência de consumo), alta produtividade e durabilidade são apenas pontos de partida para qualquer escavadeira ser considerada eficiente. “Dependendo da aplicação e da área de trabalho, temos diversas condições que podem favorecer a produtividade, diretamente relacionadas aos conceitos de projeto”, diz. “Mas as escavadeiras atuais possuem tecnologias que, além de auxiliarem nas decisões do operador, também garantem produtividade e velocidade nos ciclos com total segurança. E isso tudo já vem embarcado na máquina como item de série.”
Na mesma linha, o representante de produtos da Volvo CE Latin America, Guilherme Ferreira, reforça que as fabricantes estão sempre em busca de melhorias na segurança e eficiência dos equipamentos. “Exemplo disso é o sistema de controle da máquina ‘Dig Assist’, que instrui o operador para que possa alcançar maior precisão e produtividade”, destaca. “Ou o Volvo Active Control, um sistema semiautônomo que orienta o usuário automaticamente sobre o perfil e profundidade de corte, assim como limitam seus movimentos a um espaço pré-definido.”
PONTOS DE CARGA
Retomando a questão do operador, o gerente de suporte ao cliente da divisão de construção da John Deere, Rodrigo Nomura, avalia que somente um bom profissional é capaz de, por exemplo, identificar os melhores pontos de carga, a fim de otimizar a operação com foco na produção. “Na prática, os encarregados passam ao operador uma visão mais macro do layout da obra ou da mina, a fim de prevenir ou maximizar perdas maiores de produção com retrabalho”, relata.
Ele também avalia que as características do material escavado não afetam a posição de trabalho da escavadeira, mas sim o layout ou planta da operação. “Um exemplo seria uma operação de decapagem de um terreno, onde o caminhão não pode acessar a parte mais baixa, fazendo com que deva ser carregado ao nível do solo, muitas vezes entre 45o e 180o”, detalha.
Já em situações em que não há um projeto, um operador experiente também fará a diferença por sua capacidade de identificar a melhor forma de mover o material no menor tempo. “Os parâmetros de excelência na operação são amplamente explorados ao longo dos treinamentos que fazem parte da formação de um operador”, destaca Nomura. “Um profissional treinado consegue extrair o máximo do equipamento, com um baixo custo de manutenção e operação.”
Nesse sentido, o consumo de combustível é um exemplo da importância dessa assertividade, que evidentemente tem na tecnologia um aliado de peso. Na John Deere, como em outras marcas, as escavadeiras possuem três modos de trabalho, sendo o modo ‘Eco’ para trabalhos mais leves e com foco em economia, podendo reduzir o consumo em até 10%, o ‘PWR’, com foco em produtividade, com um equilíbrio entre produção vs. consumo de combustível, e o ‘HP’, com foco em alta produção.
“O sistema de monitoramento auxilia a central a entender o uso de máquina em excesso ou em operações não produtivas, ajudando na correção da operação e melhora do consumo”, conta Nomura, para quem uma operação só pode ser eficiente se contar com tecnologia. “Isso mostra que a tecnologia melhora o desempenho do próprio operador, além de possibilitar o monitoramento das máquinas e a documentação de dados para futuras tomadas de decisões”, arremata o especialista. / SC
POSICIONAMENTO IMPACTA DESEMPENHO DE ESCAVADEIRAS
Segundo Rafael Ricciardi, responsável pela linha de escavadeiras da CNH Industrial para a América do Sul, alguns fatores contribuem para um menor esforço das escavadeiras e do operador, garantindo assim ciclos com menor consumo de combustível. É o caso justamente da posição da escavadeira, que deve obedecer a alguns parâmetros básicos. O primeiro, lista o especialista, é a planicidade do local de trabalho. As escavadeiras são projetadas para trabalhar estáticas e em superfície plana, levando em consideração a maioria das aplicações.
Fatores relacionados ao posicionamento contribuem para um menor esforço das escavadeiras e do operador
“O segundo parâmetro é a posição do chassi inferior em relação ao chassi superior, que deve estar com as rodas guia à frente do operador”, acrescenta Ricciardi. “Dessa forma, obtém-se menor esforço dos motores de translação no deslocamento, maior segurança de operação e melhor distribuição de massa, favorecendo a estabilidade.”
O terceiro parâmetro é o alinhamento ou ângulo formado entre o caminhão e o material a ser carregado, sempre em relação à escavadeira. No caso, o ângulo deve ser o menor possível, para que o tempo de giro da escavadeira seja menor, favorecendo o ciclo total. Já o quarto e o quinto parâmetros são, respectivamente, a altura e distância da escavadeira em relação à pilha e ao caminhão. “Quanto mais próximo o caminhão estiver da escavadeira, menor será o alcance necessário, favorecendo a capacidade de carga e a velocidade de giro”, norteia Ricciardi. “E quanto mais acima a escavadeira estiver em relação ao caminhão, menor será a altura e o ângulo vertical que a lança e o braço precisam atuar, também favorecendo o tempo de ciclo.”
Saiba mais:
CNH Industrial: www.cnhindustrial.com
John Deere: www.deere.com.br
Komatsu: www.komatsu.com.br
Link-Belt: https://pt.lbxco.com
Volvo CE: www.volvoce.com
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