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Revista M&T - Ed.203 - Julho 2016
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Empresa

O futuro chegou

Celebrando 60 anos de operação no mercado nacional, a Mercedes-Benz surpreende ao exibir, pela primeira vez no Brasil, seu aclamado caminhão-conceito autônomo
Por Luciana Duarte

No final de abril, a Mercedes-Benz deu início às comemorações oficiais de seus 60 anos de atividades na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), onde são produzidos caminhões e chassis de ônibus. No local, a trajetória agora sexagenária será festejada ao longo do ano pela empresa, que promete compartilhar importantes novidades. Algumas delas, inclusive, já estão à mão, como o caminhão autônomo do futuro, um conceito que pode revolucionar o setor de transporte rodoviário de cargas já no início da próxima década.

Batizado de Future Truck 2025, o projeto vem sendo gradualmente desenvolvido desde sua primeira exibição mundial, ocorrida em 2010 na feira IAA (Internationale Automobil-Ausstellung), em Hannover, na Alemanha. Antecipando o futuro, o caminhão-conceito autônomo revela a ambição da empresa alemã em produzir veículos de grande porte com tecnologias avançadas já na próxima década.

O caminhão é conduzido por um sistema automatizado chamado “Highway Pilot”, que é dotado de sensores para troca de dados com o ambiente em que circula. E, embora o computado


No final de abril, a Mercedes-Benz deu início às comemorações oficiais de seus 60 anos de atividades na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), onde são produzidos caminhões e chassis de ônibus. No local, a trajetória agora sexagenária será festejada ao longo do ano pela empresa, que promete compartilhar importantes novidades. Algumas delas, inclusive, já estão à mão, como o caminhão autônomo do futuro, um conceito que pode revolucionar o setor de transporte rodoviário de cargas já no início da próxima década.

Batizado de Future Truck 2025, o projeto vem sendo gradualmente desenvolvido desde sua primeira exibição mundial, ocorrida em 2010 na feira IAA (Internationale Automobil-Ausstellung), em Hannover, na Alemanha. Antecipando o futuro, o caminhão-conceito autônomo revela a ambição da empresa alemã em produzir veículos de grande porte com tecnologias avançadas já na próxima década.

O caminhão é conduzido por um sistema automatizado chamado “Highway Pilot”, que é dotado de sensores para troca de dados com o ambiente em que circula. E, embora o computador controle a direção, freios e aceleração de forma autônoma, o sistema não toma decisões apenas com base em informações de seus próprios sensores.

Em vez disso, o caminhão reúne uma quantidade significativa de informações através do intercâmbio de dados com outros veículos (comunicação veículo-veículo, ou V2V), com a rede de comunicação estacionária da infraestrutura (comunicação veículo-infraestrutura, ou V2I) e ainda com a navegação por satélite para determinar a sua posição. Trata-se do princípio de “inteligência compartilhada”, um recurso de interligação flexível de sistemas de assistência ao condutor que contribui significativamente para a segurança, interconectando veículos, infraestrutura e sistemas de transporte.

O Brasil, no entanto, pode não estar suficientemente preparado quando o caminhão do futuro – uma das joias da chamada “quarta revolução industrial” – chegar às estradas. De acordo com Stefan E. Buchner, presidente mundial da Mercedes-Benz Trucks, para a novidade chegar ao país será necessário uma grande modernização de estradas e rodovias, além de legislações que possam permitir o tráfego desse tipo de veículo. Mas isso não significa que nunca chegará. “Mesmo que demore um pouco mais, a tecnologia vai chegar ao mercado nacional”, diz Philipp Schiemer, presidente e CEO da Mercedes-Benz do Brasil e América Latina.

Como vimos, a principal vantagem de veículos autônomos é ser guiado sem a interferência do motorista. Mas os veículos comerciais autoguiados também abrem precedente para mudar (e muito) as relações de trabalho entre os motoristas e o setor de transportes. Sem contar que podem solucionar um grave problema atual em todo o mundo, que é a progressiva falta de profissionais do volante para assumir a condução dos veículos convencionais.

CAMINHO

Voltando à contemporaneidade, atualmente a linha de produtos comercializada localmente pela marca já incorpora tecnologias importantes de assistência à direção, principalmente no modelo Actros, o mais pesado e tecnológico da gama da Mercedes.

Mais que isso, pode-se esperar inovação crescente nos próximos anos. Afinal, a montadora tem planos de investir 730 milhões de reais na operação nacional de veículos comerciais. O volume integra um pacote já anunciado de 1,3 bilhão de reais para o período de 2015 a 2018, mas os detalhes dos novos projetos ainda não foram revelados pela companhia. “A Mercedes-Benz e o Brasil estão intimamente ligados, pois já percorremos um longo caminho e contribuímos para o desenvolvimento deste grande país”, pontua Wolfgang Bernhard, membro do conselho de administração da Daimler e responsável pelas divisões Daimler Trucks e Buses. “Aqui, quatro em cada 10 caminhões em circulação são Mercedes-Benz, enquanto no segmento de ônibus, lideramos as vendas desde que chegamos.”

O fato é que, mesmo em meio à maior turbulência político-econômica já presenciada pela marca no país, a empresa mantém seus planos e até mesmo arrisca traçar previsões. “As vendas de caminhões não devem ultrapassar 70 mil unidades este ano”, projeta Schiemer. “Mas esta não é a primeira crise e não será a última, por isso precisamos enfrentar nossas fraquezas e buscar competitividade.”

O executivo ressalta que a planta brasileira é referência em inovação, pioneirismo e liderança, conquistando reconhecimento global por oferecer tecnologias avançadas aos seus clientes. “São razões mais que suficientes para manter os investimentos no país, mesmo diante da situação crítica”, diz.

Fabricante exibe números expressivos no Brasil

Em 60 anos de atividades, a Mercedes-Benz do Brasil acumulou 2,12 milhões veículos produzidos e comercializados no país, incluindo 1,45 milhão de caminhões e 670 mil ônibus. A montadora também produziu mais de 2,9 milhões de motores, além de disponibilizar um portfólio com 207 versões de caminhões, 90 versões na família de ônibus, 65 versões de comerciais leves e 50 modelos Premium de automóveis.

A estrutura da empresa no país conta com duas fábricas, uma em São Bernardo do Campo (SP) – onde também são produzidos eixos, motores e transmissões – e outra em Juiz de Fora (MG), que concentra a operação de soldagem e pintura de cabines para caminhões. Na estrutura, há ainda uma recém-inaugurada planta de automóveis, em Iracemápolis (SP).

Ao longo deste ano, a marca pretende utilizar a fábrica no ABC Paulista para criar oportunidades de novos negócios com clientes do Brasil, da América Latina e de outros continentes. Inspirada no sucesso da MB Solutions Week – evento realizado entre outubro e novembro do ano passado –, a empresa pretende mostrar lançamentos, novidades e serviços que prometem atender às necessidades dos atuais e futuros clientes.

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