A Meggadig, empresa do grupo Megga criada para a comercialização de equipamentos móveis para construção e mineração, começou a sair do papel há dois anos. A iniciativa do empresário Thomas Lee aconteceu para diversificar a atuação do grupo, do qual é presidente do conselho de administração. Depois de visitar pessoalmente vários dos potenciais parceiros na China, ele se decidiu pela LonKing e fechou a negociação às vésperas do Natal de 2009. Em maio desse ano, as primeiras máquinas chegaram ao Brasil. Agora, a empresa espera fechar 2010 com mais de 100 equipamentos vendidos (entre maio e setembro foram 80). Baseada em Cabreúva (SP), a Meggadig inaugurou sua filial em Recife, na primeira quinzena de novembro, de olho nos 15% que o Nordeste representará na compra de máquinas até o final do ano.
A atenção dada à Região se explica pela concentração de obras que já estão em andamento, caso da refinaria Abreu e Lima e da Transnordestina. A renovação de frotas também ajuda a explicar o foco. A Meggadig já se prepara para criar uma estrutura no Rio de Janeiro, que hoje compra, em
A Meggadig, empresa do grupo Megga criada para a comercialização de equipamentos móveis para construção e mineração, começou a sair do papel há dois anos. A iniciativa do empresário Thomas Lee aconteceu para diversificar a atuação do grupo, do qual é presidente do conselho de administração. Depois de visitar pessoalmente vários dos potenciais parceiros na China, ele se decidiu pela LonKing e fechou a negociação às vésperas do Natal de 2009. Em maio desse ano, as primeiras máquinas chegaram ao Brasil. Agora, a empresa espera fechar 2010 com mais de 100 equipamentos vendidos (entre maio e setembro foram 80). Baseada em Cabreúva (SP), a Meggadig inaugurou sua filial em Recife, na primeira quinzena de novembro, de olho nos 15% que o Nordeste representará na compra de máquinas até o final do ano.
A atenção dada à Região se explica pela concentração de obras que já estão em andamento, caso da refinaria Abreu e Lima e da Transnordestina. A renovação de frotas também ajuda a explicar o foco. A Meggadig já se prepara para criar uma estrutura no Rio de Janeiro, que hoje compra, em média, 6% dos equipamentos listados como prioritários pela empresa, mas que deve dobrar esse percentual em 2011. “É uma de nossas próximas bases, assim como Minas Gerais”, explica Tadeu Buonicore, executivo contratado pela Meggadig como superintendente do novo empreendimento. “Nossa estimativa é vender mais de 1 mil equipamentos no ano que vem”, resume. Para quem se espantar com a perspectiva de decuplicar as vendas de 2010, ele tem os números na ponta do lápis e da calculadora científica.
O superintendente baseia seu planejamento usando como fonte primária as informações da Abimaq sobre o mercado de fabricantes nacionais de pás-carregadeiras, escavadeiras, retroescavadeiras, tratores de esteira, motoniveladoras e skid loaders, entre os principais equipamentos. Aos números da associação, Buonicore acrescenta 20% do que seriam as máquinas importadas. Resultado: o mercado brasileiro para 2011 oscilaria entre 24 e 25 mil equipamentos, do qual a Meggadig responderia por 5%, atuando com quatro linhas: pás-carregadeiras, escavadeiras, retro-escavadeiras e rolos compactadores.
Desse volume de 1 mil máquinas, ele acredita que a metade será comercializada em São Paulo (hoje o Estado responde por 21% do mercado total), seguido pelo Nordeste, com 200, e Rio de Janeiro e Minas Gerais (os próximos mercados em 2011), cada um com 150 máquinas. Entre as apostas, Buonicore destaca o mercado das retro-escavadeiras, que deve crescer com obras de saneamento. Para esse mercado específico, a Meggadig terá sua marca própria, a Digg, embora os equipamentos continuem a ser fabricados pela LonKing.
Estrutura local
A Meggadig mantém um centro de distribuição em Cabreúva, com suporte nas filiais para atender as necessidades de peças e serviços do cliente. “Como os equipamentos são de fácil manutenção e usamos os principais componentes conhecidos no mercado brasileiro, que tem uma boa e grande estrutura para reposição de peças, a Meggadig vai manter uma estrutura logística em São Paulo. “Nosso modelo de negócios é simples. Os equipamentos são menos complexos do que linhas com forte eletrônica embarcada, mas apresentam uma qualidade impar, principalmente considerando os seus componentes”, explica o executivo. “Oferecemos um custo-benefício claro. Preço menor e mesma qualidade”, completa.
Para o mercado de escavadeiras, a empresa trouxe dois modelos da China: uma com 15 t e outra com 22 t, sendo essa última a mais demandada pelo mercado brasileiro. Outro equipamento, com 35 t, deve ser introduzido em 2011, especialmente para o segmento de mineradoras. As duas atuais estão direcionadas para a construção civil.
A mesma dinâmica de escolher mercados tradicionais também pautou a escolha do modelo de rolo compactador de pneus, com 12 t, para a área de pavimentação, universo estimado em 3 mil equipamentos por ano.
Parceria estratégica garante modelo de venda
A entrada do grupo Megga na área de equipamentos móveis foi rápida, mas não aconteceu de forma amadora. Com faturamento previsto de US$ 100 milhões para 2010, o grupo estudou que mercados deveriam crescer nos próximos anos e a área de máquinas para construção e mineração despontou como favorita. A criação da Meggadig, iniciada em 2008, ganhou forma a partir de setembro de 2009 e foi cristalizada em dezembro do mesmo ano, segundo Thomas Lee.
O executivo assumiu o papel de CEO da nova empresa e considerou vários fatores ao escolher a LonKing como parceira. Primeiro, a modernidade das fábricas da empresa chinesa, que tem quatro plantas (uma só de componentes e outra dedicada à área agrícola). O segundo fator foi a capacidade de produção. Fabricando cerca de 40 mil equipamentos por ano, a LonKing tem escala para oferecer máquinas com custo atrativo. As pás-carregadeiras, por exemplo, tem um valor entre 30% e 40% menor de que os similares concorrentes. O rolo, por sua vez, pode ser vendido com um preço 40% abaixo dos equipamentos produzidos no País.
A escala também permite a flexibilidade. Foi o caso da oferta de retro-escavadeiras, que tradicionalmente não são muito comuns na China, mas que foram desenvolvidas para a Meggadig, que vai ter sua marca própria. O terceiro dado a respeito do fabricante chinês é sua capacidade de produção usando componentes consagrados no mercado de máquinas (Cummins, Kawasaki e Carraro).
A diferenciação igualmente pesou na parceria. “Embora a China não seja um fabricante tradicional de escavadeiras, a Lonking atua nessa área, o que permitiu agregar esses equipamentos ao nosso portfólio”, finaliza Lee.
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