Produção, vendas internos e exportações de máquinas pesadas cresceram em relação ao mesmo período de 2003. OS destaques são os caminhões off-rood (maior produção e exportação) e as escavadeiras (maiores vendas internas e importações).
Nos meses de julho e agosto, a maior produção de máquinas rodoviárias no Brasil foi a de pás-carregadeiras de rodas (294 e 292 unidades, respectivamente). As maiores vendas internas foram de retroescavadeiras (148 e 111 unidades), enquanto as maiores exportações ficaram com as motoniveladoras (199 e 222 unidades).
De janeiro a agosto, as exportações de caminhões off-road aumentaram em 2.600% em relação a 2003, o que justifica o aumento da produção em 283%, mesmo com o decréscimo das vendas internas em 52,6%. Nesse ranking, ocupam o segundo lugar as escavadeiras hidráulicas, com acréscimo de 426,8% nas exporta&ccedi
Produção, vendas internos e exportações de máquinas pesadas cresceram em relação ao mesmo período de 2003. OS destaques são os caminhões off-rood (maior produção e exportação) e as escavadeiras (maiores vendas internas e importações).
Nos meses de julho e agosto, a maior produção de máquinas rodoviárias no Brasil foi a de pás-carregadeiras de rodas (294 e 292 unidades, respectivamente). As maiores vendas internas foram de retroescavadeiras (148 e 111 unidades), enquanto as maiores exportações ficaram com as motoniveladoras (199 e 222 unidades).
De janeiro a agosto, as exportações de caminhões off-road aumentaram em 2.600% em relação a 2003, o que justifica o aumento da produção em 283%, mesmo com o decréscimo das vendas internas em 52,6%. Nesse ranking, ocupam o segundo lugar as escavadeiras hidráulicas, com acréscimo de 426,8% nas exportações. Como as vendas internas do equipamento também subiram, o equilíbrio foi dado pelas importações: 146 escavadeiras unidades ou 105,6% a mais que nos primeiros oito meses do ano passado.
Os dados acima foram extraídos de tabelas sobre produção, vendas internas de produtos nacionais e importados e vendas externas, elaboradas para os meses de julho e agosto pela Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias da Abimaq. Por eles, com exceção dos caminhões, as vendas internas, considerando-se nacionais e importados, cresceram este ano. Algumas menos, como a de retroescavadeiras (2,1%) e tratores de esteira (5,8%), outras bem mais, a começar das motoniveladoras (15%), rolos compactadores (18,8%), pás-carregadeiras (26,1%) e escavadeiras hidráulicas (27,7%).
Somando-se todas essas linhas, foram vendidas 3.498 unidades. O resultado é 15,1% maior que o do mesmo período de 2003, incluindo-se no total 214 máquinas importadas. Mesmo aquém do esperado, não parece um ano ruim e, talvez estivesse melhor, não fosse a explosão das exportações.
Contexto — O acréscimo das vendas internas, no caso dos melhores índices - escavadeiras e pás-carregadeiras - estaria na relativa reativação econômica do mercado brasileiro, observada especialmente a partir do último trimestre de 2004, diz Leonílson Rossi, diretor de estratégia de marketing e desenvolvimento de distribuidores da VCE (Volvo Construction Equipment)."E um crescimento notado em praticamente todos os segmentos - mineração, construção, locação de equipamentos, exploração florestal e processamento de madeira e na indústria de fertilizantes, entre outros", explica.
Essas duas linhas, somadas às de tratores de esteira e motoniveladoras, também têm suas vendas diretamente relacionadas ao impulso do agronegócio. Assim como, se excluídos os tratores e incluídas as retroescavadeiras, motoniveladoras e compactadores, refletem uma maior concentração de empreendimentos em obras rodoviárias e saneamento.
Os resultados devem se manter estáveis nos próximos meses. "Até o final do ano temos boas perspectivas, com a manutenção dos volumes de produção e vendas atuais", considera Rossi. Alguns exemplos de obras anunciadas em agosto reforçam essa previsão. Um deles é a aprovação pelo JBIC (Japan Bank for International Cooperation) do financiamento para o Programa de Recuperação Ambiental da Baixada Santista. Outro, é a recuperação da via Dutra, entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Na primeira, o orçamento total, incluindo o investimento do governo paulista, é de US$ 353 milhões, para construir sete estações de tratamento de esgotos e implantar 1,1 mil quilômetros de redes coletoras e coletores-tronco, 125 mil novas ligações domiciliares e quatro quilômetros de emissário submarino.
Na segunda, a concessionária Nova Dutra e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vão injetar R$ 86,1 milhões, na restauração de diversos trechos da rodovia, canteiro central e de domínio, recuperação, reforço e alargamento de pontes e viadutos e implantação de vias marginais em São Paulo, São José dos Campos e Rio de Janeiro.
Outra boa notícia para os fabricantes de máquinas foi o aumento pelo BNDES dos recursos para financiamento da safra 2004/2005, em 21%. O valor de R$ 8,5 bilhões será dividido entre programas como o Moderfrota e a Linha Especial de Financiamento Agrícola, ambos destinados à aquisição de equipamentos. Só o Moderfrota, grande responsável pelo incentivo à renovação do maquinário agrícola, terá R$ 5,5 bilhões, ou 144% a mais que na safra anterior. A aprovação do Modermaq também deve impulsionar as vendas de máquinas pesadas empregadas em operações industriais.
Resultados — Já o aumento das exportações, para Rossi, se baseia em fatores externos e internos. Entre os primeiros, está a retomada da atividade econômica em segmentos específicos da Argentina, a relativa recuperação do mercado colombiano, a continuidade do crescimento sustentado da economia chilena e as obras de infraestrutura e logística em curso na América Central. Os fatores internos, no caso específico da Volvo, são a consolidação da imagem do produto e do suporte pré e pós-venda no mercado latino-americano, além do aumento das exportações para empresas do grupo, localizadas nos Estados Unidos (EUA) e Europa.
O recorde de exportação dos tratores de esteira, até agora, ocorreu em agosto, com 192 unidades, ultrapassando a marca de maio -170 unidades. O mesmo ocorreu com as motoniveladoras (222 unidades). Já as maiores exportações de retroescavadeiras ocorreram em julho (142 unidades), assim como a de caminhões off-road (47 unidades) e rolos compactadores (38 unidades). As três, porém, foram reduzidas em agosto para 137, 25 e 7 unidades, respectivamente, da mesma forma que as pás-carregadeiras, de 122 unidades em um mês para 107 no outro. Foram importadas 46 escavadeiras nos dois meses (29 e 17 unidades, em cada), 6 pás-carregadeiras e 5 motoniveladoras em agosto, contra nenhuma em julho, e um rolo compactador em cada mês.
As vendas internas de produtos nacionais caíram em agosto para as retroescavadeiras (111 contra 148 em julho) e pás-carregadeiras (178 contra 211). O aumento se deu para os tratores de esteira (69 contra 54), caminhões off-road (7 contra l), motoniveladoras (51 contra 4l) e compactadores (22 contra 19). A única produção aumentada em agosto foi a de tratores de esteira, com 213 unidades contra 195 em julho. As demais foram reduzidas: escavadeiras hidráulicas, de 170 em julho para 119 em agosto, motoniveladoras, de 260 para 239, retroescavadeiras, de 247 para 216, caminhões fora-de-estrada, de 48 para 32 unidades e compactadores, de 65 para 59.
Embora a tabela mostre um decréscimo das vendas internas de caminhões off-road, Rossi garante que "o mercado de caminhões articulados em que a Volvo opera apresentou um crescimento significativo no Brasil em 2004. "O mesmo fato, segundo ele, foi observado nas exportações, onde os produtos da marca têm tido como principais destinos os Estados Unidos, Chile, Colômbia e Venezuela.
No geral, avalia Rossi, a tendência é vendas, dado que os indicadores da economia brasileira são positivos. O que deve se repetir em 2005: "Espera-se um crescimento moderado na demanda interna, que poderá ser mais acentuado dependendo da velocidade de implantação de projetos de infraestrutura", conclui.
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