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Revista M&T - Ed.164 - Dez/Jan 2013
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Empresa

Estreia promissora

Com a instalação de duas fábricas, a empresa John Deere é mais um player internacional que começa a produzir seus equipamentos em solo brasileiro em 2013

A atuação com diferentes produtos e serviços representa uma característica marcante da empresa John Deere. Com sede nos Estados Unidos, a empresa é considerada o principal fabricante mundial de equipamentos agrícolas e marca presença em nações como África do Sul, Alemanha, Argentina, Brasil, Canadá, China, Espanha, França, Finlândia, Holanda, Índia, México, Nova Zelândia e Rússia.

Mas a fabricante possui ainda outras divisões de negócios, produzindo equipamentos específicos para cada um deles. Na Divisão Agrícola e Turfe, por exemplo, os principais maquinários produzidos são tratores, plantadeiras, implementos para o preparo do solo, cultivadores mecânicos, colheitadeiras de grãos e de algodão, entre outros.

Já no setor de equipamentos para construção, a John Deere produz e comercializa equipamentos pesados, de movimentação de materiais, para florestamento e obras urbanas, sendo que os seus principais produtos são as motoniveladoras, pás carregadeiras, scrapers, retroescavadeiras, escavadeiras e transportadores florestais.

Outras áreas de atuação da empresa incluem o


A atuação com diferentes produtos e serviços representa uma característica marcante da empresa John Deere. Com sede nos Estados Unidos, a empresa é considerada o principal fabricante mundial de equipamentos agrícolas e marca presença em nações como África do Sul, Alemanha, Argentina, Brasil, Canadá, China, Espanha, França, Finlândia, Holanda, Índia, México, Nova Zelândia e Rússia.

Mas a fabricante possui ainda outras divisões de negócios, produzindo equipamentos específicos para cada um deles. Na Divisão Agrícola e Turfe, por exemplo, os principais maquinários produzidos são tratores, plantadeiras, implementos para o preparo do solo, cultivadores mecânicos, colheitadeiras de grãos e de algodão, entre outros.

Já no setor de equipamentos para construção, a John Deere produz e comercializa equipamentos pesados, de movimentação de materiais, para florestamento e obras urbanas, sendo que os seus principais produtos são as motoniveladoras, pás carregadeiras, scrapers, retroescavadeiras, escavadeiras e transportadores florestais.

Outras áreas de atuação da empresa incluem o fornecimento de peças, fabricação de motores tanto industriais quanto para veículos fora de estrada e finanças. Nesse nicho específico, o Banco John Deere atua com financiamentos agrícolas e linhas de crédito para aquisição de equipamentos de construção da marca.

Produção local

Segundo Roberto Marques, gerente de vendas da John Deere no Brasil, na última década a principal novidade da empresa que em 2013 completa 176 anos de atuação ininterrupta foi a expansão dos negócios de equipamentos de construção para uma amplitude efetivamente global. “Nos Estados Unidos, mantemos posições de liderança em diversas linhas de produtos, como de retroescavadeiras, por exemplo, e estamos a cada ano expandindo nossa participação em outras partes do mundo”, diz ele. “Agora chegou a vez o Brasil.”

No final de 2013, a empresa dará início às operações de suas unidades produtivas no país. Serão duas fábricas, uma exclusivamente sob a marca John Deere e outra em joint venture com a Hitachi Construction Machinery ambas localizadas em Indaiatuba (SP) e que produzirão linhas de retroescavadeiras, pás carregadeiras e escavadeiras.

De acordo com os números divulgados pela empresa, o investimento total na implantação das fábricas será de aproximadamente US$ 180 milhões, dos quais US$ 124 milhões serão investidos pela Deere e o restante, pela Hitachi. Além disso, segundo Marques, a empresa montará um Centro de Distribuição de Peças ao lado do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). A estrutura de fornecimento de peças, como explica o gerente, será alinhada ao braço financeiro do grupo (Banco John Deere), que atua no Brasil com equipamentos agrícolas há diversos anos e passa agora a financiar também as máquinas de construção. “Nosso grande objetivo e desafio é estar preparados para oferecer a qualidade de produtos e serviços que os clientes brasileiros merecem e, acima de tudo, construir bons relacionamentos, com uma estrutura condizente com a qualidade da John Deere no mundo”, afirma o executivo.

Além dos equipamentos produzidos no país, a empresa já anunciou que manterá a importação de uma linha abrangente de motoniveladoras e tratores de esteira.

Dealers

Na estratégia desenvolvida pela empresa, os dealers que inicialmente são responsáveis pela comercialização das suas linhas de equipamentos no país incluem a Inova Máquinas, em Contagem (MG), a Tauron Equipamentos, em Curitiba (PR), e a Mega Máquinas, em Recife (PE).

E a abrangência da rede tende a aumentar rapidamente. A Inova Máquinas, por exemplo, já delineou um projeto de expansão para outros estados, como Rio de Janeiro e Espírito Santo. Segundo Silvia Paschoalin, diretora da empresa, a chegada da John Deere ao setor da construção é uma grande oportunidade de crescimento para a região, que tem como principal atividade econômica a extração do minério de ferro.

A empresa Tauron Equipamentos é a responsável pela venda dos produtos da John Deere nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, enquanto a Mega Máquinas, que desde 2008 comercializa máquinas da divisão agrícola da John Deere, cobre a distribuição para todo o Nordeste e em São Paulo. Para Marcos Hacker Melo, diretor executivo do grupo Mega, o fato de os clientes já conhecerem os produtos agrícolas da empresa inspira maior confiança para o incipiente segmento da construção.

Na mesma linha, Marques acredita que a companhia vem recebendo um feedback bastante positivo de seus clientes em relação as vendas de equipamentos de construção, tanto em relação aos produtos oferecidos quanto ao atendimento.

Mercado

Segundo o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção 2012-2013, no último ano o mercado de equipamentos registrou uma queda na venda de equipamentos de construção, com uma redução de 3% em relação a 2011. No entanto, se comparado com o exterior, o resultado brasileiro é melhor, pois o mercado internacional recuou, em média, 9%.

Nesse cenário, Marques afirma que, por diversas razões, 2012 foi um ano abaixo das expectativas de crescimento também para a John Deere. Mas, o gerente avalia essa situação como um desaquecimento temporário, pois o país apresenta oportunidades ímpares de crescimento no longo prazo. “Além dos investimentos de infraestrutura, que serão necessários para o desenvolvimento da economia brasileira, temos de lembrar que a população mundial está em franco crescimento e a demanda por alimentos e infraestrutura terá que seguir o mesmo caminho”, sublinha. “Com um agribusiness extremamente desenvolvido, o Brasil é hoje uma das maiores fontes de alimentos do mundo e irá demandar cada vez mais infraestrutura, como estradas, ferrovias, portos, aeroportos e armazéns para escoar sua produção de forma crescente e eficiente.”

Presença da marca vem crescendo no país

Antes de entrar no segmento de construção, a presença da John Deere no Brasil já havia se fortalecido em 1996, quando a linha de tratores passou a ser produzida no país. Em 1999, foi inaugurada em Catalão (GO) a fábrica de colhedoras de cana-de-açúcar da Cameco, posteriormente adquirida pela John Deere. Em 2008, ainda no segmento agrícola, a empresa inaugurou uma nova fábrica de tratores em Montenegro (RS).

Empresa avança no setor de construção dos EUA

Em 2011, o lucro da divisão do setor de construção e silvicultura da John Deere nos EUA registrou um aumento de 21%, totalizando US$ 476 milhões. De acordo com Samuel Allen, presidente e CEO da John Deere, a empresa continua bem posicionada para realizar seus planos de crescimento e aproveitar, com cautela, as tendências positivas que o mercado vem apresentando, mesmo em um ambiente global de instabilidades econômicas, como o atual.

 

 

 

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