Com o crescimento da população urbana, o volume de resíduos originados da construção civil e da demolição vem aumentando exponencialmente no mundo todo, seja pela necessidade de erigir habitações e edifícios comerciais como pelas grandes obras de infraestrutura necessárias para atender a esta demanda demográfica crescente.
Segundo dados da Associação Nacional das Entidades de Produtos de Agregados para Construção Civil (Anepac), em 2017 foram produzidos a partir da reciclagem de resíduos 285 milhões de toneladas de areia e 203 milhões de toneladas de brita. No entanto, de acordo com a Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), tais números – por mais expressivos que sejam – não escondem o fato de que o segmento de reciclagem de resíduos ainda é embrionário no Brasil. “É preciso conscientizar as empresas e os órgãos públicos que a reciclagem contribui para a limpeza da cidade, poupando rios, represas, terrenos baldios e esgotamento sanitário, além de aliviar o impacto nos aterros s
Com o crescimento da população urbana, o volume de resíduos originados da construção civil e da demolição vem aumentando exponencialmente no mundo todo, seja pela necessidade de erigir habitações e edifícios comerciais como pelas grandes obras de infraestrutura necessárias para atender a esta demanda demográfica crescente.
Segundo dados da Associação Nacional das Entidades de Produtos de Agregados para Construção Civil (Anepac), em 2017 foram produzidos a partir da reciclagem de resíduos 285 milhões de toneladas de areia e 203 milhões de toneladas de brita. No entanto, de acordo com a Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), tais números – por mais expressivos que sejam – não escondem o fato de que o segmento de reciclagem de resíduos ainda é embrionário no Brasil. “É preciso conscientizar as empresas e os órgãos públicos que a reciclagem contribui para a limpeza da cidade, poupando rios, represas, terrenos baldios e esgotamento sanitário, além de aliviar o impacto nos aterros sanitários e lixões”, comenta Hewerton Bartoli, presidente da Abrecon.
De acordo com a mais recente pesquisa da entidade (referente ao biênio 2014/2015), os resíduos originados de construções e demolições (RCD) atualmente representam de 40% a 70% de todos os rejeitos sólidos gerados nas cidades brasileiras de médio e grande porte. O que abre um mercado potencial bem interessante.
Trituradores podem atuar na própria obra, assim como em locais específicos de processamento
REUTILIZAÇÃO
Justamente para cooperar com esse necessário processo, alguns equipamentos compactos como os trituradores de resíduos (também chamados de moedores de entulho) acenam com a possibilidade de reutilizar os rejeitos, principalmente em situações nas quais os requisitos técnicos do concreto a ser produzido não são elevados.
Utilizado geralmente por fabricantes de artefatos de cimento, cooperativas de reciclagem, beneficiadores de mármore e construtoras, o triturador de entulho é considerado uma solução sustentável justamente por possibilitar isso. A trituração pode ser feita na própria obra, mas também em locais específicos de processamento. “Além da reutilização em concretos, podemos utilizar os resíduos em nivelamento de bases”, afirma Tiago Agostini, engenheiro mecânico da Agostini Industrial. “Outra vantagem é a diminuição dos resíduos no descarte, que geralmente é cobrado por volume. Assim, uma vez diminuído o volume, o descarte tende a ter um custo menor.”
De acordo com ele, alguns clientes aproveitam o concreto triturado para, por exemplo, produzir contrapisos e artefatos de concreto (pisos e blocos), enquanto outros o utilizam para reciclagem, triturando, armazenando em caçambas e, finalmente, enviando para as usinas especializadas.
Segundo Marcelo Emmerich, diretor comercial da CSM, os equipamentos têm como finalidade precípua reduzir o volume de entulhos na obra, um aspecto imperioso especialmente em canteiros que contam com pouco espaço de armazenagem. “Em obras de pequeno e médio porte, os trituradores são destinados principalmente à trituração de peças de concreto, cimento e tijolo”, reitera o executivo. “Eles permitem a reciclagem no próprio canteiro e a substituição de materiais convencionais, como brita e pedra, pelo entulho gerado, diminuindo assim a movimentação no descarte de materiais rejeitados na construção.”
Além do motor, cuidados com o equipamento incluem verificação de parafusos e porcas, análise de desgastes das mandíbulas e engraxamento do rolamento
INDICAÇÕES
Conforme explica o engenheiro, a Agostinho conta com duas versões do modelo TM-3CV de trituradores de entulhos, sendo uma fixa e outra móvel. “Para ambas as versões temos como acessório uma peneira vibratória para separação do material triturado”, diz ele.
Indicado para triturar restos de blocos e pavers de concreto, assim como telhas, tijolos, lajotas cerâmicas, vidro, mármore e granito, dentre outros materiais, o equipamento também está disponível em variações com motor elétrico trifásico, monofásico ou a gasolina, com potência do motor 3 cv (elétrico) ou 6,5 cv (gasolina), sendo capaz de triturar 3 m³/hora. “Com peso aproximado de 420 kg, o triturador possui regulagem para diferentes granulometrias e inclui chapas de desgaste internas intercambiáveis”, detalha.
Na CSM, o triturador de entulho TE2 conta com mandíbulas maciças em aço de alta resistência e regulagem para quatro diâmetros de ruptura de entulho em diversos tamanhos, com a finalidade de facilitar o reúso desse material. Além disso, o modelo possui painel liga/desliga com botão de emergência, sistema contra curto-circuito e desligamento automático em caso de queda de energia. Com 288 kg, o TE2 traz um motor de 3 cv com tensão monofásica ou trifásica, sendo capaz de produzir aproximadamente 2 m³/h de material triturado. “O motor tem autonomia para funcionar o dia todo de trabalho”, informa Amauri Figueira, do setor de vendas da CSM.
“Equipamentos têm como finalidade reduzir o volume de entulhos na obra, um aspecto imperioso especialmente em canteiros que contam com pouco espaço.”
MANUTENÇÃO
Em relação à manutenção, os trituradores de entulho são equipamentos que requerem poucos cuidados. “De forma geral, basta verificar de forma periódica o reaperto de parafusos e porcas, analisar constantemente os desgastes das mandíbulas de trituração, engraxar o rolamento e cuidar do motor”, comenta Figueira, da CSM.
Segundo Agostini, é preciso trabalhar com um cronograma de inspeções que o próprio cliente consiga cumprir, sem necessitar de deslocamento de técnicos da empresa. “Apesar dessa facilidade, mantemos equipes de manutenção que estão continuamente à disposição dos clientes”, completa.
Saiba mais:
Abrecon: abrecon.org.br
Agostini Industrial: www.agostiniindustrial.com.br
Anepac: www.anepac.org.br
CSM: www.csm.ind.br
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade