Nos projetos construtivos convencionais, o aterramento é realizado para garantir a segurança e o bom funcionamento de circuitos elétricos, fazendo com que os picos de eletricidade sejam encaminhados para o chão, longe das instalações elétricas, de modo que sejam absorvidos sem danos ao sistema.
De acordo com a definição da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), aterrar significa “colocar as instalações e os equipamentos no mesmo potencial”, de modo que a diferença de potencial em relação à terra seja zero. Assim, o aterramento elétrico é a rota de escape para a energia adicional, estando incorporado à maioria dos aparelhos elétricos atuais.
Ainda segundo a ABNT, um dos objetivos mais importantes do procedimento é fazer com que, ao realizar a manutenção com
Nos projetos construtivos convencionais, o aterramento é realizado para garantir a segurança e o bom funcionamento de circuitos elétricos, fazendo com que os picos de eletricidade sejam encaminhados para o chão, longe das instalações elétricas, de modo que sejam absorvidos sem danos ao sistema.
De acordo com a definição da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), aterrar significa “colocar as instalações e os equipamentos no mesmo potencial”, de modo que a diferença de potencial em relação à terra seja zero. Assim, o aterramento elétrico é a rota de escape para a energia adicional, estando incorporado à maioria dos aparelhos elétricos atuais.
Modelos como o 1630-2 FC oferecem opção de conectividade via bluetooth, que permite sincronizar a medição do equipamento em tempo real
Ainda segundo a ABNT, um dos objetivos mais importantes do procedimento é fazer com que, ao realizar a manutenção com máquinas e equipamentos elétricos, por exemplo, o operador não receba descargas elétricas da instalação em que esteja operando, seja por descarga eletrostática ou corrente de falta (fuga para massa).
Desse modo, o aterramento elétrico tem a finalidade precípua de garantir a integridade física da pessoa, seja na utilização da eletricidade de forma doméstica quanto no uso profissional.
MEDIÇÃO
Para medir a resistência do aterramento e da corrente de fuga nos condutores existem os alicates de aterramento, ferramentas também conhecidas como alicates terrômetros. Atendendo às principais exigências normativas locais e internacionais, a solução permite realizar a operação sem a necessidade do uso de estacas (chamado “teste sem estacas”) ou mesmo de desligar o sistema de aterramento da instalação. “Toda e qualquer instalação elétrica, seja de baixa, média ou alta tensão, requer o teste de resistência de terra e de corrente de fuga”, afirma Marco Roberto Gonçalves, especialista de produtos da Fluke. “Este equipamento faz o trabalho com precisão, mesmo nas instalações que não podem ter o sistema de aterramento desenergizado e, por isso, são as mais críticas.”
Como explica o especialista, os testes em sistemas de aterramento são necessários, pois, com o passar do tempo, os solos se tornam corrosivos, apresentando alto valor de umidade e sal, além de temperaturas elevadas, podendo assim degradar as hastes de aterramento e suas conexões.
De acordo com Marcos Ribeiro, engenheiro responsável pela área de treinamentos nacionais da Megabras, o medidor basicamente funciona com a aplicação de tensão em um laço de terra e na posterior medição da corrente que circula por este circuito. “A relação entre a tensão aplicada e a corrente resultante será o valor da resistência do circuito”, diz ele.
O alicate de aterramento é um instrumento desenvolvido justamente para realizar medidas de resistência do circuito de terra. Com uma garra diferenciada, o alicate terrômetro mede os eletrodos de aterramento e a resistência de malha de aterramento, sem o uso de hastes auxiliares. “O alicate simplesmente abraça a cordoalha ou haste de aterramento e mede a resistência do aterramento”, explica Ribeiro, acrescentando que, ao executar medições em sistemas de aterramento intactos, o usuário também pode verificar a qualidade das conexões e ligações de aterramento.
O especialista destaca ainda que também podem ser medidas a resistência e a continuidade de loops de aterramento (circulação indevida de corrente elétrica através do aterramento, causada por diferenças de potencial elétrico – ddp – que surgem ao longo do sistema de aterramento) em torno de blocos e edifícios.
Com memória para até 2.000 medições, o alicate de aterramento EM-5254 conta com garra de medição com abertura de 35 mm e leitura direta de correntes reduzidas de fuga
De modo que o alicate de aterramento é uma solução recomendada para ser aplicado por técnicos, tecnólogos e engenheiros eletricistas, eletrônicos, mecatrônicos, profissionais de automação e de controle ou qualquer outro profissional qualificado da área elétrica. “Seu uso é extremamente simples, basta selecionar a função resistência de terra ou corrente de fuga e ‘abraçar’ o condutor de aterramento, pois o equipamento realiza automaticamente a medição”, comenta Gonçalves, da Fluke.
FUNÇÕES
Além da praticidade, este tipo de medição de aterramentos apresenta vantagens como a possibilidade de realizar testes sem estacas com loop de sinal gerado e interpretado simultaneamente pela mesma garra e medir correntes alternadas de fuga CA sem desconectar a haste de aterramento, sempre com ganhos de tempo na realização da medição.
No portfólio da Fluke, como informa o especialista da empresa, há um filtro acessório denominado passa-banda (passa-faixa), utilizado para configurar o espectro de frequência adequado a fim de eliminar as interferências de frequências harmônicas ou inter-harmônicas que distorcem o resultado da medição. A ferramenta também permite definir o alarme com limites inferior e superior e traz memória interna com capacidade de registrar 32.760 medições, com amostragem de 1 a 59 segundos.
No caso do modelo 1630-2 FC, um medidor de resistência de aterramento do tipo alicate, o usuário também tem a opção de usar o sistema Fluke Connect (via bluetooth), que conecta o equipamento ao smartphone por meio dos sistemas operacionais Android ou iOS, sincronizando a medição do equipamento em tempo real, o que permite registrar e gerar gráficos de tendências e relatórios, anexar imagens, notas de voz, streaming de vídeo e compartilhar quaisquer informações por meio de um software gratuito. “O instrumento também mantém um histórico de medições e associa as medições e ativos a uma ordem de serviço, tudo remotamente pelo celular”, descreve Gonçalves.
Já o alicate EM-5254, da Megabras, realiza leitura direta de resistência do laço de terra, desde 0,01 ohm até 1.500 ohms. O ohm é uma unidade de medida da resistência elétrica, padronizada pelo Sistema Internacional de Unidades (SI, do francês Système International d’Unités) e que corresponde à relação entre a tensão (medida em volts) e a corrente (medida em ampères).
Dependendo do modelo, a calibração do dispositivo pode ser automática ou realizada em laboratório
“Com garra diferenciada, o alicate terrômetro mede os eletrodos de aterramento e a resistência de malha de aterramento, sem o uso de hastes auxiliares.”
O equipamento também apresenta interface bluetooth e gera relatórios pelo aplicativo, que pode ser obtido por meio do sistema operacional Android. “Além disso, o alicate de aterramento da marca conta com garra de medição com abertura de 35 mm, memória interna para até 2.000 medições e leitura direta de correntes de fuga reduzidas, desde 0,2 mA (miliampère)”, afirma Ribeiro.
CALIBRAÇÃO
Por ser um instrumento de precisão, os especialistas recomendam a calibração para o alicate terrômetro, sendo que alguns já trazem recursos nesse sentido. O alicate Fluke 1630-2 FC, por exemplo, possui um sistema de autocalibração, com uma placa de calibração com quatro valores de resistência, para assegurar a precisão da medição. A Megabras, por sua vez, conta com um laboratório especializado, que presta esse serviço. “Em geral, nossa recomendação é de que a calibração seja feita ao menos uma vez por ano”, finaliza Ribeiro.
Saiba mais:
Fluke: www.fluke.com
Megabras: www.megabras.com.br
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