Pela própria natureza das atividades, os acidentes de trabalho ainda são corriqueiros no chão de fábrica e também nos canteiros de obras de construção, onde são frequentes ocorrências como – por exemplo – ferimentos nas mãos e nos dedos, perfurações do solado e, geralmente mais graves, quedas decorrentes de trabalhos em altura.
O assunto é de relevância extrema para o setor. De acordo com dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), até o final de abril deste ano os acidentes de trabalho no país já causaram o óbito de 653 pessoas, em um total de 184.519 ocorrências comunicadas ao Ministério do Trabalho. “As ocorrências mais comuns são causadas por eletrocussões com ferramentas elétricas e máquinas não protegidas, além de queimaduras, acidentes ocasionados por veículos, vazamentos de produtos químicos tóxicos, incêndios, quedas, bloqueios e colapsos estruturais”, relata Rodrigo Oliver, engenheiro de segurança do trabalho e diretor da Pr
Pela própria natureza das atividades, os acidentes de trabalho ainda são corriqueiros no chão de fábrica e também nos canteiros de obras de construção, onde são frequentes ocorrências como – por exemplo – ferimentos nas mãos e nos dedos, perfurações do solado e, geralmente mais graves, quedas decorrentes de trabalhos em altura.
O assunto é de relevância extrema para o setor. De acordo com dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), até o final de abril deste ano os acidentes de trabalho no país já causaram o óbito de 653 pessoas, em um total de 184.519 ocorrências comunicadas ao Ministério do Trabalho. “As ocorrências mais comuns são causadas por eletrocussões com ferramentas elétricas e máquinas não protegidas, além de queimaduras, acidentes ocasionados por veículos, vazamentos de produtos químicos tóxicos, incêndios, quedas, bloqueios e colapsos estruturais”, relata Rodrigo Oliver, engenheiro de segurança do trabalho e diretor da ProLife Engenharia, empresa especializada em treinamentos de segurança.
OBRIGATORIEDADE
Justamente para minimizar os impactos desses incidentes é que se tornou obrigatório o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) nas atividades produtivas.
Segundo Luiz Alexandre Alves, técnico de produto da BSB – Brazil Safety Brands, os riscos nos locais de trabalho de fato podem ser evitados com o uso de equipamentos de proteção indicados para a função realizada. “O uso do EPI é obrigatório em situações em que as medidas de segurança coletiva não evitam totalmente os riscos, seja por proteção insuficiente ou para atender a situações de emergência”, comenta o especialista.
A BSB oferece calçados de segurança como esta bota hidrofugada da Bracol, que conta com solado bidensidade
De acordo com a Norma Regulamentadora Número 6 (NR-6), são considerados EPI’s todos os equipamentos ou produtos de uso individual utilizados pelos trabalhadores quando estiverem exercendo suas funções, visando protegê-los contra riscos e garantir a segurança no trabalho.
Nesse rol, os principais Equipamentos de Proteção Individual incluem calçados de segurança, óculos de proteção, protetores auriculares (tipo concha e plug), capacetes, cinto de segurança, talabarte para trabalho em altura e luvas. “Todos esses equipamentos são de uso pessoal, ou seja, cada funcionário deve possuir o seu próprio kit e utilizá-lo da forma correta”, complementa.
Em relação à fiscalização do uso desses equipamentos, Oliver, da ProLife, ressalta que cabe à empresa exigir a utilização dos EPI’s, fornecendo ao trabalhador os equipamentos aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho. Isso implica a aquisição de EPI’s adequados ao risco em cada atividade, além de orientação e treinamento do trabalhador sobre o uso adequado e sua conservação e substituição, quando danificado ou extraviado.
Ajustável com uma das mãos, o capacete com abafador da 3M promete maior estabilidade no encaixe
Assim, o usuário também é responsável pela higienização e manutenção periódica de cada peça. “Cabe ao trabalhador usar o EPI apenas para a finalidade a que se destina, responsabilizando-se pela sua guarda e conservação”, comenta Oliver. “Também deve comunicar ao empregador qualquer alteração que torne o equipamento impróprio para uso, cumprindo as determinações sobre o uso adequado.”
DIREITO E DEVER
Segundo Alves, da BSB, as empresas que não utilizam os EPI’s estão descumprindo a legislação, expondo o trabalhador a doenças ocupacionais ou acidentes de trabalho. “Sejam leves, graves ou que causem até mesmo mortes, os acidentes podem trazer diversos prejuízos aos empregadores, como as penalidades aplicadas pelo Ministério do Trabalho e do Emprego”, diz ele, explicando que o valor da multa é calculado de acordo com o tipo da infração e o número de funcionários irregulares presente na empresa. “Para escolher o melhor EPI, o profissional da área de segurança do trabalho deve avaliar o produto, a sua procedência, qualidade, eficiência e, ainda, se o equipamento possui o CA (Certificado de Aprovação) emitido pelo Ministério do Trabalho para atender às normas técnicas e regulamentos de segurança exigidos para cada função”, completa.
Em formato de macacão, a vestimenta Tyvek High Visibility promete aumentar a visibilidade do usuário
O CA, como explica o executivo, é a garantia dada pelo Ministério do Trabalho de que o EPI possui qualidade e conformidade, sendo emitido após o equipamento ser submetido a vários testes para aferir sua durabilidade, conforto e nível de proteção.
Mas apenas o uso dos EPI’s não basta para evitar os acidentes de trabalho. Além de fornecer os equipamentos, as empresas precisam adotar ações efetivas no dia a dia, como investir fortemente em uma cultura da prevenção, o que passa por uma política de gestão de riscos, incluindo capacitação e educação por meio de treinamentos e diálogos com as equipes, avaliação de uso correto e manutenção adequada dos EPIs, cumprimento das normas regulamentadoras e desenvolvimento de programas de conscientização regulares. “De acordo com a NR-6, a empresa é obrigada a fornecer gratuitamente aos empregados o EPI, que deve ser adequado ao risco”, aponta Bruno Bezerra, gerente de vendas da DuPont Safety & Construction para América Latina. “Mas o trabalhador também tem a obrigação de utilizar o EPI, como forma de proteger não só a si mesmo, como também seus colegas. Ou seja, o EPI é não só um direito, como também um dever do trabalhador.”
ESPECIFICAÇÕES
A BSB é uma das empresas no Brasil que atuam neste segmento. A empresa possui duas marcas – Bracol e Fujiwara – que oferecem calçados de segurança e botas impermeáveis com solado bidensidade. Os produtos são fabricados com duas injeções de poliuretano, um material resistente e duradouro presente na maior parte dos EPI’s utilizados no mercado brasileiro, pois promete mais leveza, conforto e durabilidade, principalmente em ambientes com condições adversas. “As quedas de objetos sobre os dedos e as perfurações do solado estão entre os acidentes mais comuns na construção civil”, afirma Alves.
Por isso, segundo ele, as empresas e os trabalhadores do segmento de construção devem ficar atentos principalmente à compra e ao uso de calçados de segurança que possuam opcionais como biqueira em aço ou composite (composto formado por fibra de carbono, vidro e poliéster especial, sem componentes metálicos) e palmilha resistente à perfuração. “Outro EPI indispensável no segmento é o capacete, usado para fornecer proteção à cabeça contra impactos causados pela queda de objetos e materiais”, completa o executivo.
Contudo, apesar de serem eficientes, muitos trabalhadores tendem a retirar esses equipamentos de proteção devido ao desconforto causado pelo calor ao utilizá-los. Justamente para diminuir as chances de o trabalhador retirar o EPI devido ao suor e ao incômodo, empresas como a 3M vêm investindo na fabricação de soluções como o modelo H-700, com suspensão Ajuste Fácil, que tem como característica a leveza e a praticidade, pois permite ao usuário colocar o capacete e ajustá-lo com uma das mãos. “Para removê-lo, basta apertar um botão”, diz Milena Lange, gerente de produto da divisão de segurança pessoal da marca. “O capacete também oferece estabilidade devido ao seu encaixe, conforto por sua distribuição balanceada e regulagem para diferentes formatos de cabeça, além de ser conjugável com outros EPI’s como abafadores, viseiras e óculos acopláveis.”
"ALÉM DE FORNECER OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO, AS EMPRESAS PRECISAM ADOTAR AÇÕES EFETIVAS NO DIA A DIA, COMO INVESTIR FORTEMENTE EM UMA CULTURA DA PREVENÇÃO DE ACIDENTES."
Também desenvolvedora de soluções para proteção individual, a DuPont fornece ao mercado brasileiro o Tyvek, um não tecido elaborado com fibras puras de polietileno de alta densidade. “Como as fibras ficam dispostas aleatoriamente, possibilitam um melhor aproveitamento do produto”, diz Bezerra. “O não tecido é prático, flexível e durável, absorvendo pouco ou nada de umidade, sendo resistente a rasgos, além de ser 100% reciclável.”
Também utilizado na confecção de luvas, o Kevlar se destaca na proteção contra cortes e calor
Segundo o especialista, para aplicações na construção civil a empresa conta com o Tyvek 500 HV, também conhecido como Tyvek High Visibility, uma vestimenta em formato de macacão que, além da proteção regular, agrega itens que conferem maior visibilidade ao trabalhador, como faixas reflexivas, o que deixa os trabalhadores em evidência durante o dia e, especialmente, à noite, quando expostos a uma fonte de luz. “O traje é necessário, principalmente, em atividades em trilhos, estradas, mineração, manuseio de resíduos, obras subterrâneas, portos, aeroportos e construções”, comenta.
Para os trabalhos em altura, uma das principais causas de acidentes em todo o mundo, a DuPont dispõe da fibra sintética de aramida denominada Kevlar, um polímero leve, durável e resistente que é utilizado na fabricação de arneses (cinturões de segurança para escalada e antiquedas) e de cordas para proteção de trabalhadores em locais mais altos. “O Kevlar também é utilizado na confecção de luvas, pois o material atinge os mais altos níveis de proteção contra corte e calor, de acordo com a norma EN 388, uma norma europeia para luvas de proteção reconhecida globalmente”, finaliza Bezerra.
Saiba mais:
3M: www.3m.com.br
BSB: www.bsbsafety.com
DuPont: www.dupont.com.br
ProLife: www.prolifeengenharia.com.br
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