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Revista M&T - Ed.140 - Outubro 2010
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Mercado

Economia brasileira é destaque na Alemanha

Paulo Oscar Auler Neto, vice-presidente do Conselho de Administração da Sobratema, participa como palestrante do encontro da Federação Alemã de Engenharia (VDMA)

A economia brasileira e, em particular o setor de equipamentos para construção, foi um dos destaques do encontro da Construction Equipment and Building Material Machinery Association, entidade ligada à Federação Alemã de Engenharia. Com cerca de 3 mil membros, ela é a maior associação européia do setor industrial, representando os interesses de aproximadamente 300 companhias produtoras de máquinas, plantas para construção, materiais de construção, cerâmicas, pedras naturais e indústria de vidro.

O evento, realizado em Frankfurt, reuniu cerca de 120 profissionais no final de setembro. Paulo Oscar Auler Neto, Superintendente de Aquisição de Equipamentos da Odebrecht e também vice-presidente do Conselho de Administração da Sobratema, apresentou os números do setor de construção e equipamentos do Brasil e forneceu dados atuais da economia brasileira, com o intuito de demonstrar como a indústria alemã pode fortalecer a sua participação no País.  Ele destacou os principais indicadores das empresas de construção líderes do setor no mercado brasileiro, onde a O


A economia brasileira e, em particular o setor de equipamentos para construção, foi um dos destaques do encontro da Construction Equipment and Building Material Machinery Association, entidade ligada à Federação Alemã de Engenharia. Com cerca de 3 mil membros, ela é a maior associação européia do setor industrial, representando os interesses de aproximadamente 300 companhias produtoras de máquinas, plantas para construção, materiais de construção, cerâmicas, pedras naturais e indústria de vidro.

O evento, realizado em Frankfurt, reuniu cerca de 120 profissionais no final de setembro. Paulo Oscar Auler Neto, Superintendente de Aquisição de Equipamentos da Odebrecht e também vice-presidente do Conselho de Administração da Sobratema, apresentou os números do setor de construção e equipamentos do Brasil e forneceu dados atuais da economia brasileira, com o intuito de demonstrar como a indústria alemã pode fortalecer a sua participação no País.  Ele destacou os principais indicadores das empresas de construção líderes do setor no mercado brasileiro, onde a Odebrecht ocupa a posição de ponta.

Paulo Oscar lembrou que a economia brasileira deve apresentar um crescimento de 5% no PIB, decorrente da estabilidade econômica vivida pelo País nos últimos anos. Ele ressaltou que o Brasil, com seus 192 milhões de habitantes, é um mercado estimulante para a indústria alemã e encorajou as empresas germânicas a investir no País, não sem destacar também as dificuldades locais, particularmente as barreiras burocráticas nos processos de importação e as complexas leis tributárias.

O executivo detalhou ainda os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que devem impulsionar o crescimento do País nos próximos anos. Segundo ele, o total de inversões deve somar US$ 480 bilhões até 2014, sendo US$ 233 bilhões em geração de energia, US$ 139 bilhões em construção de moradias e US$ 52 bilhões em infraestrutura. Em função disso, o setor de equipamentos de construção será diretamente beneficiado.

Paulo Oscar citou os dados da Sobratema, que indicam que a venda de equipamentos de construção deverá ser 24% maior em 2010 relativamente a 2009, o que beneficia as exportações alemãs. No ano passado, os fabricantes germânicos de equipamentos de construção exportaram cerca de 100 milhões de euros para o Brasil, ficando atrás somente dos líderes norteamericanos. O valor representa aproximadamente 14% das importações de equipamentos para construção efetuadas em 2009 pelo Brasil, que somaram 720 milhões de euros.

O Brasil também foi destacado pelo especialista econômico Sebastian Popp, da VDMA, outro palestrante do evento em Frankfurt. Ele ressaltou que a América do Sul é uma das regiões, ao lado da Ásia, que representa um mercado em expansão para os fabricantes alemães. De acordo com Popp, o mercado brasileiro é um dos mais promissores da região, sendo que muitas companhias alemãs já estão envolvidas ativamente no País e um número crescente de outras empresas deve seguir as já instaladas.

Mercado alemão
O especialista da VDMA lembrou ainda que a Alemanha tem mantido sua posição mundial como vice-líder no fornecimento de equipamentos de construção e ressaltou a recuperação desse setor no país europeu, iniciada em 2010, e que deve continuar em 2011. Popp informou que os pedidos de compra de equipamentos de construção cresceram 60% de janeiro a agosto de 2010, comparados ao mesmo período de 2009.

O maior impulso veio do mercado externo e não da economia alemã, de acordo com ele. As taxas mais expressivas de crescimento estão concentradas na área de equipamentos para construção de estradas, seguidas do setor de construção de edificações e dos equipamentos de terraplenagem. Já o faturamento do setor não tem se mantido no mesmo nível dos pedidos de compra. Comparado com o mesmo período de 2009, o faturamento do setor de equipamentos de construção alemão teve um incremento de 5% entre janeiro e agosto de 2010.

“Se a tendência atual continuar até o final do ano, nós estaremos bem acima desse nível”, pontuou Popp. O especialista avalia que embora os índices estejam longe dos valores de crescimento do período do boom de venda de equipamentos, a indústria alemã já apresenta um índice equivalente aos obtidos em 2005. As exportações alemãs de máquinas de construção, por sua vez, tiveram um aumento de 16% nos primeiros sete meses do ano, quando comparadas com o período equivalente de 2009. Os principais mercados importadores, nessa área, são a França, Estados Unidos e China.

O evento da VDMA também apontou a Ásia como grande vetor de crescimento da construção civil mundial, o que mostra que a indústria de equipamentos tem boas perspectivas a médio prazo. De acordo com o instituto de pesquisa de mercado Global Insight, o volume da construção mundial irá crescer cerca de 4% anualmente, entre 2009 e 2014. Nesse contexto, a Ásia, com uma taxa esperada de crescimento de 8%, será a força direcionadora, seguida pela América do Sul, impulsionada pelo Brasil.

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