A fabricante alemã de equipamentos Liebherr tem no Brasil um mercado importante no seu faturamento total, sendo que a filial no país obteve um fabuloso crescimento de mais de oito vezes em dez anos, com resultados que saltaram de R$ 54 milhões (em 2001) para R$ 450 milhões (em 2011). Atualmente, a força da fabricante pode ser sentida em diversas obras de infraestrutura espalhadas pelo país, mas são as que envolvem os estádios da Copa de 2014 que atualmente merecem uma atenção especial. Afinal, há máquinas da Liebherr operando em nove dos 12 estádios em construção ou reforma para sediar os jogos do mundial de futebol da FIFA.
Ao todo, 15 guindastes móveis de torre das séries EC-B, EC-H e HC, dez guindastes LTM, quatro treliçados sobre esteiras e quatro telescópicos também sobre esteiras compõem a frota da Liebherr nos canteiros das arenas esportivas. As obras mais demandantes são as da Arena do Corinthians, em São Paulo, do Mineirão, em Belo Horizonte, do Beira Rio, em Porto Alegre, e do Mané Garrincha, em Brasília.
Desafios
No caso da nova Arena do Co
A fabricante alemã de equipamentos Liebherr tem no Brasil um mercado importante no seu faturamento total, sendo que a filial no país obteve um fabuloso crescimento de mais de oito vezes em dez anos, com resultados que saltaram de R$ 54 milhões (em 2001) para R$ 450 milhões (em 2011). Atualmente, a força da fabricante pode ser sentida em diversas obras de infraestrutura espalhadas pelo país, mas são as que envolvem os estádios da Copa de 2014 que atualmente merecem uma atenção especial. Afinal, há máquinas da Liebherr operando em nove dos 12 estádios em construção ou reforma para sediar os jogos do mundial de futebol da FIFA.
Ao todo, 15 guindastes móveis de torre das séries EC-B, EC-H e HC, dez guindastes LTM, quatro treliçados sobre esteiras e quatro telescópicos também sobre esteiras compõem a frota da Liebherr nos canteiros das arenas esportivas. As obras mais demandantes são as da Arena do Corinthians, em São Paulo, do Mineirão, em Belo Horizonte, do Beira Rio, em Porto Alegre, e do Mané Garrincha, em Brasília.
Desafios
No caso da nova Arena do Corinthians, há uma dose extra de responsabilidade na obra que consumirá, pelo menos, R$ 800 milhões. Afinal, o local sediará a abertura da Copa, além de cinco partidas, incluindo uma das semifinais. O arquiteto responsável pela obra, Paulo Epifani, comenta que os desafios deste trabalho não se restringem aos quesitos técnicos. “Temos ainda a paixão dos torcedores do Corinthians e dos brasileiros pelo futebol, que acompanham atentamente o andamento da obra, cobrando os avanços”, diz ele.
Em relação aos desafios técnicos que ainda estão por vir, Epifani destaca a instalação da cobertura do vão de 160 metros e a instalação da fachada de vidro curvo, com mais de 6,5 mil metros de extensão. “Estamos definindo o plano de ação para estas etapas da obra, pensando nos equipamentos que serão utilizados e também nas condições climáticas, já que os ventos podem interferir no içamento de determinados componentes”, explica o arquiteto ao mencionar que, ao todo, 16 guindastes estão operando na obra.
O maior equipamento Liebherr em operação na Arena do Corinthians é o guindaste sobre esteira modelo LR 11350. A Odebrecht, construtora responsável pela obra, optou pela locação do equipamento por intermédio da Locar. Considerado o maior guindaste Liebherr em operação na América Latina, ele atuou na instalação das arquibancadas e está executando a instalação da cobertura metálica do novo estádio. Anteriormente, o equipamento executou o içamento de 16 mil peças pré-moldadas, entre vigas, lajes alveolares e pilares. Com exceção das lajes alveolares, as demais peças foram moldadas in loco para acelerar o cronograma da obra.
Equipamentos
O LR 11350 tem capacidade de carga de até 1.350 t e 60 m da lança principal, podendo alcançar um raio de 12 metros. “Quando combinada a lança principal com um jib adicional, ambos com 114 m, o comprimento máximo é de 228 m. Se for usado o sistema de mastros, as lanças chegam a 150 m de comprimento”, explica o diretor da divisão de guindastes móveis da Liebherr no Brasil, César Schmidt. “Inclusive, nas ocasiões em que a máquina operou na altura máxima, foi necessário avisar a aeronáutica como medida de segurança, pois procedimentos acima de 100 m devem seguir essa orientação.”
Por utilizar estabilizadores mecânicos e uma estrutura convencional, o LR 11350 tem condições de erguer as lanças principais de até 102 m, sem empregar um mastro. Schmidt acrescenta que a máquina possibilita um aumento significativo da capacidade de carga por meio da lança Derrick e do lastro flutuante telescopável ou carro do lastro, ampliando as aplicações do equipamento. “Graças a essa versatilidade, ele foi empregado no resgate de um guindaste no porto de Santos e em obras de refinarias no Brasil”, exemplifica Schmidt.
A Odebrecht também utilizou dois guindastes 195,3 HC, dois 98,3 HC e um guindaste giratório 450C, que oferecem altura de gancho de até 56 m e capacidade de elevação entre 8 mil e 20 mil kg, num raio de até 57 m, em diferentes etapas da obra. Outros dois guindastes telescópicos, o LTM 1220-5.2, de 200 t, e o LTM 1100-4.2, de 100 t, também foram utilizados em içamentos temporários.
Movimentação
Outra operação que leva as máquinas da fabricante alemã ao limite é a movimentação de cargas no Porto de Santos, onde as empresas Tecondi (Terminais para Contêineres da Margem Direita) e Rodrimar empregam os guindastes portuários da linha LHM. Os guindastes móveis portuários da Liebherr têm capacidades nominais de carga entre 40 e 208 t para atender movimentações de contêineres, operação com granéis e cargas pesadas, como também o manuseio de cargas gerais. Com uma movimentação de 120 milhões de toneladas por ano, o Porto de Santos exige produtividade e eficiência das operadoras. “A linha portuária da Liebherr oferece produtividade, resistência e segurança, que são indispensáveis para a plena operação do porto”, avalia o diretor comercial da Tecondi, Luiz Araújo.
O Tecondi emprega sete guindastes portuários móveis, sendo dois LHM 500, um LHM 550 e quatro LHM 600 m, capazes de operar em movimentações com navios do porte do pós-Panamax, como graneleiros e os petroleiros, com secção transversal de 42,80 m ou mais. Pertencente ao grupo EcoRodovias, que também concentra as empresas Termares e Termlog, o Tecondi é responsável por 16% de toda operação do Porto de Santos, somando 150 mil m2 de área, com três berços privativos de atracação e mais três berços públicos contíguos.
Da frota Liebherr empregada pelo Tecondi, o LHM 600 tem capacidade de até 208 t e alcance de 58 m. Na operação com contêiner, a configuração padrão do equipamento chega a 32 ciclos por hora, proporcionando tempos de aceleração mais curtos. Já o LHM 550, com capacidade de até 104 toneladas e alcance de 54 metros, é o primeiro equipamento adquirido pela empresa com sistema híbrido de propulsão patenteado pela fabricante. A solução melhora o desempenho e a produtividade do guindaste em 30%. Outro benefício é a redução de 30% no consumo de energia e emissões. O modelo 550, tal como o modelo 500, possui acionamento elétrico, permitindo uma operação com menos impacto ambiental.
Mobilidade
Já na frota da Rodrimar S/A, dois modelos 550 e dois LHM 400 trabalham na movimentação da carga geral, contêineres, granéis sólidos e cargas do Terminal Portuário de Contêineres de Saboó, pertencente ao próprio grupo Rodrimar. O LHM 400 possui capacidade máxima de elevação de 104 t e 48 m de lança. Entre os diferenciais da linha LHM, a Rodrimar destaca a mobilidade dos equipamentos, graças ao conjunto de rodas independentes e individualmente manobráveis, o que dispensa o uso de infraestrutura adicional como trilhos ou mesmo alimentação elétrica. Como o chassi é relativamente pequeno, o equipamento executa giros pequenos e movimentos longitudinais e diagonais de até 135º, além de se movimentar em todas as direções.
Para garantir eficiência nas operações do Tecondi e da Rodrimar, a Liebherr mantém um escritório de pós-venda e serviços para prestar atendimento e manutenção dos equipamentos. A preocupação da empresa com estes clientes tem como referência a movimentação do Porto de Santos, que em 2011 registrou um fluxo de 2,99 milhões de TEUs (quantidade equivalente a um contêiner de 20 m). O complexo portuário de Santos é responsável por mais de um quarto do volume de negócios da balança comercial brasileira.
Faturamento da Liebherr cresce quase 10% ao ano
Fundada em 1949 em Kirchdorf, na região sul da Alemanha, a Liebherr atualmente é um sólido grupo que engloba mais de 130 empresas em todo o mundo, atuando em dez diferentes áreas. No primeiro semestre de 2012, o volume de negócios atingido pelo grupo foi de 4,3 bilhões de euros, em um aumento de 9,8% (ou 393 milhões de euros) em comparação com o mesmo período do ano anterior. O volume total de negócios no ano passado deve chegar a 9 bilhões de euros (+9%, ou 700 milhões de euros), segundo estimativas da própria empresa.
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