Revista M&T - Ed.267 - Setembro 2022
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EMPRESA

Desafios para o futuro

Após aumentar o market share em 30% no segmento de plataformas, a Genie traça estratégias para se blindar de problemas logísticos e impulsionar a renovação das frotas

Os últimos anos têm apresentado desafios consideráveis para as fabricantes do setor, especialmente em decorrência da pandemia e do conflito na Ucrânia, que afetaram a cadeia de logística e, por consequência, a disponibilidade de componentes para a fabricação das máquinas. Nesse contexto difícil, a Genie é uma das empresas que vêm trabalhando com alternativas para atender aos clientes com melhores custos e disponibilidade de produtos. E a estratégia parece funcionar.

Segundo Gustavo Faria, presidente da Terex Latin America, a marca detém atualmente cerca de 35% do mercado de plataformas elevatórias vendidas no Brasil, o que representa um crescimento de mais de 30% de market share no segmento, se comparado ao ano passado. “A expectativa é manter esse nível de participação no Brasil, que representa mais de 50% das vendas realizadas na América Latina”, disse o executivo durante o Customer Meeting 2022, realizado no início de agosto em


Os últimos anos têm apresentado desafios consideráveis para as fabricantes do setor, especialmente em decorrência da pandemia e do conflito na Ucrânia, que afetaram a cadeia de logística e, por consequência, a disponibilidade de componentes para a fabricação das máquinas. Nesse contexto difícil, a Genie é uma das empresas que vêm trabalhando com alternativas para atender aos clientes com melhores custos e disponibilidade de produtos. E a estratégia parece funcionar.

Segundo Gustavo Faria, presidente da Terex Latin America, a marca detém atualmente cerca de 35% do mercado de plataformas elevatórias vendidas no Brasil, o que representa um crescimento de mais de 30% de market share no segmento, se comparado ao ano passado. “A expectativa é manter esse nível de participação no Brasil, que representa mais de 50% das vendas realizadas na América Latina”, disse o executivo durante o Customer Meeting 2022, realizado no início de agosto em São Paulo (SP).

De acordo com números referentes a 2021, o segmento de plataformas representa 59% das vendas globais da Terex Corporation, sendo que a América Latina representa cerca de 3,5% desse resultado.

Em palestra no evento, o economista Samy Dana ressaltou que tais resultados mostram como o Brasil segue interessante para se investir, pois conta com características relevantes, incluindo extensão territorial, população e atividade econômica. “Ainda que tenhamos problemas, somos muito grandes para sermos ignorados, mesmo com nossas desigualdades”, destacou. “Temos uma população jovem e apta a mudanças, além de um território grande, que permite crescimento em diferentes setores, em especial na construção.”


Genie Customer Meeting debateu as perspectivas do mercado de plataformas na América Latina

MERCADO

Segundo Faria, um dos focos centrais da empresa no país é o mercado de rental, que ao longo dos anos vem ganhando força em diferentes setores, com destaque para as plataformas. “A locação de equipamentos é um mercado de capital intensivo, uma vez que, por mais que você invista, sempre tem espaço para mais”, comentou.

Para ele, o conceito de locação de bens de capital é uma tendência que não tem mais volta no país, pois representa uma maneira mais eficiente de se usar o ativo. “Além disso, é um importante nicho para diversificação do parque de equipamentos, pois dificilmente uma empresa atua com apenas uma linha específica de produtos”, avaliou o executivo.

Durante a pandemia, ele acentuou, o mercado não apresentou desaceleração das obras, especialmente em construções para o mercado imobiliário, residencial e de autoconstrução, que se mantiveram estáveis no período. No entanto, Faria alertou que, mesmo sem megaobras, a frota instalada de plataformas já está totalmente ocupada. “Qualquer obra que comece hoje no Brasil está desatendida não só de plataformas, mas de todas as máquinas, sendo um desafio para o futuro”, advertiu.

E a baixa renovação das frotas não afeta somente o Brasil, mas diversos países do mundo. De acordo com Matt Treadwell, vice-presidente de vendas globais da Genie, fatores como escassez de insumos, inflação, aumento no prazo de fornecimento, guerra e pandemia afetaram a cadeia logística globalmente. “Para os próximos anos, estamos decididos a estudar novas formas de crescimento de nossas instalações e da oferta de serviços, além de oportunidades de mãos de obra, buscando amenizar o problema no envio de peças e equipamentos”, ele afirmou no Customer Meeting.

Segundo Treadwell, a questão logística tornou-se um componente cada vez mais relevante nos custos das máquinas e, por isso, é preciso entender melhor onde a empresa deve estar em termos geográficos e econômicos. “Certamente, a América do Sul tem se tornado uma ótima oportunidade nesse sentido”, apontou.

Já como desdobramento dessa estratégia, a empresa recentemente passou a fabricar manipuladores telescópicos na cidade de Monterrey, no México. “Trata-se de um mercado que queremos entrar de forma mais forte, permitindo a evolução da frota, o que proporcionará maior rentabilidade e variedade de produtos aos clientes”, explicou Fabiano Fagá, gerente de vendas sênior da Genie Latam.


Com a continuidade das obras, fabricante vê parque de máquinas no limite no Brasil

APOSTAS

Além dos manipuladores, as apostas atuais da marca na região incluem soluções da recente Linha J de plataformas telescópicas, como os modelos S-60J e S-80J, ambos utilizados em manutenção, inspeções e podas de árvores. “Esses maquinários trazem maior intercambialidade de peças, proporcionando maior rentabilidade ao locador, pois têm menos componentes, com operação e manutenção mais simplificadas”, disse Fagá.

Outro destaque é o sistema E-Drive, lançado em 2020 e que consiste em um sistema de acionamento elétrico otimizado, disponível na linha GS de plataformas pantográficas tipo tesoura. “O sistema resulta em 30% a mais de eficiência e tempo de operação, 35% a menos em despesas de manutenção e 70% a menos de mangueiras e conexões”, assegurou.

Outro ponto forte, segundo o executivo, são as baterias de íon-lítio, que já são uma realidade para a Genie. Projetadas para as plataformas, contam com até dez anos de vida útil e são livres de adição de líquidos, além de permitirem controle da temperatura da bateria e menor tempo de carga, com carregamento 33% mais rápido.

A fabricante, sublinhou Fagá, também vem investindo em tecnologias como o Lift Connect, apresentado este ano ao mercado brasileiro. O sistema de telemetria promete contribuir para a gestão, visando a redução de visitas técnicas e aumento da rentabilidade. “O objetivo é trazer um melhor gerenciamento na manutenção da frota, tornando-se um diferencial para os locadores”, concluiu.

Saiba mais:
Genie
: www.genielift.com/pt

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