Estimulado pelos investimentos em infraestrutura, o atual momento de expansão do mercado brasileiro de equipamentos para construção exige uma sintonia apurada dos fabricantes. Há cerca de cinco anos, quando se iniciou esse processo de crescimento, a Case Construction sentiu isso na pele. Hoje, a evolução da sua linha de equipamentos é quase uma radiografia das mudanças que ocorreram no setor.
Naquele momento, a empresa percebeu o forte crescimento da demanda, principalmente no segmento de escavadeiras hidráulicas. Com o aquecimento do setor de construção pesada, o consumo de equipamentos para movimentação de solos que inclui desde as escavadeiras e pás carregadeiras, até as motoniveladoras, retroescavadeiras e demais modelos da linha amarela quase quadruplicou no período, saltando de 7.700 unidades, em 2006, para 27.830 unidades em 2012.
“Para fazer frente a tudo isso, era preciso ampliar o portfólio de produtos, pois apesar de já termos quase todas as famílias da linha amarela, ainda oferecíamos poucos modelos”, recorda Roque Reis, diretor geral da Case Construction para a Am
Estimulado pelos investimentos em infraestrutura, o atual momento de expansão do mercado brasileiro de equipamentos para construção exige uma sintonia apurada dos fabricantes. Há cerca de cinco anos, quando se iniciou esse processo de crescimento, a Case Construction sentiu isso na pele. Hoje, a evolução da sua linha de equipamentos é quase uma radiografia das mudanças que ocorreram no setor.
Naquele momento, a empresa percebeu o forte crescimento da demanda, principalmente no segmento de escavadeiras hidráulicas. Com o aquecimento do setor de construção pesada, o consumo de equipamentos para movimentação de solos que inclui desde as escavadeiras e pás carregadeiras, até as motoniveladoras, retroescavadeiras e demais modelos da linha amarela quase quadruplicou no período, saltando de 7.700 unidades, em 2006, para 27.830 unidades em 2012.
“Para fazer frente a tudo isso, era preciso ampliar o portfólio de produtos, pois apesar de já termos quase todas as famílias da linha amarela, ainda oferecíamos poucos modelos”, recorda Roque Reis, diretor geral da Case Construction para a América Latina. A partir de então, a empresa engatou um processo de diversificação, adicionando sete novos modelos importados de escavadeiras, além de incorporar uma pá-carregadeira de cinco jardas cúbicas, também importada.
“A ideia de crescimento está relacionada à fabricação interna das máquinas com boa demanda de mercado, pois você efetivamente tem escala para a produção”, diz Roque ao detalhar a estratégia que associa o crescimento da empresa às necessidades do mercado. “Completamos o portfólio com modelos importados e, na medida em que o mercado vai crescendo nesses segmentos de produtos, iniciamos estudos para viabilizar sua produção doméstica, pois com baixa demanda você não consegue ter custo competitivo e dar retorno ao investimento.”
Adequação da linha
Mais recentemente, a empresa adicionou três modelos de miniescavadeiras ao portfólio e, para aproveitar o crescimento da demanda nesse segmento, deve lançar mais um até o final do ano. Além disso, ela está trazendo uma carregadeira articulada compacta, que começará a testar no país em aplicações mais específicas. Todos os equipamentos são importados, como explica Roque. “As escavadeiras e miniescavadeiras são produzidas no Japão, enquanto as carregadeiras compactas vêm da Europa e as minicarregadeiras são fabricadas nos Estados Unidos.”
Outro exemplo da percepção aguda da Case está no segmento de escavadeiras. Desde 2006, o consumo anual desse tipo de equipamento saltou de 2.000 para cerca de 6.000 unidades, devendo fechar 2012 em 7.000 unidades. “Nesse segmento, temos uma linha completa, com exceção dos modelos de grande porte para mineração”, afirma o diretor. “Portanto, temos produtos para competir em um mercado de 6.800 máquinas, sendo que o destaque é a escavadeira de 20 t, que deve representar em torno de 65% da demanda.”
No segmento de escavadeiras de 13 a 16 t, assim como no de 35 t, a Case ainda não dispõe de produtos nacionais, mas já estuda sua viabilização. No caso das pás carregadeiras, por sua vez, a demanda do mercado cresceu de 1.500 para 5.700 unidades. “Pensávamos que esse seria o limite desse segmento, mas tal julgamento demonstrou-se errôneo”, avalia.
Isso porque o consumo de pá carregadeira também vem surpreendendo a cada ano. Roque explica que todos esperavam uma migração no uso de tratores de esteira e pás carregadeiras para as escavadeiras, mas o comportamento do mercado não foi bem este. “Realmente houve uma migração, mas as utilizações de carregadeiras continuam crescendo, enquanto as de tratores de esteira permanecem relativamente estáveis.”
Muito dependente de licitações públicas, como explica Roque, o mercado de motoniveladoras fechou 2009 com a venda de 1.300 unidades e, em 2010, quando houve eleição, saltou para 2.200 unidades. Em 2011, caiu para 2.000 e desde então vem se mantendo estável. “Também imaginávamos que o segmento de tratores se estabilizaria em 600 unidades por ano e hoje ele beira a faixa de 1.200 unidades.”
Foco no pós-venda
Outro mercado que tem crescido bastante é o de retroescavadeira, no qual a Case detém em torno de 30% de participação. Isso equivale à venda anual de 2.330 máquinas e, junto com as pás carregadeiras que totalizaram a venda 330 unidades em 2011, o produto figura como carro-chefe da empresa. “Eles são os nossos best-sellers”, frisa o executivo.
Em paralelo ao acompanhamento das condições de mercado, a estratégia da Case também inclui uma atenção especial à disponibilidade de peças de reposição e atendimento pós-venda. Atualmente a empresa possui o maior centro de distribuição de peças da América Latina, que está sendo expandido para 60 mil m2 cobertos e atende às quatro marcas do grupo (Fiat, Case, New Holland e Iveco).
“Nossa disponibilidade na área de peças de reposição está em torno de 95% e a meta é chegar a 98% ou 99%”, diz Roque. “Para alguns tipos de produtos, temos um sistema interno que detecta falhas no depósito de peças e, se alguma máquina está parada, o acionamos para pesquisar em todos os depósitos da nossa estrutura, inclusive dos distribuidores, até chegar ao ponto em que, se não acharmos a peça, desmontamos alguma máquina disponível no pátio.”
Com todos esses recursos, a Case Construction nutre boas expectativas para o ano. Afinal, as vendas na América Latina representam algo em torno de 20% do resultado total da companhia no mundo e conferem à empresa um market share de 11% na região. No Brasil, sua participação de mercado é estimada em torno de 15%. “É o único lugar no mundo em que alcançamos esse patamar, além da liderança nos segmentos de retroescavadeira e pá carregadeira e de termos uma rede de distribuição na qual a principal bandeira é a Case”, conclui Roque.
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