Depois da Hyundai, um novo player coreano da indústria de equipamentos de construção acaba de aportar no Brasil. Através da Commingersoll, representante no Brasil da linha Ingersoll- Rand, no final de abril desembarcaram no Brasil as duas primeiras escavadeiras hidráulicas da marca Daewoo. São duas unidades do modelo 225 SLR (23,6 t), motor DB58TIS (148 HP), ar-condicionado de fábrica, alcance máximo de escavação de 15,3 m, profundidade máxima de escavação de 11,6 m, e altura máxima de escavação de 13,2 m, e caçamba de 0,34 m3. A Commingersoll, que conquistou a distribuição exclusiva no Brasil promete trazer toda a linha - com exceção das mini escavadeiras, que já oferece através da Ingersoll-Rand.
Segundo a Off Highway/EMI/National Official Sales Record, a Daewoo é a quarta maior fabricante mundial de escavadeiras, com 11,2% de participação no mercado — depois da Caterpillar (17,5%), Komatsu (17,4%) e Hitachi (11,9%). Líder na Coréia, com 45,8% de participação no segmento de escavadeiras, seguida da Volvo (29,4%) e da Hyundai (24,9%), a Daewoo possui cinco fábricas na Coréia e uma na Bélgica, além de subsidiárias na França, Alemanha, Inglaterra, China, Estados Unidos e África do Sul, e um total de 704 distribuidores em todo o mundo. Sua capacidade anual de produção é de 17.500 escavadeiras (tanto sobre rodas, com peso operacional entre 5 e 21 t, quanto sobre esteiras, de 1 a 50 t) e 1200 carregadeiras de rodas, com motorização entre 104 e 335 HP
A Commingersoll é dirigida no Brasil por Jorge Glória, ex-presidente da Ingersoll-Rand no Brasil. A Commingersoll, por sua vez, é uma joint-venture entre a Commingersoll Portugal e a Macbert, distribuidor no Brasil dos rompedores Montalbert. Atuando no mercado paulista desde o início de 2004, a Comingersol, segundo Jorge Glória, está se estruturando para tornar-se um grande distribuidor nacional dos produtos da linha Ingersoll-Rand e agora da Daewoo. Para tanto, novas filiais deverão ser abertas em São Paulo e em Belo Horizonte.
No caso da Daewoo, diz ele, há, inclusive, a expectativa de se passar a fabricar as máquinas no Brasil, a partir de 2006 ou 2007. “Em um primeiro momento, o objetivo é o de difundir a marca no mercado. Em paralelo à chegada das máquinas, já está sendo estruturado um serviço de assistência técnica e um programa de treinamento ministrado por técnicos coreanos. Outra providência foi a importação de motores reservas e peças para formação de um estoque inicial nas oficinas da Commingersoll, em sua filial em Sorocaba”.
As máquinas já estão adaptadas ao padrão europeu atual de emissões (Stage II) e são de uma geração posterior aos equipamentos da marca existentes no Brasil. De acordo com Jorge Glória, sua principal vantagem, “além do preço de aquisição menor, pode ser o consumo, de 20 a 30% inferior às concorrentes do mercado. Ele acredita que a Daewoo poderá superar a boa receptividade que os equipamentos da concorrente coreana Hyundai vêm obtendo no Brasil, desde que chegou ao mercado através do distribuidor AGusman. “Os coreanos da Daewoo no momento oportuno querem realmente se estabelecer no Brasil”.