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Revista M&T - Ed.124 - Maio 2009
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Mercado

Bem-vindo ao mundo da tecnologia e sustentabilidade

M&T EXPO aquece os negócios no setor. Para os especialistas, a feira ocorre no melhor momento possível, seja porque possibilita acesso a tecnologias que ajudam os usuários de equipamentos a reduzir custos nas operações, ou porque ela se realiza exatamente

Um cenário econômico complexo marca a realização da M&T Expo 2009, no qual os sinais emitidos pelo mercado são confusos e de difícil interpretação. Diante do atual quadro de instabilidade, financistas, governantes e especialistas premiados com o Nobel de economia divergem sobre questões macroeconômicas, como as projeções de crescimento dos países, a extensão dos danos provocados pela quebra do mercado norte-americano de hipotecas imobiliárias e o antídoto para a crise financeira internacional.

No plano microeconômico a situação se repete e a opinião dos empresários oscila da profunda apreensão até o otimismo exacerbado, de acordo com o tipo de mercado em que atua a sua empresa. Características como a susceptibilidade do setor diante da queda dos preços internacionais das commodities e dos investimentos programados pelos governos em obras de infraestrutura – um caminho adotado por muitos países no combate à crise – determinam o grau de confiança de cada interlocutor.

No setor de equipamentos para construção o quadro não é diferente. Esta edição da revista M&T entrevistou mais de 60 executivos de grandes fabricantes do setor, todos


Um cenário econômico complexo marca a realização da M&T Expo 2009, no qual os sinais emitidos pelo mercado são confusos e de difícil interpretação. Diante do atual quadro de instabilidade, financistas, governantes e especialistas premiados com o Nobel de economia divergem sobre questões macroeconômicas, como as projeções de crescimento dos países, a extensão dos danos provocados pela quebra do mercado norte-americano de hipotecas imobiliárias e o antídoto para a crise financeira internacional.

No plano microeconômico a situação se repete e a opinião dos empresários oscila da profunda apreensão até o otimismo exacerbado, de acordo com o tipo de mercado em que atua a sua empresa. Características como a susceptibilidade do setor diante da queda dos preços internacionais das commodities e dos investimentos programados pelos governos em obras de infraestrutura – um caminho adotado por muitos países no combate à crise – determinam o grau de confiança de cada interlocutor.

No setor de equipamentos para construção o quadro não é diferente. Esta edição da revista M&T entrevistou mais de 60 executivos de grandes fabricantes do setor, todos expositores da M&T Expo 2009, e constatou um clima de otimismo diante das oportunidades geradas pelos investimentos do governo nas obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). A maioria aponta queda no ritmo das atividades, mas muitos também projetam crescimento nas vendas em 2009, que em alguns casos chega a ser de dois dígitos – índice digno de ser comemorado por qualquer empresa, em qualquer situação econômica dentro da normalidade.

Comportamento do mercado

Em comum, a maioria dos executivos da indústria de equipamentos afirma que o desempenho esperado para este ano é satisfatório, mesmo aqueles que vislumbram redução no volume de vendas este ano. Nesse último caso, a avaliação positiva se deve ao fato de que a base de comparação é o ano de 2008, quando o setor registrou um pico de crescimento sem precedentes, que não pode ser usado como parâmetro para avaliações. Seja como for, o fato é que a M&T

Expo realiza-se num momento em que o mercado de máquinas para construção e mineração registra uma queda na demanda, após anos consecutivos de crescimento acelerado. Para muitos especialistas, o evento ocorre no momento certo, quando os usuários mais precisam de soluções tecnológicas para a otimização das operações e maior rentabilidade do negócio – o que pode ser encontrado mais facilmente numa vitrine como a M&T Expo.

Para outros, esta é a melhor data para a realização do evento pelo simples motivo de que se trata do momento em que a economia começa a dar sinais de retomada no crescimento. O fato é que, excluindo as atividades afetadas pela queda dos preços internacionais das commodities, como investimentos em mineração e produção de petróleo, as demais áreas que movimentam o mercado de equipamentos pesados para construção continuam com a demanda aquecida, de acordo com a maioria dos entrevistados nessa edição.

Peculiaridades de cada setor

Essa avaliação, entretanto, merece uma análise cuidadosa, uma vez que a interrupção de projetos em estágio mais adiantado de implantação mostra-se desastrosa e desaconselhável. Seguindo esse raciocínio, muitas obras em setores afetados pelo desaquecimeto da economia também mantiveram seu cronograma, seja por esse motivo ou por peculiaridades relacionadas à estratégia da empresa, contratos assumidos etc.

Nessa categoria se incluem obras da Petrobras, assim como a expansão da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a instalação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), para ficarmos em poucos exemplos. Segundo um levantamento feito no fim de 2008 pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a pedido do governo, a lista de projetos considerados “irreversíveis” por tais motivos somava uma carteira de investimentos de R$ 64,7 bilhões em apenas dois setores: energia elétrica e siderurgia.

O interesse em analisar esses dois setores tem um objetivo claro, já que eles figuram na categoria daqueles sujeitos a desaceleração, seja pela queda no consumo de aço – no caso da siderurgia – ou pela possível redução na demanda de energia diante de um cenário de retração econômica. O fato é que mesmo na área de infraestrutura, alguns segmentos parecem impulsionar mais a mobilização de equipamentos nos canteiros de obras do que outros, como os projetos nas áreas de rodovias, metrôs, portos, saneamento e habitação.

Novas oportunidades

Além das obras impulsionadas pelo calendário eleitoral, há ainda projetos relacionados à Copa do Mundo de 2014, cuja organização exigirá investimentos em aeroportos, transportes metropolitanos, estádio de futebol e hotelaria. Apenas em São Paulo, a realização do evento esportivo pode viabilizar uma carteira considerável de novos projetos, incluindo as obras dos trechos leste e norte do Rodoanel Mário Covas e a implantação do sistema de trem de alta velocidade (TAV), o popular trem-bala, para a ligação com o Rio de Janeiro e Campinas.

Se as construtoras estão mais conservadoras em seus planos de investimento na frota, as locadoras apostam que o atual cenário pode contribuir para a expansão das atividades no País. Atualmente, essas empresas respondem por cerca de 15% do mercado brasileiro de equipamentos para construção e a maioria delas vislumbra a oportunidade de ampliar a taxa de ocupação de suas frotas num momento em que as empreiteiras querem empatar menos capital em ativos fixos.

Eles também se apóiam nas oportunidades geradas pela maior competitividade advinda do ingresso de novos fabricantes no mercado, principalmente em relação às importações da Ásia. Em contraposição, os dealers de grandes fabricantes contam com o apoio de suas marcas para fortalecer a atuação na área de rental como um suporte às operações.

Impacto da feira

Segundo o último levantamento feito pela Sobratema sobre o mercado brasileiro de equipamentos para construção, esse setor movimentou cerca de R$ 10 bilhões em negócios em 2008, consumindo em torno de 50 mil equipamentos no ano passado. O estudo envolveu basicamente a demanda por máquinas de movimentação de solos (escavadeiras, carregadeiras, retroescavadeiras, tratores de esteiras etc.), bem como de caminhões, equipamentos usados em serviços de compactação (rolos vibratórios), de elevação de cargas e pessoas (guindastes e plataformas aéreas de trabalho) de apoio ao serviço (ar comprimido) e máquinas de pequeno porte (minicarregadeiras), entre outros.

O consumo previsto para 2009 permanece uma incógnita, mas os especialistas e executivos da indústria são unânimes em apontar a realização da M&T Expo como o principal evento deste ano como impulsionador de novos contratos. Pelas projeções da Sobratema, a feira deve gerar um volume de negócios em torno de R$ 3 bilhões até sua próxima realização, em 2012, por conta não apenas das vendas realizadas pelos expositores no estande, mas também pelos novos contatos que resultarão em vendas futuras.

Seguindo esse cálculo, a feira movimentaria cerca de R$ 1 bilhão por ano em negócios, o que equivale a 10% do mercado brasileiro de equipamentos em 2008, quando o setor registrou o melhor desempenho em sua história. Além da parte comercial, as empresa apostam na feira como uma vitrine para a realização de lançamentos e a consolidação de suas marcas junto a clientes cativos e em potencial. Veja, a seguir, os lançamentos que estão sendo realizados na M&T Expo 2009 pelos principais expositores.

M&T EXPO 2009

VOLVO
LINHA CRESCE 40% A ABRE NOVOS MERCADOS PARA A FABRICANTE

Se o setor de equipamentos para construção registrou um crescimento vertiginoso nos últimos três anos no Brasil e América Latina, a expansão da Volvo Construction Equipment nesse mercado foi ainda maior, culminando com um faturamento de US$ 520 milhões em 2008, o maior já registrado pela companhia na região. Segundo Yoshio Kawakami, presidente da empresa, no ano passado a VCE comercializou 3.475 unidades, das quais 1.681 foram vendidas no Brasil. “O mercado brasileiro, que tradicionalmente representa 50% do latino-americano, já consome o equivalente a toda a demanda dessa região alguns anos atrás”, diz ele.

Como prova dessa expansão, dos 41 modelos de equipamentos comercializados pela fabricante no Brasil, 17 foram introduzidos a partir de 2007. O aumento de 40% na linha ocorreu basicamente em segmentos que a fabricante não atuava antes desses lançamentos, como minicarregadeiras, rolos compactadores e, mais recentemente, miniescavadeiras e retroescavadeiras. Na M&T Espo 2009, a Volvo amplia ainda mais seu portfólio de produtos, com o lançamento de máquinas para assentamento de tubos (pipelayers) e de outros modelos sobre os quais Kawakami evita antecipar detalhes.

Ele explica que o ingresso no segmento de máquinas compactas representa um posicionamento estratégico da companhia, já que elas representam metade do volume de vendas no mercado de equipamentos para construção. “Sempre fomos conhecidos por fabricar máquinas de grande porte e, com esses modelos, passamos a disputar a outra metade do mercado.” O primeiro passo nessa direção foi o lançamento de cinco minicarregadeiras, todas fabricadas no Brasil, que cobrem a faixa de 635 kg a 1.088 kg de capacidade de carga.

Este ano, a empresa completou o portfólio ao lançar a miniescavadeira EC55B e as retroescavadeiras BL60 e BL70, estas últimas importadas do México. Os equipamentos figuram com destaque no estande da empresa e, além das construtoras, são direcionados também para o mercado de locação e de prefeituras, entre outros potenciais usuários. “Temos um grande potencial de crescimento nas vendas desses equipamentos e, pela resposta dos clientes nesses primeiros meses, acreditamos que essa linha poderá responder por um quarto das vendas da empresa.”

Ele demonstra otimismo em relação à retomada do crescimento nos mercados brasileiro e latino-americano. Para isso, Kawakami se apóia na demanda desses países por obras de infraestrutura, como saneamento, transporte, energia e habitação, setores que estão recebendo incentivos de diversos governos locais como antídoto contra os efeitos da crise financeira internacional. Dos 41 modelos comercializados no Brasil, o executivo ressalta que apenas 22 são importados e o restante corresponde a equipamentos de fabricação local. “Além disso, nossa fábrica de Pederneiras (SP) produz 15 modelos para exportação, o que demonstra o papel importante do País como plataforma para nossas operações globais.”

Recentemente, a unidade brasileira ganhou um reforço ao assumir a fabricação dos compactadores vibratórios de um cilindro SD105F (patas) e SD105DX (liso), que haviam sido lançados alguns meses atrás, juntamente com outros modelos de rolos. “Esses equipamentos, da classe de 10 t de peso operacional, são os que apresentam maior volume de negócios no segmento de compactação.”

Kawakami ressalta o desempenho dos equipamentos dessa linha que, segundo ele, proporcionam maior produtividade e desempenho devido ao seu elevado impacto dinâmico. Associada à confiabilidade das máquinas, a oportunidade de negócios para essa família se apóia também nos investimentos previstos pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Federal em obras de rodovias, saneamento e outras áreas da infraestrutura. “Esses equipamentos já representam 20% das vendas da marca.”

Outra característica que ele enfatiza é o foco na sustentabilidade, por meio de equipamentos dotados de itens de ergonomia e que atendem às normas internacionais de controle de emissão de poluentes. “O fato de a M&T Expo assumir essa preocupação nos dá a oportunidade de mostrar valores que há muito são fundamentais para a Volvo.” Como prova dessa preocupação, o estande da empresa adota o conceito de “construção verde”, com recursos que aproveitam o máximo da luminosidade natural e o controle de temperatura, além de outros itens voltados à sustentabilidade.

LANÇAMENTOS EM TODAS AS ÁREAS DE ATUAÇÃO

Uma variedade de lançamentos, que abrange as mais variadas áreas de interesse dos usuários de equipamentos, marca a presença da Terex Latin America na M&T Expo 2009. Como terceira maior fabricante mundial de equipamentos para construção e dona de uma das mais extensas linhas de produtos nessa área, a empresa programou uma quantidade de lançamentos que pode tirar o fôlego de um visitante desatento.

Ao todo, a empresa apresenta em primeira mão ao mercado 12 novos produtos, entre plataformas áreas de trabalho, torres de iluminação, guindastes, tecnologias para a produção de asfalto, vibroacabadoras e fresadoras. Além disso, quem visita seu estande tem uma demonstração do que ela pode oferecer em suas demais áreas de atuação, como manipuladores telescópicos e equipamentos para britagem e classificação, entre outras. “Com esses lançamentos e a consolidação da nossa rede de distribuidoras nos últimos anos, esperamos encerrar 2009 com um faturamento de US$ 400 milhões”, afirma André Freire, presidente da Terex Latin America.

As projeções para este ano indicam um crescimento em relação a 2008, quando a empresa contabilizou US$ 350 milhões em receitas. Freire demonstra otimismo diante do atual cenário econômico e apóia suas projeções em mercados cuja demanda por equipamentos de construção continua aquecida, como o Brasil, Peru, Panamá e Colômbia. Atenta às necessidades dos clientes, a empresa lança dois modelos de torres de iluminação, a Genie TML-4000 e a AL 8000. Essa última, por exemplo, conta com oito lâmpadas de 8.000 W e mastro articulado, que vem equipado com sistema de elevação hidráulico e motor para giros de até 359º, atingindo 8,76 m de altura por 6,1 m de alcance horizontal.

Na linha de plataformas aéreas, o destaque fica para o lançamento do modelo Genie S-65 Trax, equipado com quatro esteiras direcionais que possibilitam sua manobra em locais de difícil acesso. Com capacidade para 22 m de altura de trabalho, o equipamento possui tração 4x4x4 e vence rampas de até 45%, sendo indicado para operações em terrenos íngremes. A empresa também lança um carregador de baterias para as novas lanças telescópicas e articuladas da Genie e apresenta o um pacote de serviços de pós-venda aos clientes da marca, que inclui o suporte a manutenção, treinamento e estoque de peças, entre outras ações.

O mercado de guindastes móveis, por sua vez, ganha quatro novos modelos da marca com o lançamento do RT 340-1XL, do AC140, do TCL 145.2 e TCL 190.2. O primeiro é um modelo para uso em terrenos difíceis, do tipo RT (rough terrain), com capacidade para 40 tc (toneladas curtas) e lança de 30,5 m de alcance, além do jib de 15 m. Já o AC140 é um guindaste todo-terreno, com capacidade para 140 tc e 77 m de alcance (incluindo jib), e os dois últimos se enquadram na categoria de guindastes hidráulicos articulados sobre chassi de caminhão (guindauto).

Freire ressalta que, além desses modelos, a Terex oferece uma linha completa de guindastes, incluindo equipamentos treliçados sobre esteiras de grande capacidade e reach stackers, entre outros. Nas áreas de britagem e mineração, a oferta também é ampla e, apesar de não dispor de lançamentos nesse segmento, a empresa ressalta os equipamentos de classificação (peneiramento) e os britadores móveis e fixos, estes últimos disponíveis em modelos de mandíbulas, cônicos e de impacto (VSI). “Desde que firmamos parceria com a Simplex para a distribuição dessa linha no Brasil, em março de 2008, a população desses equipamentos cresceu rapidamente no País”, diz o executivo.

Completando a lista, a divisão Roadbuilding, voltada à produção de equipamentos para obras rodoviárias, comparece à M&T Expo com três lançamentos. Um deles é o WMA Foam, um implemento para usinas de asfalto que usa espuma para a produção de massa asfáltica, possibilitando que ela seja processada e compactada em intervalos de temperatura mais baixos, de 90ºC a 130ºC. Além disso, ela introduz no mercado a vibroacabadora de asfalto VDA700SM, que incorpora tecnologia da norte-americana Cedarapids e passa a ser fabricada no Brasil, bem como a PR260, dotada de sistema de carregamento frontal e com capacidade para 30 cm de corte no pavimento.

CASE
CRESCIMENTO DA LINHA POSICIONA A EMPRESA NO SETOR

Líder em vendas nos mercados de retroescavadeiras e de pás carregadeiras, a Case Construction Equipment quer ser reconhecida não apenas como uma fabricante de equipamentos de pequeno porte, mas como uma empresa com soluções completas para o setor. Uma visita ao seu estande na M&T Expo 2009 ajuda a entender o motivo. Além das tradicionais retros da linha 580 e da família de carregadeiras de rodas, a Case apresenta suas motoniveladoras, minicarregadeiras e escavadeiras hidráulicas de variados portes.

Nessa última linha, aliás, o crescimento vem sendo vertiginoso. “Entre os modelos lançados em 2008 e este ano, ampliamos consideravelmente nossa família de escavadeiras, agora composta por seis modelos de 13 t a 35 t de peso operacional”, diz Edmar de Paula, gerente de marketing de produto para a América Latina. Ele ressalta que na faixa de 20 t a 22 t de peso, que responde por cerca de 60% da demanda por esses equipamentos, a empresa dispõe de dois modelos: a CX210B, importada do Japão, e a CX220B, fabricada no Brasil.

As escavadeiras da nova série B, lançadas recentemente, ganharam motores emissionados e com potência 17% maior que as versões anteriores. Além disso, seu sistema hidráulico foi redesenhado, proporcionando ciclos mais rápidos e melhor relação peso/ potência, de acordo com Edmar. Ele ressalta que tais otimizações resultam em economia de até 25% no consumo de combustível, considerando a relação diesel por tonelada de produção.

O crescimento da linha também ocorreu nas motoniveladoras, com o lançamento dos modelos 865 e 885, ambos com potência bruta superior a 160 hp, que vieram se somar à 845. A família de pás carregadeiras, antes composta apenas pela W20, 521D, 621D, 721E e 821E, ganhou um modelo ainda mais robusto, a 921E, com 23 t de peso operacional. Uma versão dessa máquina, adaptada para operações em rocha, encontra-se em exposição no estande da Case, com sistema de refrigeração hidráulica nos eixos e caçamba de 3,5 m³, dotada de bico de pato com dentes e segmentos.

Outro lançamento da empresa na família de equipamentos de carga é a nova versão da W20, líder no segmento de pás carregadeiras de 2,5 jd3, com uma participação de 26% nesse mercado, segundo levantamentos da fabricante. O novo modelo ganha opção com cabine fechada, equipada com ar
condicionado e proteção contra tombamentos (FOPS) e queda de pedras (ROPS).

A novidade na linha de retroesca vadeiras é o sistema PROControl, desenvolvido para proporcionar movimentos mais suaves e precisos ao braço da retro. Segundo Edmar, o sistema confere maior produtividade na escavação de valas para assentamento de tubulações, evitando danos às laterais da área escavada. O dispositivo está sendo oferecido como item de série para o modelo 580M com cabine fechada e tração 4x4 e como item opcional para os demais modelos produzidos no País.

Durante a M&T Expo 2009, a fabricante também lança as empilhadeiras 586G e 588G, do tipo todo-terreno, indicadas para trabalhos em pátios com piso irregular ou onde se necessite de maiores velocidades de deslocamento. De acordo com Roque Reis, diretor comercial da empresa para o Brasil e Mercosul, outra novidade é a “Oficina Case”. Ele evita antecipar detalhes, mas afirma que se trata de uma investida na área de serviços oferecidos aos clientes, com o objetivo “de manter a liderança da marca e, principalmente, de preparar a introdução de equipamentos mais sofisticados no mercado”.

Segundo suas estimativas, o impacto provocado pela crise financeira internacional deve ser menor no mercado brasileiro que nos demais países da América Latina. “Este ano, projetamos uma queda de 20% nas vendas internas. O número pode parecer expressivo, mas considerando o crescimento registrado nos últimos três anos consecutivos, ainda será um dos melhores desempenhos da nossa história”, diz Reis.

Por esse motivo, ele demonstra otimismo em relação à participação na M&T Expo 2009. “Na última edição da feira, vendemos 60 unidades e este ano esperamos ultrapassar essa marca, pois apesar de toda a instabilidade econômica, o ano de 2009 ainda está melhor do que estava o de 2006”, avalia o executivo. Como prova dessa confiança, o presidente mundial da Case Construction, Jim McCullough, veio dos Estados Unidos para acompanhar a realização da feira.

CATERPILLAR
NOVAS MOTONIVELADORAS E CARREGADEIRAS INTEGRAM LISTA DE 26 LANÇAMENTOS

Quem busca soluções completas para canteiros de obras e mineração, com a aquisição de equipamentos de classe mundial, pode passar no estande da Caterpillar que certamente encontrará o que procura. Essa é a promessa da empresa ao expor na M&T Expo 2009 parte da sua linha de equipamentos, composta por 35 modelos produzidos no Brasil de 10 diferentes famílias de máquinas, entre escavadeiras, pás carregadeiras, retroescavadeiras, tratores de esteira, motoniveladoras, rolos compactadores, grupos geradores, ferramentas e acessórios.

Apesar dessa diversidade na produção local, a empresa também importa outras categorias de equipamentos, como caminhões fora-de-estrada, máquinas compactas (minicarregadeiras e miniescavadeiras) e máquinas para obras de pavimentação. Além disso, ela afirma dispor de 300 modelos comercializados no mundo, que podem ser oferecidos sob encomenda para os clientes brasileiros. A lista é ampla e abrange desde máquinas para manejo florestal, até equipamentos para obras de dutos e ferrovias, entre outros.

O destaque em seu estande, entretanto, fica para o lançamento da carregadeira de rodas 966H e para as novas motoniveladoras da série K. O primeiro modelo conta com motor emissionado de 211 hp de potência e ganhou um sistema de implemento hidráulico de detecção de carga que, segundo a empresa, aumenta em até 20% a força de elevação da carregadeira e reduz seu consumo de combustível de 4% a 7% em comparação com os modelos anteriores. Trata-se de um circuito fechado (loop) que se ajusta automaticamente às condições de operação, oferecendo sempre o fluxo hidráulico exigido pelo implemento.

As motoniveladoras da série K, por sua vez, estão sendo lançadas em quatro modelos (120K, 12K, 140K e 160K), que substituem a antiga versão H. Elas cobrem a faixa de potência de 125/145 hp, com comprimento de lâmina de 3,7 m, até 185/205 hp, com lâmina de 4,3 m. Como inovação, elas contam com um sistema de gerenciamento da potência, que possibilita sua variação e oferece um adicional de potência de 10 hp na terceira e quarta marchas.

Segundo a Caterpillar, isso se traduz numa curva de potência suave, permitindo a movimentação de mais carga durante as reduções de marchas. Além disso, o sistema evita a patinagem do equipamento e o desgaste prematuro dos pneus, proporcionando maior produtividade com economia no consumo de combustível.

Além desses equipamentos a empresa apresenta aos visitantes da M&T Expo 21 modelos de fabricados no Brasil, todos em versões recentemente lançadas no mercado. Tamanho esforço se deve ao desempenho registrado pela empresa nos últimos anos, que culminou com o resultado “atípico” de 2008, segundo sua avaliação, quando a fabricante contabilizou US$ 1,39 bilhão em exportações e ocupou o 17º lugar na lista dos maiores exportadores do País.

Como a fábrica brasileira é referência no grupo para atendimento aos mercados globais com a produção de motoniveladoras, tratores de esteiras e pás carregadeiras, as exportações tradicionalmente representam entre 60% e 80% dos negócios da empresa. O cenário econômico imposto pela crise financeira internacional provocou mudanças nessa correlação, mas a empresa informa que a demanda no mercado brasileiro continua aquecida em todos os segmentos de máquinas.

Segundo suas avaliações, houve uma retração em segmentos susceptíveis às variações do preço internacional das commodities, mas as obras de infraestrutura continuaram impulsionando o consumo de equipamentos pesados nos primeiros meses de 2009 em níveis acima aos dos anos anteriores. A exceção, obviamente, fica por conta de 2008, mas o pico de demanda registrado naquele ano deve ser considerado como um fenômeno atípico, portanto sem comparações.

JCB
O BALÉ DE MÁQUINAS VIROU TRADIÇÃO

O evento não foi planejado com tal propósito, mas acabou virando um teatro. Essa é a sensação do visitante da M&T Expo quando passa diante do estante da JCB, onde a empresa promove seu já tradicional balé de retroescavadeiras, realizado nas edições anteriores da feira. Sidney Matos, diretor geral da fabricante, afirma que o show está programado para a edição de 2009, mas avisa que essa não é a única ação de marketing prevista durante o evento.

A empresa não adianta informações sobre uma ação comercial de impacto, mas antecipa que haverá surpresas. O que não esconde, no entanto, é o destaque para a linha de escavadeiras hidráulicas e para a nova retroescavadeira 3C, que já está sendo fabricada no Brasil. “Vamos aproveitar o evento para dar maior visibilidade aos nossos produtos, pois nossa linha cresceu muito desde a última edição da M&T Expo e já conta com 10 modelos oferecidos no mercado brasileiro”, diz Matos.

A linha JCB compreende as retroescavaveiras modelos 3C, 4CX e 1CX, as escavadeiras hidráulicas JS160, JS200 e JS330, a pá carregadeira 426 ZX, o manipulador telescópico Loadall, a empilhadeira todo-terreno RTFL 940 e o Teletruk 3D. Segundo Matos, a empresa ocupa a vice-liderança no mercado brasileiro de retroescavadeiras e, com a ampliação da linha de escavadeiras, pretende aumentar sua participação num dos segmentos mais atrativos do setor de equipamentos para construção.

Recentemente, a empresa lançou escavadeiras hidráulicas de 17 t (JS 160) e de 32 t (JS330), que vieram se somar à JS200, introduzida no mercado brasileiro em 2007. Dessa forma, a empresa passa a contar com um leque variado nesse segmento, contando com um modelo da faixa mais consumida, de 20 t de peso, além de um modelo de menor porte – a JS160 – indicado para serviços mais leves e para locadores, e de outra escavadeira maior – a JS330 – com aplicação em mineração e trabalhos mais pesados em obras de infraestrutura.

O aumento da oferta de produtos reflete os investimentos recentes da empresa no Brasil. Com isso, ela ampliou a capacidade de produção da fábrica de Sorocaba (SP), além instalar um centro de distribuição de peças em Gurarulhos (SP). Segundo o diretor, no último ano os investimentos na unidade industrial envolveram a otimização das áreas de estoque e logística, a ampliação do pátio para armazenamento das máquinas e a aquisição de equipamentos de automação para a linha de produção. Nesse período, a rede nacional de distribuidoras da marca também cresceu e passou a contar com mais pontos de atendimento, com ênfase não apenas na venda dos equipamentos, mas também na oferta de serviços de peças e assistência técnica.

Matos ressalta que, além de ser um palco para lançamentos, a M&T Expo é economicamente importante para a JCB. “Trata-se de uma oportunidade única de estabelecermos contato mais próximo com clientes tradicionais e potenciais, demonstrando a tecnologia e o desempenho das nossas máquinas”, ele afirma. A expectativa da empresa é de atingir um total de R$ 5 milhões a R$ 7 milhões em negócios prospectados e fechados durante o evento.

NEW HOLLAND
CRESCIMENTO CALCADO NA TECNOLOGIA


Quem visitar o estande da New Holland na M&T Expo 2009 terá uma demonstração de boa parte da sua linha de equipamentos, que totaliza mais de 30 modelos comercializados no mercado. “Temos uma oferta ampla, mas é claro que o destaque fica para os recentes lançamentos da empresa, como o trator de esteiras D150B, a nova série B da escavadeira E215 e os grandes modelos dessa linha de máquinas, as escavadeiras E385B e a E485B, que recentemente chegaram ao Brasil”, ressalta Marco Borba, diretor comercial e de marketing para a América Latina.

Além dos lançamentos recentes, Borba enfatiza que a empresa está comemorando com clientes e amigos a marca de mais de 100 pontos de distribuição na América Latina, que deve ser atingida até o final deste ano. “Isso faz parte do compromisso da empresa com os clientes e com a região, comprovando a força da nossa rede de concessionárias e da marca New Holland.”

Criada em 2005, a empresa já nasceu grande e apresentou-se pela primeira vez ao mercado latino-americano durante a M&T Expo 2006. Desde então, sua participação nos canteiros de obras e mineradoras do continente cresceu em ritmo acelerado e a empresa quer comemorar essa realização com os clientes do Brasil e dos demais países da América Latina.

Em seu primeiro ano de existência, a fabricante contabilizou a venda de cerca de 1.750 equipamentos na região e, no ano passado, atingiu a marca de mais de 4.300 unidades comercializadas. “Acreditamos que, ainda no segundo semestre, os países em desenvolvimento retomarão seu ritmo de crescimento, pois eles precisam investir em infraestrutura para impulsionar a economia e sanar tantas carências da população em termos de saneamento, habitação, energia e transporte”, diz o executivo. Com isso, ele espera manter os mesmos níveis de crescimento de participação da marca na região.

Para isso, Borba se apóia na diversidade da linha de equipamentos da empresa, que também aumentou nesse período, bem como em seu diferencial tecnológico. Como exemplo, ele cita a série B das escavadeiras E215. Os equipamentos trazem inovações em relação ao modelo anterior, a E215, lançada em 2005. É o caso do motor New Holland de 6.7 litros, com seis cilindros e potência de 160 hp. “Ele substitui o modelo antigo, de 5.9 litros, e pode trabalhar em rotações mais baixas, o que se traduz em economia de combustível, maior vida útil para o equipamento e menos ruído durante as operações.”

Entre outras inovações, a E215B conta com duas bombas hidráulicas que atingem um fluxo superior, de 220 l/m cada uma, e com um motor que trabalha em 2.000 rpm, contra as 2.150 rpm do modelo anterior. “Aliás, essa antecessora já havia comprovado sua elevada relação custo/benefício no mercado, operando com um consumo médio de combustível em torno de 14 l/h”, diz Borba.

Com o redesenho do sistema hidráulico, ele ressalta a melhora no desempenho da escavadeira. “Seus novos cilindros oferecem um fluxo de óleo maior e mais eficiência hidráulica, de modo que o mercado pode esperar um equipamento ainda mais econômico durante a operação, que proporciona ciclos rápidos e precisão nos movimentos.”

Além da E215B, a fabricante enfatiza os modelos da linha de escavadeiras para serviços mais pesados, a E385B e E485B, da classe de 38 t e 45 t de peso operacional, respectivamente, que já operam em grandes obras de infraestrutura no Brasil, como a construção do Rodoanel de São Paulo e a transposição do rio São Francisco. O trator de esteiras D150B, por sua vez, destaca-se pelo sistema de transmissão hidrostática. “Trata-se do primeiro modelo hidrostático da marca, que proporciona maior durabilidade ao equipamento e uma operação simples em serviços de construção e mineração.”

Borba explica que o sistema permite o ajuste automático da potência e da velocidade de deslocamento às mudanças de direção e de carga na lâmina. “Isso possibilita que o operador explore o máximo do motor, obtendo maior eficiência com uma economia de cerca de 10% no consumo de combustível.” Entre outras características, o novo trator conta com motor adequado às normas internacionais de controle de emissões (Tier 3A), equipado com sistema de injeção eletrônica Common Rail. “Ele oferece uma potência máxima 12% maior com a mesma rotação do virabrequim e um aumento significativo do torque.”

Além dos pesos-pesados, a New Holland apresenta aos visitantes da M&T Expo sua linha compacta, atenta à demanda por equipamentos para serviços de apoio e obras urbanas ou em locais de difícil acesso. Ela é composta por três modelos de mincarregadeiras, uma miniescavadeira, escavadeiras da classe de 14 t e 17 t de peso e um manipulador telescópico. É só passar no estande para conferir.

LIEBHERR
NOVA CARREGADEIRA E SISTEMA DE CONTROLE DE GUINDASTES


A Liebherr comparece à M&T Expo 2009 com novidades em toda a sua família de equipamentos, desde as máquinas para movimentação de solos (escavadeiras e carregadeiras), até as linhas para concretagem (autobetoneiras) e movimentação de cargas (guindastes). O destaque fica para a pá carregadeira L538, demonstrada pela primeira vez no mercado brasileiro.

Dotada de sistema de transmissão hidrostático, a carregadeira executa as mudanças de velocidade sem escalonamento, por meio de dois motores de translação que dispensam o uso de caixa de câmbio. Desta forma, ela acelera até a velocidade máxima ou desacelara totalmente sem interrupção da força motriz e sem trancos, de acordo com informações do fabricante. Isso resulta em respostas mais rápidas e precisão na operação, o que se traduz em melhores ciclos de carregamento com economia no consumo de combustível e baixo índice de manutenção.

Outro lançamento previsto é a nova geração do sistema de controle de operação dos guindastes da marca, o Liccon 2 (Liebherr Computed Controller). De acordo com Rafael Silva, engenheiro de vendas da empresa, o sistema torna mais simples e fácil trabalhar com os guindastes automotivos da Liebherr, contando com um monitor pelo qual o operador pode ter acesso às informações sobre o serviço. “Além disso, com um simples toque na tela, ele pode selecionar as funções desejadas, como a direção do carro inferior, suspensão dos eixos e patolamento, entre outras ações”, diz o especialista.

O sistema vem equipado com unidade de controle BTT (Bluetooth Terminal), que confere maior segurança ao patolamento. “Ele oferece ao operador a possibilidade de prender ou soltar o gancho de carga no para-choque com um contato seguro, permitindo que o cabo e o cilindro de elevação da lança sejam controlados remotamente.” Com isso, o operador passa a ter visibilidade do serviço, pois na versão anterior, ele não conseguia ver o processo a partir da cabine, o que exigia a presença de outro profissional externamente para orientá-lo.

Com o novo sistema, o operador acompanha funções como o arranque e corte do motor, a sua rotação, além de acionar o nivelamento eletrônico e o patolamento automático. Ele também pode incorporar funções específicas para cada modelo de guindaste, como a montagem do jib e do contrapeso ou a extensão da lança telescópica, exibindo os dados no computador de bordo durante a translação.

Como opcional, o sistema pode ser oferecido com controle remoto para todas as operações do guindaste, por meio de um console dotado de joystick. Além dessas novidades, a Liebherr destaca em seu estande as escavadeiras R944C, R954C e R964C, bem como a pá carregadeira L580, a linha de autobetoneiras, o guindaste civil ECH 132 e os guindastes automotivos LTM1100-4.2 e LTM 1400-4.1. “São novas versões de equipamentos existentes no mercado e alguns deles incorporam inovações tecnológicas que vão surpreender positivamente os usuários”, promete Rafael Silva.

KOMATSU
MONITORAMENTO DAS MÁQUINAS EM TEMPO INTEGRAL

O sistema Komtrax, desenvolvido pela Komatsu para o monitoramento remoto da sua linha de equipamentos, figura entre as principais tecnologias divulgadas pela empresa em sua participação na M&T Expo 2009. Há algum tempo, o dispositivo já é disponibilizado como item de série nas máquinas da marca, que saem de fábrica com o sistema implantado para a coleta e transmissão dos seus sinais vitais. “Com isso, o usuário dispõe de um sistema de gerenciamento para todo o ciclo de vida e a aplicação dos equipamentos, obtendo ganhos de durabilidade para a frota”, diz Agnaldo Lopes, gerente de marketing da empresa.

Ele explica que o sistema gera informações sobre as condições de trabalho, o desempenho dos operadores e das máquinas, proporcionando maior produtividade nas operações, a correção de eventuais falhas na aplicação e menores custos de manutenção. Para isso, a rede de concessionárias Komatsu foi preparada para oferecer o serviço de gerenciamento remoto aos clientes, desde o acompanhamento em tempo integral dos equipamentos, até o acionamento das equipes de campo para solucionar qualquer problema detectado remotamente

Entre outras funcionalidades, o sistema incorpora recursos de localização, de delimitação geográfica (“cerca eletrônica”), leitura do horímetro, mapeamento da operação, nível de combustível e temperatura do líquido de arrefecimento. Ele também gera notificações relativas a ações preventivas, como trocas de óleo e filtro, além de fornecer dados sobre o consumo horário de combustível e a frequência de carga. Além disso, dispara sinais de alerta diante de anormalidades e produz relatórios mensais e anuais sobre o acompanhamento, que podem ser enviados para os gestores de frota via internet.

Lopes ressalta que a solução proporciona ao usuário um controle maior sobre a frota, em função das informações recebidas e do compartilhamento dos códigos de anormalidade com os distribuidores autorizados Komatsu. Com isso, na hipótese do surgimento de um problema em potencial, ele tem a segurança de que, dependendo da sua gravidade, o equipamento será desligado automaticamente até a chegada da equipe de manutenção do dealer. “O monitoramento remoto facilita a programação das paradas preventivas e contribui com as ações corretivas, antecipando a identificação de uma falha sem grandes conseqüências que poderia atingir proporções catastróficas”, diz ele.

Um exemplo de aplicação é o controle do tempo de marcha do veículo. Como o sistema permite monitorar esse parâmetro, que influi no consumo de combustível e no tempo de vida útil do equipamento, ele ajuda os usuários a otimizar a operação da frota. O acompanhamento em tempo real dos comandos realizados pelo operador, por sua vez, contribui com ganhos de produtividade.

 Ao fornecer informações sobre como o equipamento vem sendo utilizado, ele ajuda a aumentar a eficiência na aplicação e a desenvolver cursos de treinamento para o pessoal, diante de eventuais falhas ou imperícias na operação. “Como o Komtrax tem um aplicativo para a internet, ele funciona como uma ferramenta dedicada ao usuário, reunindo condições para ajudá-lo a recapitular e gerenciar, de maneira descomplicada, as informações coletadas pelo sistema de monitoramento”, diz o executivo. “Nem mesmo os pequenos equipamentos fogem da monitoração: a Komatsu australiana lançou, no começo de 2009, o serviço para miniescavadeiras”, ele finaliza.

Conhecida pela oferta de equipamentos de grande porte, aliás, a empresa também está avançando no segmento de máquinas menores. Nessa área, a fabricante disponibiliza no mercado brasileiro seis modelos de miniescavadeiras e quatro de minicarregadeiras. Outro destaque da marca é o trator de esteiras D51, fabricado no Brasil, que se diferencia pelo seu projeto inovador, proporcionando maior visibilidade da lâmina para o operador na cabine. Dotado de transmissão hidrostática, o D51 tem 14 t de peso operacional e capacidade para o arraste de 2,9 m³ a 3,8 m³ de material.

DOOSAN
DE OLHO NA LIDERANÇA EM ESCAVADEIRAS

Para consolidar sua participação no segmento de escavadeiras hidráulicas, um dos mais atrativos do mercado de equipamentos, a Doosan está atenta aos dois extremos desse nicho: o de máquinas compactas e os pesos-pesados. Um visitante observador encontra no estande da empresa desde um modelo de 50 t de peso, a S500, até a versátil S75, de 8 t. Essa última categoria de escavadeira, aliás, inexistente no Brasil até pouco tempo atrás, vem conquistando os usuários devido a sua flexibilidade em serviços urbanos e em locais com pouco espaço.

Segundo Seil Kwon, diretor da empresa no Brasil, outra linha que tem se destacado é a de escavadeiras de 34 t, equipada com caçamba de 20 m³, que encontra aplicação em construção pesada e mineração. “Tanto essa série como as demais em demonstração na M&T Expo 2009 devem apresentar um crescimento de vendas nos próximos meses”, ele avalia. A aposta da empresa inclui o tradicional modelo de 22 t e uma escavadeira de 5 t de peso, sobre rodas, que ela apresenta como uma alternativa para a substituição de retroescavadeiras em determinados serviços.

Apesar de não revelar números, Seil Kwon afirma que a fabricante vem crescendo cerca de 200% ao ano no Brasil nos últimos três anos. “Nos outros países da América Latina, o crescimento médio anual é de 50%.” Na sua avaliação, esse ritmo de expansão se deve ao fato de que havia uma demanda reprimida pelos equipamentos da marca no Brasil, já que nos demais países latino-americanos ela esta presente há muitos anos. “Nossos esforços nesse mercado estão valendo a pena, pois o Brasil já representa 30% do total de vendas na América Latina”.

Pelas suas projeções, a Doosan ocupa o quinto lugar nas vendas de escavadeiras no País. “Mas a nossa intenção é chegar ao terceiro lugar, atrás apenas da Caterpillar e da Komatsu, e, para isso, estamos preparando promoções e oferecendo condições de financiamentos muito atrativas”, afirma o executivo. A estratégia inclui o aumento do quadro técnico da fabricante no Brasil, para assistência técnica aos usuários e o treinamento de operadores. “O objetivo é aumentar ainda mais a satisfação dos clientes, que já nos dão um feedback interessante quando o assunto é a qualidade dos equipamentos.”

Após incorporar a linha de minicarregadeiras da Bobcat, com a aquisição da empresa, a Doosan anunciou outro negócio que deve reforçar a sua linha: a aquisição da norueguesa Moxy, tradicional fabricante de caminhões articulados. “Juntamente com a Volvo, ela foi a primeira a fabricar esse tipo de equipamento e vamos aproveitar essa expertise também aqui no Brasil, onde queremos alcançar a terceira posição na venda de equipamentos pesados para construção civil e mineração nos próximos anos”, afirma Seil Kwon.

Com essa aquisição, ele acredita que a Doosan passa a oferecer aos clientes uma linha completa de equipamentos, incluindo desde escavadeiras e pás carregadeiras, até equipamentos para concreto, manipuladores telescópicos, caminhões articulados, torres de iluminação e implementos como caçamba e rompedor hidráulico, entre outros.

BMC
NOVIDADES NAS LINHAS DA HYUNDAI E XCMG


O segmento de obras rodoviárias é o foco da BMC (Brasil Máquinas de Construção) com os lançamentos programados para a linha de equipamentos da XCMG. Durante a M&T Expo 2009, a distribuidora está apresentando ao mercado brasileiro novos modelos da fabricante chinesa: uma pavimentadora de asfalto, uma fresadora, um rolo compactador de pneus e um rolo de menor porte, para serviços de acabamento. Outro destaque da empresa é o lançamento do trator de esteiras SD13, também da marca XCMG, com 14,5 t de peso operacional.

A BMC começou a distribuir os equipamentos da marca ao trazer para o Brasil a sua linha de motoniveladoras e os rolos compactadores de um cilindro XS120, de 12 t de peso e 130 hp de potência. Agora, ela amplia o leque de ofertas ao mercado com o foco nos investimentos previstos na área de transportes pelos governos federal e de diversos estados brasileiros. “Acreditamos que as obras rodoviárias trarão muitas oportunidades ao setor de equipamentos no segundo semestre deste ano”, diz Paulo Oliveira, diretor comercial e de marketing da BMC.

Na sua avaliação, o pior momento da crise econômica já passou e o mercado tende a se normalizar a partir dos próximos meses. “O problema ainda é a questão do crédito, pois os bancos estão muito restritivos na aprovação de novos financiamentos”. Como prova do otimismo em relação à retomada econômica, Oliveira ressalta a participação da empresa na M&T Expo 2009, onde conta com quatro estandes, cada um dedicado a uma das marcas que a empresa representa: a coreana Hyundai e as chinesas XCMG, Shantui e Zoomlion.

O maior deles é o da Hyundai, que lidera o volume de negócios da distribuidora. Nesse espaço, a BMC apresenta aos visitantes as linhas de escavadeiras hidráulicas e de pás carregadeiras da fabricante coreana, mas o destaque é a miniescavadeira sobre rodas R55W-7, com 5.450 kg de peso operacional. Equipada com motor de 57 hp, ela proporciona rapidez e eficiência em obras urbanas ou em áreas com movimento intenso.

Isso porque a R55W-7 é compacta e entra em qualquer espaço, pois sua lança permite posicionamento lateral de até 130º e a máquina trabalha em terrenos com inclinação de até 35º (70%), proporcionando estabilidade à operação. Ela tem capacidade para a elevação frontal de até 2.680 kg, atingindo 6.070 mm de altura máxima de corte e 3.500 mm de profundidade de escavação. Entre outras características, o equipamento conta ainda com tração nas quatro rodas e engrenagens de dentes helicoidais, que fornecem duas velocidades de deslocamento, para a frente e para ré.

Na linha da Zoomlion, o enfoque da BMC é voltado aos equipamentos para lançamento de concreto, com a distribuição de bombas estacionárias, autobombas e bombas-lança. Paulo Oliveira diz que, apesar de serem importados da China, os equipamentos contam com componentes de padrão mundial em termos de motorização, sistema hidráulico e outras peças. Como esses componentes são disponíveis no mercado brasileiro, ele ressalta que as bombas apresentam baixo custo de manutenção.

CIBER
Usina de asfalto reduz custos e prazo de mobilização

Uma usina de asfalto compacta, com as mesmas tecnologias que garantem a qualidade de dosagem dos modelos maiores, mas que opera em espaços reduzidos e exige menos infraestrutura na sua instalação. Essa é a proposta da Ciber com o lançamento da Kompakt 500, que a empresa está apresentando ao mercado na M&T Expo 2009. “A vantagem é que ela reduz custos e prazos de mobilização”, afirma Walter Rauen, presidente da empresa.

Com capacidade para a produção de 500 t/h de massa asfáltica, a Kompakt é uma evolução das usinas de asfalto contrafluxo (UACF) de linha Advanced, que conta com cerca de duas centenas de unidades em operação no Brasil e no exterior. Segundo Rauen, ela foi desenvolvida com o foco nos mercados da África e dos países da América Latina, mas, como tem um preço inferior ao do menor modelo da família Advanced, também representa uma opção para locadoras e prefeituras brasileiras. “Ela viabiliza obras de pavimentação urbana em grande escala, uma área na qual o País tem muitas carências”, ele pondera.

Além dos seus equipamentos, a Ciber expõe na feira as linhas de máquinas para obras rodoviárias do grupo alemão Wirtgen, do qual faz parte, incluindo os rolos compactadores Hamm, as vibroacabadoras Vögele e as fresadoras e estabilizadoras de solos Wirtgen, entre outras. A empresa também aproveita para divulgar o suporte de pós-venda oferecido pelos departamentos de service e engenharia de aplicação. Nessa área, ela possui uma rede de representantes do Brasil e demais países da América Latina, para atendimento aos clientes com serviços e o fornecimento de peças originais.

Quem visita o estande da fabricante pode conferir pessoalmente a pavimentadora de concreto Wirtgen SP150, que é apresentada pela primeira vez no mercado latino-americano. A empresa também expõe a usina de asfalto UACF 17P, da linha Advanced, que, segundo ela, proporciona alta precisão às misturas asfálticas devido ao seu sistema de dosagem individual dos agregados e do ligante. Outro destaque é a vibroacabadora AF5000 Plus, dotada de sistemas de controle e operação automáticos, que executa até 450 t/h de pavimentos entre 2 cm e 30 cm de espessura, com larguras na faixa de 1,9 m a 5,3 m.

Também marca presença em seu estande a estabilizadora WR 2000 XL, que possui um sistema de espuma de asfalto e opera a frio na estabilização de solos e reciclagem de pavimentos. O equipamento trabalha numa faixa de largura de 2 m, alcançando 50 cm de profundidade nas reciclagens. Completando a linha, há ainda a pavimentadora compacta sobre esteiras Super 1300-2, cujas dimensões reduzidas possibilitam o seu uso em pavimentações urbanas ou locais com o espaço reduzido.

Walter Rauen ressalta os esforços da empresa no desenvolvimento de máquinas que atendem as exigências da sociedade por menor impacto ambiental, como a redução no consumo de combustível pela maior eficiência operacional, o aproveitamento de pneus descartados para a produção de asfalto borracha e a reciclagem de pavimentos danificados na restauração da pista. “Elas são projetadas para que as obras de infraestrutura rodoviária sejam realizadas com eficiência e sustentabilidade”, conclui o executivo.

SANY
CHINESES CHEGAM PARA DISPUTAR O MERCADO


Atuando no mercado brasileiro desde 2006, com o foco voltado para equipamentos pesados, como caminhões fora-de-estrada, pavimentadoras de asfalto e tratores para mineração, a chinesa Sany Heavy Industry expõe na M&T Expo 2009 seus principais produtos dos segmentos de movimentação de solos e de concreto. “Trouxemos escavadeiras hidráulicas, rolos compactadores e motoniveladoras, pois acreditamos que essas linhas de equipamentos podem se tornar nossos principias produtos nesse mercado”, afirma Jiang Yong, gerente geral da divisão para América do Sul.

Yong está confiante que os produtos da marca vão surpreender positivamente os usuários latino-americanos e conquistar seu espaço no mercado. “Acreditamos que nossa bomba de concreto trailer vai atrair os olhares dos visitantes, assim como a empilhadeira portuária e nossa linha de guindastes”, ele afirma. O destaque fica por conta da escavadeira de 21 t de peso operacional que, segundo o executivo, chega mais adaptada às necessidades do mercado. Os visitantes da feira podem conferir também o guindaste hidráulico de 250 t.

Com subsidiária instalada no Brasil, a expectativa da empresa é das mais otimistas. Para Yong, a M&T Expo 2009 representa uma oportunidade de apresentar seus produtos a potenciais clientes e representantes, gerando parcerias e negócios na América Latina. “Essa região sempre foi prioritária em nosso foco, especialmente agora que a economia apresenta sinais de melhora. Por esse motivo, a M&T Expo ocorre num momento perfeito”, ele conclui.

WACKER
EMPRESA APOSTA NOS EQUIPAMENTOS COMPACTOS


Se a expansão da economia nos últimos anos impulsionou a construção civil e a demanda de equipamentos para canteiros de obras, no atual cenário econômico o que deve ditar os negócios no setor é a oferta de tecnologias que proporcionem ganhos de eficiência, de produtividade e rentabilidade às obras. Seguindo esse raciocínio, a Wacker Neuson traz para a M&T Expo 2009 seus lançamentos na linha de máquinas de pequeno porte, como uma miniescavadeira de 3,5 t de peso operacional e uma carregadeira de rodas de 3 t.

“Acreditamos no aumento da participação dos equipamentos leves e compactos no mercado brasileiro de construção civil”, afirma Roberto Martinez, executivo da empresa. Motivos não faltam para essa aposta, já que eles realizam serviços antes executados por máquinas de maior porte, possibilitando maior eficiência ao serviço e redução de custo em termos de consumo de combustível, manutenção mais simples e apropriação de capital. Isso sem contar que os equipamentos compactos produzem menor impacto ao executar obras urbanas ou em ambientes com tráfego intenso, além de possibilitarem acesso a locais com pouco espaço e realizarem várias tarefas diferentes numa obra, com a rápida troca de acessórios.

Por esse motivo, a Wacker espera que sua participação na M&T Expo contribua para o fechamento de cerca de 10% dos negócios previstos pela empresa em 2009. “Essa expectativa se baseia na ampla presença de clientes do setor de construção, que visitam o evento com o objetivo de buscar soluções para suas necessidades”, conclui Martinez.

MERCEDES-BENZ
Caminhão 8x4 para aplicações severas no canteiro

A principal atração no estande da Mercedes-Benz é o caminhão Actros 4844, com tração 8x4, indicado para aplicações de transporte com caçamba basculante. “O veículo chegou ao mercado brasileiro de mineração no ano passado e ganhou o rápido reconhecimento dos usuários pela sua força, robustez, resistência e tecnologia avançada. Por esse motivo, agora apresentamos a nova geração desse modelo, que também encontra aplicação no setor de construção civil”, afirma Eustáquio Sirolli gerente de marketing de produto da montadora.

O novo Actros chega ao Brasil embalado pelo reconhecimento internacional. No último Salão Internacional de Veículos Comerciais – IAA de Hanover, na Alemanha, ele foi eleito “O Caminhão do Ano de 2009”. Esse título resultou da votação de jornalistas especializados do setor de transporte de 21 países da Europa, que reconheceram os avanços que o veículo apresenta em termos de economia, compatibilidade ambiental, segurança e conforto para o motorista.

O Actros 4844 8x4 é equipado com motor eletrônico OM 501 LA, de 435 cv de potência (a 1.800 rpm), que atinge um torque de 214 mkgf (a 1.080 rpm). De acordo com Sirolli, “esse motor propicia ótimo desempenho com economia no consumo de combustível.” Além disso, ele destaca que o veículo oferece velocidades operacionais mais elevadas e maior capacidade de subida sob severas condições em canteiros de obras e mineradoras. O Actros 4844 tem 48 t de peso bruto total (PBT) e atinge 123 t de capacidade máxima de tração (CMT).

Entre as inovações presentes nos modelos pesados em geral, Sirolli cita a possibilidade de monitoramento remoto da operação, por meio de eletrônica embarcada e da transmissão dos dados por rede de telefonia celular ou GPS, o que permite acompanhar parâmetros como a temperatura, pressão e rotação do motor, entre outros. “A telemática ajuda a reduzir o consumo de combustível em até 5% e aumenta a produtividade, além de contribuir com a manutenção preditiva e emitir diagnósticos de falha, o que facilita as ações corretivas.”

Ele aponta ainda, como uma tendência nos caminhões de grande porte para construção e mineração, o uso de freio auxiliar hidráulico e de sistema de câmbio que elimina a necessidade de embreagem e facilita o trabalho do motorista. “Além disso, os modelos pesados incorporam freios controlados eletronicamente, nos quais a atuação pneumática ocorre somente nas rodas, o que reduz o desgaste de seus componentes.”

Em seu estande, a Mercedes-Benz também apresenta o caminhão pesado Axor 4144 6x4 basculante, igualmente usado em frentes de lavra e canteiros de obras. “Ele assegura ótimos resultados nas operações em mineradoras e tem excelente reputação junto às grandes empreiteiras de obras de infraestrutura do País”, afirma Sirolli. O visitante pode conferir ainda o modelo 2726 6x4 em versão com betoneira. O veículo tem 26,5 t de PBT e atinge 45,1 t de CMT. “Isso permite que os usuários dinamizem a logística de entrega de concreto, elevando a sua produtividade e rentabilidade operacional.”

LIUGONG
FABRICANTE LANÇA RETROESCAVADEIRA COM SORTEIO PARA OS CLIENTES

Os visitantes da M&T Expo 2009 podem se preparar para participar de uma promoção atrativa para os seus negócios no estande da chinesa Liu-Gong. Como parte da estratégia de lançamento da retroescavadeira 766 no mercado brasileiro, a empresa programou o sorteio de duas unidades do equipamento para que os clientes possam testar e comprovar a sua eficiência pelo prazo de três meses. “Além de divulgar nossa tecnologia, essa ação também é uma contribuição para o mercado brasileiro, que consideramos importante para os planos de internacionalização da companhia”, afirma Jim Donoghue, presidente da divisão da América Latina.

Equipada com caçamba de 0,21 m³ como implemento da retro e com caçamba de 1 m³ na carregadeira, a máquina foi desenvolvida sob medida para os mercados da América Latina e do Norte, segundo informações da empresa. Por isso, ela vem com motor Deutz de 71 kW de potência e seu sistema de transmissão é fornecido pela Carraro, incluindo eixos e conversor de torque. “Essa, aliás, é uma característica das nossas linhas, cujos componentes são de marcas de classe mundial, como Cummins, Yanmar, Kawasaki, ZF e Parker, entre outras”, diz Donoghue.

Dessa forma, o executivo ressalta que os equipamentos da empresa se caracterizam pelo baixo custo de manutenção, apesar da sua elevada tecnologia. Isso se deve não apenas à concepção de projeto simples das máquinas, mas também porque seus componentes estão disponíveis nos mercados onde a LiuGong atua. Nessa área, Donoghue ressalta que a pareceria com as distribuidoras Soma e BH Máquinas possibilitou a criação de uma rede com 10 pontos de vendas e de assistências aos clientes com peças e serviços. “Além disso, trouxemos técnicos da fábrica para apoio aos distribuidores e estamos planejando a abertura de um depósito de peças no País.”

Donoghue diz que todos os equipamentos expostos no estande da Liu- Gong estão disponíveis para venda no Brasil. Para uma marca tradicionalmente conhecida pelas suas pás carregadeiras, segmento no qual já conta com algumas centenas de unidades vendidas desde a chegada ao País, em 2007, a empresa se prepara para um salto ainda maior. Além da retroescavadeira, ela apresenta ao mercado as minicarregadeiras 365A e 375, que chegam para competir num dos segmentos com maior potencial de expansão, o de máquinas compactas para obras urbanas e serviços de apoio.

A fabricante chinesa também demonstra interesse pelos segmentos de motoniveladoras e rolos compactadores, atenta às oportunidades geradas pelos investimentos previstos em obras rodoviárias. “Na linha de motoniveladoras, oferecemos quatro modelos e na área de compactação temos uma família completa para solos e asfalto.” O executivo ressalta ainda a atratividade do mercado de escavadeiras, onde a empresa deve direcionar seu foco para as faixas de 21 t a 25 t de peso operacional.

No tradicional segmento de carregadeiras de rodas, sua oferta abrange modelos com até 5 t, mas a linha da empresa é maior a chega a modelos com até 10 t de peso. Como exemplo da importância do mercado brasileiro para os negócios globais da empresa, Jim Donoghue ressalta a presença do executivo Zeng Guang’na, presidente mundial da LiuGong, no estande da empresa na M&T Expo. “Nossos planos para esse mercado são de longo prazo”, ele conclui.

HAULOTTE
DAS BIG BOOMS ÀS PLATAFORMAS COMPACTAS NORTE-AMERICANAS

“Desde que chegamos ao Brasil, cerca de sete anos atrás, nosso crescimento no País tem sido vertiginoso e ele já representa o principal mercado para a companhia na América Latina.” Com essas palavras, Carlos Hernández, diretor da Haulotte para a América Latina, justifica porque a empresa comparece à M&T Expo 2009 com força total, apresentando toda a sua linha de equipamentos para elevação de pessoas e de cargas. Na linha das plataformas aéreas de trabalho para grandes alturas, as denominadas big booms, a fabricante apresenta o modelo articulado HA41PX, que atinge 41 m. “Também trouxemos a HA260PX, uma plataforma muito usada no País, com capacidade para até 26 m de altura de trabalho”, afirma Cássio Cosentino, gerente comercial da Haulotte no Brasil.

O destaque, entretanto, fica para o modelo H28TJ+, recém lançado pela empresa, dotado de extensão de pêndulo de 6 m. Com isso, ela permite elevar o funcionário a locais de difícil acesso, onde outras plataformas não chegariam. “Procuramos mostrar em nosso estande o maior número possível de novidades, apresentando tudo o que podemos oferecer para construção civil, serviços de instalação, pintura e manutenção predial, entre outras atividades”, diz Cosentino.

Outra novidade da empresa na área de plataformas aéreas são os modelos incorporados a sua linha com a aquisição da fabricante norte-americana BilJax, ocorrida em 2008. O resultado já pode ser observado no estande da Haulotte com os modelos de plataformas autopropelidas compactas e de rápida mobilização da marca, para alturas de trabalho de 13 m a 16 m. “Os equipamentos da BilJax são conhecidos pela versatilidade nos deslocamentos e pelas possibilidades que oferecem aos usuários na hora de realizar trabalhos em terrenos com solos de baixa resistência”, afirma Cosentino.

Carlos Hernández ressalta que, além das plataformas aéreas, a linha incorporada com a aquisição da empresa é ampla, envolvendo ainda andaimes e outros produtos. Diferentemente do mercado de plataformas elevatórias, onde a demanda sofreu forte crescimento em função das mudanças na Norma Regulamentadora número 18 (NR-18), que estabelece diretrizes para a segurança do trabalho em canteiros de obras, o segmento de manipuladores telescópicos ainda se encontra em estágio inicial de consolidação, segundo avaliações de Cosentino. “Mesmo assim, o ritmo dos negócios nesse mercado superou nossas expectativas”, diz ele.

Nessa área, a empresa oferece ao mercado brasileiro dois modelos de equipamentos, que atingem capacidade de carga de até 4 t e alturas máximas de elevação de 14 m e 17m. O enfoque dessa linha é voltado para as empresas de locação, mas, como os equipamentos são muito versáteis e assumem várias funções com a rápida troca do implemento (caçamba, garfo e outros), também encontram aplicação em construção civil, obras prediais, industriais etc.

FORD
DEMANDA DA CONSTRUÇÃO IMPULSIONA AS VENDAS DA MONTADORA

O modelo Cargo 2628e 6x4 exposto no estande da Ford Caminhões, na versão com caçamba basculante, é um exemplo do que a montadora pode oferecer para a maior produtividade e redução de custos no setor de construção. Equipado com motor eletrônico de 275 cv e com peso bruto (PBT) de 26,2 t, ele também é indicado para uso como autobetoneira e, de acordo com Pedro Aquino, gerente de marketing da empresa, responde por 16,9% do total de caminhões 6x4 vendidos no Brasil. “Trata-se do nosso principal modelo”, ele afirma.

Segundo Aquino, em 2008 a Ford ocupou a vice-liderança no segmento de veículos pesados, com PBT até 31 t, comercializando 3.080 unidades, o equivalente a 31,9% das unidades emplacados nessa categoria. Essa participação é relevante para os negócios da montadora, já que o segmento foi o que mais cresceu no mercado, com um índice de 54,1%. “O setor de construção foi o maior responsável por esse comportamento e, apesar da sua demanda ter caído 10,8% em 2009, isso ainda representa uma expansão de 68% em relação a 2007”, diz o executivo.

Por esse motivo, ele considera o setor de construção pesada importante para as operações da Ford Caminhões e a participação na M&T Expo é encarada como uma oportunidade de estreitar ainda mais o relacionamento com clientes desse mercado. “A construção civil é um setor chave para a recuperação da economia e o governo já sinalizou com investimentos nessa área e incentivo a novos projetos, o que nos proporciona chances de bons negócios.”

Em sua estratégia de participação na feira, Aquino diz que a Ford incentivou toda a rede de distribuidoras a convidar os clientes para uma visita ao seu estande. Além do modelo Cargo 2628e 6x4, a montadora expõe em seu estande o caminhão Cargo 6332e, também implementado com caçamba basculante. Equipado com motor de 320 cv, ele tem um PBT de 30,5 t e é indicado para aplicações ainda mais pesadas de transporte de materiais em canteiros de obras. Outro destaque é o modelo Cargo 4532e, também com 320 cv de potência, equipado com semirreboque de três eixos.

A instalação do centro de modificações da montadora, denominado de Mod Center, para a customização dos veículos de acordo com a necessidade de cada cliente, também contribui para o crescimento dos negócios no segmento de caminhões pesados. Segundo Aquino, essa unidade realiza a instalação de protetor do radiador em todos os modelos 6x4 fornecidos para aplicação fora-de-estrada. “Além disso, oferecemos opções como a instalação de tomada de força, de kit para acionamento remoto e climatizador de ar”, diz ele.

O Mod Center fica instalado dentro da fábrica da Ford Caminhões, em São Bernardo do Campo (SP), e tem capacidade para realizar modificações em 300 unidades por mês. “A demanda por essas customizações é alta, pois o cliente se sente mais seguro em adquirir um caminhão cujas modificações foram realizadas dentro da fábrica, com a homologação da montadora”, ele pondera. A unidade é operada pela Randon Implementos e ocupa uma área de 6.240 m².

DYNAPAC
ALTO IMPACTO NA COMPACTAÇÃO A 21 KM/H

Um rolo compactador tipo tamping de 21 t de peso operacional, indicado para aplicação em solos coesivos e semicoesivos, figura entre os principais lançamentos apresentados pela Dynapac para o mercado brasileiro. Trata-se do modelo CT300 que, segundo a empresa, atinge uma velocidade de operação de até 21 km/h, proporcionando alta produtividade em serviços pesados de compactação.

Tal desempenho se deve ao seu sistema de transmissão automática de quatro velocidades, além de o equipamento contar com freio de serviço embutido no diferencial. Entre outras características, ele é equipado com motor eletrônico de 260 hp de potência, da Cummins, que atende as normas internacionais de controle de emissões (Tier 3). O gerente regional de vendas Luiz Lemos explica que, diante do atual cenário de instabilidade econômica global, o mercado brasileiro vem figurando entre os mais representativos para a Dynapac em âmbito mundial. “Com exceção da Rússia, aliás, em todos os países do bloco denominado de BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) temos registrado um desempenho relativamente superior ao dos mercados tradicionalmente mais representativos, como os Estado Unidos e Europa”, diz ele.

No ano fiscal de 2008, a empresa contabilizou um crescimento de cerca de 30% nas vendas, totalizando aproximadamente 600 novas unidades entregues no Brasil. Lemos acredita que o País tende a continuar desempenhando um papel importante nas operações globais da companhia, motivo pelo qual não mede esforços em sua participação na M&T Expo 2009. “Programamos o maior número de lançamentos já realizado pela empresa em um evento dessa natureza”, ele afirma.

Além do compactador de alto impacto e elevada velocidade, a fabricante pretende surpreender os visitantes em seu estande com a nova linha de compactadores tandem. Lemos explica que os rolos operam em alta frequência e são indicados para aplicações em compactação de asfalto e de solos granulares. “Os modelos se situam na faixa de 7 t a 13 t e sua principal característica é o design inovador, que premia a funcionalidade, a segurança e conforto do operador.”

Recentemente, a empresa lançou os modelos de rolos tandem vibratórios CC224HF e CC324HF, indicados para compactação de asfalto, que têm 7,7 t e 8,5 t de peso operacional, respectivamente. Eles vieram completar a linha de compactadores de dois cilindros da marca e, de acordo com a Dynapac, “foram projetados para oferecer alta qualidade de acabamento superficial”. Entre outras características, por exemplo, são equipados com um dispositivo de controle de partida e que confere maior suavidade às paradas, o que evita a formação de ondas e trincas nas camadas de asfalto.

O executivo afirma que a empresa planejou algumas ações que devem surpreender os clientes durante a feira, mas não revela detalhes sobre o assunto. Segundo ele, a M&T Expo 2009 faz parte de uma série de eventos programados pela empresa ao longo deste ano. “Provavelmente, nossa participação na feira é o ponto mais importante dessa programação”, finaliza Lemos.

MANITOWOC
GUINDASTE AMERICANO SOBRE CAMINHÃO BRASILEIRO


Atenta à demanda dos usuários por tecnologias que agreguem ganhos de eficiência e de segurança às operações com guindastes, a Manitowoc está lançando na M&T Expo 2009 o sistema de monitoramento remoto CraneSTAR, que agora está disponível para os clientes da América do Sul. “Com esse sistema, inauguramos uma nova era na gestão de guindastes”, afirma Kyle Nape, vicepresidente e gerente geral da empresa na América Latina.

Segundo ele, com o CraneSTAR, cada guindaste da empresa é equipado com um computador de bordo que monitora suas principais funções operacionais por meio de sistema CANbus ou RS232. “Ele é capaz de transmitir essas informações de forma segura para o gestor da frota ou proprietário do equipamento, por meio da rede de telefonia celular GSM ou via satélite, permitindo o acesso aos dados pela web”, explica Nape.

O sistema é amplamente utilizado por máquinas de movimentação de solos e frotas de caminhões, mas ainda é uma novidade em guindastes. Nesse segmento, aliás, sua implantação contribui para a maior segurança da operação, na medida em que monitora não apenas os parâmetros funcionais da máquina, como a temperatura e rotação do motor, mas também a carga que está sendo içada e o cumprimento ao plano de rigger pré-estabelecido.

Além dos equipamentos da linha Grove, disponíveis em modelos sobre esteiras e versões com lança telescópica, a Manitowoc comercializa no mercado os guindastes de torre da família Potain e os guindastes sobre chassi de caminhão (tipo TC – truck crane) da marca National Crane, introduzidos no Brasil em 2007. Esses modelos, aliás, ganham destaque no estande da empresa com duas unidades em exposição.

Um deles é o 1400A, montado sobre caminhão Ford, com capacidade máxima de 29,9 t de carga. “Ele tem quatro ou cinco seções de lança com extensão máxima de 38,7 m e alcance de até 52,1 m, além de contar com sistema hidráulico com controles de válvulas com compensador de pressão e sensor de carregamento variável, o que proporciona operações mais suaves e baixo custo de manutenção.”

O outro destaque da empresa na linha National Crane é o modelo 1800, montado sobre chassi de caminhão Scania.“Trata-se do maior guindaste montado sobre caminhão em nossa linha de produtos, com capacidade máxima de 36,3 t de carga”, enfatiza Nape. Ele explica que o equipamento conta ainda com patolas em formato “H”, proporcionando elevada estabilidade em aplicações que exigem maior extensão de lança, com 43,3 m e alcance máximo de 53,6 m. Os dois modelos da família são importados e montados sobre caminhões brasileiros no centro de serviços e reparos da fabricante, localizado em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Na família de guindastes de torre da marca Potain, a Manitowoc apresenta aos visitantes da M&T Expo 2009 os modelo IGO 36 (autolevantamento) e Mci 85A. “O primeiro tem capacidade para 4 t e trabalha em um raio de até 32 m, com largura máxima do gancho de 31 pés. O modelo Mci 85A, por sua vez, atinge uma capacidade máxima de 5 t e pode trabalhar em um raio de 16,4 m”, finaliza Nape.

METSO
SOLUÇÕES COMPLETAS PARA O PROCESSAMENTO DE MINÉRIOS E BRITA


Líder em tecnologia para britagem, classificação e beneficiamento de minérios e rochas, a Metso Minerals expõe em seu estande na M&T Expo 2009 todas as soluções desenvolvidas para os mercados de mineração, de produção de agregados e construção civil. O destaque fica para esse último setor da economia, onde a demanda por britadores móveis vem sendo impulsionada pela confiabilidade e baixo custo de mobilização desses equipamentos, conforme explica Dionísio Covolo, vice-presidente da linha de negócios de construção da empresa para a América do Sul.

Na mineração, ele ressalta que o conjunto móvel de britagem Lokotrack/ Lokolink viabiliza o conceito de britagem in pit, eliminando o uso de caminhões e, por consequência, reduzindo os custos de transporte na mina. Equipado com motor a diesel (ou elétrico como opcional), o britador móvel Lokotack se desloca sobre esteiras e realiza a britagem primária.

Com a incorporação do sistema de correias transportadoras Lokolink, ele pode agregar também as demais etapas de rebritagem, realizando todo o processo de redução granulométrica no local do desmonte com flexibilidade para atender qualquer necessidade de layout. “Ele opera a uma velocidade de até 2,1 km e, além de ser fácil de manobrar, vence rampas de 20% de inclinação e não requer a preparação do terreno”, diz Covolo.

Outro destaque da fabricante são as telas Trellex, fabricadas em borracha e poliuretano, que oferecem maior produtividade e confiabilidade à classificação de minérios e agregados, segundo o executivo. Indicadas para aplicação no processamento de materiais que geram impacto e agridem os componente da peneira, elas proporcionam maior disponibilidade aos equipamentos com a redução de custos operacionais e de manutenção.

Já o sistema SmartSpeed foi desenvolvido para atender aos mercados de mineração e produção de agregados, Ele permite o controle on-line do tempo de residência do material sobre a superfície de peneiramento, realizando o controle instantâneo do orbital de movimento da peneira. Na linha de materiais de desgaste, o Trellex Poly-Cer é apresentado como um revestimento que combina as propriedades de resistência à abrasão da cerâmica com a absorção de impacto da borracha. De acordo com Covolo, o Poly-Cer é um desenvolvimento customizado de revestimentos em borracha com insertos cerâmicos, para aplicação em áreas de desgaste crítico, como chutes, silos, moegas e caçambas.

Outro desenvolvimento recente da Metso presente em seu estande são os roletes ESI (Energy Saving Idlers), desenvolvidos para proporcionar redução de custos em operações com transportadores de correias de longa distância. “Eles podem ser montados em instalações novas ou já existentes, substituindo o rolo central com um encaixe perfeito e permitindo que sua montagem seja feita gradativamente, gerando benefícios imediatos ao usuário”, afirma Covolo.

Com alta capacidade de carga e de regeneração, esse modelo de rolete possibilita a redução de distância entre os vãos livres de correia, assim como a carga aplicada por rolo e a pressão de contato com a correia. Pelos cálculos da fabricante, isso se traduz em menor consumo de energia na operação do transportador e no aumento da vida útil de seus componentes, o que representa diminuição nos custos com substituição de roletes e com manutenção. “Tudo isso faz dos roletes ESI a melhor escolha para a otimização do desempenho de transportadores de correia.”

A empresa produz uma linha completa de equipamentos e soluções para britagem e rebritagem, enfocando na feira os benefícios proporcionados pela nova geração de britadores cônicos HP (HP4 e HP5). Desenvolvidos para oferecer alto rendimento em britagem fina, eles se caracterizam pela elevada capacidade de redução granulométrica em operações contínuas e pela baixa taxa de carga circulante. De acordo com a empresa, isso resulta em menor custo de operação, também em função de sua alta excentricidade e potência instalada quando comparados aos demais britadores.

SCANIA
ÊNFASE NO SUPORTE À MANUTENÇÃO DOS VEÍCULOS


A Scania marca sua participação na M&T Expo 2009 com o tema “GPS”, mas o mote escolhido não se refere ao sistema de posicionamento global (GPS, das iniciais em inglês), que ele oferece como uma opção para o monitoramento remoto via satélite de seus caminhões. A sigla, na verdade, reúne as iniciais de “Gente, Produtos e Serviços”, um conceito com o qual a montadora pretende firmar sua marca no segmento fora-de-estrada. “Ela traduz a nossa proposta de oferecer soluções completas para o negócio dos clientes por meio da integração desses três elementos”, explica Eronildo Barros, gerente executivo de vendas de caminhões da empresa.

Ao incluir o termo “gente” em seu tema, a montadora quer enfatizar a capacidade da área de engenharia de desenvolver tecnologias adequadas às demandas dos usuários por serviços de transporte sob severas condições de operação em canteiros de obras e mineradoras. A palavra “produto” traduz o resultado desse esforço e o termo “serviço” representa o suporte de pós-vendas oferecido pela empresa.

Nessa área, aliás, a Scania se destaca não apenas por vender caminhões, mas por oferecer uma modalidade de contrato no qual o produto é a garantia de disponibilidade dos veículos. Para isso, a empresa assume toda a responsabilidade pelas manutenções preventivas e corretivas dos caminhões, montando estoque de peças e oficinas mecânicas na operação do próprio cliente. Ela instala todo o ferramental necessário e disponibiliza profissionais para as intervenções rotineiras, como reparos em embreagem, trocas de pneus e de lâmpadas, apoiando-se na rede de concessionárias para os serviços mais complexos de manutenção de motor e transmissão, entre outros. Com essa modalidade de contrato, a Scania já atende grandes obras de infraestrutura e mineradoras como a Vale.

Na área de “produtos”, o destaque da montadora na M&T Expo 2009 é o caminhão G420 6x6, apresentado como uma solução para terrenos que oferecem dificuldade de tráfego para os caminhões convencionais. “Ele se destina a serviços que necessitam de tração total, seja para operações com veículos de apoio e com comboios de lubrificação, ou até mesmo para o transporte de minério e de solos em grandes obras de infra-estrutura”, explica Barros. Isso porque, além de contar com motor de 420 cv de potência, o modelo possui tração nos três eixos.

Pioneira na introdução dos caminhões com tração 8x4 no Brasil, a empresa também expõe em seu estande o modelo P420 8x4, tradicionalmente usado com caçamba basculante para o transporte de materiais em mineradoras e canteiros de obras. “Trata-se de um veículo já consagrado em operações severas, pois além da sua robustez, conta com itens que proporcionam maior produtividade e redução nos custos de manutenção”, diz o executivo.

Nessa categoria ele inclui o freio hidráulico auxiliar (Retarder), útil nas descidas de rampa com o caminhão carregado, e o sistema de troca automatizada de marchas Opticruise, que facilita o trabalho do motorista. “Outro ponto que merece destaque é a interação entre o motorista e o veículo por meio do computador de bordo, que permite uma tomada de ação rápida diante de um problema, evitando o desgaste prematuro dos componentes.”

Como exemplo, Barros cita o sistema de proteção da embreagem, programado para proibir o aumento de rotação do motor enquanto o motorista estiver com o pedal acionado. A montadora também expõe na M&T Expo os modelos P420 e P360, ambos em versão 6x4. Eles também são indicados para aplicação com caçamba basculante e, no caso do último modelo, podem ser usados ainda com betoneira.

Segundo Barros, a empresa encerrou 2008 com a comercialização de 8.010 unidades, o que representa uma participação de 20,3% em relação ao total de 39.490 veículos pesados vendidos no Brasil. “O setor de construção é muito representativo nesse segmento de caminhões e nossa expectativa em relação a esse mercado são as melhores possíveis diante dos investimentos previstos pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Federal”, conclui o executivo.

MILLS
OPORTUNIDADES NO MERCADO DE LOCAÇÃO


Parafraseando o ex-presidente Juscelino Kubitschek que planejou realizar cinquenta anos em cinco, a Mills pretende fazer em um ano o que faria em três. “Em 2009, estamos implementando o equivalente a três anos de planejamento e um exemplo disso é que este ano já investimos R$ 10 milhões e ainda vamos aportar outros R$ 10 milhões”, diz Sérgio Kariya, diretor da empresa. O objetivo, segundo ele, é ampliar e modernizar a frota de equipamentos da sua divisão de locação, a Mills Rental, para transformá-la na maior do País no segmento de elevação de cargas e pessoas.

Kariya ressalta que o mercado de plataformas aéreas de trabalho encontra-se em estágio inicial no Brasil, o que proporciona muitas oportunidades nessa área. Segundo suas avaliações, mesmo diante do atual cenário econômico, esse mercado deve crescer entre 4% e 5% este ano, para voltar a registrar expansões na faixa de dois dígitos, a partir de 2010. “Por esse motivo, apostamos na nossa participação na M&T Expo para firmar o atual posicionamento da empresa no mercado.”

Ele afirma que a desaceleração econômica decorrente da atual a crise mundial não interferiu significativamente nos negócios da companhia. Apesar da redução do ritmo em alguns setores da indústria, a companhia foi ágil o suficiente para identificar novos mercados e minimizar os efeitos da situação econômica. “As perspectivas para o segundo semestre são boas e, como acreditamos fortemente nisso, estamos investindo na ampliação da frota de locação.”

Como exemplo de grandes projetos que recentemente contaram com a presença de equipamentos da empresa, o executivo cita a construção da nova fábrica da Votorantim Celulose e Papel (VCP) e de parte do complexo industrial da mina de níquel do grupo Anglo American, em Goiás. Nessa obra, a Mills Rental atua em parceria com a Camargo Corrêa, fornecendo plataformas e manipuladores telescópicos, em um contrato que abrange a locação e o treinamento in loco dos operadores.

Na unidade da VCP, as plataformas elevatórias foram usadas em todas as etapas de montagem das estruturas, atendendo às exigências de segurança estabelecidas pela Norma Regulatória número 18 (NR-18). Aliás, as recentes modificações introduzidas nessa norma, com o objetivo de reduzir os índices de acidentes do trabalho em canteiros de obras, estão contribuindo para impulsionar a demanda por esse equipamento no setor de construção civil.

Além da divisão de locação, a Mills Rental, a empresa marca presença na M&T Expo 2009 também com a sua divisão de Construção. Enquanto a primeira apresenta suas linhas de plataformas aéreas e manipuladores telescópicos, essa última enfoca as formas e escoramentos produzidos pela companhia. “No segmento de construção, estamos lançando um novo painel de formas autotrepantes”, diz Kariya. Além disso, para destacar seu diferencial no atendimento técnico aos clientes, a empresa também apresenta aos visitantes uma viatura desenvolvida especialmente para serviços de apoio.

PROTON PRIMUS
EMPRESA ANUNCIA MELHORIAS NA LINHA E RELANÇAMENTO


Muitas melhorias e otimizações podem ser observadas na linha de rolos compactadores Müller, que a Proton Primus está apresentando na M&T Expo 2009. “Algumas mudanças são até mesmo conceituais, com o objetivo de atender necessidades ambientais, proporcionar economia de combustível, maior eficiência operacional e conforto aos operadores”, afirma Claudino Brasil da Nobrega, presidente da empresa.

As novidades incluem um rolo compactador de pneus de 28 t de peso equipado com sistema de transmissão hidrostática. Com isso, ele adquire maior suavidade nos movimentos, proporcionando qualidade superior ao acabamento da superfície asfáltica, além de reduzir os custos de manutenção do equipamento.

Claudino antecipa o relançamento do rolo compactador TC18, tipo tamping, indicado para a compactação de solos em projetos que demandam alta produção, como obras de estradas e barragens. “Esse equipamento também possui a versão para compactação de aterros sanitários”, diz ele. A Proton Primus apresenta ainda aos visitantes da feira o novo design do compactador de um cilindro VAP55 e a versão para compactação de asfalto do rolo VAP70.

Com os investimentos em obras rodoviárias previstos pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Federal, além dos projetos estaduais e das concessionárias privadas, Claudino projeta um crescimento nas vendas a partir do segundo semestre deste ano. “Na M&T Expo, esperamos transformar uma parte do elevado volume de consultas ora existente em encomendas colocadas na fábrica”, ele conclui.

PUTZMEISTER
EQUIPAMENTO BOMBEIA CONCRETO EM ÁREAS INTERNAS

Ao passar pelo estande da Putzmeister, o visitante da M&T Expo 2009 pode conferir toda a linha de equipamentos produzida pela empresa para bombeamento e lançamento de concreto. “Nosso foco é o de disponibilizar para os clientes tudo o que eles necessitam em suas obras, não ficando restritos somente ao que podemos fabricar localmente”, afirma Marcos Aguilar, diretor executivo da empresa.

Na linha de autobombas, a fabricante alemã destaca os modelos mundialmente conhecidos como City Pumps, nas versões VS-40 e VS-70. Ela também apresenta as bombas rebocáveis TK-40, TK-50 e TK-70, mas o destaque fica para a autobomba lança BSF 36Z.12L, com capacidade para bombear 109 m³/h de concreto. Como sua lança tem abertura em forma de Z, Aguilar ressalta que isso permite instalar o equipamento em espaços menores ou com pé-direito mais baixo que outros modelos, inclusive dentro de um galpão, para a concretagem de seu piso.

O equipamento incorpora um sistema de lubrificação automática, tanto nos braços como na bomba de concreto, que elimina parada de manutenção e proporciona durabilidade aos componentes de desgaste. Ele integra a linha de autobombas lança da marca, cujos modelos atingem distâncias de 28 m a 70 m, este último considerado o de maior alcance do mundo, segundo o executivo. “Todas as lanças do modelo 28Z ao 40Z permitem retirar facilmente o sistema de braços para seu uso como mastros de distribuição de concreto.” Entre outras características, o equipamento conta com o sistema hidráulico de fluxo livre FFH, que confere suavidade ao bombeamento e consome menos óleo hidráulico. Além disso, eles podem ser operados por controle remoto, por meio de cabo ou rádiofrequência.

LUNA ALG
TECNOLOGIA ESPANHOLA PARA ELEVAÇÃO DE CARGAS


Criada em 2007, a partir de uma aliança tecnológica com a Luna espanhola, a empresa Luna ALG – América Latina Guindastes passa por um vertiginoso processo de expansão e, em menos de dois anos de atividade, já planeja a ampliação da sua fábrica de Caxias do Sul (RS). O motivo para isso está sendo apresentado aos visitantes da M&T Expo 2009: o lançamento de três modelos de guindastes.

Os novos equipamentos correspondem a um modelo articulado, que segundo Sérgio Dal Zotto, diretor comercial da empresa, pode ser considerado o equipamento de maior capacidade do mercado brasileiro em sua categoria, além de dois modelos de guindastes especiais, sendo um voltado para serviços de remoção industrial e outro para aplicação em terrenos irregulares (tipo RT – rough terrain). “Com isso, aumentamos a nossa linha para 17 modelos produzidos no País”, diz ele.

Na avaliação de Dal Zotto, os novos modelos devem engordar a carteira de pedidos da empresa, elevando sua produção de 80 para 110 guindastes por mês. “Antes mesmo desses lançamentos já tínhamos encomendas para os novos produtos.” Para atender a esse crescimento na demanda, a empresa deverá investir na ampliação de sua fábrica, que conta com 18 mil m² de área construída.

Durante a feira, a Luna ALG demonstra aos visitantes de seu estande o modelo GT 35/30 BR, um guindaste rodoviário (tipo TC – truck crane) dotado de lança telescópica. Segundo o executivo, ele tem capacidade para até 35 t de carga e alcance de 45 m. “Ele é o carro-chefe da nossa linha no Brasil, pois se  trata de um equipamento bastante versátil, que pode ser aplicado em qualquer tipo de elevação de carga, tanto em construção civil como em mineração, obras de barragens, em usinas sucroalcooleiras e até mesmo em refinarias”, diz ele.

Dal Zotto ressalta que, apesar de sua curta trajetória no Brasil, os guindastes da marca já disputam o mercado com modelos tradicionais. Ele avalia que a demanda por esse tipo de equipamento deve continuar aquecida, apontando que possui uma carteira de pedidos até 2010. “Com a nova relação cambial, os equipamentos importados perderam a atratividade calcada exclusivamente no preço.” Na sua avaliação, o desaquecimento do mercado tornou os clientes mais exigentes em suas aquisições, que passaram a optar por modelos que dispõem de qualidade na assistência técnica e garantia de peças.

Nesse ponto, ele afirma que os equipamentos da empresa contam com uma rede de atendimento presente em todo o território brasileiro e podem ser customizados de acordo com a necessidade específica de cada cliente. “Nos últimos dois anos, a pressão da demanda levava os usuários a optar por alternativas mais baratas em termos de custo de aquisição, que no final das contas tornavam-se transtornos pela falta de manutenção de suporte técnico”, ele conclui.

MADAL PALFINGER
OPERAÇÃO REMOTA AMPLIA SEGURANÇA NA ELEVAÇÃO DE CARGAS


Um dispositivo acoplável à última lança do guindaste articulado (guindauto), denominada de Fly Jib, está sendo apresentado no estande da Madal Palfinger como uma solução para retirar a carga da caçamba do caminhão e levá-la diretamente ao local onde será necessária. Além de aumentar a capacidade de alcance do equipamento, o sistema permite a movimentação horizontal e vertical da carga, içando materiais paletizados – como blocos de concreto, por exemplo – ao andar em que serão usados na obra de uma edificação.

Atenta à demanda dos clientes por tecnologias que resultem em ganhos de produtividade e de custos, a empresa também está demonstrando aos visitantes da M&T Expo 2009 o sistema de operação dos seus guindastes por controle remoto. “Temos nos concentrado cada vez mais em desenvolver alternativas voltadas à maior eficiência e segurança na movimentação de cargas com nossos equipamentos”, afirma Herbert Karly, presidente da empresa. Exemplos desse enfoque podem ser observados nos modelos de guindastes PK 100.002, PK 55.502, PK 42.502, PK 36.080 e PKK 26.000, apresentados em seu estande. Além disso, a fabricante austríaca expõe a sua linha de equipamentos Epsilon, especializada em movimentação de cargas nos setores de reciclagem, florestal e fora-de-estrada.

Karly explica que a empresa oferece uma linha diversificada de guindastes, tanto em modelos articulados como os com lança telescópica, para atender as necessidades específicas de cada cliente. “O PK 55.502, por exemplo, apresenta alto poder de elevação de carga, graças ao sistema Power Link, que permite realizar o içamento até alturas consideráveis sem comprometer a distância horizontal.” Com isso, ele ressalta que o equipamento é capaz de realizar trabalhos que somente guindastes telescópicos executariam.

Entre outros exemplos, o executivo aponta ainda o PK 42.502, que, segundo ele, “é um equipamento com novos padrões de segurança e capacidade de levantamento de carga”. O modelo é indicado para a movimentação de contêineres e máquinas pesadas e é um exemplo da versatilidade no uso dos guindautos, tradicionalmente mobilizados em serviços de apoio, montagens de equipamentos e obras em redes de serviços públicos (energia, telecomunicações e outras).

As novidades, aliás, não se limitam apenas aos equipamentos, mas também às aplicações encontradas para eles. O modelo BR 400, por exemplo, já conhecido no mercado brasileiro de içamento de cargas em canteiros de obras e mineradoras, ganha novas possibilidades de uso ao ser desenvolvido em versões para patolar diretamente no solo, dispensando o caminhão, já que possui motor independente.

Além dos modelos articulados (guindautos), a fabricante produz guindastes telescópicos sobre chassi de caminhão, os denominados TCs (truck cranes). Em ambos os casos, o executivo ressalta o desenvolvimento de modelos com capacidade de carga cada vez maior. Além disso, eles contam com sistema de bloqueio caso o operador exceda a tabela de carga estabelecida, proporcionando elevada segurança à movimentação da carga.

GOODYEAR
PNEU COM MAIOR CAPACIDADE DE CARGA


Em meio a toda a sua linha de pneus radiais e diagonais para aplicação fora-de-estrada (OTR), presente no estande da Goodyear na M&T Expo 2009, a empresa está apresentando o novo modelo 12.00R24, indicado para uso em caminhões rodoviários que operam sob severas condições. De acordo com
Rubens Campos, gerente comercial e de marketing da fabricante, a vantagem oferecida pelo produto é que, quando usado em montagem simples, seu índice de carga permite transportar até 4.250 kg sobre cada pneu.

“Com essa capacidade, ele transporta um peso 23% maior do que os modelos 11.00R22 G377MSD.” Nas montagens duplas, o especialista afirma que o novo modelo pode transportar 3.875 kg em cada um deles em velocidades máximas de deslocamento de 80 km/h. “Nesse caso, sua capacidade fica proporcionalmente ainda maior, com um ganho de 26% em relação ao outro modelo.” Isso sem contar o ganho de produtividade proporcionado pela maior velocidade no ciclo de transporte.

Por esse motivo, Campos explica que os novos pneus são indicados para serviços mistos e aplicações fora-de-estrada. “Eles proporcionam grande poder de tração e contam com carcaça reforçada, o que os torna indicados para uso em caminhões 6x4 e 8x4 que operam sob severas condições de pista, como em canteiros de obras, pedreiras, mineradoras e estradas não pavimentadas.” Além desse lançamento, o especialista afirma que a participação da empresa na M&T Expo 2009 será pautada na estratégia de reforço da marca junto aos usuários de equipamentos fora-de-estrada, estreitando relacionamento com clientes e parceiros desse mercado.

SOLARIS
LOCADORA INGRESSA NO MERCADO DE TERRAPLENAGEM


Uma decisão estratégica tomada nos tempos de expansão acelerada dos negócios está contribuindo para que a locadora Solaris mantenha um ritmo de crescimento satisfatório, mesmo em um cenário marcado por carteiras de contratos mais magras em comparação com o período de bonança. Quando o mercado se encontrava em ascensão, a empresa ampliou seu ramo de atuação, antes focado exclusivamente na locação de equipamentos para elevação de cargas e pessoas e em grupos geradores, e ingressou no segmento de máquinas de movimentação de solos e terraplenagem.

Em meio aos investimentos previstos para a ampliação e renovação da frota de plataformas aéreas e manipuladores, a Solaris montou um parque de máquinas da linha amarela para locação, incluindo escavadeiras hidráulicas, pás carregadeiras, retroescavadeiras, motoniveladoras e rolos compactadores. Atualmente, ela comemora os resultados dessa iniciativa, que está contribuindo para seu bom desempenho em 2009.

Segundo Paulo Esteves, diretor comercial da empresa, a expectativa de crescimento em 2009 é de 10% a 15%, índice impulsionado em grande parte pelos negócios fechados no novo segmento de atuação. É bem menos que a expansão de 50% registrada pela Solaris em 2008, mas há de se convir que é um crescimento de dois dígitos, digno de ser comemorado por qualquer empresa, em qualquer cenário econômico. Com uma frota de cerca de 120 equipamentos de movimentação de solos, a Solaris já marca presença com essas máquinas em obras como o Rodoanel de São Paulo, a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e do gasoduto entre a refinaria Duque de Caxias (Reduq) e Macaé, entre outras.

Mas o parque da empresa é muito maior e soma mais de US$ 100 milhões em ativos para locação, o que, de acordo com Esteves, a classifica como a maior rental do Brasil. “Como o foco da Solaris não é a venda de equipamentos, nossa participação na M&T Expo 2009 tem um caráter institucional, com o objetivo de reforçar nossa marca e consolidar a liderança conquistada no mercado”, diz ele. Dessa forma, ele e sua equipe apresentam aos visitantes toda a linha de equipamentos oferecida para locação, expondo uma unidade de cada modelo.

Além das máquinas da linha amarela, a empresa exibe também suas plataformas aéreas, manipuladores telescópicos, compressores de ar e grupos geradores. Nessa linha, aliás, o destaque fica para um equipamento de 1.250 kVA, instalado em contêiner de 20 pés, indicado para operações que exigem baixo nível de ruído. “Também estamos lançando a plataforma 660SJC, da JLG, que possibilita o acesso a alturas elevadas em terrenos acidentados”, afirma Esteves.

Ele explica que o equipamento vence rampas de 55% e suas esteiras se movimentam em sentido contrário, proporcionando raio de giro de zero grau. Entre outras características, o 660SJC é dotado de plataforma articulável (jib), que permite uma abrangência maior de movimentos. “Outro lançamento é o manipulador telescópico G5-18A, que tem um raio de giro externo de 3,2 m e pode ser manobrado em espaços limitados.”

SANDVIK
EMPRESA ANTECIPA PRODUTOS DA FUTURA FÁBRICA


Quem visitar o estande da Sandvik terá uma visão dos equipamentos e componentes que serão produzidos pela empresa na fábrica em instalação no município de Vespasiano (MG). Durante a M&T Expo 2009, a fabricante realiza o pré-lançamento dos rolos, cavaletes e polias para transportadores de correias, bem como dos britadores e peneiras que sairão da sua unidade industrial mineira.

O gerente de vendas Victor Becattini diz que o foco são os mercados de produção de agregados, construção civil e mineração. “Nesse último setor, alguns projetos em fase inicial de implantação foram postergados ou mesmo cancelados diante da queda dos preços internacionais das commodities, mas o mercado continua comprador e apostamos nessa linha de produtos”, ele afirma.

Na área de britagem, a empresa produz equipamentos de mandíbulas, cônicos, giratórios e de impacto (VSI e HSI), oferecendo tecnologias para todas as etapas de redução granulométrica de qualquer tipo de minério ou rocha. O destaque na M&T Expo, entretanto, é um britador móvel sobre esteiras em lançamento no Brasil, equipamento com demanda em ascensão no mercado devido ao seu menor custo de mobilização e eficiência operacional.

A Sandvik também apresenta sua linha de equipamentos para demolição e desmonte de rocha. Nessa área, os rompedores hidráulicos da marca são disponibilizados em modelos de 70 a 7.000 kg de peso, para acoplamento em miniescavadeiras, máquinas portadoras de pequeno, médio ou grande porte. Além disso, ela oferece tesouras hidráulicas de 205 a 2.300 kg, que proporcionam maior eficiência e produtividade nas obras de demolição.

BOMAG
PESOS-PESADOS PARA OBRAS DE COMPACTAÇÃO

Desde que começaram a chegar ao Brasil, a partir de 2008, os equipamentos de compactação de solos e asfalto da alemã Bomag conquistaram o mercado e, durante a M&T Expo 2009, os profissionais do setor poderão conferir pessoalmente os itens de tecnologia e robustez que contribuiram para esse desempenho da marca. O destaque da empresa em seu estande na feira é o lançamento do compactador de pneus BW 25 RH, equipado com sistema de transmissão hidrostática.

Ao usar a tração hidráulica direta dos eixos traseiros, em substituição ao acionamento convencional hidrodinâmico com redutores mecânicos nas rodas, o equipamento proporciona melhor acabamento à pista de asfalto que está compactando, conforme explica Rogério Nascimento, gerente comercial da Bomag para a América do Sul. Isso porque a aceleração e frenagem são acionadas somente pelo acelerador e a velocidade pode ser alterada em três marchas, reguladas de forma contínua e sensível, sem solavancos.

Dotado de quatro rodas dianteiras e quatro traseiras, o compactador opera com velocidade de até 20 km/h e, entre outras características, conta com assento móvel, pelo qual o operador pode permutar sua posição rapidamente do volante esquerdo para o direito. Além disso, o acerto na compactação pode ser feito com a mudança no volume de lastro ou com a regulagem automática da pressão dos pneus. “Os dois pilares balanceadores dispostos entre os eixos traseiro e dianteiro mantêm o contato constante dos pneus sobre a superfície, permitindo que seja aplicada a pressão necessária para uma compactação homogênea em toda a largura de trabalho”, diz Nascimento.

Ele ressalta que, no atual cenário econômico, as construtoras buscam maior rentabilidade para suas operações. Em resposta a essa necessidade, a empresa desenvolve tecnologias para proporcionar maior eficiência e produtividade aos serviços de compactação. Como exemplo, o executivo cita o sistema Ecomode, que monitora a demanda de potência às condições operacionais, adequando a rotação do motor ao nível necessário, sem comprometer a frequência, que permanece constante. “O resultado é uma economia de até 30% no consumo de diesel, além da menor emissão de poluentes e da maior vida útil do motor.”

A marca Bomag também é conhecida pelos rolos com cilindro poligonal, já disponíveis no Brasil, que permitem compactar camadas mais profundas com um menor número de passes do equipamento. Outro destaque da linha são os modelos vibratórios de um cilindro BW177 e BW212, que atendem as faixas de 8 t e 10 t de peso operacional, respectivamente, e rapidamente se converteram em campeões de vendas da marca. “As construtoras que adquiram esses modelos constataram seu maior peso operacional e o grande peso estático dos módulos de compactação, bem como a elevada amplitude de vibração e seus cilindros reforçados com chapas de aço de maior espessura”, diz o executivo.

Os equipamentos da Bomag são distribuídos no Brasil com exclusividade pela Brasif Máquinas, que não tem o que reclamar dessa parceria. Com a incorporação dessa linha a suas operações, a distribuidora registrou um aumento de mais de R$ 30 milhões no faturamento de 2008, totalizando a venda de 159 unidades no mercado brasileiro. “Desse total, 129 foram comercializados para clientes finais e 26 passaram a compor a nossa frota de locação”, diz Rubens Brito, gerente de produto da Brasif.

Brito se mostra otimista em relação ao ano de 2009, projetando um aumento de 20% na participação dos equipamentos da marca no mercado brasileiro de máquinas de compactação. Além dos rolos com cilindro poligonal e dos modelos vibratórios de um cilindro e dois cilindros (tandem), a empresa está trazendo para o País os compactadores estáticos de alto impacto (tamping), os rolos de pneus e as estabilizadoras de solos da marca alemã. Diante da demanda por obras rodoviárias, ela não descarta a oferta de fresadoras e vibroacabadoras da Bomag.

OBECK
NOVAS TECNOLOGIAS PARA FUNDAÇÕES E OBRAS DE TÚNEIS


“Este ano, o mercado de construção civil e de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) apresentou uma queda na demanda por equipamentos, mas as obras em outros setores da infraestrutura, como portos, rodovias, metrôs e saneamento, continuam gerando muitas consultas e proporcionando bons negócios.” Com essa afirmação, Orlando Beck, diretor da distribuidora Obeck, detalha o espírito que norteia a participação da empresa na M&T Expo 2009, marcado pela apreensão diante da atual situação econômica, mas com otimismo diante das oportunidades que ela oferece.

Tal sentimento decorre da confiança na qualidade das linhas de equipamentos distribuidas pela empresa, que atendem as áreas de fundação e geotecnia, escavação de túneis e lançamento de vigas pré-moldadas, entre outras. Como exemplo, ele cita o fornecimento de perfuratrizes de circulação reversa
da Samjin para obras no porto de São Luís (MA), bem como a venda de martelos hidráulicos da Bruce para a expansão do terminal de Alemoa, em Santos (SP). “Apesar de trabalharmos com esses equipamentos há pouco tempo, conseguimos comercializar unidades de 5 t a 20 t de peso para clientes tradicionais da área de fundações pesadas, que conhecem sua reputação de eficiência e confiabilidade.”

Orlando cita ainda a versatilidade da linha de perfuratrizes italianas CMV, que atende uma ampla gama de aplicações, desde a execução de microestacas e tirantes, até estacas hélice contínua com 32 m de profundidade e 1.200 mm de diâmetro. “Devido a sua concepção moderna e ao uso de componentes de fácil obtenção no mercado, esses equipamentos lideraram as vendas no seu segmento nos últimos três anos.” O executivo ressalta a elevada produtividades das perfuratrizes, que executam uma média de 400 m/dia de estacas hélice contínua (média de 20 m de profundidade), com a vantagem de manter o terreno intacto e de trabalhar a seco, sem a injeção de bentonita.

Entre outras tecnologias apresentadas pela Obeck na M&T Expo, ele aponta ainda os revestimentos e formas da Ceresola e os sistemas de grouting da Häny. A empresa também expõe os sistemas de ventilação da ABC, indicados para obras de túneis e mineração, bem como as tecnologias da ITC para escavações subterrâneas por método NATM. O destaque nessa área, entretanto, é linha de tuneladoras (TBMs) e minishields (MTBMs) da norteamericana Robbins, que a Obeck começou a representar recentemente e está sendo apresentada na feira.

Segundo Orlando, trata-se de uma marca com sólida tradição em escavações subterrâneas de rochas, que conta com equipamentos que operam com balanceamento de pressão na face de escavação (EPB) e até mesmo com um modelo todo-terreno. “Por esse motivo, muitos projetos de obras de túneis previstos no País já estão contemplando o uso de tuneladoras da Robbins”, ele conclui.

SCHWING STETTER
OBRAS DE INFRAESTRUTURA MANTÊM O RITMO DOS NEGÓCIOS

Muitas novidades estão reservadas para quem visita o estande da Schwing Stetter na M&T Expo 2009. Além de comparecer à feira com lançamentos ou inovações em todas as suas linhas, a fabricante de equipamentos para produção, transporte, bombeamento e distribuição de concreto expõe uma bomba estacionária que, segundo ela, é o maior modelo disponível no Brasil. “Ela atinge uma produção de 95 m³/h, a uma pressão de operação de 169 bar, e tem capacidade para bombeamentos de concreto acima de 200 m na vertical e de 1.000 m da horizontal”, afirma Ricardo Lessa, gerente comercial e de marketing para a América do Sul.

O equipamento em questão é o modelo SP 4800. Seu nome, aliás, segue a nova nomenclatura adotada para as bombas de concreto da fabricante, cuja sigla BP (Betom Pump) foi substituida por SP (Schwing Pump). Outro destaque nessa área é o lançamento do modelo P 2023 S 36X, uma autobomba com mastro de 36 m para a distribuição do concreto, que a empresa começou a fabricar no Brasil. “Trata-se de um equipamento versátil, pois além do longo alcance, ele pode ser montado em chassis de caminhões 6x4 produzidos no País.”

Na linha de equipamentos para a produção de concreto, a novidade é a central misturadora HN 3.0, que conta com sistema automático de operação e tem capacidade para produzir 120 m³/h. De acordo com Lessa, quatro unidades dessa usina estão sendo entregues para a obra da hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira (RO), onde a previsão de consumo de concreto é de 2,5 milhões de m³. “Elas são fabricadas no Brasil e, somadas a outra central misturadora fornecida por nossa empresa, que é o modelo semimóvel M2, vamos entregar um parque com capacidade para 570 m³/h.”

O executivo ressalta a forte demanda por equipamentos em obras de hidrelétricas. Como exemplo, ele cita o fornecimento de bombas estacionárias de alta pressão e elevada capacidade de produção para o projeto da outra usina do rio Madeira, a de Jirau. “Na hidrelétrica de Estreito, por sua vez, os equipamentos da empresa totalizam quatro centrais mistura doras semimóveis M2, 20 autobetoneiras e oito bombas estacionárias de alta capacidade, além de quatro mastros para distribuição e de quatro bombas montadas sobre caminhão com mastro de distribuição, modelos S 32X e S 39X, que atingem alcances verticais de 32 m e 39 m, respectivamente.”

Segundo Lessa, no mercado de concreteiras, a demanda continua aquecida por parte das empresas independentes – que não pertencem a grupos cimenteiros. Como exemplo, ele retorna à obra da hidrelétrica de Santo Antônio, onde o transporte de concreto foi terceirizado para a concreteira Wanmix, que opera exclusivamente com equipamentos da Schwing. Como resultado, a empresa mobilizou nesse contrato mais de 40 autobetoneiras, além de seis bombas estacionárias de alta pressão e 10 autobombas com mastro de distribuição de longo alcance.

Na linha de equipamentos para transporte, a Schwing expõe as tradicionais autobetoneiras AM8FHC, com 8 m³ de capacidade. “Nossas expectativas em relação a 2009 são muito otimistas, pois no primeiro quadrimestre atingimos o mesmo volume de vendas registrado entre janeiro e abril do ano passado, o que é satisfatório diante do crescimento que tivemos em 2008 e do atual momento econômico”, diz Lessa. Em contraponto ao comportamento do mercado brasileiro, as exportações caíram não apenas em função da retração econômica nos mercados internacionais, mas também devido à transferência de parte da responsabilidade pelo atendimento a alguns desses países para a matriz alemã.

RENCO
APOSTA NA DIVERSIDADE

Especializada na venda de equipamentos, acessórios e peças, bem como na oferta de serviços de manutenção e locação para construtoras, mineradoras, pedreiras e empresas de manejo florestal, a Renco comparece à M&T Expo 2009 com todo o seu portfólio de produtos. Na linha de equipamentos de movimentação de solos da sulcoreana Doosan, o destaque fica com as escavadeiras hidráulicas, pás carregadeiras e o caminhão articulado da marca.

Disponíveis em modelos de 8 t a 50 t de peso operacional, as escavadeiras são equipadas com motores turbinados e, de acordo com a Renco, combinam alta eficiência e baixo consumo de combustível. As pás carregadeiras da marca, por sua vez, são comercializadas em cinco modelos, com peso operacional entre 2,6 t e 3,4 t. Além da marca Doosan, a empresa distribui os acessórios da Rhino, como rompedores e tesouras hidráulicas, placas de compactação, engates rápidos e caçambas clamshell, entre outros tipos de implementos.

Os manipuladores telescópicos da Faresin também integram a linha de equipamentos oferecida pela distribuidora. Ela enfatiza a versatilidade desses modelos compactos, que se deslocam em terrenos acidentados e possibilitam acesso a locais com pouco espaço. Com a simples troca de implementos, eles realizam diversas tarefas no canteiro, desde o apoio à concretagem, à montagem de pré-moldados e estruturas metálicas, até o carregamento de materiais, de blocos paletizados e outros. Para isso, contam com uma ampla gama de acessórios, como silo para concreto, caçamba, cesta, garfo, garra e guincho, entre outros.

Outra linha distribuida pela empresa, presente em seu estande na feira, são as plataformas aéreas de trabalho da canadense Skyjack. Elas são disponibilizadas em modelos elétricos, do tipo tesoura, e com lanças telescópicas, acionadas por motores a diesel e indicadas para serviços em alturas mais elevadas e locais de difícil acesso. Nesse último caso, são comercializadas em quatro modelos, com alcance de até 20,1 m de altura.

As plataformas elétricas do tipo tesoura, por sua vez, encontram aplicação em trabalhos realizados em áreas internas, em serviços de pintura, de instalação e manutenções prediais e industriais. Além de atuar na venda dos equipamentos e na assistência técnica aos clientes, a Renco também oferece as plataformas elétricas e telescópicas para locação. Na área de construção civil, a aposta da empresa se concentra no lançamento do Muck-Truck, um minidumper equipado com motor a gasolina, da Honda, que oferece rapidez e redução de custos ao transporte no canteiro.

Completando a sua linha de equipamentos, a empresa apresenta ainda as torres de iluminação e grupos geradores móveis da australiana Allight, equipados com motor Caterpillar. Com sede em Camaçari (BA), a Renco atua nas regiões norte e nordeste, bem como nos estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e no distrito Federal.

CEJN
ENGATE RÁPIDO REDUZ TEMPO E CUSTO COM MANUTENÇÃO HIDRÁULICA


Quem busca uma solução para reduzir custos de manutenção dos sistemas hidráulicos de máquinas de construção pode encontrar essa tecnologia no estande da sueca CEJN. Na M&T Expo 2009, a empresa lança o sistema de engate rápido de mangueiras hidráulicas Click WEO que, segundo ela, reduz em mais de um terço o tempo de instalação das tubulações. “Mais que esse ganho de tempo, o sistema elimina a tensão criada na ponta da mangueira próxima ao terminal convencional, que é uma das maiores causadoras do seu rompimento durante a operação com os equipamentos”, afirma Marcelo Sorano, da área de vendas técnicas da empresa.

Ele explica que esse rompimento se deve à tensão causada pelo ajuste final do terminal nas duas extremidades da mangueira, quando o mecânico aplica a última volta da chave de aperto. “Com o sistema WEO, a mangueira fica livre para girar enquanto o circuito hidráulico não está pressurizado e, com isso, ela se ajusta corretamente ao ser instalada.” Segundo ele, a tecnologia é usada como item de série em equipamentos produzidos na Europa por fabricantes como a Volvo, CNH, Palfinger e Komatsu, entre outros.

No Brasil, o sistema está sendo oferecido tanto para os fabricantes de equipamentos como para o mercado de reposição e para os usuários finais. Ele se destina a sistemas hidráulicos com mangueiras de ¼" a 1" de diâmetro e é indicado para aplicação em circuitos de alta pressão (350 bar). Além de reduzir a possibilidade vazamentos de óleo e o tempo de instalação, o sistema exige 50% a menos de espaço, eliminando a área necessária para as porcas giratórias dos terminais convencionais. “Em nosso projeto, o bujão é instalado diretamente no berço feito no bloco manifold, o que diminui o espaço do usinado sextavado.”

Sorano ressalta que a CEJN oferece componentes para sistemas hidráulicos de equipamentos pesados e desenvolve mangueiras, terminais e engates para circuitos de ultra-alta pressão, com até 3.000 bar de pressão, aplicados em máquinas maiores e na indústria de óleo e gás. Outro lançamento da empresa é o engate rápido com despressurizador no pino de engate. “Ele elimina a pressão residual no sistema hidráulico e facilita a desconexão do conjunto.” Segundo o especialista, esse é o maior problema de manutenção dos engates hidráulicos, pois ao se desconectar o conjunto com a pressão residual, o mecânico precisa usar ferramentas que podem danificar o tambor do engate.

ITALTRACTOR LANDRONI
MATERIAIS RODANTES PARA MÁQUINAS DE ATÉ 800 T


Após encerrar 2008 com um desempenho que superou as expectativas, a fabricante de materiais rodantes Italtractor Landroni registra em 2009 os mesmos níveis de crescimento do ano passado. Segundo Nivaldo dos Santos, diretor comercial da empresa, as projeções para o atual exercício são otimistas e a empresa aposta na sua participação na M&T Expo 2009 para manter o ritmo dos negócios em expansão. “Estamos bem posicionados no mercado, realizando um trabalho de qualidade e focados nas necessidades dos clientes”, ele pondera.

Em seu estande, a Italtractor Landroni expõe para os visitantes da feira toda a linha de materiais rodantes da marca, incluindo esteiras, roletes, sapatas, rodas motrizes e rodas-guias. Entre eles está a linha de esteiras com passo de 90 a 350 mm, para uso em qualquer tipo de máquina nas áreas de construção civil, mineração, agricultura e até mesmo em aplicações especiais. As esteiras têm vedações de aço ou poliuretano e contam com lubrificação permanente. “Seus elos reforçados proporcionam elevada resistência ao desgaste e aos impactos”, enfatiza Santos.

Segundo ele, as vedações das esteiras lubrificadas suportam elevadas temperaturas de operação, possibilitando uma lubrificação constante e maior durabilidade ao conjunto. Além disso, os elos, pinos e buchas são submetidos a tratamentos térmicos para oferecer elevada resistência ao desgaste. “Os elos segmentados patenteados pelo grupo ITM proporcionam facilidade na montagem e desmontagem da esteira, reduzindo o tempo de instalação.”

Entre os destaques da empresa, Santos cita a linha de roletes – tanto inferiores, simples e duplos, como superiores – para equipamentos de 8 a 800 t de peso, incluindo escavadeiras, miniescavadeiras, tratores e versões especiais para aplicações rodoviárias e florestais. A empresa também está apresentando os retentores Duo Cone com lubrificação permanente, que, segundo o executivo, atingem maior vida útil e funcionam sob quaisquer condições de trabalho.

Na linha de sapatas, a empresa mostra perfis laminados a quente com uma, duas ou três garras, para aplicação em esteiras com passo de 90 a 350 mm. “São cerca de 5 mil diferentes configurações para todos os tipos de aplicações, em versões standard ou heavy duty, além das sapatas fundidas e forjadas para usos especiais e em minerações.” Os visitantes também podem conhecer a linha de rodas motrizes e aros para máquinas de movimentação de solos de 8 t a 350 t de peso, além dos forjados com três, quatro, cinco e seis dentes, para equipamentos sobre esteiras com peso entre 6 t e 100 t.

Voltadas para máquinas sobre esteiras entre 8 t e 500 t de peso, as rodas-guias e grupos tensores da marca estão disponíveis em versões fundidas, forjadas e compostas com flanges simples ou duplas. De acordo com Santos, também passam por tratamento térmico para sua maior resistência ao desgastes, a impactos e cargas pesadas. “Fornecemos ainda projetos e produção de carros completos, em conjuntos rodantes para OEM, para equipamentos usados em construção, mineração, obras públicas, agricultura e colheita florestal”, conclui o executivo.

CZM
UM GIGANTE PARA PERFURAÇÕES DE 45 M

Considerado o equipamento de maior alcance de profundidade do mundo para a execução de estaca hélice contínua monitorada (CFA), a perfuratriz CM1200 é a atração no estande da CZM na feira. O modelo exibido pela empresa é adaptado a um guindaste hidráulico de 80 t e realiza perfurações de até 1,2 m de diâmetro, atingindo profundidade máxima de 45 m. Segundo Marcos Cló, diretor de marketing da CZM, a empresa também está expondo equipamentos já consagrados no mercado de CFA, como a perfuratriz EM800ec, montada sobre uma escavadeira Caterpillar 320DL, e o modelo EM800S, adaptado numa escavadeira Caterpillar 336DL, para profundidades de até 30 m. “Além disso, exibimos o modelo TM270, montado sobre caminhão, que é indicado para aplicações com trados mecânicos e já se tornou uma referência nesse setor no Brasil”, diz ele.

Outro lançamento apresentado pela empresa, indicado para a execução de microestacas e a aplicação de tirantes, é o modelo MC140T. De acordo com o executivo, além da sua versatilidade na realização de dois serviços distintos, o equipamento tem um chassi de 5 t e se caracteriza pela sua leveza. A M&T Expo 2009 também será palco para a divulgação de um futuro modelo da linha de perfuratrizes para serviços CFA, o EM1000, cujo lançamento está previsto para agosto próximo. Trata-se de um equipamento montado sobre escavadeira Caterpillar 338, que atinge 32 m de profundidade e diâmetro máximo de 1 m.

O rol de novidades da empresa inclui ainda o aprimoramento da TM³00, perfuratriz sobre caminhão para serviços de estacas escavadas em solo e rocha, que agora também pode executar estaca tipo raiz. O esforço da empresa não se restringe à quantidade de lançamentos e novidades. A CZM, de acordo com executivo, contratou a maior área de exibição entre as demais empresas de seu segmento e a M&T Expo 2009 será o evento com maior número de equipamentos expostos por ela em toda a sua história. “Queremos nos consolidar como a maior do setor no Brasil e, este ano, deveremos expandir a nossa participação no mercado, consolidando a liderança da marca na América Latina.”

Segundo ele, as vendas no segmento de perfuratrizes produzidas pela CZM, para a execução de fundações e serviços de geotecnia, são impulsionadas pelo setor de construção civil, que nos últimos três anos recebeu muitos investimentos. Para atender o crescimento na demanda por equipamentos, a empresa investiu no aumento de sua capacidade instalada e no aprimoramento dos produtos. “Com isso, em
2008 tivemos uma receita quatro vezes maior que a registrada em 2006 e, apesar do ingresso de muitos equipamentos importados no nosso mercado, mantivemos o mesmo market share.”

No segmento de estacas CFA, que vem impulsionando forte demanda por perfuratrizes, ele ressalta a diferenciação dos equipamentos da marca, que contam com um mecanismo exclusivo de torque, patenteado internacionalmente, resultando em modelos mais compactos que os demais de sua categoria.
“Possuímos quatro modelos nessa linha e estamos lançando outros dois ainda este ano”, conclui o executivo.

BERCO
ENFOQUE NA DURABILIDADE DO MATERIAL RODANTE

Quem procura uma solução para a maior vida útil dos componentes do material rodante de uma máquina sobre esteiras pode encontrar a resposta no estande da Berco. Ela está apresentando na M&T Expo 2009 um modelo de esteiras com novo desenho dos retentores de óleo e dos pinos da corrente.
De acordo com Jeferson de Lima Rescaroli, gerente de vendas da empresa, esse projeto consumiu dois anos de desenvolvimentos e testes, com o objetivo de melhorar a vedação dos componentes e aumentar a vida útil das peças da corrente (pinos e buchas).

A tecnologia é apresentada nos novos modelos de esteiras para tratores Caterpillar D9, D10 e D11, equipamentos pesados com larga aplicação em mineração. Segundo Rescaroli, essa preocupação com o desenvolvimento de tecnologias voltadas à eficiência e rentabilidade da operação norteia as ações da fabricante. “Quando se fala em redução de custo numa peça de desgaste, o usuário não pode considerar apenas o valor de aquisição do componente, mas sim o seu custo/ benefício, o preço por hora trabalhada, e nesse aspecto, os nossos produtos fazem a diferença”, ele enfatiza.

O especialista ressalta o aumento das vendas no setor agrícola, impulsionadas pela lei que regulamenta a extinção gradual das queimadas nos canaviais brasileiros, o que impulsionou a mecanização nas usinas sucroalcooleiras e a demanda por equipamentos sobre esteiras. Voltando ao setor de construção, ele destaca a linha de materiais rodantes da marca para equipamentos compactos. Nesse segmento, a Berco apresenta em seu estande as opções de frames e chassis da marca para miniescavadeiras e perfuratrizes de pequeno porte.

RANDON
CAMPEÕES DE VENDAS GANHAM ITENS DE TECNOLOGIA


Líder no segmento de caminhões fora-de-estrada da faixa de 30 t de capacidade de carga, a Randon aproveita sua participação na M&T Expo para reforçar junto aos clientes a imagem do RK430M, um de seus campeões de vendas. Equipado com sistema de transmissão automática da Allison Transmission, o caminhão é indicado para serviços de transporte em construção pesada, mineração e pedreira. “Ele oferece uma operação fácil, confortável e segura”, ressalta Idair Monegat, gerente executivo da Randon Veículos.

Seu desempenho também se deve ao motor eletrônico DC9, de 331 cv de potência, fornecido pela Scania. Entre outras características, o caminhão é equipado com caçamba de 18 m³ de capacidade volumétrica (coroada) e carrega até 30 t de carga, operando com rampa máxima de 30% (carregado). Além do RK430M, a Randon está demonstrando uma série de dispositivos que facilitam a operação e manutenção dos equipamentos em canteiros de obras, como lubrificação centralizada, tecnologia de verificação e calibragem de pneus, monitoramento remoto da frota via satélite e câmera de TV acoplada à traseira do caminhão, com monitor para visualização no interior da cabine.

A empresa também está demonstrando a retroescavadeira RK406B, disponível nas versões com tração 4x2 e 4x4, com motor aspirado ou turbo, muito utilizadas em obras municipais. “Elas são equipadas com sistema de transmissão e eixos da Carraro e com motores MWM de 82 hp de potência, no modelo aspirado, e de 110 hp, na versão turbo”, diz Monegat. O destaque da fabricante, entretanto, é um novo modelo dessa retro, a RK406 Confort, que está sendo apresentado como uma opção para quem precisa de ciclos rápidos e movimentos precisos.

Segundo o executivo, o equipamento tem sistema de transmissão sincronizada, possibilitando a troca de marchas automática, e o acionamento dos seus comandos e estabilizadores se dá por meio de joystick hidráulico. “Ela tem bomba hidráulica de fluxo variável, tornando esse sistema mais eficiente e oferecendo maior sensibilidade aos movimentos com menor consumo de combustível.” Entre outras características, a retroescavadeira é equipada com novos painéis internos e mostradores de fácil leitura, que simplificam o trabalho do operador. “Além disso, sua central elétrica dotada de placa eletrônica fica posiciona em um local que a preserva de poeira e umidade, reduzindo as manutenções nesse item”, salienta Monegat.

Ele explica que a Randon está apresentando esses produtos na expectativa de uma retomada das atividades, principalmente na área de mineração, onde os investimentos foram mais afetados pela queda dos preços das commodities. “Nos mercados de construção e produção de brita, os investimentos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Federal estão contribuindo para a manutenção dos níveis de vendas de equipamentos.” Por esse motivo, Monegat ressalta que a participação da empresa na M&T Expo 2009 representa uma oportunidade para o fechamento de negócios, prospectando novos clientes e estreitando relacionamento com os clientes cativos.

MICHELIN
NOVO PNEU PARA OPERAÇÕES COM CARREGADEIRAS

Quem visitar o estande da Michelin poderá conferir o novo pneu XHA2, indicado para uso em pá carregadeira, que a fabricante está lançando simultaneamente em todo o mundo. Newton Amorim, diretor de marketing e comunicação da área de Pneus de Terraplenagem e Industriais, diz que o modelo é do tipo L3 e também foi o destaque da empresa na Intermat 2009, feira de equipamentos para construção realizada em Paris, há pouco mais de um mês.

“Esse produto é uma evolução do XHA e possui vantagens em relação ao seu antecessor, como a maior produtividade e conforto nas operações com carregadeiras”, afirma Amorim. O novo modelo está sendo disponibilizado no mercado nos tamanhos 26.5R25 e 23.5R25. O executivo ressalta o enfoque da Michelin nos pneus radiais para aplicações fora - de- estrada, que, segundo ele, proporcionam melhor relação custo/benefício em comparação com outros modelos. “Eles apresentam baixa resistência ao rolamento e seu uso resulta em economia no consumo de combustível, o que se traduz em menor custo operacional e ganhos ambientais, devido à redução na emissão de poluentes.”

De acordo com Amorim, o enfoque na sustentabilidade faz parte de uma orientação mundial da empresa para que o desenvolvimento de todos os modelos de pneus da marca privilegie a redução no consumo de combustível, o que resulta em menos emissões de poluentes. Na área de construção pesada e mineração, ele vislumbra “grandes oportunidades a médio e longo prazo no mercado latino-americano”, motivo pelo qual a empresa acaba de inaugurar uma fábrica no Brasil para a produção de pneus para esse segmento.

GASCOM
MAIOR EFICIÊNCIA NA LUBRIFICAÇÃO DA FROTA

Os usuários dos comboios de lubrificação Prolub Press passarão a contar com um equipamento ainda mais robusto e eficiente nas operações de lubrificação da frota no campo. Essa é a promessa da Gascom ao lançar algumas inovações tecnológicas em seu tradicional equipamento. Segundo Joel Ferreira de Lima, gerente comercial da empresa, os clientes podem conferir na M&T Expo os novos carretéis retráteis do comboio, construídos em aço tratado e revestido, com reforço no suporte de fixação.

Ele explica que o sistema é dotado de rolamentos de esfera que reduzem o atrito entre o rolete e o suporte de fixação. “Seu sistema de retração, de fácil manutenção e conserto, permite desenrolar a mangueira em comprimentos variados conforme a necessidade, travando o carretel na posição desejada.” Tais características conferem maior eficiência ao serviços, já que os carretéis são muito solicitados durante a transferência de óleos e graxas do comboio para o equipamentos que está sendo lubrificado.

Outro destaque da empresa é o caminhão pipa irrigador Multiflex, cujo novo aspersor desenvolvido pela Gascom/ TBA apresenta vantagens em relação aos modelos convencionais, de acordo com Lima. “O aspersor traseiro Jetplus, de alumínio, tem formato cilíndrico e permite grandes variações nos jatos d’água.” Com isso, o usuário pode estabelecer a vazão desejada e a abertura dos leques, de 0 a 180°, fixando os valores na regulagem do equipamento. Entre outras características, o Multiflex adota a concepção giratória, que possibilita direcionar os jatos d’água de forma pré-estabelecida para a traseira do veículo ou as laterais. Isso permite priorizar a irrigação de determinadas áreas sem atingir outras desnecessárias.

ATLAS COPCO
ENFOQUE NA ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL


Quem visitar o estande da Atlas Copco pode conferir pessoalmente o novo compressor de ar XAS- 187Pd, que a empresa está lançando no mercado. Fabricado no Brasil, o equipamento é portátil e acionado por motor a diesel de baixo consumo. “Além das suas dimensões compactas, ele é silencioso e proporciona economia de combustível”, afirma Marcelo Falchi, engenheiro de produto da divisão Portable Air da Atlas Copco.

Outra vantagem, segundo ele, é a elevada resistência do compressor a impactos, rachaduras e riscos em sua carenagem, que é do tipo Hard Hat, confeccionada em polietileno. Falchi destaca ainda o lançamento da torre de iluminação QLT4, que oferece intensa luminosidade para trabalhos noturnos também com baixo consumo de energia. Segundo dados da empresa, essa economia se deve ao fato de o equipamento apresentar uma eficiência energética entre 15% 20% superior em relação aos demais modelos de sua categoria.

Na área de perfuração, as novidades da Atlas Copco se concentram nos novos modelos de caroteadoras hidráulicas manuais LCD 500 e LCD 1500. “Elas são leves e convencem os clientes logo após os primeiros testes com perfurações de grande diâmetro”, diz Jan Byrresen, gerente dessa linha de produtos. Ele ressalta que as caroteadoras tiveram sua relação peso/ potência otimizada em relação aos modelos anteriores, proporcionando ganhos de performance e maior durabilidade. Além disso, elas trabalham com baixo índice de vibração, o que resulta em maior conforto durante a operação.

MULTIQUIP
EMPRESA APRESENTA LANÇAMENTOS E CAMPEÕES DE VENDAS


Após encerrar 2008 com um crescimento de 62% em vendas no Brasil, a norte-americana Multiquip volta suas atenções para a subsidiária do País e comparece à M&T Expo 2009 com força total, não apenas com seus campeões de vendas, mas também com lançamentos para o setor de construção civil. “O ano passado foi realmente excepcional, pois comercializamos quase 300 unidades das torres de iluminação LT12D e consolidamos no mercado as alisadoras de concreto da marca Whiteman, que apresentam forte demanda por parte dos empreiteiros de pisos”, afirma Celso Knut-Navarro, presidente da Multiquip do Brasil.

Em seu estande, a empresa expõe a alisadora dupla de 46" e 700 kg de peso, equipada com motor turbo intercooler e controlada por joystick. Também merecem destaque a linha de compactação oferecida pela empresa, incluindo a nova geração do compactador de percussão (tipo sapo) modelo MTX70, lançado no final de 2008, bem como os equipamentos da chinesa S.E.M, pertencente ao grupo Caterpillar, com a qual a empresa firmou um acordo recentemente.

A parceria com a Caterpillar, aliás, é antiga e a Multiquip responde pelo fornecimento de toda a frota de equipamentos leves das lojas de locação dessa fabricante no Brasil, as Cat Rental Stores. “Além disso, as principais construtoras do País também usam alguns dos nossos equipamentos e, por meio de parceira com outras companhias, conseguimos ganhar a maioria das concorrências públicas para rolos compactadores de pequeno porte, na faixa de 1.500 kg de peso, com o nosso modelo AR13H”, conclui Navarro.

ROSSETTI
BASCULAMENTO LATERAL COM O VEÍCULO EM MOVIMENTO


Uma ampla diversidade de implementos para o transporte de materiais em canteiros de obras e mineração, que são desenvolvidos para atender as mais variadas necessidades em termos de capacidade de carga, ciclo de basculamento, redução de “peso morto” e outras demandas específicas de cada usuário. Assim pode ser definida a linha da Rossetti, da qual os profissionais do setor têm uma boa visão ao visitar seu estande na M&T Expo 2009.

A empresa está lançando uma nova linha de semirreboques basculantes, fabricados em aços de ultra-alta resistência, o que reduz a espessura das chapas e, por consequência, a tara do equipamento. “Isso se traduz em maior capacidade de transporte em cada viagem”, resume Daniel Rossetti, gerente de marketing da implementadora. Batizada de LevTec (a abreviação de leve e tecnologia), a linha engloba semirreboques basculantes rebaixados de três eixos, com capacidade entre 16 m³ e 40 m³ de capacidade, além de semirreboques basculantes para grandes volumes. Estes últimos têm capacidades de 55 m³, 60 m³ e 66 m³ e transportam até 36 t de carga líquida.

“Também trouxemos as caçambas meia-cana, muito usadas em construção civil e mineração, que ganharam um sistema de basculamento hidráulico para proporcionar ciclos mais rápidos de descarga, de apenas 28 segundos”, diz o executivo. Outras novidade é o bitrem da linha LevTec, com tara inferior a 11 t e capacidade para 37 t de carga. A empresa também está demonstrando um semirreboque de basculamento lateral 3D, conhecido popularmente como Vanderléia, que transporta até 35 t, com 11 m e três eixos distanciados, sendo que o primeiro é direcional.

De acordo com a Rossetti, ele realiza o basculamento lateral com o veículo parado ou em movimento, oferecendo elevada estabilidade à operação. Entre outras características, o semirreboque leva 9 t a mais de carga em comparação com outros da mesma categoria. “Quando vazio, seus eixos centrais podem ser erguidos, proporcionam uma redução acentuada no desgaste de pneus, que é o segundo maior custo de manutenção da frota, superado apenas pelo óleo diesel.”

A primeira unidade desse implemento foi entregue em fevereiro deste ano, para a Biominas Transportes, possibilitando que ela enfrente trechos rodoviários com maior capacidade de carga e sem burlar a legislação (Lei da Balança). Além disso, o sistema de elevação dos eixos para os trajetos com a caçamba descarregada está proporcionando uma considerável economia de custo à transportadora.

Daniel Rossetti ressalta que, além dos modelos customizados com tecnologia incorporada, a empresa comparece à M&T Expo 2009 com implementos de grande demanda nos canteiros de obras. “É o caso da caçamba basculante standard, de 12 m³ de capacidade de carga, que está presente no estande da Ford, montada sobre um caminhão Cargo 2628”, diz ele. Complementando a lista, a implementadora também apresenta os semirreboques da linha LevTec para as faixas de 20 m³ e 25m³ , indicados para caminhões 4x2 usados em construção civil.

BOSCH REXROTH
ENFOQUE NA OFERTA DE SERVIÇOS

Um sistema hidrostático com controle eletrônico antipatinação, que melhora a eficiência na operação, um dispositivo antioscilação projetado para aumentar o conforto do operador e válvulas que conferem maior segurança ao içamento de cargas, travando os movimentos do guindaste quando ele ultrapassa sua capacidade. Esses dispositivos figuram entre algumas das tecnologias de hidráulica móbil apresentadas pela Bosch Rexroth na M&T Expo 2009. A empresa também expõe em seu estande uma nova família de filtros hidráulicos e uma bancada de testes indicada para treinamentos na área de engenharia mecânica.

“Além das peças originais que desenvolvemos para os equipamentos de construção e mineração, nosso foco está voltado à divulgação dos serviços oferecidos pela empresa, como os reparos nos componentes”, sintetiza Éderson Cherri, gerente da divisão de hidráulica móbil da Bosch Rexroth. Essa estratégia tem o claro objetivo de fixar a imagem da empresa diante de uma forte competição com o mercado paralelo. “Nesse mercado predominam as peças falsificadas, que se caracterizam pelo preço atrativo, mas a vantagem do menor custo de aquisição escorre pelo ralo quando a vida útil do componente é reduzida e as perdas de produtividade da máquina se evidenciam”, ele complementa.

Um exemplo desse fato, segundo o especialista, é a montagem de uma bomba hidráulica com folgas fora da especificação, algo comum no mercado paralelo. “Isso significa pior rendimento volumétrico (maior vazamento), redução na velocidade da operação e a consequente perda de produtividade.” Nessa situação, ele afirma que o resultado se traduz na menor produção de uma escavadeira ou pá carregadeira em termos de volume de terra movimentado por hora de trabalho.

A aposta na área de serviços representa uma alternativa em tempos de estagnação nas vendas, mas esse mercado é muito mais sensível à competição pelo menor custo do que o fornecimento de peças diretamente para os fabricantes de equipamentos. Por esse motivo, a participação da empresa na M&T Expo 2009 é considerada estratégica para o reforço da marca no mercado e a geração de negócios. “O setor de equipamentos para construção sofreu rapidamente com a crise, pois as exportações são um componente importante nesse mercado e elas diminuíram com a queda do consumo nos Estados Unidos”, diz Cherri.

No segmento de agricultura, ele explica que iniciativas do governo têm contribuído para a venda de máquinas de baixa potencia, porém tais ações se mostram infrutíferas diante da queda na produção e exportação dos equipamentos de grande porte, como os tratores da faixa de 180 hp e as colheitadeiras. A restrição ao crédito e a retração dos investimentos no setor sucroalcooleiro contribuem para esse cenário. “A crise da qual se fala é iminentemente de confiança, motivo pelo qual acreditamos numa retomada econômica a partir do segundo semestre, devido aos investimentos em obras de infraestrutura”, conclui o executivo.

ROMANELLI
EQUIPAMENTOS DE PAVIMENTAÇÃO GANHAM ITENS HI-TECH

Após encerrar 2008 com um crescimento de 20% em vendas, a Romanelli conclui o primeiro semestre de 2009 superando todas as projeções do ano passado. Na opinião de José Carlos Romanelli, diretor comercial da empresa, esse ritmo de expansão se deve ao avanço do conceito de sustentabilidade, que impulsiona a demanda por soluções ecologicamente corretas nas obras rodoviárias, como a tecnologia do asfalto borracha, por exemplo. “Nós detectamos esse cenário e nos antecipamos no desenvolvimento de equipamentos que atendem as novas exigências de processos e materiais em pavimentação asfáltica”, ele afirma.

Quem passa pelo estande da empresa na M&T Expo 2009 pode conferir as inovações em seus espargidores de asfalto, multidistribuidores de agregados (MDR) e usinas de micropavimento, que figuram como os carros-chefes da linha da empresa. O modelo MDR 20, por exemplo, está sendo lançado como uma evolução da família de multidistribuidores de agregados da marca, com itens de tecnologia embarcada, maior capacidade de carga e de produção.

Outro destaque é o modelo UHR 700H, nova versão das usinas de micropavimentos, que incorpora sistemas de controle eletrônico da carreta para o chassi e viabiliza unidades mais compactas. José Carlos ressalta o pioneirismo da empresa ao desenvolver equipamentos que aumentam a produtividade nas pavimentações e reduzem os custos de manutenção, como o primeiro espargidos com recursos hidráulicos, com sistema de aspersão hidropneumática computadorizada, com monitoramento remoto via GPS e adequado à aplicação de asfalto borracha. “Seguindo essa filosofia, preparamos um banho de tecnologia nos lançamento que estamos fazendo na M&T Expo”, ele conclui.

ALLISON TRANSMISSION
TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA REDUZ O CICLO DE TRANSPORTE


“Em meio à atual situação econômica, nossa proposta é a de ajudar os clientes a obter maior rentabilidade em suas operações”. Com essas palavras, Clovis Vendramini Kitahara, gerente de marketing da Allison Transmission para a América Latina, justifica o enfoque da empresa na M&T Expo 2009 nas séries 3000 e 4000 da sua linha de sistemas de transmissão automática. Ele explica que os produtos são destinados a veículos de grande porte e estão presentes em modelos como os caminhões fora-de-estrada RK 430, da Randon.

De acordo com Kitahara, esses produtos conferem maior produtividade a veículos sob severas condições de operação, proporcionando ciclos mais curtos no transporte de carga. “Isso sem contar o ganho de disponibilidade, já que eles eliminam a necessidade de paradas para manutenção no conjunto de transmissão, na embreagem, eixo cardan e traseiro.” Os cuidados, segundo ele, resumem-se a ações preventivas como a troca de óleo e de filtro nas datas recomendadas.

Além de oferecer respostas mais rápidas, o executivo ressalta que o sistema elimina a necessidade de troca de marcha manualmente e o motorista pode se concentrar apenas na operação do veículo. “Ele conta com controle adaptativo das marchas, que busca sempre o ponto ideal para a troca, de acordo com a velocidade do veículo, a carga, a rotação do motor e outras variáveis, o que também resulta em menor consumo específico de combustível (litro por tonelada transportada). ”Entre outras características, o sistema dispõe ainda de diagnóstico de falha e leitura de nível de óleo na própria seletora de marchas.

CUMMINS
CONTROLE DE EMISSÕES COM MENOR CUSTO OPERACIONAL


Ao anunciar que já dispõe de tecnologia para atender à próxima etapa das normas internacionais de controle de emissão de poluentes por motores a diesel em equipamentos fora-de-estrada (EPA Tier 4), a Cummins adota o tema “Tecnologia para as Necessidades de Hoje e de Amanhã” em sua participação na M&T Expo 2009. Luiz Chain, gerente de marketing da fabricante, diz que os produtos expostos são os motores QSB6.7 e QSK19, o gerador C20, equipado com motor G4, da série X (2.5 litros), e outros dois geradores portáteis, que podem ser utilizados para lazer ou até mesmo em canteiros de obra.

Completando a lista, há ainda o turbocompressor de geometria variável, da Cummins Turbo Technologies, e o filtro Direct Flow, da Cummins Filtration. “Ao desenvolver um produto, realizamos testes rigorosos para garantir que, além do bom funcionamento, ele resulte em economia para o cliente”, diz Chain. O enfoque, segundo ele, é voltado para a redução do custo operacional, por meio de motores com menor consumo de combustível, que demandam intervalos maiores de manutenção e oferecem ganhos de produtividade. “É inegável a contribuição dos motores eletrônicos, graças aos baixos níveis de vibrações e ruídos, o que também resulta em conforto para o operador.”

A conjugação entre ganhos ambientais e economia operacional também é o mote para a presença de um motor parcialmente remanufaturado no estande da empresa. De acordo com Chain, cada vez mais os clientes adotam essa alternativa, oferecendo seu motor usado à base de troca por um remanufaturado, que tem a mesma garantia de um novo. “Trata-se de uma solução de baixo custo, ágil e que evita o descarte prematuro dos componentes.”

GTM
PESO-PESADO PARA O IÇAMENTO DE CARGAS

O maior guindaste do tipo rodoviário (TC – truck crane) produzido pela chinesa XCMG, com capacidade para 130 t de carga, é o destaque no estande da GTM, que representa os equipamentos de elevação de carga da marca no Brasil. Seu desempenho salta aos olhos, já que se trata do guindaste
com maior alcance da categoria – até 86 m – incluindo o uso de lança e jib.

Mas tais características não bastam para impulsionar as vendas, especialmente em momentos nos quais os clientes colocam na ponta do lápis cada centavo gasto numa aquisição. “Esses guindastes possuem operação simples, apesar de sua alta tecnologia, e apresentam baixo custo de manutenção, já que são robustos e seus componentes estão disponíveis no mercado de reposição brasileiro”, afirma Levi Damame, diretor-presidente da GTM.

Maior fabricante chinesa de máquinas para construção, a XCMG já conta com uma frota considerável de guindastes em operação no Brasil. Desde que a GTM representa os guindastes da marca no País, esses equipamentos começaram a se popularizar entre algumas das principais locadoras e empresas de rigger brasileiras. Damame ressalta a competitividade desses equipamentos no mercado, cujas características de alto desempenho e baixo custo operacional estão contribuindo para a maior rentabilidade dessas empresas.

Após um período de aquecimento na demanda por guindastes, no qual os usuários precisavam enfrentar filas de espera para a entrega de um pedido, o executivo aposta nos investimentos em infraestrutura para manter o ritmo dos negócios em expansão. Na lista dos projetos que devem impulsionar o consumo de guindastes, ele aponta as obras de portos, óleo e gás, geração eólica e usinas de açúcar e álcool, entre outras.

COPEX
LANÇAMENTO MUNDIAL EM AUTOBETONEIRA

Para Antonio Carlos Grisci, diretor da distribuidora Copex, a M&T Expo representa uma oportunidade única para o fechamento de bons negócios no Brasil e na América do Sul, com resultados já comprovados nas participações da empresa em edições anteriores. “Marcamos presença em praticamente todas as feiras especializadas e consideramos a M&T Expo a número um em todos os quesitos, como o volume de negócios, a promoção dos produtos e vitrine para lançamentos”, ele afirma

Por esse motivo, a empresa comparece ao evento com mais de 30 equipamentos das suas linhas de desmonte de rocha, produção de concreto, britagem, compactação e outros. O destaque fica para o lançamento da autobetoneira Fiori DB460SL, uma novidade em âmbito mundial. Segundo Grisci, trata-se de uma verdadeira central de concreto móvel, compacta e com tração 4x4, que realiza um ciclo completo de produção em 20 minutos. “Ela leva a usina de concreto até o local de aplicação, eliminando custos de transporte e reduzindo o tempo de execução da obra.” O equipamento se destina a obras distantes dos grandes centros urbanos, cujo consumo de concreto não justifica o investimento em centrais fixas.

Entre outros produtos, a Copex também apresenta a linha de rompedores hidráulicos Indeco, os acessórios da VTN, como fresadoras para asfalto, e as escarificadoras Simex, para acoplamento em escavadeiras hidráulicas, bem como seus britadores e a linha de caçambas. O objetivo, de acordo com Grisci, é tornar os produtos conhecidos por novos e potenciais clientes, dentro e fora do Brasil. “A M&T Expo é agenda obrigatória para qualquer empresa que queira se posicionar nesse mercado.”

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