Apresentado na bauma 2016, o sistema Co-pilot dá seu primeiro passo na América Latina com a introdução de versões para carregamento com pás carregadeiras e caminhões articulados, que em breve serão seguidos por outros equipamentos da marca.
Considerado a “ferramenta mais inovadora em HMI” do ano pela premiação Car HMI Awards de 2016 – que destaca soluções de interface homem-máquina em diversos segmentos da indústria –, o sistema foi desenvolvido pela Volvo CE em colaboração com a empresa CPAC System AB (controlada pelo próprio grupo e que desenvolve sistemas eletrônicos críticos para a segurança), sendo projetado para uso em diversas atividades, desde carregamento até pavimentação. “A Volvo CE estuda o mercado em cada região comercial para decidir o momento mais adequado de realizar seus lançamentos, considerando as adequações necessárias”, diz Boris Sánchez, gerente de suporte a vendas e aplicações da Volvo CE LA. “Adicionalmente, o display requer certificação junto a autoridades locais, o que é um requerimento legal nos mercados e e
Apresentado na bauma 2016, o sistema Co-pilot dá seu primeiro passo na América Latina com a introdução de versões para carregamento com pás carregadeiras e caminhões articulados, que em breve serão seguidos por outros equipamentos da marca.
Considerado a “ferramenta mais inovadora em HMI” do ano pela premiação Car HMI Awards de 2016 – que destaca soluções de interface homem-máquina em diversos segmentos da indústria –, o sistema foi desenvolvido pela Volvo CE em colaboração com a empresa CPAC System AB (controlada pelo próprio grupo e que desenvolve sistemas eletrônicos críticos para a segurança), sendo projetado para uso em diversas atividades, desde carregamento até pavimentação. “A Volvo CE estuda o mercado em cada região comercial para decidir o momento mais adequado de realizar seus lançamentos, considerando as adequações necessárias”, diz Boris Sánchez, gerente de suporte a vendas e aplicações da Volvo CE LA. “Adicionalmente, o display requer certificação junto a autoridades locais, o que é um requerimento legal nos mercados e está acontecendo em fases. No caso da América Latina, o Co-Pilot já obteve a certificação necessária nos mercados do Brasil, México, Chile e Peru.”
Tela do Load Assist exibe informações críticas da operação de carregamento com pás carregadeiras
Segundo a Volvo CE, que recentemente realizou uma demonstração do produto na fábrica de Pederneiras (SP), o sistema serve de base para diversas plataformas de assistência ao operador, cada uma delas com uma série crescente de aplicativos, que serão agregados aos poucos. No caso específico das pás carregadeiras L150H, L180H, L220H e L260H (que compõem a linha disponibilizada na América Latina), a plataforma Load Assist registra todas as informações de carga e exibe os dados em um display (semelhante a um tablet) instalado na cabina, além de incluir uma câmera de visibilidade traseira (sempre que a máquina está em marcha à ré, a imagem captada pela câmera aparece no monitor, mantendo simultaneamente a exibição dos dados do sistema de pesagem).
Indicado para aplicações de ciclo curto ou carregamento de caminhões, o Load Assist realiza o gerenciamento automático e em tempo real da operação de carregamento, dando acesso a dados sensíveis como o total de material transportado em toneladas, toneladas transportadas por litro de combustível e ciclos realizados, dentre outros. O material é pesado no momento da elevação da caçamba e, uma vez concluído o passe, a tela do monitor exibe os ciclos sequencialmente, além de tipo e ângulo de caçamba utilizada, inclinação da máquina em duas dimensões (lateral e longitudinal) e ciclos previstos e concluídos. A cada ciclo, o avanço do projeto é atualizado na tela. “Todas as cargas levadas nos ciclos de carregamento são registradas no sistema, acumulando-se desde o momento em que o sistema é zerado”, explica Sánchez.
DOSIFICAÇÃO
Também é possível criar uma ordem de serviço, com o carregamento (carga total) previsto em projeto, incluindo as cargas por caminhão a ser carregado, data prevista de conclusão e tipo de material movimentado, por exemplo. A inteligência está no fato de o sistema alertar o operador sobre a necessidade de variar a caçambada no material para completar o total almejado (leia Box acima). “Ou seja, ele indica quanto de material deve ser colocado no último passe para atingir a especificação e, assim, evitar sobre ou subcarregar o caminhão”, diz Sánchez.
Isso, segundo o especialista, permite dosificar o material na medida exata projetada. Para confirmar ao operador que a leitura do carregamento foi precisa, o sistema exibe a imagem de um cadeado na tela, acompanhada de um clique. “Se ele ficar aberto, é sinal que o peso não foi corretamente avaliado”, acresce o gerente.
As informações colhidas ficam gravadas no sistema, podendo ser enviadas pelo sistema de telemetria CareTrack diretamente para um portal, ao qual o cliente tem acesso e que permite processar, analisar e tirar conclusões dos dados contidos nos relatórios. “Se o CareTrack não estiver disponível, também é possível retirar os dados do equipamento por meio de um cartão de memória, que é conectado em uma entrada USB atrás do monitor e para onde as informações são exportadas a partir de um comando de toque na tela”, conta.
Sánchez: produtividade atrelada a uma “faixa ótima” de passes
Mesmo com tais recursos, diz Sánchez, o Co-Pilot não elimina a necessidade de habilidade do operador. “O sistema informa, mas não toma ação”, ressalta o especialista. “De todo modo, é uma solução que auxilia a produtividade operacional à medida que faz o registro do que a máquina produziu, em quanto tempo, com quantos caminhões e com quais cargas.”
Já o Haul Assist, que também chega nesta primeira leva de introdução, é uma plataforma de aplicativos para caminhões articulados disponível para os modelos A25G, A30G, A45 G e A60H. O primeiro aplicativo da plataforma é o sistema de pesagem a bordo, mas futuramente, como antecipa a empresa, serão introduzidos outros, permitindo, por exemplo, visualizar o local de trabalho e a localização dos diversos equipamentos (Site Map), além de assistentes que sugerem a velocidade de deslocamento (Speed Advisor) em função da localização do equipamento.
Em ambas as linhas, a solução será oferecida como opcional nas máquinas. “A Volvo considera que este sistema trará uma série de benefícios e agregará valor ao negócio do cliente”, explica Sánchez. “Porém, como atividade promocional na etapa introdutória nos diversos mercados, um lote limitado de máquinas será equipado com o Co-Pilot para que o mercado conheça o produto e nossa rede de distribuição se familiarize com o sistema, dando o suporte adequado à nova tecnologia.”
Isso deve ocorrer até o segundo semestre deste ano. Mais à frente, a empresa lançará as versões do sistema para compactação (Compact Assist), pavimentação (Paver Assist) e outras atividades realizadas com as máquinas da marca. “Cada vez mais a produtividade está evoluindo em termos de máquinas de construção, permitindo maior controle sobre o que está sendo feito”, comenta Luiz Marcelo Daniel, presidente da Volvo CE LA. “E este lançamento é uma atualização importante desta evolução.”
COMO DEFINIR A QUANTIDADE DE PASSES NO CARREGAMENTO
Segundo o gerente de suporte a vendas e aplicações da Volvo CE LA, Boris Sánchez, dentre os diversos fatores que incidem na produtividade de uma máquina está a relação entre a unidade de carregamento e a unidade de transporte, ou seja, a proporção entre o volume da caçamba do caminhão e a pá carregadeira, além do fator de enchimento de material na caçamba, que juntos levam a um número otimizado de passes entre essas unidades.
Compartilhamento de informações entre máquinas de diferentes marcas é uma demanda antiga
No caso da combinação carregadeira + caminhão, esse número está dentro de uma faixa – chamada de “faixa ótima” – que gira entre três e cinco passes. Já quando se passa para escavadeiras, esse número vai de quatro a sete passes. Dentro dessas faixas é preciso carregar a caçamba com o máximo possível de material. “Assim, se você tem um caminhão de 10 toneladas e a caçamba leva três, não é produtivo simplesmente fazer quatro passes de 2,5 t”, explica Sánchez. “De modo que o ideal é buscar um número de passes completo já na especificação dos equipamentos, para evitar um último passe parcial.”
COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES AVANÇA NOS EUA
Em um esforço para superar a incomunicabilidade entre equipamentos de diferentes marcas, desde 2010 a Association of Equipment Management Professionals (AEMP) vem estabelecendo acordos junto à indústria de equipamentos no sentido de padronizar e compartilhar informações de telemática. Atualmente, dez dados específicos já são compartilhados, como posicionamento geográfico e consumo de combustível, por exemplo.
Assim, cada OEM disponibiliza a fonte dessas informações, que podem ser lidas pelos concorrentes. Trata-se de um importante passo em direção à padronização dos protocolos, um processo que ademais ganhou marco legal em 2016 a partir da norma ISO 15143-3, que especifica o esquema de comunicação para transferir dados das máquinas de um provedor para aplicações do usuário final via Internet, sem a necessidade de se trabalhar com múltiplos pacotes telemáticos, permitindo assim agregar informações em um único display e facilitar a análise. “Os acordos têm sido feitos em função de demandas de clientes”, comenta Luiz Marcelo Daniel, presidente da Volvo CE LA. “A situação causa um desconforto muito grande nos usuários, que desejam abrir os softwares para compor um universo de informações de suas frotas.”
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