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Revista M&T - Ed.198 - Fevereiro 2016
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Reciclagem

As rainhas da sucata

Manipuladores de material são peças fundamentais para a otimização da reciclagem metálica, um setor que processa quase 12 milhões de toneladas de ferro e aço por ano no país

Ferragens de alicerces de construções, portas, portões, grades, esquadrias, chassis de automóveis, autopeças, carcaças de eletrodomésticos e praticamente qualquer outro objeto feito de aço podem (e devem) ser reciclados. E não é à toa que este é o material mais reaproveitado do mundo, pois não há perda de qualidade no processo.

Na verdade, as chamadas sucatas ferrosas podem ter várias origens. Por isso, antes de serem levadas aos fornos para serem transformadas em novos produtos siderúrgicos, precisam ser preparadas, ou seja, selecionadas, limpas, cortadas e prensadas. Esse trabalho pode ser feito na própria usina ou por empresas especializadas, mas necessita de equipamentos como manipuladores, tesouras, trituradores, prensas e aparelhos de corte, fabricados e/ou comercializados no país por empresas como Sotreq, Liebherr e Terex Fuchs, dentre outras.

Embora o Brasil não reaproveite sucata ferrosa tanto quanto os países mais desenvolvidos, o mercado nacional de reciclagem metálica é significativo, com mais de 3 mil empresas atuantes, 1,5 milhões de pessoas empregadas e uma receita de 9,2 bilhões de reais em 2013, segundo Hugo Magno, consultor de desenvolvimento de mercado da Sotreq, revendedora dos produtos da Caterpillar. “Anualmente, cerca de 12 milhões de toneladas de sucata de ferro e aço são processadas no país”, diz. “Com base nesses números, é possível perceber a importância desse setor na economia brasileira.”

Além disso, há os aspectos ambientais, cada vez mais importantes no mundo atual. “Qualquer reciclagem implica em redução de desperdício e colabora com a ‘limpeza’ do meio ambiente”, enfatiza Marcos Claret, gerente da área de manipuladores de materiais da Liebherr Brasil. “Adicionalmente, nos últimos anos estamos assistindo à entrada de uma grande parcela da população no mercado de consumo, trazendo consigo uma expressiva demanda por produtos acabados, o que por sua vez gera uma crescente necessidade de bens primários. Assim, a utilização de processos de reaproveitamento se torna extremamente importante e colabora para não exaurirmos rapidamente os recursos naturais e preservar a natureza.”

Também consultor de desenvolvimento de mercado da Sotreq, João Rocha dimensiona esses b


Ferragens de alicerces de construções, portas, portões, grades, esquadrias, chassis de automóveis, autopeças, carcaças de eletrodomésticos e praticamente qualquer outro objeto feito de aço podem (e devem) ser reciclados. E não é à toa que este é o material mais reaproveitado do mundo, pois não há perda de qualidade no processo.

Na verdade, as chamadas sucatas ferrosas podem ter várias origens. Por isso, antes de serem levadas aos fornos para serem transformadas em novos produtos siderúrgicos, precisam ser preparadas, ou seja, selecionadas, limpas, cortadas e prensadas. Esse trabalho pode ser feito na própria usina ou por empresas especializadas, mas necessita de equipamentos como manipuladores, tesouras, trituradores, prensas e aparelhos de corte, fabricados e/ou comercializados no país por empresas como Sotreq, Liebherr e Terex Fuchs, dentre outras.

Embora o Brasil não reaproveite sucata ferrosa tanto quanto os países mais desenvolvidos, o mercado nacional de reciclagem metálica é significativo, com mais de 3 mil empresas atuantes, 1,5 milhões de pessoas empregadas e uma receita de 9,2 bilhões de reais em 2013, segundo Hugo Magno, consultor de desenvolvimento de mercado da Sotreq, revendedora dos produtos da Caterpillar. “Anualmente, cerca de 12 milhões de toneladas de sucata de ferro e aço são processadas no país”, diz. “Com base nesses números, é possível perceber a importância desse setor na economia brasileira.”

Além disso, há os aspectos ambientais, cada vez mais importantes no mundo atual. “Qualquer reciclagem implica em redução de desperdício e colabora com a ‘limpeza’ do meio ambiente”, enfatiza Marcos Claret, gerente da área de manipuladores de materiais da Liebherr Brasil. “Adicionalmente, nos últimos anos estamos assistindo à entrada de uma grande parcela da população no mercado de consumo, trazendo consigo uma expressiva demanda por produtos acabados, o que por sua vez gera uma crescente necessidade de bens primários. Assim, a utilização de processos de reaproveitamento se torna extremamente importante e colabora para não exaurirmos rapidamente os recursos naturais e preservar a natureza.”

Também consultor de desenvolvimento de mercado da Sotreq, João Rocha dimensiona esses benefícios em números. De acordo com ele, cada tonelada de aço reciclado representa uma economia de 1,2 t de minério de ferro, aproximadamente 150 kg de carvão e 18 kg de cal. “Para cada tonelada reprocessada de alumínio, deixam de ser extraídas cinco toneladas de bauxita, que é um recurso não renovável”, acrescenta. “Há ainda economia de recursos energéticos, o que também contribui para preservar o meio ambiente.”

BALANCEAMENTO

Basicamente há três tipos de sucata ferrosa ou metálica, conforme a sua origem. Um deles é a chamada sucata “interna”, pois é o aço que sobra durante seu próprio processo de fabricação nas usinas siderúrgicas. O segundo tipo é a sucata “industrial”, gerada nas metalúrgicas, fundições e fábricas, como as de automóveis, por exemplo. Há ainda a sucata de “obsolescência”, que são bens de consumo de ferro ou aço, como automóveis e eletrodomésticos, por exemplo, ou máquinas e equipamentos industriais, que já se tornaram desgastados pelo uso e são descartados.

Seja qual for a origem, uma operação de reciclagem eficiente requer alguns cuidados. Segundo Magno, da Sotreq, do ponto de vista dos equipamentos de carregamento, ela deve ser bem projetada e o fluxo de materiais precisa ser alinhado e balanceado entre as etapas produtivas. O manipulador de materiais, por exemplo, deve ser escolhido de modo a atender ao processamento da sucata (corte, instalações trituradoras e separação) tanto em termos físicos (altura para o despejo do material, distância da pilha ao triturador, localização dentro do pátio) quanto em termos de produção (os volumes movimentados devem ser os mais próximos possíveis da taxa de processamento do triturador). “O ideal é que todas as máquinas tenham suas produções balanceadas de modo a ter produtividade e utilização otimizadas”, explica o especialista.

Nesse processo, os manipuladores citados por Magno são usados para movimentar a sucata. A Sotreq revende produtos fabricados pela Caterpillar que, segundo o executivo, incorporam toda a confiabilidade e robustez que são peculiares à marca norte-americana. Ainda de acordo com ele, os manipuladores são hidráulicos, mas podem ser configurados com um gerador para a operação com eletroímãs. “Nossos equipamentos também possuem cabine elevada hidraulicamente para aumentar a visibilidade da operação”, detalha. “Além disso, a ergonomia e o conforto proporcionados ao operador aumentam significativamente a produtividade.”

Além desses equipamentos, a Sotreq revende diversos implementos destinados ao manuseio de materiais e demolição, como tesouras e martelos hidráulicos, multiprocessadores, pulverizadores secundários e garras de demolição e classificação de sucata (conhecidas como “casca de laranja”). “A principal característica da garra Cat são os cilindros, que são protegidos pelo próprio corpo do implemento”, afirma. “Logo, não ficam sujeitos aos danos decorrentes do contato com a sucata metálica e com os resíduos.”

ADEQUAÇÃO

Outra destacada fornecedora de manipuladores no Brasil é a Terex Fuchs. “Oferecemos diversos modelos desta família, dentre os quais os principais são o MHL335, o MHL340 e o MHL350”, informa Fernando Mello, executivo de vendas da TFD, distribuidora dos produtos da empresa. “De modo geral, a principal diferença entre estas máquinas está na capacidade de carga e alcance.”

As características inovadoras desses equipamentos, como garante Mello, incluem presença de garra e tesouras hidráulicas para cortar sucata, chassi inteiramente soldado (em vez de montado com parafusos), cilindros duplos na lança, coolers separados para melhor refrigeração e cabine com maior espaço e conforto para o operador.

Ainda de acordo com o especialista, todos os modelos podem ser equipados com garra hidráulica ou eletroímã. O primeiro tipo de manipulador, como ele explica, é indicado para movimentação de sucata leve e pesada, seja na formação de pilhas, descarregamento, carregamento de caminhões e alimentação de shredders (trituradores) ou prensas. Os magnéticos, por sua vez, são aplicados em material com impurezas. “Quando trabalhamos com sucata, nem sempre ela vem pura, ou seja, contendo apenas metal. Às vezes, o material é fornecido misturado com areia, plástico ou até lixo em geral”, diz ele. “Por isso, usamos o eletroímã para coletar esse material e separá-lo dos não metálicos.”

A Liebherr, por sua vez, oferece uma nova série de manipuladores de materiais da divisão LH (Liebherr Handler), com máquinas de 22 a 150 toneladas de peso operacional. “Entre as principais caraterísticas dessa linha, destacam-se o novo design – mais moderno e fluído –, cabine mais espaçosa e com melhor visibilidade e isolamento sonoro, além de motores mais econômicos e duráveis, que respeitam os índices de emissão”, enumera Claret. “As soluções também incorporam melhorias significativas na parte hidráulica, que conferem respostas mais precisas e rápidas aos equipamentos, aumentando a economia e o desempenho geral em todas as situações.”

Claret garante que, mesmo sendo relativamente compactos, os manipuladores de materiais da Liebherr são “potentes, ágeis, precisos e versáteis nas aplicações”. Assim como as demais marcas, os produtos da LH também usam implementos como garra multipinças, eletroímã e tesoura hidráulica, com peso da ferramenta variando de 2,4 toneladas a 5,6 toneladas. “Nossas máquinas atuam com grande sucesso nos mercados de reciclagem de resíduos e na movimentação de toras de madeira e materiais a granel”, diz.

COMPLEMENTARES

Aliás, uma nova solução desenvolvida pela Liebherr é a utilização desses equipamentos em plataforma metálica patolada, um novo conceito de máquina estacionária que permite mobilidade superior às que atuam sobre pedestal. Nesse sentido, existem modelos de capacidades variadas, que podem ser acionados por motores a diesel ou elétricos. Geralmente, são equipados com garras para sucata – diversos tamanhos e formatos são oferecidos, dependendo do material e aplicação. Em alguns casos, também podem ser equipados com tesouras hidráulicas.

Também há equipamentos específicos para as atividades que precedem a reciclagem, como a demolição de prédios e de outras construções, que geram muita sucata. Claret explica que, nesse caso, são usadas máquinas sobre esteiras com implementos bem longos, para aplicação em edifícios mais altos (onde não é permitida a implosão) e de tamanho regular (para aplicações padrão). Nesse caso, as máquinas podem ser equipadas com tesouras, rompedores e outros tipos de ferramentas. “Para demolição, por exemplo, oferecemos escavadeiras sobre esteiras, que têm de 47 a 220 toneladas de peso operacional e alturas de trabalho que variam de 20 a 65 metros”, enumera.

Já a Sotreq revende para o mercado de demolição alguns equipamentos de construção leve e pesada como minicarregadeiras, retroescavadeiras e escavadeiras hidráulicas de esteira e de rodas, todos fabricados pela Caterpillar. “Configuradas com implementos específicos, essas máquinas realizam não só a demolição primária ou secundária, como também fazem uma pré-seleção desses materiais para otimização da destinação e reciclagem deles, como, por exemplo, a separação de concreto e vergalhões”, finaliza Rocha.

 

 

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