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Revista M&T - Ed.199 - Março 2016
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Empresa

À prova de choques

Prevendo queda de 15% nos negócios neste ano, a Volvo Trucks avalia que o planejamento das empresas está sendo posto à prova pelo mercado mais retraído
Por Marcelo Januário (Editor)

Mesmo admitindo as dificuldades que o momento impõe – situação que nos últimos dois anos levou ao corte de cerca de 800 vagas na fábrica de Curitiba (PR) e reduziu a demanda para um terço do previsto –, a Volvo Trucks acredita que as estratégias recentemente adotadas têm se mostrado acertadas. Dentre outras ações, o planejamento incluiu o lançamento (com tabela reajustada) da nova série F de caminhões no final de 2014, o reforço da área de serviços, a introdução de tecnologias como as caixas I-Shift e a aposta em veículos seminovos.

Contudo, seguindo o calvário que se tornou o mercado brasileiro para equipamentos pesados, a empresa prevê mais um ciclo difícil, com uma queda de 15% no volume de negócios, fechando o ano com 35 mil unidades, ou 62% abaixo da demanda em 2014. “É nesse momento que testamos se as estratégias adotadas pela empresa anos atrás estavam corretas”, diz Bernardo Fedalto, diretor de caminhões da Volvo no Brasil. “Porque você só testa os processos quando vêm as dificuldades.”

PESADOS

Segundo o executivo, as estratégias de longo prazo não podem mudar em função de situações eventuais de mercado, mesmo que o cenário leve à adoção de ações como a suspensão temporária de contratos de trabalho, programas de demissões voluntárias, redução de turnos e cortes de pessoal, todas adotadas recentemente pela fabricante. “Precisamos de consistência de desenvolvimento e crescimento, mostrando que dá para planejar, dá para fazer”, afirma Fedalto.

Na linha de pesados, acima de 40 toneladas, a Volvo afirma que mantém a liderança de mercado, com uma participação de 29,6%. Para isso, o foco é a competitividade. “Perder a disputa [por clientes] é algo compreensível, o que não pode é perder por W.O., sem sequer competir”, diz o diretor.

Além do FH, a linha pesada da marca inclui o modelo FMX, para aplicações vocacionais em condições severas. A intenção de introduzir uma nova marca no mercado brasileiro, anunciada no ano passado e que poderia trazer a UD, a Renault ou a Mack ao país, está temporariamente descartada.

Com a baixa na demanda por veículos novos, a empresa concentrou esforços no atendimento, na exportação e no mercado secundário. O mercado externo j


Mesmo admitindo as dificuldades que o momento impõe – situação que nos últimos dois anos levou ao corte de cerca de 800 vagas na fábrica de Curitiba (PR) e reduziu a demanda para um terço do previsto –, a Volvo Trucks acredita que as estratégias recentemente adotadas têm se mostrado acertadas. Dentre outras ações, o planejamento incluiu o lançamento (com tabela reajustada) da nova série F de caminhões no final de 2014, o reforço da área de serviços, a introdução de tecnologias como as caixas I-Shift e a aposta em veículos seminovos.

Contudo, seguindo o calvário que se tornou o mercado brasileiro para equipamentos pesados, a empresa prevê mais um ciclo difícil, com uma queda de 15% no volume de negócios, fechando o ano com 35 mil unidades, ou 62% abaixo da demanda em 2014. “É nesse momento que testamos se as estratégias adotadas pela empresa anos atrás estavam corretas”, diz Bernardo Fedalto, diretor de caminhões da Volvo no Brasil. “Porque você só testa os processos quando vêm as dificuldades.”

PESADOS

Segundo o executivo, as estratégias de longo prazo não podem mudar em função de situações eventuais de mercado, mesmo que o cenário leve à adoção de ações como a suspensão temporária de contratos de trabalho, programas de demissões voluntárias, redução de turnos e cortes de pessoal, todas adotadas recentemente pela fabricante. “Precisamos de consistência de desenvolvimento e crescimento, mostrando que dá para planejar, dá para fazer”, afirma Fedalto.

Na linha de pesados, acima de 40 toneladas, a Volvo afirma que mantém a liderança de mercado, com uma participação de 29,6%. Para isso, o foco é a competitividade. “Perder a disputa [por clientes] é algo compreensível, o que não pode é perder por W.O., sem sequer competir”, diz o diretor.

Além do FH, a linha pesada da marca inclui o modelo FMX, para aplicações vocacionais em condições severas. A intenção de introduzir uma nova marca no mercado brasileiro, anunciada no ano passado e que poderia trazer a UD, a Renault ou a Mack ao país, está temporariamente descartada.

Com a baixa na demanda por veículos novos, a empresa concentrou esforços no atendimento, na exportação e no mercado secundário. O mercado externo já absorve 30% da produção de Curitiba, ao passo que a venda de caminhões seminovos já representa 20% dos negócios da empresa no país, o segundo principal mercado global para a marca, atrás apenas dos EUA. “Nossos produtos têm alto valor de revenda e a prova disso é que temos registrado 95 mil visitas por mês no nosso site de usados”, comenta o executivo. “Já em peças e serviços, temos 21 mil contratos ativos de manutenção, sendo que 53% dos nossos caminhões têm plano de manutenção.”

 

 

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