Assessoria de Imprensa
17/04/2023 13h47 | Atualizada em 18/04/2023 08h18
A Wave Nickel Brasil, empresa de tecnologia focada no processamento sustentável de níquel, assinou na semana passada um contrato de compra da Unidade Niquelândia, localizada em Goiás, que até então pertencia à Companhia Brasileira de Alumínio – CBA.
O investimento soma R$20 milhões e inclui uma mina, a planta de processamento e toda sua estrutura operacional.
A Unidade é voltada para extração e beneficiamento de minério de níquel, por meio de diferentes processos metalúrgicos, que resultam na obtenção do carbonato de níquel.
O polo industrial possui 55 milhões de tone
...A Wave Nickel Brasil, empresa de tecnologia focada no processamento sustentável de níquel, assinou na semana passada um contrato de compra da Unidade Niquelândia, localizada em Goiás, que até então pertencia à Companhia Brasileira de Alumínio – CBA.
O investimento soma R$20 milhões e inclui uma mina, a planta de processamento e toda sua estrutura operacional.
A Unidade é voltada para extração e beneficiamento de minério de níquel, por meio de diferentes processos metalúrgicos, que resultam na obtenção do carbonato de níquel.
O polo industrial possui 55 milhões de toneladas de recursos de níquel (0,94% Ni e 0,12% Co) e tem capacidade para produzir cerca de 20 mil toneladas por ano de níquel contido em carbonato.
Os recursos podem chegar a 80 milhões de toneladas, se forem consideradas as pilhas de minérios marginais.
“Essa negociação está alinhada aos objetivos estratégicos da CBA, mantendo nosso foco no processamento de alumínio e reciclagem. Em caso de retomada da produção pela Wave Nickel Brasil em Niquelândia, a CBA receberá ainda 3% de royalties sobre a receita operacional líquida da empresa, limitados a US$10 milhões ao ano. Importante ressaltar que a gestão dos projetos do Legado Verdes do Cerrado e do parque solar permanece com a CBA, assim como a barragem do Jacuba”, diz Ricardo Carvalho, CEO da CBA.
Com a aquisição, a Wave Nickel implementará no mercado brasileiro uma tecnologia disruptiva que usa micro-ondas para a separação dos minerais, eliminando a necessidade de barragens, já que os poucos resíduos inertes podem ser empilhados a seco.
“Queremos implementar com maior velocidade uma tecnologia inovadora e sustentável para a produção de hidróxido misto de Níquel-Cobalto (MPH), produto intermediário para a fabricação de baterias, capaz de impactar o mercado global da eletrificação. Além de nos inserirmos na cadeia de transição energética, posicionando o Brasil como pioneiro no mundo a incorporar e liderar esse processo”, afirma Gustavo Emina, CEO da Wave Nickel.
A Wave Nickel espera que a planta opere em sua totalidade a partir de 2029, com a ativação do método Wave, em que o minério bruto passa por uma etapa de pré-concentração a seco, na qual os teores de níquel aumentam em 60% e a massa é reduzida em 40%; e por uma etapa de aplicação de ondas eletromagnéticas, que torna o níquel e o cobalto reativos e recuperáveis.
O final do processo ainda permite a recuperação de outros minerais estratégicos, como magnésio, cromo e manganês, além de produzir fosfato de ferro, outro importante insumo de baterias LFP, que também possui relevante valor de mercado. Além disso, 99% dos ácidos utilizados no método Wave são reciclados e recirculados, sem a dispersão destes no ambiente, e de forma sustentável.
O fechamento da transação acontecerá após o cumprimento de condições precedentes, incluindo a avaliação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
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