A MOL e a Volvo Penta estão realizando testes com o trator rebocador elétrico 4X4 RME225, utilizando as instalações da DFDS no Porto de Ghent, na Bélgica.

Segundo as empresas, a colaboração centra-se na integração de um trem de força totalmente elétrico concebido para “apoiar os clientes a manter a competitividade e a rentabilidade durante a transição energética”.

A iniciativa tem como objetivo elevar a novos patamares as operações de manuseio de materiais nas operações em terminais portuários.

O Terminal Tractor RoRo (Roll on-Roll off) conta com sistema da Volvo Penta composto por três baterias, totalizando 270 kWh de energia instalada, além de uma caixa de velocidades EPT802 e dois motores de propulsão de 200 kW.

Um motor separado de 50 kW alimenta o sistema hidráulico e a quinta roda.

“Concebido para alta produtividade e desempenho, o modelo RME225 opera em turnos completos, constituindo uma alternativa aos equipamentos similares a diesel”, diz o comunicado.

“Essa colaboração representa um passo significativo no sentido de uma logística portuária mais sustentável e eficiente”, completa.

Uma das maiores empresas de transporte marítimo e logística do Norte da Europa, a DFDS fornece apoio para os testes, incluindo um operador dedicado e um espaço de monitorização especialmente designado para a operação.

“O progresso técnico obtido por meio da colaboração com a Volvo Penta na criação do rebocador portuário 4x4 totalmente elétrico demonstra os nossos esforços para expandir a nossa linha de novos veículos sem emissões, especificamente para as necessidades rigorosas das operações portuárias pesadas”, afirma Conrad Verplancke, engenheiro de vendas da MOL.

Desafios – No rol de medições, a MOL realiza testes de autonomia visando aprimorar o desempenho e a dirigibilidade do trator rebocador RME225.

De acordo com a empresa, os testes são cruciais para “garantir que o equipamento possa lidar com cargas pesadas e operar eficientemente sob os horários exigentes que são típicos em operações portuárias”.

O objetivo é abordar os desafios únicos enfrentados pelos veículos portuários, melhorando o desempenho, a autonomia e a confiabilidade em cenários operacionais reais.

“O valor da eletrificação vai para além do investimento inicial em tecnologia”, explica Jeroen Overvelde, gestor de vendas da Volvo Penta.

“O rebocador totalmente elétrico iguala os seus similares a diesel em termos de desempenho, com taxas de aceleração potencialmente mais elevadas”, comenta.