Canal Rural
06/02/2023 11h22 | Atualizada em 06/02/2023 12h48
O setor de máquinas agrícolas registrou um recorde de vendas em 2022 no Brasil. Segundo o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estêvão, as vendas internas somaram R$ 91 bilhões, um aumento de 2% na comparação com o ano anterior.
No entanto, mesmo com esse bom crescimento, o dirigente explicou que o percentual é baixo, pois a base de vendas em 2020 e 2021 era grande. O segmento cresceu 17% em 2020 e 48% em 2021.
Incertezas – Considerando uma série de incertezas para o ano que come
...O setor de máquinas agrícolas registrou um recorde de vendas em 2022 no Brasil. Segundo o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estêvão, as vendas internas somaram R$ 91 bilhões, um aumento de 2% na comparação com o ano anterior.
No entanto, mesmo com esse bom crescimento, o dirigente explicou que o percentual é baixo, pois a base de vendas em 2020 e 2021 era grande. O segmento cresceu 17% em 2020 e 48% em 2021.
Incertezas – Considerando uma série de incertezas para o ano que começa, o dirigente acha difícil que se repita o desempenho de 2022.
Isso porque os recursos do Plano Safra 2022/23, disponibilizados em julho, acabaram em outubro.
“Como os juros estão muito elevados, a janela de investimentos ficou muito ruim. Se não houver nenhum aceno do governo no curto prazo, os novos recursos devem estar disponíveis apenas no início do segundo semestre. Voltando os recursos a partir de julho, conseguiríamos repetir o desempenho da segunda metade do ano passado, mas ficaríamos com essa queda no primeiro semestre”, segundo Estêvão, só não há como saber de quanto seria essa queda, mas ele alerta: “10% é bastante possível”.
O cenário já é preocupante, considerando que no acumulado de novembro e dezembro de 2022, as vendas caíram 20% ante igual período de 2021.
As empresas de máquinas agrícolas relatam um cenário ainda pior em janeiro, e o setor não tem expectativa de melhora.
Mas, o dirigente se mostra otimista com as perspectivas de boas colheitas de grãos no Paraná, no Sudeste e no Centro Oeste. “A rentabilidade esperada é muito boa, e muitos produtores têm capital para comprar máquinas à vista. Esse é o ponto positivo para o primeiro semestre”, comemorou.
18 de novembro 2024
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