O mercado de caminhões vai crescer pelo menos dois dígitos em 2019, afirma Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus.

A expansão, no entanto, será menor que a deste ano, que caminha para terminar com alta de cerca de 50% – até novembro o crescimento é de 49%.

“Nossa expectativa para o ano que vem se baseia na confiança do consumidor, que é positiva, nos projetos de infraestrutura que esperamos que sejam tocados, estimulando a demanda por caminhão, e na conscientização dos caminhoneiros que precisam renovar a frota”, diz o executivo.

Segundo ele, antes da crise econômica, a frota de caminhões costumava ter uma média de dois a três anos. Agora, é de cinco anos.

Na opinião de Cortes, com a expansão de cerca de 50% do mercado em 2018, o setor encerra um período de crise.

Entre 2013 e 2017, as vendas caíram 66%. Depois de os emplacamentos voltarem a crescer, ele espera que o ano de 2019 seja marcado pela recuperação da rentabilidade, porque, até o momento, o crescimento se deu em cima de margens pequenas. “Os volumes voltaram. No ano que vem serão os preços”, diz.

O presidente da empresa explica ainda que está animado com o próximo governo e com o viés liberal dos nomes que já foram anunciados para compor os ministérios e as secretarias.

“O liberalismo é a única forma. Somos a favor de uma abertura e das reformas”, explica Coortes

Cortes comenta que a empresa tem como plano investir R$ 1,5 bilhão no Brasil entre 2018 e 2022.

A fábrica de Resende tem operado com 60% de ociosidade, depois de ter chegado a 75% durante a crise. Após as férias coletivas de fim de ano, vai operar com um segundo turno parcial. Para esse aumento de produção, foram contratados 350 novos funcionários. Com isso, a fábrica terá 3,5 mil trabalhadores.