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Setor de máquinas agrícolas está enfrentando bem os efeitos da pandemia

A avaliação é do vice-presidente da New Holland Agriculture, Rafael Miotto. O varejo deve fechar 2020 no zero a zero com o ano anterior

Agência Safras

30/06/2020 11h00 | Atualizada em 01/07/2020 17h27

O setor de máquinas agrícolas vai enfrentando bem os efeitos sobre a economia da pandemia do Coronavírus, com um impacto menor, assim como a agricultura brasileira.

A avaliação é do vice-presidente da New Holland Agriculture, Rafael Miotto, em live organizada pela consultoria Safras, realizada na semana passada.

Segundo Miotto, há diferenças no setor de máquinas no varejo e no atacado no “enfrentamento” da pandemia. Após um período de temores, o varejo reagiu nas vendas de máquinas e agora está em patamares normais, devendo fechar 2020 neutro no comparativo com 2019.

Já o atacado teve um pouco mais d

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O setor de máquinas agrícolas vai enfrentando bem os efeitos sobre a economia da pandemia do Coronavírus, com um impacto menor, assim como a agricultura brasileira.

A avaliação é do vice-presidente da New Holland Agriculture, Rafael Miotto, em live organizada pela consultoria Safras, realizada na semana passada.

Segundo Miotto, há diferenças no setor de máquinas no varejo e no atacado no “enfrentamento” da pandemia. Após um período de temores, o varejo reagiu nas vendas de máquinas e agora está em patamares normais, devendo fechar 2020 neutro no comparativo com 2019.

Já o atacado teve um pouco mais de dificuldades, mas também vive um aquecimento e deve fechar com desempenho de 5% a 10% abaixo de 2019.

Os concessionários da cadeia, como destaca Miotto, buscaram e buscam trabalhar com segurança no fluxo de caixa, para estarem bem preparados pelos riscos envoltos na economia na pandemia. “Mas estou bem otimista. Está melhor do que em projeções anteriores e a tendência é de recuperação mais rápida do que imaginávamos”, comenta.
Falando sobre os impactos da valorização do dólar, o vice-presidente da New Holland indica que a agricultura continua firme, com as cotações dos grãos reagindo em reais com a alta da moeda americana.

Para ele, em 2021 as cotações em reais dos grãos ainda deverão estar muito boas para o produtor, com o dólar ainda sustentando.

Na área das máquinas, o aumento do dólar trouxe incremento de custos de produção, com produtos importados necessários ficando mais caros, mas houve competitividade para as exportações.

Ele diz que para o setor de máquinas, os grãos deram uma impulsionada, permitindo uma recuperação. Porque outras áreas, como hortifrutigranjeiros e agricultura familiar estão “sofrendo bem mais” e isso impacta na hora de comprar maquinários agrícolas.

“Eles precisarão de mais meses para se recuperar e investir, dependendo mais da economia doméstica”, avalia Miotto. Ele cita ainda que o setor de cana-de-açúcar também enfrenta maiores dificuldades, com oscilações, assim como os produtores de algodão.

Embora com problemas em algumas cadeias, como na cana e no algodão, a pandemia não prejudicou as vendas de máquinas em nenhum estado ou região específica. Mas ele torna a dizer que a agricultura familiar foi mais afetada, não contando com fornecimento de merenda escolar (com aulas suspensas).

Feiras
O setor de máquinas sempre usou muito as feiras agropecuárias como estratégia de marketing e para vendas efetivas. Sem elas devido à pandemia, as empresas estão tendo de se adequar. Miotto afirmou que a New Holland investiu na divulgação de seus produtos de outras formas, citando promoção na Live dos cantores sertanejos Jorge e Matheus.

Ele destaca que os produtores muitas vezes aguardam por uma feira para conhecer as máquinas e comprar. “Mudou essa calendarização das vendas”, afirma. Os lançamentos estão sendo feitos de outras formas, mas as vendas estão ocorrendo. “Mudamos um pouco e os compradores também devem comprar em outros períodos”, diz.

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