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Uso de Arla avança em máquinas agrícolas

À base de nitrogênio, o Arla é capaz de reduzir em até 90% a emissão de compostos nitrogenados, sendo uma das principais tecnologias disponíveis hoje na indústria para cumprir as exigências legais de eficiência dos motores de combustão

Canal Rural

25/02/2022 11h00 | Atualizada em 25/02/2022 12h54

Obrigatório em caminhões a diesel desde 2012, o Arla, sigla para agente redutor líquido automotivo, tem ganhado espaço no campo.

A substância tem sido aplicada em máquinas e implementos agrícolas mais modernos e de emissões reduzidas de gases do efeito estufa.

À base de nitrogênio, o Arla é capaz de reduzir em até 90% a emissão de compostos nitrogenados, sendo uma das principais tecnologias disponíveis hoje na indústria para cumprir as exigências legais de eficiência dos motores de combustão.

“O Arla nada mais é do que uma solução de ureia, de aproximada

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Obrigatório em caminhões a diesel desde 2012, o Arla, sigla para agente redutor líquido automotivo, tem ganhado espaço no campo.

A substância tem sido aplicada em máquinas e implementos agrícolas mais modernos e de emissões reduzidas de gases do efeito estufa.

À base de nitrogênio, o Arla é capaz de reduzir em até 90% a emissão de compostos nitrogenados, sendo uma das principais tecnologias disponíveis hoje na indústria para cumprir as exigências legais de eficiência dos motores de combustão.

“O Arla nada mais é do que uma solução de ureia, de aproximadamente 32,5% em massa de ureia, com a água. Essa solução fica armazenada em um tanque próximo ao tanque de combustível de veículos pesados movidos a diesel e é injetada e misturada no sistema de escapamento do veículo. Lá, reage com os compostos nitrogenados e gera vapor de água e o gás nitrogênio – que são inofensivos para a saúde humana”, explica o professor de engenharia química da FEI, Ricardo Belchior.

Ainda pouco comum no campo, ele destaca que a tecnologia deve ganhar espaço entre máquinas agrícolas conforme avancem as fases do Proconve (Programa de controle da poluição do ar por veículos automotores), lançado na década de 80 e que, este ano, chega a sua sétima etapa.

“Se imaginarmos que em 1988 a emissão de monóxido de carbono por veículo era de 24 gramas por quilômetro e hoje estamos com 1 grama por quilômetro, a redução foi grande. E se o Proconve está sendo estendido para máquinas agrícolas, essa questão é imediata”, destaca o professor.

Com um consumo médio de 5% em relação ao consumo de diesel – ou seja, a cada 100 litros de diesel são necessários 5 de Arla – a tecnologia ainda enfrenta resistência por parte dos produtores.

“Você tem propaganda dos dois lados. Enquanto algumas empresas destacam que usam motores com Arla, outras usam como propaganda o fato de não precisar usar”, explica o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (CSMIA/Abimaq), Pedro Estevão. Segundo ele, a ausência do Arla é exposta pelos fabricantes como um insumo a menos a ser usado na fazenda.

“É a mesma coisa se você tivesse um carro e tivesse mais um tanque pra abastecer. É mais um fator pra estar controlando”, ressalta o executivo.

No Brasil, os motores SCR, que dependem do Arla, são adotados principalmente por empresas multinacionais, que importam as peças de suas matrizes para montagem dos equipamentos em território nacional.

É o caso da Fendt, marca que chegou ao Brasil em 2019 e que usa motores a base de Arla em suas colheitadeiras vendidas no país.

“Na Europa nós já temos uma regra bem mais rígida, com motores com emissões equivalentes a 1% dos motores usados no Brasil, e trouxemos essas tecnologias para o país também para contribuir na tarefa que temos de criar para o futuro uma agricultura mais sustentável”, afirma o embaixador da Fendt na América do Sul, Felix Glas.

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