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Três indústrias de máquinas agrícolas paralisam fábricas no Brasil por Coronavírus

John Deere, Jacto e Stara anunciaram interrupção nas operações por pandemia

Globo Rural

31/03/2020 11h00

Três fabricantes de máquinas e implementos agrícolas anunciaram oficialmente a paralisação de suas operações devido aos efeitos da pandemia de Coronavírus no Brasil.

Os grupos paulista Jacto e gaúcho Stara já fecharam unidades. Já a John Deere, uma das maiores fabricantes do segmento, interrompeu as atividades no dia 25 de março.

Outros fabricantes devem seguir o mesmo caminho e descontinuar o funcionamento das unidades industriais até o começo de abril, segundo o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Associação Brasileira da Indústria de M&aac

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Três fabricantes de máquinas e implementos agrícolas anunciaram oficialmente a paralisação de suas operações devido aos efeitos da pandemia de Coronavírus no Brasil.

Os grupos paulista Jacto e gaúcho Stara já fecharam unidades. Já a John Deere, uma das maiores fabricantes do segmento, interrompeu as atividades no dia 25 de março.

Outros fabricantes devem seguir o mesmo caminho e descontinuar o funcionamento das unidades industriais até o começo de abril, segundo o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão Bastos.

"Parte das empresas já está em férias coletivas. As empresas estão mantendo o atendimento de peças de reposição porque as operações precisam continuar. Mas quem não entrou agora (em férias coletivas), deve entrar nas próximas semanas", afirma Bastos.

Perdas imediatas
O impacto das paralisações do setor de máquinas e implementos agrícolas no volume de negócios é imediato. É que faltam peças e implementos para a montagem e venda das máquinas e não se sabe até quando essa situação permanecerá.

Até o começo da semana retrasada, o problema estava mais localizado com a importação de implementos da China, maior fornecedor de peças importadas do mundo, como os chips usados em monitores, displays e computadores acoplados às máquinas.

No entanto, a escalada da pandemia obrigou muitos fornecedores a interromper o expediente para evitar mais casos de contágio.

John Deere
A John Deere afirmou que interrompe, por período "ainda a ser definido", as fábricas de Horizontina (RS), de colheitadeiras e plantadeiras, e de Porto Alegre (RS), onde está localizada a unidade produtiva da Ciber, fabricante de equipamentos rodoviários da Wirtgen Group, pertencente à Deere&Co.

O objetivo é reorganizar as operações no Brasil para “contribuir na contenção da curva de contaminação pelo novo Coronavírus (Covid-19), e visando proteger a saúde dos colaboradores e suas famílias, sem deixar de atender seus clientes nas áreas agrícola e de construção".

A partir dessa semana, a medida se estende para as fábricas de tratores em Montenegro, RS, de pulverizadoras PLA em Canoas, RS, de máquinas de construção em Indaiatuba, SP, incluindo a planta em joint-venture Deere-Hitachi, e de colhedoras de cana e pulverizadores em Catalão, GO.

O centro de distribuição de peças para a América do Sul da companhia, que fica em Campinas, SP, atuará em regime de escalonamento para não interromper o atendimento e fornecimento aos agricultores.

Jacto
Em nota, o Grupo Jacto, focado na produção de pulverizadores, colhedoras de café e adubadoras, além de peças, anunciou que "está paralisando, gradualmente, as atividades em suas unidades de negócio".

"Nosso maior objetivo é agir rápido para proteger a saúde e o bem-estar de nosso colaboradores, familiares, parceiros de negócio e sociedade em geral", afirma. A nota diz ainda que alguns colaboradores passam a exercer suas atividades remotamente. Para aqueles que não for possível, será usado o banco de horas ou entram em férias.
Stara

Já a Stara suspendeu totalmente as atividades por 15 dias e diz que "vem permanentemente acompanhando informações relativas a este fato" e que "o objetivo da empresa sempre foi preservar a saúde de seus colaboradores, clientes, fornecedores e amigos".

Estão em férias coletivas desde segunda-feira (23/3) os colaboradores da matriz em Não-Me-Toque, assim como as filiais em Carazinho e Santa Rosa, todas no Rio Grande do Sul.

Falta de peças preocupa
Por meio de nota, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) afirmou que a interrupção das atividades por falta de peças é "uma possibilidade a ser considerada", mas acredita, também, que é "facilmente contornável após o período mais agudo da pandemia".

No início do ano, a associação previa aumentar as vendas de máquinas agrícolas em até 2,9% no país, para 45 mil unidades em 2020. Agora, diz ser difícil prever algo com o novo panorama econômico.

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