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Tecnologia deve dominar aportes em logística

Com papel cada vez mais estratégico, as ferramentas de gestão vão ganhar espaço em outras áreas de planejamento, com o intuito de ir além da redução de custo e incrementar as margens

DCI

06/03/2018 17h43 | Atualizada em 07/03/2018 18h31

Embora receba constantes investimentos no aumento de eficiência, a área de gestão logística das empresas ainda tem dificuldade na adoção de novas tecnologias.

Nos próximos dois anos, os principais aportes no setor serão em dispositivos móveis, softwares de gestão e construção de uma área de planejamento.

A conclusão é do estudo “Panorama dos Transportes de Cargas no Brasil”, realizada pela provedora de tecnologia Llamasoft junto à Movimenta Serviços Logísticos, com 128 respondentes entre operadores e embarcadores.

“A tendência é que os aportes foquem em ferramentas que gerem previsibilidade de demanda e compilação de dados que ajudem no control

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Embora receba constantes investimentos no aumento de eficiência, a área de gestão logística das empresas ainda tem dificuldade na adoção de novas tecnologias.

Nos próximos dois anos, os principais aportes no setor serão em dispositivos móveis, softwares de gestão e construção de uma área de planejamento.

A conclusão é do estudo “Panorama dos Transportes de Cargas no Brasil”, realizada pela provedora de tecnologia Llamasoft junto à Movimenta Serviços Logísticos, com 128 respondentes entre operadores e embarcadores.

“A tendência é que os aportes foquem em ferramentas que gerem previsibilidade de demanda e compilação de dados que ajudem no controle e planejamento”, aponta Paulo Nazario, diretor de desenvolvimento de negócios da Llamasoft no Brasil.

De acordo com a pesquisa, realizada com 128 respondentes, nos próximos dois anos 30% das empresas pretendem investir na criação de uma área de planejamento, suportada por tecnologia avançada.

Outros aportes internos citados pelos participantes serão em implementação de uma central de tráfego (26%), tecnologias de agendamento de carga e descarga (26%), tecnologia mobile para previsibilidade das entregas (22%) e a adoção de sistemas de gerenciamento de transporte [TMS, na sigla em inglês] (21%).

Para Nazario, a tendência é que os dados coletados nos sistemas de gestão de logística participem cada vez mais de outras áreas estratégias das empresas, como por exemplo, a comercial.

“Nem todas as empresas têm essa visão, mas é possível usar os dados para a política de preços ou a introdução de novas praças, porque é possível saber exatamente o custo da operação”, destaca.

De acordo com ele, os sistemas de gestão têm um grande potencial, mas nem todas as empresas se aproveitam disso. Mesmo que os sistemas sejam relativamente simples de se utilizar, são capazes de se moldar às necessidades das empresas, mas é necessário de um engajamento para que isso seja de fato utilizado.

A maior dificuldade observada por ele é na fase anterior à execução do plano de logística.

“As empresas têm dificuldade de redesenhar, porque há um foco grande em execução. Elas precisam se perguntar coisas como ‘será que determinado Centro de Distribuição deveria ser fechado ou ser maior?’”, diz.

Outro desafio na hora de realizar estes investimentos, segundo Nazario, é a qualificação do profissional de logística.

“Não basta saber usar tecnologia. Ele precisa ter um perfil mais analítico e conhecer bem o negócio. Ele deve saber trabalhar com dados. Mas há uma carência deste perfil no mercado”, diz.

De acordo com o levantamento, entre as tecnologias já utilizadas estão o GPS e equipamentos de rastreamento (69%), módulos para auditoria de pagamento de frete (48%), módulos para programação de transporte (46%), aplicação de inteligência analítica, ou BI, (46%), módulos de monitoramento e controle e gestão de operações (45%).

Entre os principais desafios para fazer um planejamento, citados pelos respondestes, estão a produtividade de veículos e equipamentos (57,6%) e a previsão de demanda (53,6%). Já os complicadores mencionados são o comportamento da demanda (57,89%) e a exigência dos clientes (42,11%).

Outra questão evidenciada na pesquisa é a falta de intermodalidade, provocada sobretudo pela falta de infraestrutura adequada. Cerca de 67% dos respondentes usam 80% ou mais o modo rodoviário em sua matriz de transportes.

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