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Tarifa dos EUA esfria otimismo na indústria de máquinas agrícolas

Vendas estão em alta, mas o anúncio do governo americano impõe um clima que já era de cautela, devido às elevadas taxas de juros

Globo Rural

01/08/2025 09h40

As vendas de máquinas agrícolas no Brasil se mantêm em alta, mas o otimismo começa a dar lugar à cautela, após o anúncio da tarifa de 50% sobre importações brasileiras pelo governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump.

Em junho, o faturamento do setor somou R$ 6,3 bilhões, um crescimento de 12,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). No acumulado do ano, o avanço chega a 20,7%, com R$ 33,2 bilhões em vendas.

“Estávamos caminhando para um ano muito positivo, mesmo com os juros ai

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As vendas de máquinas agrícolas no Brasil se mantêm em alta, mas o otimismo começa a dar lugar à cautela, após o anúncio da tarifa de 50% sobre importações brasileiras pelo governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump.

Em junho, o faturamento do setor somou R$ 6,3 bilhões, um crescimento de 12,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). No acumulado do ano, o avanço chega a 20,7%, com R$ 33,2 bilhões em vendas.

“Estávamos caminhando para um ano muito positivo, mesmo com os juros ainda altos. O Plano Safra 2025/26 trouxe os volumes que esperávamos, cerca de R$ 30 bilhões já disponíveis nas principais linhas como o Moderfrota e o Pronamp. Nenhum outro setor tem esse nível de recurso subsidiado com taxas tão competitivas”, disse Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq.

No início do ano, a Abimaq projetava crescimento de 8% nas vendas em relação a 2024, e a expectativa era de revisar essa estimativa para cima após os resultados positivos de maio e junho. No entanto, o tarifaço adiou a decisão.

Segundo Estevão, a situação “acrescentou uma camada de incerteza” que pode afetar decisões de compra nos próximos meses. A medida atinge, principalmente, culturas como café e laranja, e a pecuária, que, juntas, representam 17% das vendas de máquinas agrícolas.

“A medida tem repercussões tanto econômicas quanto comportamentais: enquanto os setores diretamente impactados já revisam planos, produtores de outras cadeias também adotam postura mais conservadora”, afirmou o executivo.

Diretamente, as exportações brasileiras de máquinas agrícolas aos EUA representam 10% das vendas totais do Brasil que, em junho, somaram R$ 137,06 milhões, 27,08% superior ao do mesmo mês de 2024.

“Se não conseguirmos vender tudo para lá, o volume cai um pouco, mas precisamos aguardar o desenrolar das medidas”, ponderou o executivo da Abimaq. No acumulado de janeiro a junho, as vendas externas somaram US$ 746,26 milhões, 27,8% acima do mesmo período de 2024. Já as importações recuaram 10,8% em junho e acumulam queda de 2,3% no ano.

Do total de vendas do mês, R$ 5,5 bilhões foram para o mercado interno, crescimento de 10,4% em relação a junho de 2024. E, dentro desse valor, R$ 5 bilhões são apenas de tratores.

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