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Setores da economia já perdem ritmo de atividade por coronavírus

De acordo com a CNC, os segmentos de produção mais atingidos até o momento são aqueles dependentes de peças e insumos do exterior

R7

17/03/2020 11h00 | Atualizada em 17/03/2020 11h15

O ritmo de produção de alguns setores da economia brasileira já foi afetado pelo avanço da pandemia de coronavírus pelo mundo.

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), os segmentos de produção mais atingidos até o momento são aqueles dependentes de peças e insumos do exterior.

Os cancelamentos de viagens, hospedagens e eventos também impactam fortemente o turismo, segundo a confederação, que diz estar atenta aos desdobramentos e aos impactos que a pandemia pode provocar.

Roberto Dumas, professor de economia internacional do Insper – Instituto

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O ritmo de produção de alguns setores da economia brasileira já foi afetado pelo avanço da pandemia de coronavírus pelo mundo.

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), os segmentos de produção mais atingidos até o momento são aqueles dependentes de peças e insumos do exterior.

Os cancelamentos de viagens, hospedagens e eventos também impactam fortemente o turismo, segundo a confederação, que diz estar atenta aos desdobramentos e aos impactos que a pandemia pode provocar.

Roberto Dumas, professor de economia internacional do Insper – Instituto de Ensino e Pesquisa, classifica os acontecimentos atuais como uma "tempestade perfeita" para barrar o ciclo de crescimento econômico nacional, com a pandemia devastando alguns dos principais parceiros comerciais do Brasil.

"A maior parte da nossa exportação vai para a China, que vai crescer menos. Em sequência, os maiores compradores são os países da União Europeia, que já sofrem com a pandemia. Itália vai entrar em recessão, França vai entrar em recessão e a Alemanha vai entrar em recessão", avalia Dumas.

Responsável por dois terços da economia nacional, o setor de serviços "é o que mais tende a apanhar" com a disseminação do coronavírus, prevê Dumas. "Esse motor de crescimento do Brasil vai desligar", lamenta o professor ao estimar um crescimento de, no máximo, 1% neste ano.

A CNC também manifesta a confiança de que os problemas serão superados, com a necessária mobilização coordenada do governo, empresários e da sociedade para as ações preventivas e reativas.

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