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Restrição para a circulação de caminhões atinge 491 cidades

Limitação na circulação de veículos pesados gera cobrança de taxa extra por parte do transportador

DCI

22/05/2018 15h43 | Atualizada em 22/05/2018 19h28

Pelo menos 491 cidades brasileiras contam ou são afetadas por restrições para a circulação de caminhões hoje em dia.

De acordo com o setor de transporte de cargas, tais medidas pressionam os custos da atividade em até 15,4% – normalmente repassados aos clientes através de taxa sobre o valor do frete.

Compilada pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística), a lista de municípios com restrições engloba 169 cidades da região Sudeste – das quais 86 localizadas no estado de São Paulo.

Minas Gerais (51), Paraná (46) e Rio Grande de Sul (44) também possuem limitações vigorando em um núm

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Pelo menos 491 cidades brasileiras contam ou são afetadas por restrições para a circulação de caminhões hoje em dia.

De acordo com o setor de transporte de cargas, tais medidas pressionam os custos da atividade em até 15,4% – normalmente repassados aos clientes através de taxa sobre o valor do frete.

Compilada pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística), a lista de municípios com restrições engloba 169 cidades da região Sudeste – das quais 86 localizadas no estado de São Paulo.

Minas Gerais (51), Paraná (46) e Rio Grande de Sul (44) também possuem limitações vigorando em um número elevado de municípios. No Rio de Janeiro, são 23 as cidades na mesma situação.

Conforme boletim publicado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), as principais medidas restritivas são “implementadas em relação à circulação, às operações de carga e descarga e às regras de estacionamento”.

Muitas delas estariam vinculadas às características de veículos (como tipo, peso, quantidade de eixos e dimensão) e das cargas (como periculosidade), além de dias e horários quando a janela para atividades logísticas fica reduzida.

“Em todas as cidades onde há restrição, há cobrança de taxa para cobrir o aumento dos custos”, afirma Lauro Valdívia, consultor técnico na NTC & Logística.

Segundo ele, ainda que alguns players optem por abrir mão da cobrança extra por decisão comercial, tal repasse é praticado pela maioria do mercado, atingindo adicional médio de 15,4% sobre o valor do frete.

Sem a cobrança, observa Valdivia, a conta do transportador não fecharia. “As empresas são obrigadas a colocar um número maior de caminhões para fazer o mesmo volume de trabalho em um intervalo menor de tempo”, afirma.

Cenário semelhante é verificado nas regiões metropolitanas de capitais, onde cidades menores são muitas vezes afetadas pelas normas vigentes nas vizinhas.

“Para chegar em Diadema (SP), por exemplo, é necessário dar uma volta para evitar a capital”, diz Valdívia.

Entre os 86 municípios identificados pela NTC & Logística em território paulista, 25 são considerados afetados pela restrição de trânsito adotada na capital. No Paraná, o mesmo número de praças é afetado pela norma de Curitiba.

“Deve-se realizar obras de manutenção e de expansão da infraestrutura urbana, com destaque aos anéis viários, possibilitando aos transportadores rotas alternativas em áreas metropolitanas”, sugere Valdívia.

A entidade também alegou alta de coordenação entre os municípios. “É possível identificar regras que variam até mesmo de um bairro para outro, em um mesmo município”, sinalizou o boletim – que também pleiteou a ampliação da oferta de vagas de carga e descarga e a extensão do período permitido para a realização das entregas e coletas.

Por outro lado, apesar dos problemas para transportadores, a própria CNT reconhece que as restrições contribuem com a redução de congestionamentos e do nível de poluição nos centros das cidades.

Pelo menos 491 cidades brasileiras contam ou são afetadas por restrições para a circulação de caminhões hoje em dia.

De acordo com o setor de transporte de cargas, tais medidas pressionam os custos da atividade em até 15,4% – normalmente repassados aos clientes através de taxa sobre o valor do frete.

Compilada pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística), a lista de municípios com restrições engloba 169 cidades da região Sudeste – das quais 86 localizadas no estado de São Paulo.

Minas Gerais (51), Paraná (46) e Rio Grande de Sul (44) também possuem limitações vigorando em um número elevado de municípios. No Rio de Janeiro, são 23 as cidades na mesma situação.

Conforme boletim publicado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), as principais medidas restritivas são “implementadas em relação à circulação, às operações de carga e descarga e às regras de estacionamento”.

Muitas delas estariam vinculadas às características de veículos (como tipo, peso, quantidade de eixos e dimensão) e das cargas (como periculosidade), além de dias e horários quando a janela para atividades logísticas fica reduzida.

“Em todas as cidades onde há restrição, há cobrança de taxa para cobrir o aumento dos custos”, afirma Lauro Valdívia, consultor técnico na NTC & Logística.

Segundo ele, ainda que alguns players optem por abrir mão da cobrança extra por decisão comercial, tal repasse é praticado pela maioria do mercado, atingindo adicional médio de 15,4% sobre o valor do frete.

Sem a cobrança, observa Valdivia, a conta do transportador não fecharia. “As empresas são obrigadas a colocar um número maior de caminhões para fazer o mesmo volume de trabalho em um intervalo menor de tempo”, afirma.

Cenário semelhante é verificado nas regiões metropolitanas de capitais, onde cidades menores são muitas vezes afetadas pelas normas vigentes nas vizinhas.

“Para chegar em Diadema (SP), por exemplo, é necessário dar uma volta para evitar a capital”, diz Valdívia.

Entre os 86 municípios identificados pela NTC & Logística em território paulista, 25 são considerados afetados pela restrição de trânsito adotada na capital. No Paraná, o mesmo número de praças é afetado pela norma de Curitiba.

“Deve-se realizar obras de manutenção e de expansão da infraestrutura urbana, com destaque aos anéis viários, possibilitando aos transportadores rotas alternativas em áreas metropolitanas”, sugere Valdívia.

A entidade também alegou alta de coordenação entre os municípios. “É possível identificar regras que variam até mesmo de um bairro para outro, em um mesmo município”, sinalizou o boletim – que também pleiteou a ampliação da oferta de vagas de carga e descarga e a extensão do período permitido para a realização das entregas e coletas.

Por outro lado, apesar dos problemas para transportadores, a própria CNT reconhece que as restrições contribuem com a redução de congestionamentos e do nível de poluição nos centros das cidades.

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