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Relatório aponta condições do Brasil para ampliar frota de caminhões elétricos

Com mais de 80% da eletricidade originada de fontes renováveis, o país pode fabricar caminhões de baixo carbono, com redução de custos operacionais de até 76,5%

Frota&Cia

01/10/2025 11h42

O estudo “Dez razões para o Brasil liderar o uso de caminhões elétricos na América Latina”, feito pela campanha Gigantes Elétricos, que inclui organizações da sociedade civil da Europa, Estados Unidos e Brasil, mostra que o país tem uma posição estratégica para aumentar a eletrificação de sua frota de caminhões.

Com políticas públicas, investimentos internacionais e ações de grandes empresas, o Brasil reúne oportunidades nas áreas econômica, ambiental e social, formando um ambiente para que a mudança para veículos elétricos ocorra de modo seguro, efici

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O estudo “Dez razões para o Brasil liderar o uso de caminhões elétricos na América Latina”, feito pela campanha Gigantes Elétricos, que inclui organizações da sociedade civil da Europa, Estados Unidos e Brasil, mostra que o país tem uma posição estratégica para aumentar a eletrificação de sua frota de caminhões.

Com políticas públicas, investimentos internacionais e ações de grandes empresas, o Brasil reúne oportunidades nas áreas econômica, ambiental e social, formando um ambiente para que a mudança para veículos elétricos ocorra de modo seguro, eficiente e sirva de exemplo para a região.

O relatório cita a vantagem energética do Brasil. Com mais de 80% da eletricidade originada de fontes renováveis, o país pode fabricar caminhões de baixo carbono, com redução de custos operacionais de até 76,5%.

O país também tem reservas de terras raras para fabricar baterias, o que pode desenvolver a indústria local e diminuir a dependência de tecnologia externa, fortalecendo a região como produtora de veículos pesados sustentáveis.

O documento menciona a chance de o Brasil assumir a liderança regional. O país responde por 78% das exportações de veículos pesados na América Latina, com movimentação de cerca de R$ 12 bilhões em 2024, e pode se tornar um centro estratégico para caminhões elétricos, tanto para o mercado interno quanto para a exportação.

A eletrificação da frota gera uma vantagem competitiva, fortalece a indústria nacional e coloca o país em evidência em inovação tecnológica e responsabilidade ambiental.

A previsão é que o mercado brasileiro de caminhões elétricos cresça 25,6% ao ano entre 2025 e 2031, motivado pela demanda por transporte sustentável, incentivos do governo e investimentos privados. Essa expansão abre oportunidades bilionárias para fabricantes, investidores e cidades que querem reduzir custos e poluição.

Empresas como Scania, BYD e Volkswagen já anunciaram investimentos em fábricas e produção local, indicando que o setor deve crescer.

Infraestrutura e emprego - O relatório também ressalta a necessidade de investimentos em infraestrutura. Para que a eletrificação funcione em larga escala, o Brasil precisará de cerca de 15 mil pontos de recarga nos próximos anos, criando oportunidades de retorno de longo prazo para investidores e fabricantes, além de impulsionar inovação em logística e serviços digitais.

Experiências de outros países mostram que nações que preparam sua infraestrutura de recarga conseguem acelerar a adoção de veículos elétricos.

Pesquisas do International Council on Clean Transportation (ICCT) indicam que a transição para caminhões elétricos pode mais que dobrar o número de empregos no setor automotivo até 2050.

Atualmente, a indústria emprega mais de 100 mil pessoas na montagem de veículos e cerca de 300 mil na produção de autopeças.

Mantido o ritmo, o total de empregos no setor pode passar de 800 mil, abrangendo desde a produção de veículos e baterias até cadeias de suprimentos e serviços logísticos.

Segundo Thiago Rodrigues, do ICCT, essa expansão gera um ambiente para a requalificação de trabalhadores, atração de talentos e fortalecimento das cadeias produtivas locais.

“Além dos benefícios ambientais, a eletrificação da frota de caminhões pesados seria uma chance para modernizar a indústria nacional de veículos e baterias, promovendo a incorporação de novas tecnologias, alinhamento com as tendências globais de descarbonização e geração de emprego e renda.”

Saúde - O relatório destaca que a transição vai além da economia e da indústria.
Caminhões elétricos podem reduzir em até 46% as emissões de gases de efeito estufa até 2050 e diminuir a poluição do ar ligada a doenças respiratórias.

Ao reduzir a exposição a emissões do diesel - fator de risco para asma, doenças cardíacas, AVCs e alguns tipos de câncer -, a mudança pode trazer ganhos para a saúde pública.

As economias nessa área podem chegar a R$ 25 bilhões, com a queda de internações e tratamentos relacionados à poluição. Para muitas comunidades, especialmente urbanas e vulneráveis, a eletrificação significa ar mais limpo e justiça social.

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