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Produção de caminhões cai 31% no Brasil, segundo a Anfavea

No acumulado do ano foram vendidos 94,7 mil caminhões, queda de 8,3% com relação ao mesmo período de 2024. A demanda por veículos pesados, que representam 45% do mercado, porém, caiu mais de 20% de janeiro a outubr

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14/11/2025 07h30

Já faz alguns meses que a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) alerta para o mau desempenho da indústria brasileira de caminhões, que tem registrado queda de produção e vendas.

Com o fechamento do resultado até outubro o presidente executivo Igor Calvet foi mais enfático: disse na quinta-feira, 13, que o alerta mudou de categoria e que o segmento está em “iminente colapso”.

“Não existe horizonte de recuperação para os próximos meses, principalmente no segmento de pesados, que representa 45% do mercado. Já escutei de alguns executivos da indústria que

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Já faz alguns meses que a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) alerta para o mau desempenho da indústria brasileira de caminhões, que tem registrado queda de produção e vendas.

Com o fechamento do resultado até outubro o presidente executivo Igor Calvet foi mais enfático: disse na quinta-feira, 13, que o alerta mudou de categoria e que o segmento está em “iminente colapso”.

“Não existe horizonte de recuperação para os próximos meses, principalmente no segmento de pesados, que representa 45% do mercado. Já escutei de alguns executivos da indústria que estamos em iminente colapso e vou usar esta expressão hoje. É uma expressão forte, mas estamos alertando sobre esta situação há alguns meses.”

De janeiro a outubro foram produzidos 108,8 mil caminhões, queda de 7,3% na comparação com iguais meses do ano passado. Esta queda só não foi maior porque os segmentos de leves e médios tiveram desempenho um pouco melhor, mas ainda assim a indústria deixou de produzir 8,6 mil unidades no ano.

Os dados de outubro mostram de forma mais clara a atual situação, com 10,2 mil unidades produzidas, volume 31,3% menor do que o fabricado em igual mês do ano passado e 0,5% maior do que o produzido em setembro.

“Os números mostram o que falamos há cinco ou seis meses, refletem o tamanho da nossa preocupação, pois a queda na comparação anual foi muito grande”.

No acumulado do ano foram vendidos 94,7 mil caminhões, queda de 8,3% com relação ao mesmo período de 2024. A demanda por veículos pesados, que representam 45% do mercado, porém, caiu mais de 20% de janeiro a outubro. Estes índices demonstram, mais uma vez, a preocupação da Anfavea:

“Temos um problema sério que precisa ser solucionado. Como Anfavea estamos mais uma vez mostrando o cenário complicado do segmento de caminhões e trabalhando para que ele se estabilize e se recupere. A taxa Selic em 15% é um impeditivo para a compra de novos caminhões e as empresas estão adiando os seus investimentos, mesmo com PIB positivo e um volume de safra relevante”.

Em outubro as vendas somaram 10,7 mil unidades, queda de 12,7% com relação a idêntico mês do ano passado e alta de 8,8% na comparação com setembro.

Para o Calvet não há perspectiva de melhora nos próximos meses porque a taxa Selic deve ter um leve recuo só no primeiro trimestre do ano que vem, em meados de março, saindo de 15% para 14,75%.

Mas este movimento deverá ter algum efeito positivo na demanda apenas a partir de outubro e, por isto, ele acredita que 2026 será mais um ano desafiador.

O único resultado positivo no acumulado do ano do segmento de caminhões veio das exportações, com 24 mil unidades até outubro, alta de 73% sobre 2024. No mês passado foram exportados 2,3 mil caminhões, crescimento de 9,2% na comparação com outubro de 2024 e queda de 12,1% com relação a setembro.

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