TÉCNICAS
G1
07/01/2020 11h00
Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) descobriram uma maneira de reaproveitar os rejeitos da mineração que, muitas vezes, são despejados em barragens.
De uma barragem da mineradora Gerdau, na região de Ouro Preto, sai o rejeito que está sendo usado por pesquisadores da UFMG. O material é composto de areia, ferro e pozolana, que é um pó bem clarinho.
“É um cimento de altíssima qualidade”, explica o professor de engenharia de minas Evandro Moraes da Gama.
Tão bom que está sendo testado na construção civil pela universidade federal. Numa casa de 48 metros quadrados, a parede, o te
...Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) descobriram uma maneira de reaproveitar os rejeitos da mineração que, muitas vezes, são despejados em barragens.
De uma barragem da mineradora Gerdau, na região de Ouro Preto, sai o rejeito que está sendo usado por pesquisadores da UFMG. O material é composto de areia, ferro e pozolana, que é um pó bem clarinho.
“É um cimento de altíssima qualidade”, explica o professor de engenharia de minas Evandro Moraes da Gama.
Tão bom que está sendo testado na construção civil pela universidade federal. Numa casa de 48 metros quadrados, a parede, o teto, o piso e até a bancada da cozinha foram construídos com os insumos feitos dos resíduos da mineração.
Além da produção de todo esse material em concreto, os rejeitos também são usados para fazer a argamassa que fica entre os blocos e para assentar os azulejos.
A indústria da construção civil está de olho nesse tipo de reaproveitamento porque é economicamente viável.
“Uma usina dessa custa um décimo de uma usina de cimento porque o forno gasta muito menos energia calorífica do que um forno convencional de cimento. Acontece que é um processo novo, tudo que é novo demora um pouco a entrar na indústria”, explica o professor.
“Com essa casa, a gente consegue mostrar para a sociedade que é possível ter um aproveitamento sustentável dos rejeitos de mineração”, disse o gerente de sustentabilidade da Gerdau, Francisco de Assis Couto.
A casa foi construída com cerca de 20 toneladas de rejeito. Tem sete cômodos e é 100% sustentável. Tem um sistema de tratamento de esgoto ecológico, a energia é solar e o piso do quintal é todo permeável. A água da chuva não se acumula.
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